Sonae Arauco subscreve empréstimo de 200 M€ para “melhorar desempenho de sustentabilidade”
Os Sustainability Linked Loans, ou Empréstimos Vinculados à Sustentabilidade, são financiamentos em que as condições estão directamente ligadas ao desempenho ambiental, social e de governança (ESG). Para este empréstimo a Sonae Arauco compromete-se em duas áreas estratégicas de actuação: o aumento da incorporação de madeira reciclada e a redução das emissões de CO₂

CONSTRUIR
Negócio PRO da Leroy Merlin ultrapassou 200 M€ de facturação
Grupo VGP investe em quarto projecto em Portugal
Mafra lança concurso de 7,5M€ para reabilitar habitações municipais
O ‘futuro’ do segmento das janelas, os prémios internacionais para Raulino, o projecto Surefit e Vila Galé em destaque no CONSTRUIR 524
Trump impõe tarifas sobre aço e alumínio
Recorde de participações portuguesas na Bauma 2025
Câmara de Viana lança concurso para o novo Mercado Municipal
Governo prepara pacote de investimentos em infraestruturas
A Sonae Arauco fechou um financiamento ligado ao seu desempenho de sustentabilidade (Sustainability-Linked Loan), no valor de 200 milhões de euros. Para este financiamento, os objectivos de desempenho de sustentabilidade (SPTs) definidos até 2029 incluem o aumento da incorporação de madeira reciclada em 9,3 pontos percentuais, e a redução das emissões de dióxido de carbono em 59% (âmbitos 1 e 2), com os quais a Sonae Arauco se compromete.
Os Sustainability Linked Loans, ou Empréstimos Vinculados à Sustentabilidade, são financiamentos em que as condições estão directamente ligadas ao desempenho ambiental, social e de governança (ESG). As condições de financiamento são, por isso, ajustadas com base no cumprimento das metas de sustentabilidade definidas no contrato.
O financiamento sustentável agora anunciado reforça o compromisso da Sonae Arauco com a transição para uma economia de baixo carbono. “Os KPIs definidos no acordo refletem metas concretas e mensuráveis em termos de sustentabilidade e estão plenamente alinhados com a visão da empresa de fomentar uma economia circular e uma gestão eficiente dos recursos naturais, em particular no que respeita à madeira”, explica Cristian Knollseisen, Chief Financial Officer da Sonae Arauco. E acrescenta: “Este posicionamento reafirma a integração dos objetivos ambientais como um pilar essencial do modelo de negócio da Sonae Arauco, e como um elemento transversal a todas as suas operações, incluindo a gestão financeira”.
O CaixaBank actuou como Coordenador de Sustentabilidade do financiamento e os indicadores e objectivos de desempenho foram validados pela DNV, em linha com os Princípios de Empréstimos Vinculados à Sustentabilidade.
Em 2024, a Sonae Arauco incorporou na sua produção cerca de 32% de madeira reciclada, sendo que em algumas gamas de produto a integração de madeira reciclada é já superior a 70%. Este valor resulta de uma actuação concertada da empresa para este tema estratégico, que se materializa através do desenvolvimento de novas tecnologias e o upgrade contínuo dos processos industriais, assim como num aumento da capacidade de capturar madeira em fim de vida no mercado, através dos seus centros de reciclagem. Neste âmbito, a empresa está em fase de expansão da sua rede de centros de reciclagem de madeira, com a abertura prevista de dois novos centros em Portugal, no Minho e no Norte de Lisboa, estando também a analisar outras oportunidades para o curto e médio prazo. Actualmente, a empresa detém três centros de reciclagem localizados nos distritos do Porto (Alfena – Valongo), Setúbal (Seixal) e Coimbra (Souselas), que se juntam a mais nove centros em Espanha.
Relativamente ao compromisso com a redução de emissões de CO2, a Sonae Arauco está a implementar um plano de descarbonização da sua actividade, alavancado na adopção de energias renováveis, em programas de eficiência energética e na electrificação da frota. A longo-prazo, a empresa visa até 2040 atingir a neutralidade carbónica (âmbitos 1 e 2), e está também a trabalhar na descarbonização da logística e das matérias-primas adquiridas para redução das emissões de âmbito 3. Tendo em consideração que a madeira é um material que armazena CO2, é de referir que os produtos da Sonae Arauco são responsáveis, em média, por uma retenção anual de 3 milhões de toneladas de CO2.