Numa década mais de 2600 arquitectos pediram para trabalhar no estrangeiro
Dados são revelados pela OA esta sexta-feira, na sua sede, em Lisboa, no âmbito da reunião da European Network of Architects’ Competent Authorities (ENACA), entidade que apoia o acesso dos arquitectos à profissão nos países europeus
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Numa década, entre 2014 e 2023, 2609 arquitectos solicitaram à Ordem dos Arquitectos (OA) certificados para a prática da profissão no estrangeiro. Este valor equivale a mais de 10% do total de inscritos activos nesta ordem profissional. No mesmo período, 510 estrangeiros pediram admissão à OA.
Estes dados são revelados pela OA na semana em que se realiza, na sua sede, em Lisboa, a reunião da ENACA – European Network of Architects’ Competent Authorities, entidade que apoia o acesso dos arquitectos à profissão nos países europeus, possível através do reconhecimento das competências e qualificações.
A reunião, que se realiza esta sexta-feira, dia 25 de Outubro, conta com a presença de Olga Mihalikova, chair da European Network of Architects’ Competent Authorities (ENACA), e Ruth Schagemann, presidente do Conselho dos Arquitectos da Europa (CAE).
“Portugal está na cauda da Europa quanto à regulação do exercício dos serviços de arquitetura e à inexistente regulamentação dos seguros de responsabilidade civil. Daí a relevância desta reunião em Lisboa, permitindo aos colegas arquitectos europeus conhecerem a realidade portuguesa para que, em conjunto, possamos refletir sobre as melhores soluções”, refere Avelino Oliveira.
“A OA está em linha com o que é defendido na Europa quanto à integração dos jovens arquitectos na prática profissional e queremos debater formas de facilitar a entrada dos recém-formados no mercado de trabalho nacional e de garantir a mobilidade dos arquitectos neste nosso espaço comum”, explica o presidente da OA.
Este será também um momento para reflexão sobre a regulação profissional, as transposições legislativas de directivas europeias, a formação contínua profissional tendencialmente obrigatória e as potencialidades e desafios da Inteligência Artificial.
De acordo com os dados coligidos pela OA, salienta-se uma profissão em que 51% dos membros tem menos de 40 anos, 46% são mulheres e que teve um crescimento acelerado no século XXI, com a duplicação em 20 anos do número de membros inscritos.
Relativamente a saídas de arquitectos para o estrangeiro, a OA assinala que o ano de 2014 foi aquele que registou o maior número de solicitações de certificados para a prática no estrangeiro (535). Desde então, ocorreu uma tendência descendente em quase todos os anos – com uma média anual de 260 arquitectos que manifestaram a intenção de exercer lá fora.
O Reino Unido foi o destino com mais indicações dessa intenção, de acordo com os dados recolhidos pela Ordem dos Arquitectos. Angola e Brasil que estavam entre os 5 países mais procurados nos primeiros anos deste período em análise, deixaram, entretanto, esse top, que agora inclui apenas países do continente europeu.