Construção

Governo apresenta projecto de cidade que transformará as cidades na AML

Montenegro apresenta projecto “que pretende transformar o arco ribeirinho numa grande metrópole, em que o rio funciona como elo de ligação dos territórios em vez de os separar”, contempla cerca de 4500 hectares de área de intervenção urbanística e infraestruturas

Ricardo Batista
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Governo apresenta projecto de cidade que transformará as cidades na AML

Montenegro apresenta projecto “que pretende transformar o arco ribeirinho numa grande metrópole, em que o rio funciona como elo de ligação dos territórios em vez de os separar”, contempla cerca de 4500 hectares de área de intervenção urbanística e infraestruturas

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Pouco mais se sabe do que o conceito teórico, mas os dados conhecidos até agora do designado Parque Cidades do Tejo representam, seguramente, uma das maiores operações urbanísticas dos tempos modernos. Maior que o Eixo do Arco Ribeirinho Sul que António Costa, então primeiro-ministro, apresentou há aproximadamente dois anos.
Desta feita, numa sessão presidida por Luís Montenegro, o Governo apresentou aos presidentes dos 18 municípios da Área Metropolitana de Lisboa (AML) – e ao presidente da Câmara de Benavente-, o Parque Cidades do Tejo, um projecto que, segundo o executivo, “pretende transformar o arco ribeirinho numa grande metrópole em que o rio funciona como elo de ligação dos territórios em vez de os separar”.

De acordo com a proposta agora apresentada, falamos de duas margens centradas no Tejo e quatro projectos de âmbito nacional que se traduzirão numa operação única, de coordenação centralizada, em cooperação com o Estado Central e os Municípios directamente envolvidos. Ao todo, são 4 500 hectares de área de intervenção urbanística e infraestruturas, o equivalente a 55 vezes a Parque Expo, onde se prevê a construção de mais de 25 mil habitações.

Requalificação e regeneração
Nos quatro eixos – Arco Ribeirinho Sul, Ocean Campus, Aeroporto Humberto Delgado e Cidade Aeroportuária – “requalificam-se e regeneram-se territórios, fomenta-se cidades em rede e promove-se a economia circular, a habitação, o emprego e o aumento dos transportes públicos através do reforço das infraestruturas”. Na apresentação, o Governo explica que os novos equipamentos “darão uso, vida e futuro a terrenos públicos nas margens do Tejo que há muitos anos estão totalmente desaproveitados”. O Parque Cidades do Tejo integra também espaços habitacionais, de lazer, de investigação e de cultura, como a Ópera Tejo, um Centro de Congressos Internacional e a Cidade Aeroportuária. Ao nível de infraestruturas, estão previstas duas novas travessias do Tejo: a Terceira Travessia do Tejo (TTT) e o túnel Algés-Trafaria; um aeroporto único de cariz expansível, com capacidade para mais de 100 milhões de passageiros e investimento na ferrovia de alta velocidade. Estima-se que estes investimentos criem mais de 200 mil postos de trabalho.

O projecto contempla 1 10 000 m2 destinados a equipamentos e 2 500 000 m2 a actividades económicas, sem ter em conta o espaço da Cidade Aeroportuária. Pretende-se aumentar a quota modal de transporte público de 24% para 35%, e para isso, será importante o reforço do investimento de mais 3,8 mil milhões de euros – sendo que o apoio ao transporte público e à política tarifária se prevê de 328 milhões de euros/ano. Na AML vive mais de um quarto da população total do País – 28% da população nacional e 48% da população activa. É também aqui que se prevê um aumento de 7% de habitantes até 2080. Além da reabilitação de terrenos, de criar soluções de mobilidade – tendo em conta, nomeadamente a construção da nova cidade aeroportuária (Benavente e Montijo) – é necessário criar ofertas habitacionais que respondam às necessidades da população. A Parque Cidades do Tejo – interligada em quatro eixos – pretende assim equilibrar a densidade urbana e concretizar políticas públicas de habitação. Ao mesmo tempo, reduz o tempo gasto entre casa e o trabalho e cria emprego qualificado com o reforço de infraestruturas, aumenta rede de transportes e promove a transferência modal, beneficiando a qualidade de vida de quem habita ou trabalha nesta região.

