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“Estamos totalmente comprometidos com a transição para uma economia de baixo carbono”

Ao CONSTRUIR, o CCO da Cimpor, Ignácio Gómez, explica as transformações que estão a ser adoptadas numa das empresas europeias de referência na indústria cimenteira

Ricardo Batista
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“Estamos totalmente comprometidos com a transição para uma economia de baixo carbono”

Ao CONSTRUIR, o CCO da Cimpor, Ignácio Gómez, explica as transformações que estão a ser adoptadas numa das empresas europeias de referência na indústria cimenteira

Ricardo Batista
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Para o Chief Comercial Officer (CCO) da CIMPOR, a previsibilidade é fundamental para as empresas, pelo que a instabilidade governativa não pode ser encarada como positiva. Ainda assim, Ignácio Goméz explica ao CONSTRUIR a estratégia da empresa para uma operação mais sustentável e que passa por um investimento estimado em 1,4 mil milhões de euros, a aplicar na modernização das fábricas do grupo e na eficiência das operações

A CIMPOR acaba de assinalar 130 anos. Muito se conhece a propósito do passado da empresa em Portugal. E o futuro? Por onde passa o futuro?
O futuro da CIMPOR está alicerçado em três grandes pilares: inovação, sustentabilidade e transformação digital. No próximo ano, a CIMPOR celebra 50 anos de existência, enquanto o seu Centro de Produção de Alhandra assinalou recentemente 130 anos, sendo a fábrica de cimento mais antiga do mundo a operar continuamente no mesmo local. Com tantos anos de história, a empresa continua a dar passos decisivos para consolidar a sua liderança no sector cimenteiro, com investimentos em tecnologia e modernização. A rede privada 5G Standalone instalada nas nossas fábricas permite uma digitalização das operações, tornando os processos mais ágeis e eficientes. Ao mesmo tempo, apostamos em soluções inovadoras para aumentar a competitividade e optimizar a utilização dos recursos.

A CIMPOR está também a modernizar as suas fábricas de Alhandra, Souselas e Loulé com projectos que envolvem um investimento total de 360 milhões de euros em tecnologias de eficiência operacional e energética para responder aos desafios do sector. A CIMPOR, portanto, projecta o futuro com a mesma visão de sempre: inovar para crescer, com um forte compromisso com a criação de valor para as comunidades e para o mercado.

A CIMPOR prevê investir 1,4 mil milhões de euros em Portugal até 2030. Quais vão ser as prioridades deste investimento e, no plano prático, como é que o mercado vai percepcionar os resultados desse investimento?
O nosso investimento de 1,4 mil milhões de euros em Portugal até 2030, que já está em curso desde a aquisição da CIMPOR por parte da TCC Group Holdings em Março do ano passado, espelha o compromisso da CIMPOR com a inovação e o reforço da sua competitividade no sector. A grande prioridade deste investimento é a modernização das infraestruturas e a implementação de novas tecnologias, garantindo operações mais eficientes e preparadas para o futuro. Parte significativa desse montante será alocada à modernização das infraestruturas, ao desenvolvimento de novas tecnologias e à introdução de novos produtos que não só atendem aos requisitos ambientais mais exigentes, mas também asseguram a nossa competitividade no mercado global.
Além disso, a aposta na digitalização e na automação permitirá ganhos significativos de eficiência e tornará as operações mais ágeis e competitivas. A modernização das fábricas, a implementação de novas soluções tecnológicas e o reforço da capacidade produtiva vão traduzir-se numa oferta mais diferenciada e numa resposta mais eficaz às necessidades dos clientes.
O mercado vai perceber os resultados desse investimento através de uma maior eficiência na produção, de produtos mais inovadores e da capacidade da CIMPOR em antecipar tendências e responder aos desafios da indústria, garantindo a sua posição de referência no sector cimenteiro.

Disse, em Dezembro último, que “o investimento é grande e se o Governo não está no mesmo ritmo, teremos um problema no futuro”. A instabilidade que se tem vivido em Portugal, do ponto de vista político, pode comportar riscos para a iniciativa privada? Em que medida?
A instabilidade política nunca é positiva para a iniciativa privada, pois significa que processos ficam parados e que decisões estratégicas podem sofrer atrasos. Para empresas como a CIMPOR, que fazem investimentos de grande escala e longo prazo, a previsibilidade é fundamental. Sempre que há incerteza no panorama político, existe o risco de desaceleração nos projectos e nos investimentos planeados. É importante que, independentemente do contexto político, os processos administrativos e regulatórios continuem a avançar a um ritmo que permita às empresas concretizar os seus planos sem entraves desnecessários.

