Governo define prioridades rodoviárias em “mega-plano de infraestruturas”
O estudo da ligação Algés/Trafaria por túnel é uma das prioridades apontadas pelo Executivo, que assume que a mobilidade é “um fator fundamental não só para a existência de verdadeira liberdade, individual e coletiva, mas também para reduzir custos de imobilidade maximizando o retorno socioeconómico global”.

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O Governo aprovou, em Conselho de Ministros, um conjunto de medidas que vão permitir o desenvolvimento das acções necessárias à concretização de um conjunto de projetos de infraestruturas rodoviárias e ferroviárias considerados prioritários.
O executivo mandatou a Infraestruturas de Portugal para que promova a realização dos estudos necessários à tomada de decisão, tendo como princípio a execução de um plano estratégico para o desenvolvimento da ferrovia, visando a coesão territorial e o crescimento económico. O foco está em ligações às principais áreas urbanas, conexões transfronteiriças com Espanha e integração na rede transeuropeia, de entre os quais se destaca a modernização e eletrificação da Linha do Vouga, conectando-a à Linha do Norte, a Avaliação de uma ligação direta da Linha do Oeste a Lisboa, o reforço das ligações ferroviárias com Espanha, incluindo projetos de alta velocidade como Porto-Vila Real-Bragança, Aveiro-Viseu-Salamanca e Faro-Huelva ou a expansão da Rede de Alta Velocidade – Confirmação dos projetos em andamento para ligações entre Porto-Lisboa, Porto-Vigo e Lisboa-Madrid.
“É determinante para Portugal recuperar o atraso na ferrovia. Definir prioridades e apostar na modernização ferroviária é um processo complexo que se arrasta há anos e que temos de ter a coragem de prosseguir se queremos honrar os compromissos internacionais e, acima de tudo, os compromissos com os portugueses”, lembra o Ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz. Trata-se assim de enfatizar a importância destas ligações dentro daquele que é o Plano Ferroviário Nacional (PFN), atendendo também ao frutífero diálogo com entidades
internacionais, nomeadamente com o Governo espanhol, em linha do que ficou estabelecido na XXXV Cimeira Luso-Espanhola.
O executivo assume igualmente que “serão continuados ou efetuados estudos com vista a implementar uma série de projetos rodoviários, bem como executadas intervenções de adaptação, alargamento, requalificação de vias rodoviárias tidas como prioritárias”.
O Governo anunciou a intenção de assegurar a continuidade dos projetos rodoviários abrangidos no PRR, prever a respetiva reprogramação e garantir as condições de financiamento, para a concretização do IC35 entre Rans e Entre-os Rios, para a construção das variantes à EN222 de ligação da A32 a Castelo de Paiva, à EN321-2 na zona de Baião e Lodão e à EN103 prevista no troço entre Vinhais e Bragança.
Ficou ainda definido o aumento da capacidade do IP8 (A26) dando continuidade aos investimentos em curso no corredor Sines a Beja, tendente a uma ligação em via dupla até Beja.
O ministério liderado por Miguel Pinto Luz tem intenção de “dar sequências às ações necessárias a adaptações, requalificações e alargamentos de vias existentes, com é o caso da Ponte sobre Rio Maçãs na EN/ER218; a ligação da EN101 com a EN14, designado por Nó de Infias; o acesso ao terminal ferroviário de Alfarelos a partir da EN341; EN222 entre Bateiras e São João Pesqueira; IC2 entre Pombal e Rendinha; EN307 Terras de Bouro; EN233 entre Guarda e Sabugal; ligar o IC35 à EN106 em Rans; IC8 entre Pombal e Vila Velha de Ródão; requalificação do troço da EN224-1 e ligação da Via Lordelo -Codal ao nó da A32”.
O Governo destaca algumas novas vias como prioritárias, como a ligação transfronteiriça IC31 entre Castelo Branco e Monfortinho; o IC35 que liga Sever do Vouga à A25; o IC6 entre Tábua e Folhodosa; a conclusão do corredor da A13/IC3 que incluí os troços entre Vila Nova da Barquinha (A23) e Almeirim e entre Coimbra e o IP3; a ligação do IP2 em Trancoso à A24 na zona de Lamego com a execução do IC26; o IC9 entre Abrantes e Ponte Sor; o troço do IC11 em Lourinhã; IC13 ligando Montijo, Coruche, Mora, Ponte Sor e Alter do Chão; IP2 em perfil de autoestrada entre Portalegre e Estremoz; e o estudo da ligação Algés/Trafaria.
Para o ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, fica assim mais uma vez claro que a mobilidade é, para este executivo, um fator fundamental não só para a existência de verdadeira liberdade, individual e coletiva, mas também para reduzir custos de imobilidade maximizando o retorno socioeconómico global.