A proposta agora conhecida nasce depois de uma miríade de outros (inúmeros) projectos desenhados ou, pelo menos, pensados, sobretudo para a baía do Tejo. Em Março de 2023, o primeiro-ministro António Costa apresentava, no final do Conselho de Ministros, os trabalhos da regeneração e selagem de solos contaminados, da infraestruturação do território com a expansão do transporte público, em especial do metro do sul do Tejo, da instalação de um novo terminal fluvial na Moita e da construção do passeio ribeirinho de 38 quilómetros entre Alcochete e Almada. O líder do executivo acrescentou, na altura, que era fundamental que a região voltasse “a ser uma fortíssima área de actividade económica, geradora de emprego qualificado, já não com as indústrias do passado mas com as do futuro, com os serviços do presente e do futuro”. “Às vezes os projectos levam tempo, mas o mais importante de tudo na política é sermos persistentes», afirmou, elogiando os presidentes de câmaras da margem sul do Tejo «por se terem unido e desbloqueado» vários projectos”, referiu António Costa. Mas não foi o único. Em 2019 era apresentada a “Cidade da Água”.

O projecto de requalificação da Margueira, onde funcionaram os antigos estaleiros navais da Lisnave, naquela que era, então, “a maior intervenção de requalificação urbana em Portugal após a Expo-98”. A ‘Cidade da Água’ tinha prevista uma área de construção de 630.000 m2 e, além do parque habitacional, estava prevista a instalação de um hotel, uma marina, um terminal fluvial de passageiros, um museu e um centro de congressos, ligados entre si por praças e canais, dando origem a um conjunto de espaços públicos únicos.

Parque Cidades do Tejo em números

Eixo Arco Ribeirinho Sul (Almada, Seixal e Barreiro)
• 519 hectares de área de intervenção
• 15 km frente de rio
• 8 000 novas habitações, de acordo com PDM vigentes
• Mais 20 000 novas habitações (exercício prospectivo)
• 800 000 m2 de equipamentos
• 2 300 000 m2 destinados ao sector terciário/actividades económicas
• 94 000 empregos gerados
Almada (ex-Estaleiros da Lisnave)
• 58 hectares área de intervenção
• Habitação
• Comércio e serviços
• Equipamentos públicos de cultura, preservação da memória industrial naval e Ópera Tejo
Barreiro – Ex-Quimiparque
• 214 hectares de área de intervenção
• Habitação
• Comércio e serviços
• Turismo
• Cluster de atividades económicas – indústria naval
• Centro de Congressos Internacional
• Espaços Verdes
Seixal – Ex-Siderurgia Nacional
• 247 hectares de área de intervenção
• Sector terciário
• Parque Empresarial Ecológico
• Actividades de recreio e lazer
Eixo Ocean Campus (Oeiras e Lisboa)
• 90 hectares de área de intervenção
• 180 000 m2 terciário
• 181 000 m2 equipamentos
• 15 000 empregos gerados
• Parque urbano
• Espaço para grandes eventos
• Cluster de inovação, investigação e desenvolvimento
Eixo Aeroporto Humberto Delgado (Lisboa e Loures)
• Mais de 400 hectares de área de intervenção
• 3 600 novas habitações (PDM vigente)
• Mais de 6 200 novas habitações (exercício prospectivo)
• 119 000 m2 equipamentos
• 559 000 m2 para o sector terciário/actividades económicas
Eixo Benavente-Montijo – Cidade Aeroportuária
• Mais de 3 000 hectares de intervenção
• Fica a 30 minutos de Lisboa
• Ligação directa através da ferrovia de alta velocidade e das principais rodovias para Norte e Sul
• Nova cidade aeroportuária
• Ciência e indústria náutica

Infraestruturas e mobilidade: Expansão das redes de transportes públicos
Metro de Lisboa

• Mais 30 km de linhas
• Mais 35 estações
• 1 524 milhões de investimento em curso
• 31 000 toneladas/ano CO2 reduzido
• 46 milhões de novos pax/ano
LIOS – Linha Intermodal Sustentável
• LIOS Ocidental
• LIOS Oriental
• Mais 24 km de linhas
• Mais 37 estações
• Cerca de 490 milhões (referência indicativa do investimento)
SATUO
(Fase pré-concursal)