Muito se discute em torno da sustentabilidade e da pegada carbónica na indústria da Construção de um modo transversal. De que modo está a CIMPOR a responder aos desafios que existem pela frente neste domínio e o que está a ser feito para ir ao encontro do que se espera que seja a neutralidade carbónica?
A abordagem da CIMPOR, no que diz respeito à sustentabilidade e à redução da pegada carbónica, é clara e proactiva, especialmente porque reconhecemos o impacto que a nossa indústria tem nas emissões de CO2. Estamos totalmente comprometidos com a transição para uma economia de baixo carbono e a net zero, um objectivo que nos orienta e que estabelece o horizonte de 2050.
No presente, temos em curso um plano estratégico de descarbonização que envolve várias iniciativas e investimentos. Estas incluem, por exemplo, a substituição de combustíveis fósseis por alternativas mais ecológicas, ou o investimento em infraestruturas de energias renováveis, como as UPACs (Unidades de Produção para Autoconsumo) que já estão operacionais. Estamos também a trabalhar em tecnologias de recuperação de calor residual que visam converter o calor gerado no processo de produção de clínquer em energia eléctrica.

Outra grande aposta da CIMPOR é a produção de materiais com menor pegada de carbono, como as argilas calcinadas, que podem substituir parcialmente o clínquer. Além disso, estamos a investir na inovação e no desenvolvimento de novos produtos que atendam às exigências ambientais do mercado, como o cimento de baixo carbono, e estamos a trabalhar em estreita colaboração com as autoridades e as comunidades locais para garantir que todos os processos de descarbonização sejam implementados de forma eficaz e inclusiva.

A CIMPOR compromete-se a alcançar emissões líquidas zero de gases com efeito de estufa ao longo de toda a cadeia de valor até 2050. Como vai ser feito este percurso até à meta traçada?
A CIMPOR tem um compromisso firme de alcançar a net zero até 2050, e este objectivo, que foi validado pela Science Based Targets initiative (SBTi), será alcançado através de uma combinação de iniciativas estratégicas, investimentos em tecnologias inovadoras e colaboração estreita com toda a nossa cadeia de fornecimento.
A descarbonização da produção é uma das nossas prioridades, com investimentos na substituição de combustíveis fósseis por alternativas mais sustentáveis e na eficiência energética das nossas fábricas. Também estamos a desenvolver produtos de menor pegada carbónica, como os cimentos com materiais alternativos, garantindo soluções mais sustentáveis para o sector da construção, sem comprometer a performance dos nossos materiais.

A transição energética será outro factor essencial, com um aumento significativo da incorporação de energia renovável e de combustíveis alternativos, reduzindo as nossas emissões ao longo da próxima década. Ao longo do percurso, também estamos a trabalhar de forma activa com os nossos fornecedores e parceiros para garantir que toda a nossa cadeia de valor contribua para a meta estipulada. A colaboração com os nossos clientes também será um pilar importante, com o desenvolvimento de soluções de construção sustentáveis que permitam a redução das emissões ao longo do ciclo de vida dos edifícios.

Anunciaram, recentemente, uma parceria com a FIZIX, empresa especializada em soluções que combinam sensores inteligentes e software baseado em inteligência artificial, para a adopção de um sistema de monitorização apoiado em IA que possibilitará detectar falhas nas instalações de produção de cimento antes que estas ocorram. Que necessidades identificaram para avançar com esta parceria? Na prática o que vai ser feito?
A parceria com a FIZIX surge como parte da nossa estratégia contínua de inovação e melhoria das nossas operações. A necessidade que identificámos para avançar com esta colaboração está directamente relacionada com o nosso compromisso em aumentar a eficiência operacional, reduzir o risco de falhas inesperadas nas nossas instalações e, consequentemente, optimizar a produção de cimento de forma mais eficiente.

