Mercado de escritórios e de logistica continua “em alta”
Análise do Primer Watch, realizado anualmente pela B. Prime, indica que Portugal está no topo das preferências, quando a actividade internacional retoma a sua dinâmica. Já para 2025, o crescimento não deverá ser “tão expressivo” como em 2024, mas “continuará a superar todos os indicadores históricos do mercado”

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Os números de 2024 do imobiliário de escritórios e de logística continuam a surpreender e superar as expectativas ao atingirem as “melhores perfomances, desde que há registos”, segundo o estudo anual do sector, realizado pela consultora B. Prime.
Os dados do Prime Watch indica que o segmento de escritórios registou, em 2024, um dos seus melhores anos de sempre, com um aumento de 97% de área colocada na Área Metropolitana de Lisboa (AML) e 80% no Grande Porto, o que indica que “Portugal continua a ser um destino apelativo para investidores e multinacionais”.
“Este ano de 2024 foi bastante positivo para o sector, de forma geral, mesmo tendo em conta as condicionantes identificadas no início do ano, mas demonstram que Portugal está no topo das preferências, quando a actividade internacional retoma a sua dinâmica. Para 2025, prevemos que esse crescimento se mantenha, provavelmente já não com os crescimentos expressivos de 2024, mas na senda de continuar a superar todos os indicadores históricos do mercado, seja ao nível de rendas, de investimento ou de área comercializada”, afirmou Jorge Bota, managing partner da B. Prime
Apesar da escassez de oferta que tem limitado o crescimento ainda maior do sector, nos últimos tempos têm surgido novos projectos pautados pela sustentabilidade que são cada vez mais uma condição essencial para o sucesso de qualquer comercialização. Aliás, há cada vez mais empresas que procuram espaços com certificações internacionalmente reconhecidas para poderem instalar-se ou até para decidirem mudar de escritórios.
Outro indicador “muito importante”, destaca o estudo, é a percentagem de novas empresas que escolheram a AML para instalar as suas operações internacionais, que em 2024 ascenderam a 16%, face ao período homologo.
O segmento da Indústria e Logística tem o mesmo diagnóstico que o de escritórios, com um desequilíbrio entre procura e oferta. No entanto, durante 2024 devido aos vários projectos que foram concluídos, a absorção total de área foi a maior de sempre, tendo ascendido a 739.382 metros quadrados (m2).
Quanto ao retalho, o crescimento tem sido maior nas lojas de rua, se compararmos com os centros comerciais, dado que o comércio de rua tem registado um maior número de inaugurações com os supermercados e as marcas Low Cost a liderarem o ranking das aberturas.
Por último e no que diz respeito ao investimento em imobiliário comercial, em 2024, Portugal atingiu os 2.349 milhões de euros, o que representa um aumento de 36% em comparação com o período homólogo. Como sempre, o último trimestre foi o mais dinâmico. Quanto à decomposição deste resultados, a hotelaria e o retalho foram os principais sectores a impulsionar este desempenho, consolidando-se como áreas absolutamente estratégicas.
Quanto à origem destes investimentos, os franceses têm vindo a ganhar um peso substancial, e neste momento são responsáveis por 17,6% do investimento efectuado em Portugal, seguidos pelos investidores portugueses. No entanto, o Prime Watch demonstra que mais de metade do volume de investimento tem uma proveniência muito diversa, o que demonstra o interesse que Portugal tem junto de actores internacionais e fora da Europa.