• Mais 9 km de linhas
• Mais 14 estações
• 112 milhões de investimento
Metro Sul do Tejo
• Lado Poente
• Lado Nascente
• Mais 50 Km de linhas
• 350 milhões de euros (investimento lado Poente)
Transtejo Soflusa
• Novas rotas e novos terminais
• 96 milhões para navios e sistemas de carregamento
• 14 milhões para renovação de terminais e estações
Linha de Alta Velocidade Lisboa-Madrid
(Fase 2 -Lisboa > Évora)

• 2 800 milhões de investimento
Duas novas travessias do Tejo
• 3 000 milhões de investimento na TTT Chelas Barreiro
• 1 500 milhões de investimento no Túnel Algés-Trafaria

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Obra Sottomayor Residências
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Lisboa cria hubs para comercialização e reutilização de materiais de construção

Para dar resposta ao desafio dos resíduos da construção, Lisboa integra o projecto europeu CirCoFin, que pretende desenvolver um mercado para componentes de construção reutilizados, através da implementação dos Circular Construction Hubs

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Em Portugal, o sector da construção representa uma parte significativa do consumo de recursos naturais e da produção de resíduos. Estima-se que os edifícios de habitação e serviços sejam responsáveis por 20% do consumo de energia e 6,7% do consumo de água no País. Além disso, o sector gera anualmente cerca de 7,5 milhões de toneladas de resíduos sólidos, sendo que os resíduos minerais de construção e demolição correspondem a 17% do total de resíduos não urbanos. Estes números evidenciam a necessidade e o potencial das soluções de economia circular no sector da construção.

Para dar resposta a este desafio, Lisboa integra o projecto europeu CirCoFin, que pretende desenvolver um mercado para componentes de construção reutilizados, através da implementação dos Circular Construction Hubs. Financiado pela União Europeia, com um total de seis milhões de euros, o projecto será implementado entre 2025 e 2028. A iniciativa teve início oficial em Janeiro, com um encontro entre os parceiros em Munique.

“Este projecto representa uma oportunidade única para Lisboa dar os primeiros passos no sentido de gerar um impacto real no sector da construção”, afirmam Miguel de Castro Neto e Fernando Angleu, presidentes da Lisboa E-Nova e Gebalis, respectivamente. “Em estreita articulação com todos os actores relevantes da cidade, acreditamos que esta iniciativa contribuirá de forma concreta para reforçar a sustentabilidade urbana e acelerar a transição para uma economia mais circular.”

Além de Lisboa, participam no CirCoFin outras três cidades e países europeus, tais como, Alemanha, que lidera, Escócia e Dinamarca. Cada parceiro está a desenvolver soluções técnicas, legais e operacionais para promover a reutilização de materiais de construção, através de projectos-piloto com potencial de expansão a nível nacional, particularmente na Escócia e na Dinamarca.

Em Lisboa, o CirCoFin irá impulsionar a criação de um hub Físico e Digital, dedicado à reutilização de materiais provenientes de demolições e remodelações. A cidade já conta com iniciativas promissoras no campo da construção circular, como a reutilização de materiais em obras municipais e incentivos à construção sustentável. Com o apoio do projecto europeu, estas acções serão ampliadas e reforçadas, consolidando Lisboa como uma referência na transição para uma economia mais sustentável no sector da construção.

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“Ser arquiteto é” filme e podcast a partir da obra de João Álvaro Rocha

A partir da vida e obra do arquitecto João Álvaro Rocha, ‘Ser arquitecto é…’ pretende dar a conhecer ao público o que pode ser trabalhar em arquitectura, através do filme e de um podcast com seis episódios baseados em entrevistas a pessoas com as quais se relacionou em diferentes vertentes da sua actividade

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O Projecto de Investigação de História Oral, a partir da vida e obra do arquitecto João Álvaro Rocha, pretende dar a conhecer ao público o que pode ser trabalhar em arquitectura, através do filme ‘Ser arquiteto é’ e de um podcast com seis episódios baseados em entrevistas a pessoas que se relacionaram com o arquitecto, nas diferentes vertentes da sua actividade.

Entre os entrevistados estão o presidente António Silva Tiago, Câmara Municipal da Maia, António Silva Tiago, o pintor Fernando Brito, enquanto cliente, o arquiteto José Manuel Pozo, crítico e colega docente na Escola de Arquitectura de Navarra, em Espanha, o arquiteto José Gigante, antigo sócio e colega de profissão, Rute Carlos, ex-aluna, arquiteta e professora na Universidade do Minho e Jorge Rocha, professor na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto e irmão do arquitecto.