As nossas fábricas estão sujeitas a uma complexa rede de processos e equipamentos que, se não monitorizados de forma contínua e eficaz, podem levar a interrupções ou falhas que impactam a produção. Sabemos que a manutenção preventiva e a detecção precoce de falhas são cruciais para garantir a continuidade da produção e a redução de custos operacionais. Foi neste contexto que identificámos a FIZIX como um parceiro estratégico, dada a sua expertise em soluções baseadas em inteligência artificial (IA) e sensores inteligentes.
Na prática, o que vamos fazer é implementar um sistema de monitorização avançado que utiliza sensores inteligentes para monitorizar em tempo real o desempenho das nossas instalações e equipamentos. Este sistema, alimentado por IA, será capaz de analisar grandes volumes de dados de forma eficiente, identificar padrões e, o mais importante, prever falhas antes que estas ocorram. Em vez de depender apenas da manutenção reactiva, que é mais custosa e disruptiva, passamos a contar com uma abordagem proactiva, que permite antecipar problemas e agir antes que afectem a produção.

Com esta parceria, vamos equipar as nossas instalações com sensores que irão medir variáveis críticas, como temperatura, pressão e vibração dos equipamentos, e enviar esses dados para uma plataforma centralizada. A inteligência artificial será responsável por analisar esses dados em tempo real, identificando potenciais falhas e notificando os responsáveis antes que estas se tornem um problema sério. Isso não só vai aumentar a confiabilidade dos nossos processos, mas também contribuirá para uma gestão mais eficiente da manutenção, permitindo que as equipas operacionais tomem decisões informadas com base em dados em tempo real.

Este sistema não se limita apenas à detecção de falhas, mas também permitirá uma optimização contínua dos processos. Ao perceber melhor o comportamento dos equipamentos, podemos identificar áreas de melhoria e ajustar os parâmetros operacionais para aumentar a eficiência e reduzir o desperdício.
Além disso, a integração de IA na nossa operação permitirá que a CIMPOR se mantenha na vanguarda da transformação digital na indústria cimenteira, alinhando-se com as melhores práticas de Indústria 4.0, onde a automação, a análise de dados e a inteligência artificial desempenham um papel central.

Uma empresa marcadamente cimenteira, como olha para a industrialização dos processos construtivos e para a “desejada” evolução dos processos de fabrico mais tradicionais?
A CIMPOR olha para a industrialização dos processos construtivos com grande interesse e atenção, pois acreditamos que esta tendência representa uma oportunidade significativa para o sector da construção e para a indústria cimenteira como um todo. A industrialização, nomeadamente a utilização de tecnologias avançadas e a automação, pode trazer uma série de benefícios, como a melhoria da eficiência, redução dos custos de produção e, acima de tudo, a garantia de maior qualidade e previsibilidade nos projectos de construção.
No entanto, para a CIMPOR, a industrialização não é apenas uma tendência passageira, mas uma realidade que já está a moldar o futuro da construção. A utilização de métodos mais modernos de fabrico, como a impressão 3D, o pré-fabricado e a construção modular, está a ser cada vez mais adoptada no sector da construção e irá, sem dúvida, transformar a forma como as obras são realizadas, criando novas exigências para os materiais e soluções que oferecemos. O cimento, como matéria-prima central na construção, precisa de acompanhar esta evolução, com produtos inovadores e mais adaptados aos novos métodos de construção.

A “desejada” evolução dos processos de fabrico mais tradicionais não significa que vamos abandonar a produção de cimento convencional, mas sim que devemos integrar novas tecnologias e processos mais eficientes, como os que estamos a implementar no âmbito da digitalização e da descarbonização. Este processo de evolução passa, por exemplo, pela melhoria das técnicas de produção, pela optimização da utilização de recursos e pela aposta na inovação, como já estamos a fazer.
Além disso, os avanços nos processos construtivos industriais exigem uma estreita colaboração entre a indústria do cimento e o sector da construção, pois as soluções mais inovadoras precisam de ser pensadas e adaptadas em conjunto. A CIMPOR, com a sua longa experiência e presença no mercado, tem um papel fundamental em fornecer produtos e soluções mais adaptáveis às necessidades da indústria da construção no futuro.

