Má situação financeira que motivou anulação do TGV não é novidade, diz Rui Rio
Por outro lado, o autarca do Porto questiona agora a utilidade da linha que liga Poceirão e o Caia, em Espanha, que “não faz qualquer sentido isoladamente”
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O presidente da Câmara do Porto, Rui Rio, considerou esta sexta-feira que o concurso do troço do TGV entre Lisboa e Poceirão nunca deveria ter avançado e realça que agora a ligação entre o Poceirão e a fronteira Caia, em Espanha, também não faz sentido.
“Mais vale tarde do que nunca”, referiu o autarca, comentando a anulação do troço do TGV entre Lisboa e Poceirão.
“Isto comprova aquilo que as vozes mais responsáveis deste país, aos mais diversos níveis, têm dito o que o Governo não quis ouvir: Portugal não está em condições financeiras de fazer as grandes obras públicas neste momento, nem são elas que ajudam a sair da crise, mas fazem exactamente o contrário, agravam a crise”, afirmou Rui Rio.
Por outro lado, o autarca do Porto questiona agora a utilidade da linha que liga Poceirão e o Caia, em Espanha, que “não faz qualquer sentido isoladamente”.
“A minha pergunta é o que fazem eles agora do Poceirão ao Caia? Adjudica-se e faz-se a obra e depois fica ali a linha perdida a atravessar mais de metade de Portugal?”, questiona.
O Governo anulou o concurso público internacional relativo à construção da linha do Transporte de Grande Velocidade (TGV) no troço Lisboa-Poceirão, segundo um despacho publicado hoje em Diário da República.
A decisão foi justificada com a “significativa e progressiva degradação da conjuntura económica e financeira” de Portugal, situação decorrente da “grave e conhecida crise financeira mundial”.
O despacho número 14505/2010, assinado a 10 de Setembro, pelos ministérios das Finanças e das Obras Públicas, refere ainda que o concurso necessitaria de “uma grande parcela de financiamento privado” e do apoio da banca comercial.
“O aumento dos custos de financiamento, em virtude da conjuntura económica implicaria, à semelhança do já verificado em outros processos de concurso de concessão de obras públicas de infraestruturas de transportes, um agravamento das condições das propostas dos concorrentes para além dos limites admitidos pelas normas que regulam o procedimento concursal”, lê-se no despacho.
Razões, pelas quais o Governo determina “não adjudicar o concurso público internacional” para a concessão do projeto, construção, financiamento, manutenção e disponibilização por todo o período da concessão do troço Lisboa-Poceirão.