O filme vai ser exibido em cinco locais diferentes, cada um contando com a presença de um dos entrevistados, e alguns convidados. Os espaços seleccionados para as sessões de exibição são a Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto, a Quinta da Gruta, a Casa do Corim, a Escola Secundária da Maia, e a Ordem dos Arquitetos – Secção Regional Norte (OASRN).

O primeiro episódio do podcast, ‘Ser arquiteto é… ser professor’, foi lançado no início de Maio nas principais plataformas digitais. Seguem-se ‘Ser arquiteto é… ser cidadão’, ‘Ser arquiteto é… ser irmão’, ‘Ser arquiteto é… ser crítico’, ‘Ser arquiteto é… ser cliente’ e por fim, ‘Ser arquiteto é… ser sócio’, até Setembro.

O projecto integra um estudo de Investigação de História Oral promovido pela Associação Pró-arquitectura João Álvaro Rocha (APJAR), que tem como objectivos enriquecer o arquivo e preservar a memória comum. A APJAR, com apoio da Câmara Municipal da Maia, é responsável pela gestão e preservação do acervo do arquitecto, propriedade da autarquia, além de promover iniciativas de divulgação e participação da comunidade no âmbito da arquitectura.

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LovelyStay celebra 10 anos com mais de 135 M€ gerados para proprietários

Integrada no Ando Living Group, hoje, a LovelyStay opera em todo o território nacional — Lisboa, Porto, Algarve, Madeira e outras regiões-chave — e já iniciou a sua expansão internacional, com operações em Londres e Istambul e novos projectos previstos em Espanha

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A LovelyStay, empresa portuguesa especializada na gestão de alojamento local e empreendimentos turísticos, celebra este mês uma década de operação.  Com mais de 135 milhões de euros gerados em receitas brutas para proprietários e investidores, mais de 270 mil check-ins realizados e 725 mil hóspedes recebidos ao longo dos últimos 10 anos, a empresa consolida-se como uma das “principais forças na transformação da hospitalidade em Portugal”.

Hoje, a LovelyStay opera em todo o território nacional — Lisboa, Porto, Algarve, Madeira e outras regiões-chave — e já iniciou a sua expansão internacional, com operações em curso em Londres e Istambul e novos projectos previstos em Espanha.

“Estes 10 anos mostraram que é possível crescer com sustentabilidade, mantendo uma proposta clara de valor para os proprietários e foco total na rentabilidade. A LovelyStay representa uma nova geração de operadores turísticos, mais digitais, mais estratégicos, mais orientados para o retorno,” afirma William Tonnard, CEO da LovelyStay.

Desde 2015, a LovelyStay desenvolve um modelo de gestão integrado e orientado para a performance. A empresa acompanha todo o ciclo do activo turístico, desde o licenciamento e lançamento no mercado até à operação diária, com uma estrutura multidisciplinar que combina estratégia de revenue personalizada, tecnologia própria, automação operacional e acompanhamento especializado.

Nos últimos anos, a LovelyStay tem vindo a reforçar a sua actuação em segmentos premium, com especial destaque para a gestão integral de edifícios turísticos e villas de luxo, em zonas urbanas e destinos de elevado valor, destacando a entrada da empresa na Quinta do Lago. Estes projectos beneficiam de planos de receita personalizados, operação dedicada, integração multicanal e foco total na excelência da experiência do hóspede.

Integrada no Ando Living Group, a empresa posiciona-se como “o operador de eleição para investidores, promotores e proprietários que procuram transformar activos em produtos turísticos premium, sustentáveis e rentáveis”.

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As empresas que sofrem incumprimentos significativos aumentam até aos 29%

A percentagem de empresas portuguesas que sofreram incumprimentos significativos deteriorou-se em dez pontos relativamente aos níveis de impacto de há um ano

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Cerca de 29% das empresas portuguesas confirmam que sofreram incumprimentos significativos nos últimos doze meses, o que representa uma deterioração de dez pontos face aos níveis de impacto da morosidade registados há um ano. Este é um dos dados mais relevantes extraídos da vaga de Primavera do Estudo de Gestão de Risco de Crédito em Portugal, impulsionado pela Crédito y Caución e pela Iberinform, na qual participaram gestores de mais de 300 empresas de todas as dimensões e sectores.