Do ponto de vista da industrialização, o cimento continuará a ser a base para as grandes obras de infraestrutura, mas com o avanço das novas tecnologias, estamos a trabalhar para que o cimento também seja mais eficiente e mais bem adaptado às exigências dos métodos de construção mais modernos. O nosso compromisso com a inovação vai ao encontro dessa necessidade de adaptação dos processos construtivos, tornando-os mais industriais e mais eficientes.
Olhamos para a industrialização dos processos construtivos não como uma ameaça, mas como uma evolução natural do sector, na qual a CIMPOR está activamente envolvida, com o objectivo de estar alinhada com as novas necessidades da indústria da construção.

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APAL traz a Portugal nomes internacionais da indústria do alumínio

No próximo dia 14 de Maio de 2025, APAL recebe as reuniões internacionais das entidades Qualanod e Qualicoat. O evento acontece no Hyatt Regency Lisbon, situado na Rua da Junqueira, em Alcântara

A Associação Portuguesa do Alumínio (APAL) vai receber em Lisboa, no próximo dia 14 de Maio de 2025, as reuniões internacionais das entidades Qualanod e Qualicoat, duas das mais relevantes organizações técnicas do sector do alumínio a nível global. Esta iniciativa insere-se nas comemorações dos 200 anos do alumínio, lideradas pela APAL. As reuniões terão lugar no Hyatt Regency Lisbon, situado na Rua da Junqueira, em Alcântara.

Ao trazer este momento internacional a Portugal, a APAL reforça o seu papel enquanto “elo de ligação” entre a indústria portuguesa e os principais fóruns técnicos globais, contribuindo para a “afirmação do alumínio” como um material essencial à arquitectura, engenharia e sustentabilidade.

A Qualicoat é a organização internacional que certifica a qualidade dos revestimentos aplicados ao alumínio, garantindo padrões técnicos exigentes e harmonizados em todo o Mundo. Fundada na Suíça, está presente em mais de 25 países, incluindo Portugal, e tem como missão assegurar a durabilidade e a performance de acabamentos aplicados em componentes arquitetónicos de alumínio. A entidade será representada em Lisboa por Coby Armar, secretário-geral da entidade.

Já a Qualanod, que representada pelo seu presidente, Peter Watts, é responsável por supervisionar e garantir a conformidade da anodização do alumínio com normas técnicas internacionais, promovendo práticas de qualidade e inovação industrial.

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Socicorreia com novo investimento de 32M€ nos Açores

O grupo empresarial lança SEA LUX 03, o seu novo projecto residencial em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, que afirma ser “o maior investimento privado de sempre nos Açores”

O SEA LUX 03 representa um investimento de 32 milhões de euros, o novo projecto residencial da Socicorreia irá criar 73 novos apartamentos.

Este é o quinto projecto do grupo no arquipélago e o primeiro condomínio fechado da empresa na região, reforçando a sua presença no mercado açoriano e a sua aposta no desenvolvimento urbano sustentável, e que será construído a menos de 100 metros do mar, nas imediações do centro histórico da cidade.

O SEA LUX 03 incluirá 73 apartamentos (tipologias T1 a T3), dois espaços comerciais de grande dimensão e estacionamento privativo para todas as fracções. O condomínio disponibilizará ainda piscina, solário, ginásio e amplas zonas verdes para uso exclusivo dos residentes.

“Acreditamos que este projecto contribui decisivamente para a modernização urbana da ilha de São Miguel, elevando os padrões da construção e da habitação, pois este novo é mais do que um edifício: é um marco de confiança no potencial económico dos Açores”, afirma Custódio Correia, presidente do grupo Socicorreia.

Com valores de lançamento a partir de 295 mil euros, o empreendimento posiciona-se como uma proposta competitiva num mercado em expansão, respondendo à crescente procura por habitação própria e por investimento imobiliário na região.

A construção recorrerá a paredes exteriores em betão armado e revestimentos de alta durabilidade, com foco na baixa manutenção e longevidade estética. Os interiores distinguem-se por soluções de carpintaria de elevada qualidade, armários integrados e cozinhas com design funcional e contemporâneo.

No Continente, a Socicorreia continua igualmente a reforçar a sua presença. Ainda recentemente, no Porto, lançou o Trawler Residence 01, na Avenida da Boavista, num investimento superior a 10 milhões de euros. Este é o segundo projecto do grupo na cidade Invicta, elevando para 35 milhões o total investido, onde se inclui também o edifício Molhe da Montevideu, na Foz do Douro.

