Governo lança concurso para barragens no Alto Tâmega
As barragens de Gouvães, Padroselos, Alto Tâmega e Daivões estão incluídas no plano nacional, cujo investimento será entre 450 e 760 milhões de euros

Lusa
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O Governo lança esta terça-feira o primeiro concurso público para a construção das barragens de Gouvães, Padroselos, Alto Tâmega e Daivões, incluídas no plano nacional, cujo investimento será entre 450 e 760 milhões de euros.
O primeiro-ministro, José Sócrates, vai presidir à sessão de lançamento do 1º Concurso Público para a construção das barragens, onde estarão também presentes os ministros do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional, Francisco Nunes Correia, e da Economia e da Inovação, Manuel Pinho.
Em declarações à Lusa, Nunes Correia lembrou que o plano nacional foi aprovado em Dezembro de 2007 e que a barragem de Foz Tua já foi adjudicada, sendo agora lançado o concurso para mais quatro barragens.
O ministro anunciou ainda que as obras das cinco barragens (incluindo Foz Tua) deverão começar, "o mais tardar, em 2010 e poderão prologar-se até 2015" e ainda que o Governo vai lançar em meados deste mês o concurso para mais três barragens – Frisão, Alvito e Almourol – e no final de Abril o concurso das barragens do Pinhosão e Girabolhos, que deverão ser adjudicadas até Setembro deste ano.
Nunes Correia sublinhou que a construção das quatro novas barragens representa "um grande reforço do potencial hídrico que vai aumentar em 424 megawatts a capacidade de produção hídrica, passando a faltar 366 megawatts para o objectivo do Governo de alcançar os 7000 megawatts (actualmente cerca de 5.000 megawatts).
O prazo de entrega das propostas para o concurso público de atribuição de concessão, construção, exploração das barragens vai decorrer até 30 de Junho deste ano.
A classificação das propostas para efeitos de adjudicação será feita em função da mais elevada quantia oferecida que acresce ao valor base de 120.000.000 euros.
O Governo estabelece um prazo de concessão de 65 anos.
As barragens de Padroselos, Alto Tâmega (Vidago) e Gouvães representam um investimento entre 100 a 170 milhões de euros cada uma e a de Daivões terá um investimento que oscilará entre 150 e 250 milhões de euros.
Segundo o Governo, os investimentos das barragens constituem "uma importante alavanca para Portugal", sendo nomeadamente uma "valia económica e social", permitindo a criação de empregos, o aumento do PIB e o desenvolvimento regional.
O Governo aprovou no início de Dezembro o Programa Nacional de Barragens, tendo aprovado a construção de 10 novas barragens: Foz Tua, no rio Tua, Pinhosão, no rio Vouga, Padroselos, Vidago, Daivões, Fridão e Gouvães, no rio Tâmega, Girabolhos, no Mondego, Alvito, no rio Ocreza, e Almourol, no rio Tejo.
O Plano Nacional de Barragens vai implicar, segundo o ministro do Ambiente, um investimento total entre 1.000 e 2.000 milhões de euros e aumentar a capacidade hídrica instalada no país em mais 1.100 megawatts (MW).