Enquanto 4% das empresas portuguesas percebem o impacto do ambiente económico no risco de crédito da sua carteira comercial. O principal factor de perturbação é a má evolução dos custos financeiros, apontado por 38% das empresas. Em seguida, destacam-se a evolução da inflação (37%), a procura por parte dos clientes (30%), os custos energéticos (23%), as tensões geopolíticas (20%) e os problemas na cadeia de abastecimento (14%). A incerteza tarifária, apesar de estar presente no debate económico actual, é mencionada por apenas 5,9% das empresas.

Neste complexo contexto de risco de crédito evidenciado pelo estudo, 22% do tecido produtivo (um ponto menos que há um ano) registou uma diminuição das suas vendas. Contudo, 66% das empresas (um valor semelhante ao de há um ano) registaram algum tipo de crescimento. As empresas revelam a sua confiança em que poderão manter esta dinâmica em 2025. Destaca-se de modo muito positivo o facto que 66% das empresas esperam que os seus níveis de facturação continuem a aumentar, face a uns exíguos 8,7% que esperam que este exercício seja pior que o anterior em termos de receitas.

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Paulo Cunha é o novo CEO da Pipedrive

A Pipedrive nomeou Paulo Cunha como novo CEO da empresa em Portugal, reforçando a aposta no crescimento e na inovação no mercado nacional. Antes de integrar a Pipedrive, Paulo Cunha desempenhou funções de liderança em áreas estratégicas do Hotels.com e da SeatGeek

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A Pipedrive nomeou Paulo Cunha como novo director-geral da Pipedrive, com o objectivo de liderar a próxima fase de crescimento da empresa. Com uma vasta experiência nas áreas de consultoria de gestão, capital privado e tecnologia, destaca-se pela inovação e o crescimento de estratégias diferenciadoras de marketing e de produtos.

Paulo Cunha tem impulsionado com sucesso o crescimento de organizações globais através do marketing e da inovação de produtos. Recentemente, liderou a presidência da SeatGeek, uma plataforma líder de entretenimento ao vivo, onde supervisionou o marketplace da empresa. Antes disso, trabalhou mais de oito anos no Expedia Group, assumindo diversos cargos executivos nas áreas de marketing, crescimento e desenvolvimento de negócios para o Hotels.com. Exerceu, igualmente, funções de estratégia e operações na ECS, uma empresa europeia de gestão de activos, e na ING, uma empresa multinacional holandesa de serviços bancários e financeiros. Iniciou a sua carreira como consultor no Boston Consulting Group e é doutorado em Administração de Empresas pela Universidade de Tilburg, nos Países Baixos.

A nomeação de Paulo Cunha surge numa fase de grande crescimento para a Pipedrive, à medida que a empresa aprofunda a sua visão de produto com soluções de inteligência artificial que valorizam a experiência de agentes para melhorar as necessidades em constante evolução do actual contexto do sector de vendas. Com uma base global de clientes em expansão e inovação contínua em soluções baseadas em inteligência artificial, a Pipedrive fortalece a sua posição como líder de confiança em CRM de vendas para pequenas empresas, reforçando o valor e impacto que proporciona aos clientes.

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BPI Imofomento adquire primeira loja da Obramat em Portugal

O BPI Imofomento reforçou o seu portfólio com a aquisição da primeira loja da Obramat que é também a sede do grupo em Portugal. Com a nova aquisição, o portfolio de Retail do Fundo atingirá os 180 milhões de euros e quase 81.000 metros quadrados de superfícies comerciais

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O BPI Imofomento, Fundo de Investimento Imobiliário Aberto gerido pela BPI Gestão de Ativos, acordou a compra do espaço Obramat, do grupo Aldea, uma grande superfície comercial destinada aos profissionais da construção civil, que será também a sede da Obramat em Portugal.

Esta aquisição reforça a posição do Fundo no segmento comercial, através da aquisição de uma unidade cuja construção terminou em Março de 2025 e se localiza em Alfragide.

A localização privilegiada da Obramat, aliada às suas características únicas, sublinha o compromisso do BPI Imofomento em investir em activos que não só proporcionam rentabilidade, mas que também representam o futuro do mercado imobiliário comercial em Portugal.