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Retail Mind reforça presença no sector do lazer com expansão da Bowling City

De acordo com a evolução do mercado em Portugal, há intenção de abrir “uma média de duas/três lojas por ano, já a partir de 2026”, revela Ernesto Martins Farinha, um dos proprietários da Bowling City, enfatizando que a empresa continuará a apostar no conceito “de criação de espaços de diversão familiar para todas as idades”

A Retail Mind, grupo português especializado na gestão de marcas e projectos imobiliários de retalho, continua a diversificar o seu vasto portefólio, tendo formalizado recentemente uma parceria com a Bowling City, em Portugal.

A Bowling City inaugurou um espaço homónimo no Centro Colombo, em 2013, com uma área de dois mil metros quadrados (m2). Agora, a empresa de Sérgio Cruz e Ernesto Martins Farinha, avança para a expansão em território nacional, contando com a experiência acumulada pela Retail Mind como aceleradora de marcas.

A partir de Junho surgirá uma nova unidade no Tróia Resort, com 200 m2, designada como City Games, o que representa o pontapé-de-saída do plano de expansão. Mas, está já previsto um novo investimento na Região Norte do País, com uma área ainda maior, que inclui pistas de bowling e diversas áreas de diversão familiar.

“A parceria com a Bowling City reforça a nossa aposta na representação de marcas inovadoras no sector do lazer e entretenimento. Este conceito diferenciado em Portugal oferece experiências personalizadas de última geração e espaços pensados para toda a família. Acreditamos que este é apenas o início de um percurso repleto de conquistas e sucessos”, frisa Telma Oliveira, managing director da Retail Mind para Portugal.

O plano de negócios da Bowling City prevê, ainda, a criação da marca City Kids, especialmente direccionada para os mais novos. De acordo com a evolução do mercado em Portugal, há intenção de abrir “uma média de duas/três lojas por ano, já a partir de 2026”, revela Ernesto Martins Farinha, um dos proprietários da Bowling City, enfatizando que a empresa continuará a apostar no conceito “de criação de espaços de diversão familiar para todas as idades, com pistas de bowling, zona de conforto e bar, arcade, realidade virtual e aumentada, jogos clássicos, escape room e espaços com equipamentos infantis únicos”.

O processo de expansão contará com o contributo da Retail Mind, empresa sediada em Vila Nova de Gaia, que trabalha com mais de 125 marcas ao nível global, tendo contribuído para a abertura de cerca de 2.800 lojas em centros comerciais e ruas de Portugal, Espanha, França, Luxemburgo e América Latina.

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Santander recebe 400 M€ do BEI para reforçar financiamento a PME e MidCaps e sector agrícola em Portugal

75 milhões de euros serão destinados em exclusivo ao sector agrícola, enquanto 325 milhões de euros apoiarão PME e MidCaps. Cerca de 60% dos fundos deverão ser alocados a regiões de coesão

O Banco Europeu de Investimento (BEI) e o Santander assinaram a semana passada uma operação de financiamento no valor de 400 milhões de euros para impulsionar investimentos de PME e empresas de média capitalização (MidCaps), bem como apoiar o sector agrícola em Portugal. Esta operação visa melhorar o acesso ao financiamento para empresas em sectores estratégicos de forma a potenciar o desenvolvimento agrícola e o apoio às regiões de coesão económica.

A iniciativa inclui um montante de 75 milhões de euros especificamente dedicado ao sector agrícola, no âmbito do Programa Agrícola Pan-Europeu, uma iniciativa do BEI para fortalecer a agricultura e a bioeconomia na Europa – uma das oito prioridades fundamentais do BEI.

Pelo menos 10% desse valor será alocado a jovens agricultores e recém-instalados, com o BEI a permitir a elegibilidade para financiamento de aquisição de terrenos agrícolas. Esta é a primeira operação assinada pelo BEI no âmbito do pacote de 3 mil milhões de euros lançado em 2024 para apoiar empresas agrícolas, com especial atenção às empresas lideradas por jovens empreendedores.

Os restantes 325 milhões de euros serão direccionados ao financiamento de PME e MidCaps em Portugal, esperando-se que cerca de 60% dos fundos sejam alocados a regiões de coesão, promovendo o desenvolvimento económico em áreas com menor acesso ao crédito e incentivando a modernização empresarial.

“Este financiamento reforça o compromisso do BEI com o crescimento económico sustentável, garantindo que as PME, incluindo o sector agrícola, tenham acesso a condições de financiamento mais favoráveis”, referiu Jean-Christophe Laloux, director-geral e chefe de operações do BEI. “Ao apoiar jovens agricultores e projectos inovadores, contribuímos para a resiliência e competitividade da economia portuguesa.”

“É com um enorme sentido de compromisso com as nossas empresas que fechámos mais um acordo com o BEI. Trabalhamos todos os dias para disponibilizar as melhores soluções aos nossos clientes, conscientes de que decisões de investimento sustentáveis são cruciais para o crescimento dos negócios e, consequentemente, para o desenvolvimento do país”, sublinhou Amílcar Lourenço, administrador executivo do Santander Portugal.

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ADENE assina acordo com maior organização energética da América Latina

O acordo assinado pela ADENE e pela OLADE, foca-se na cooperação, coordenação e assessoria técnica em projectos e iniciativas que promovam a eficiência energética, energias renováveis, descarbonização e sustentabilidade

A ADENE e a Organização Latino-Americana de Energia, OLADE, celebraram, em Quito, Equador, um protocolo de colaboração que assinala “um novo marco na cooperação energética entre Portugal e os países da América Latina e do Caribe”, sublinha a ADENE em comunicado. Este acordo visa reforçar o compromisso conjunto com a promoção da eficiência energética, das energias renováveis e da sustentabilidade a nível ibero-americano.

Este acordo surge num momento em que a Europa enfrenta desafios crescentes relacionados com a segurança do abastecimento, a pressão sobre as redes e a necessidade urgente de acelerar a transição energética, representando uma oportunidade estratégica para aprofundar o diálogo global e partilhar soluções que promovam sistemas energéticos mais resilientes e sustentáveis.

O protocolo, assinado por Nelson Lage, presidente da ADENE, e Andrés Rebolledo Smitmans, secretário executivo da OLADE, tem por objectivo aprofundar a cooperação, a coordenação e a assessoria técnica em projectos e iniciativas que promovam a eficiência energética, as energias renováveis, a descarbonização e a sustentabilidade.

“A ADENE está comprometida em promover a cooperação internacional para enfrentar os desafios energéticos globais. Este protocolo com a OLADE é um passo significativo para fortalecer as nossas acções conjuntas em prol da eficiência energética, das energias renováveis e da sustentabilidade”, afirmou Nelson Lage, presidente da ADENE, acrescentando que “juntos, podemos criar um impacto positivo e duradouro na transição energética e no desenvolvimento sustentável”.

Com 27 países membros, a OLADE é um dos principais organismos intergovernamentais da região no domínio da energia. Este acordo representa para a ADENE uma oportunidade estratégica de partilha de conhecimento, transferência de boas práticas e contribuição activa para o reforço da literacia energética e da capacidade técnica na região ibero-americana.

O protocolo entre a ADENE e a OLADE prevê a realização de acções no domínio da formação e capacitação técnica em eficiência energética nos edifícios, na indústria e nos transportes; Campanhas de sensibilização e promoção da literacia energética; Organização de missões técnicas, eventos e visitas de intercâmbio; Criação de projectos conjuntos, alinhados com as metas climáticas e energéticas nacionais e regionais; e Apresentação de candidaturas a instrumentos de financiamento internacional para acções de interesse comum.

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Splendouro Village
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Sharp Developers apresenta novo projecto residencial em Vila Nova de Gaia

Integrado na linha Splendouro, o condomínio fechado nasce na Rua da Quinta do Fontão, na zona da Afurada, e conta com um investimento de 20 milhões de euros

A Sharp Developers acaba de apresentar o Splendouro Village, um novo empreendimento que promete elevar os padrões da habitação de luxo em Vila Nova de Gaia. Integrado na linha Splendouro, o condomínio fechado nasce na Rua da Quinta do Fontão, na zona da Afurada, e conta com um investimento de 20 milhões de euros. Com apenas 29 residências, o projecto distingue-se pela sua arquitectura “sofisticada, acabamentos premium e uma ligação harmoniosa à natureza”.