O portfolio comercial destaca-se pela sua aposta em localizações de grande procura, em particular Lisboa, Alfragide e Porto. Actualmente, o Fundo detém três centros comerciais, uma grande unidade de retalho e duas grandes superfícies destinados a profissionais.

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Câmara Municipal da Batalha adjudica troço rodoviário à NOV Construções

A empreitada entre Vale de Ourém e Casal do Meio (limite Concelho) e Casal dos Lobos, no valor superior a um milhão de euros, apresenta uma extensão total de 2.144,69 metros, sendo parte integrante do CM 1266 – Estrada Principal

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A empreitada «CM 1266 entre Vale de Ourém e Casal do Meio (limite Concelho) e Casal dos Lobos (limite CM 1250-1) – Fase I (Troço Vale de Ourém / Perulheira)»  foi adjudicada pela Câmara Municipal da Batalha à NOV Pro Construções, por um valor superior a 1 milhão de euros, com um prazo de execução de 270 dias.

Os arruamentos, especialmente o troço 1, encontram-se actualmente num estado de grande degradação, colocando em causa a segurança de quem nele circula, daí a necessidade de “…reabilitar estruturalmente as faixas de rodagem, que se encontram com deformações permanentes, através do reforço do pavimento, conceber condições de circulação pedonal, garantindo conforto e segurança, e assegurar o melhoramento, prolongamento ou renovação das infraestruturas existentes”.

A intervenção no troço 1 apresenta uma extensão total de 2.144,69 metros e será realizada entre Vale de Ourém a Casal do Meio, sendo parte integrante do CM 1266 – Estrada Principal. O perfil transversal tipo tem uma dimensão de 8 metros, sendo 6 metros faixa de rodagem e 1 metro de berma, no mínimo.

A NOV Pro Construções, sedeada em Leiria, é uma empresa do Grupo NOV Engenharia e Construções, sendo a mais internacional das sete unidades de negócio existentes.

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CIN regressa com nova edição de workshops gratuitos

A nova temporada de formações terá início a 17 de Maio, no Porto, com sessões a decorrer nas lojas CIN do Campo Alegre e Leça de Palmeira, estendendo-se também a Lisboa, na loja CIN Vetejo, na Expo

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tagsCIN

Depois do sucesso das sessões anteriores, a marca portuguesa CIN volta para mais um ano de pedagogia e muitas dicas. Este ano, os workshops focam-se na pintura para paredes e móveis e as inscrições para a primeira sessão já se encontram abertas.

A nova temporada de formações terá início a 17 de Maio, no Porto, com sessões a decorrer nas lojas CIN do Campo Alegre e Leça de Palmeira, estendendo-se também a Lisboa, na loja CIN Vetejo, na Expo.

“Pintar paredes” e “Pintar móveis”, são as duas temáticas fundamentais dos workshops, especialmente concebidos para quem procura aprender técnicas profissionais de preparação, aplicação e acabamento, permitindo dar uma nova vida a peças antigas e transformar ambientes através da cor. Além disso, nestes workshops a CIN partilha com os participantes muitas dicas úteis para que os trabalhos de pintura decorram sem sobressaltos nem desperdícios.

As sessões serão orientadas por especialistas em cor e decoração da CIN, assim como técnicos especialistas, que irão guiar os participantes através de demonstrações práticas, através da partilha de dicas profissionais e esclarecimento de dúvidas face aos seus projectos.

Os workshops terão duas sessões, uma no período da manhã e outra à tarde, oferecendo maior flexibilidade e mais oportunidades de participação. Apesar de serem gratuitos, os lugares são limitados e exigem inscrição prévia no site oficial da CIN.

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AGEFE reúne empresas do sector material eléctrico 8 e 9 de Maio

Com o tema “Desafio 2050 – criar valor num mundo em mudança”, o evento visa “promover uma reflexão estratégica sobre o papel desta indústria na criação de valor” para Portugal

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tagsAGEFE

A Associação Portuguesa da Indústria Eletrodigital (AGEFE ) organiza, nos próximos dias 8 e 9 de Maio, um evento nacional onde reúne as principais empresas do sector de material eléctrico, em Ílhavo. Com o tema “Desafio 2050 – criar valor num mundo em mudança”, o evento visa “promover uma reflexão estratégica sobre o papel desta indústria na criação de valor” para Portugal.