“Com o Splendouro Village, reafirmamos o compromisso da Sharp Developers em desenvolver projectos residenciais que se destacam pela inovação, sofisticação e rigor na proposta de valor. Num mercado onde os preços sobem, mas a qualidade muitas vezes desilude, oferecemos moradias espaçosas, bem equipadas e inseridas num condomínio privado concebido em torno de um parque central. Trata-se de uma oportunidade rara: casas que entregam, de forma transparente, o valor real do investimento.”, explica Juan Camilo Amaya, director-geral da Sharp Developers.

O Splendouro Village oferece moradias T4 e T5 com áreas interiores desde os 207m2 até os 311 m2, com jardins privativos. Algumas unidades incluem, ainda, piscina. O empreendimento dispõe de uma extensa zona verde interior de 4.858 metros quadrados (m2), desenhada para criar um refúgio de lazer e bem-estar. O parque central inclui percursos pedonais, espaços de descanso, um parque infantil e áreas de lazer, promovendo uma vivência equilibrada entre natureza e urbanidade.

O projecto distingue-se, ainda, pela utilização de soluções tecnológicas de última geração, incluindo automatização inteligente das moradias, sistema de ar condicionado multi-split e um ponto de carregamento elétrico dedicado para veículos em caIntegrado na linha Splendouro, o condomínio fechado nasce na Rua da Quinta do Fontão, na zona da Afurada, e conta com um investimento de 20 milhões de eurosda garagem.

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Fusões e Aquisições movimentam 1,4MM€ até Abril de 2025

Entre Janeiro e Abril número de transacções no mercado de Fusões e Aquisições português registou uma queda de 30%, face ao período homólogo. O sector de real estate foi, uma vez mais, o mais activo no período em análise (Abril). Espanha foi o país que mais investiu no mercado português

Entre Janeiro e Abril de 2025, o mercado transaccional português viu a concretização de 155 operações, totalizando 1,4 mil milhões de euros. Destas, 41% revelaram seus valores, conforme aponta o mais recente relatório do TTR Data.
Estes números representam uma queda de 30% no número de transacções em comparação com o mesmo período de 2024, assim como uma diminuição de 62% no capital mobilizado.

Em Abril, foram registadas 31 fusões e aquisições, entre anunciadas e encerradas, e um valor total de 461,90 milhões de euros. Em termos sectoriais, o sector de real estate foi o mais activo em 2025, com 27 transacções, seguido pelo sector de internet, software & IT services com 21 operações.

Âmbito Cross-Border
No âmbito Cross-Border, quanto à número de transacções, a Espanha e os Estados Unidos, foram os países que mais investiram em Portugal no período, contabilizando 21 e oito transacções, respectivamente. As empresas portuguesas escolheram a Espanha e Estados Unidos como principal destino de investimento, com oito e cinco transacções, respectivamente.
As aquisições estrangeiras no sector de Tecnologia e Internet caíram em 61% em comparação ao mesmo período de 2024.

Private Equity, Venture Capital e Asset Acquisitions

Até Abril de 2025, foram contabilizadas 17 transacções de private equity, representando uma queda de 29% no número de operações em comparação ao mesmo período de 2024.
Em venture capital, foram realizadas 32 rodadas de investimentos e um total de 176 milhões de euros, representando uma diminuição de 38% no número de transacções.

No segmento de asset acquisitions, foram registadas 38 transacções com um valor de 371 milhões de euros, representando uma queda de 32% no número de operações. A transacção destacada pelo TTR Data em Abril de 2025, foi a conclusão pelos CTT Correios de Portugal da aquisição da totalidade do capital social da Compañia Auxiliar al Cargo Expres (CACESA), empresa espanhola do sector aduaneiro de e-commerce internacional. O valor da transacção foi de 106 milhões de euros. A operação contou com a assessoria jurídica em lei portuguesa do escritório Cuatrecasas Portugal. Do lado financeiro, Lazard e Deloitte

Ranking de assessores financeiros e jurídicos

O relatório publica os rankings de assessoria financeira e jurídica até Abril de 2025 em M&A, private equity, venture capital e mercados de capitais, onde a atividade dos assessores é reflectida pelo número de transacções e pelo valor total.