Como refere Daniel Ribeiro, director-geral da AGEFE, “realizar este projecto é fazer o que é necessário! É fazer o que está certo!”. Esta iniciativa reflecte o compromisso da AGEFE com um desenvolvimento estratégico que permita à indústria electrodigital gerar mais valor e contribuir para um futuro mais competitivo e sustentável para Portugal.

O evento junta fabricantes, importadores e distribuidores grossistas de produtos e soluções nas áreas da distribuição de energia, energias renováveis, mobilidade elétrica, automação e robótica, eficiência energética, iluminação e infraestruturas, agentes cruciais para a transição energética e digital do País e da Europa.

Realizado simbolicamente durante as comemorações do Dia da Europa, o evento ganha um significado adicional ao destacar o contributo da indústria electrodigital para os objectivos políticos europeus de descarbonização e competitividade económica.

Neste contexto de mudança acelerada, marcado pela instabilidade geopolítica e pela redefinição de prioridades económicas globais, a AGEFE propõe um debate alargado sobre as condições necessárias para reforçar a criação de valor nacional no sector.

A agenda inclui intervenções de Nuno Ribeiro da Silva e António Ramalho, que irão lançar o debate sobre temas como os custos da energia e a competitividade, a agenda europeia pós-relatórios Letta e Draghi, os novos desafios na área da defesa e o papel da indústria electrodigital em Portugal.

A EY e a AGEFE farão um enquadramento estratégico, com um workshop dinâmico focado em quatro eixos: eficiência e redução de custos, valorização da procura, transformação e capacitação da oferta e o potencial de Portugal como hub económico.

Este workshop integra-se num projecto mais vasto que conta com o apoio do FEDER, do programa Portugal 2030 e da União Europeia, com o objectivo de elaborar um estudo que identifique as condições-chave para que Portugal ganhe centralidade institucional e económica na indústria electrodigital.

O evento culmina com uma mesa-redonda entre líderes associativos para discutir os principais resultados do workshop. Paralelamente, decorrerão dois momentos de especial relevância: a entrega dos Prémios “Fornecedor do Ano” e a apresentação do Estudo Anual AGEFE sobre o mercado português de material eléctrico em 2024.

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Nova Arcada coloca 2 mil painéis solares

Com o Grupo Greenvolt, o centro comercial de Braga conta, agora, com mais de 2 mil painéis solares que vão permitir uma redução de 34% da energia consumida da rede

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O Nova Arcada aposta na instalação de um sistema de painéis fotovoltaicos, através da Greenvolt Next, empresa do Grupo Greenvolt. Esta medida insere-se na estratégia contínua do centro comercial para promover a eficiência energética, reduzir a pegada ecológica e construir um futuro mais sustentável.

A iniciativa, cuja tecnologia foi implementada em parceria com a Greenvolt Next permitiu a instalação de 2.164 painéis solares, com uma potência total de 1.201,02 kWp. Desenvolvido sob um modelo de investimento PPA (Power Purchase Agreement), este projecto vai permitir ao Nova Arcada produzir aproximadamente 1.531 MWh de energia, o que representa uma redução de 34% da energia consumida da rede.

Com este investimento, estima-se evitar a emissão de cerca de 303 toneladas de CO₂ equivalente por ano, reforçando o papel do Nova Arcada enquanto agente activo na transição energética, que passa a reduzir a sua dependência de fontes convencionais.

“A implementação desta tecnologia representa mais que uma melhoria na eficiência operacional: é uma expressão clara da nossa responsabilidade ambiental e da visão que temos para o futuro. Queremos continuar a ser uma referência não só enquanto espaço comercial, mas também como promotores de práticas sustentáveis e inovadoras”, refere Filipa Lopes, directora do Nova Arcada.

“O retalho tem um papel crucial na transição energética. Este projecto com o Nova Arcada mostra como é possível aliar sustentabilidade e eficiência, reduzindo custos e emissões carbónicas. A nossa missão, na Greenvolt Next, é precisamente essa: ajudar empresas a consumir energia de forma mais inteligente e responsável,” afirma Pedro Lavareda de Carvalho, managing partener da Greenvolt Next em Portugal.

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