Quanto ao ranking de assessores jurídicos, por número de transacções lidera ao longo de 2025 o escritório Cuatrecasas Portugal com 13 operações. Em valor lidera o escritório Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva & Associados contabilizando um total de 166,29 milhões de euros.
No que se refere ao ranking de assessores financeiros, por número de transacções e valor lidera o Banco Bradesco BBI com uma operação e contabilizando EUR 369,68 milhões de euros.

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PERFISA marca presença na Construmat 2025 com soluções sustentáveis de construção a seco

Este evento é considerado uma das principais feiras internacionais do setor da construção e vai reunir mais de 700 marcas e 350 expositores num espaço de
32.000 m².

PERFISA® vai estar presente na Construmat, que se realiza, de 20 a 22 de maio de 2025, no recinto Gran Via da Fira de Barcelona.

A sustentabilidade é um dos eixos centrais da Construmat, refletindo a crescente exigência do setor por soluções que conciliem desempenho e responsabilidade ambiental. Trata-se de uma visão que está profundamente alinhada com a atuação da PERFISA® que desenvolve soluções para a construção a seco, otimizando recursos e reduzindo o impacto ambiental, ao mesmo tempo que responde às exigências de eficiência energética e durabilidade.

Durante o evento, a PERFISA irá destacar a sua experiência e know-how com a apresentação de várias soluções:

  • A gama de perfis metálicos certificados pela AENOR (Asociación Española de Normalización y Certificación) destina-se aos sistemas em gesso cartonado e assegura os elevados padrões de qualidade, segurança e desempenho, em conformidade com as exigentes normas europeias aplicáveis ao setor da construção a seco. Esta certificação atesta não só a fiabilidade dos materiais utilizados, como também a consistência dos processos de fabrico e o rigor no controlo técnico, garantindo produtos estáveis, duráveis e de fácil aplicação em obra. Enquanto fabricante de perfis e acessórios para sistemas em gesso cartonado, a PERFISA® consolidou a sua presença, no mercado espanhol, ao obter a certificação N da AENOR numa distinta seleção de perfis metálicos.

 

  • O sistema THERMOSTEEL® é uma solução inovadora desenvolvida pela PERFISA® que permite otimizar a condutibilidade térmica dos perfis metálicos C’s e U’s, elementos essenciais do sistema Light Steel Framing. Graças a um design avançado, o sistema minimiza as pontes térmicas e melhora significativamente a eficiência energética das construções, contribuindo para um melhor conforto habitacional e uma significativa economia de energia. Adicionalmente, os perfis da gama THERMOSTEEL® integram uma metodologia de produção digitalizada de última geração, baseada em tecnologia BIM, que permite a fabricação dos perfis metálicos de maneira altamente precisa e eficiente. Isso garante que todos os elementos sejam produzidos de acordo com as especificações exatas do projeto, minimizando erros e variações;

 

  • A placa ISOLPRO® LIGHT representa a mais recente evolução da placa original, incorporando uma série de melhorias significativas que a tornam uma solução ainda mais eficiente e avançada no mercado da construção. Esta nova geração é 25% mais leve do que a versão anterior, o que facilita o seu manuseamento e instalação. Além disso, esta placa oferece o dobro da resistência térmica da sua predecessora, proporcionando um isolamento superior e, consequentemente, melhorando a eficiência energética. Outro destaque importante é a sua classificação de reação ao fogo A2, o que atesta a sua alta resistência ao fogo e a sua contribuição para a segurança das edificações, tornando-a uma escolha mais segura e sustentável;

 

  • O sistema SKINIUM® é uma solução inovadora de fachadas exteriores desenvolvida pela PERFISA® em colaboração com a Gyptec (Grupo Preceram), a Amorim Cork Solutions e a Mapei Portugal. Inspirado na estrutura natural da pele humana, o SKINIUM® combina a leveza e resistência dos perfis Thermosteel® com camadas de materiais de alto desempenho para criar uma envolvente eficiente, durável e sustentável. Através de uma abordagem >biogénica, este sistema oferece desempenho superior em termos de isolamento térmico e acústico, segurança contra incêndios e otimização de recursos, posicionando-se como a escolha ideal para a construção moderna e ecológica.

 

Para além da área de exposição, a Construmat irá contar com um leque alargado de atividades, incluindo, entre outras:

  • Sustainable Building Congress: um congresso internacional com mais de 50 oradores, incluindo nomes como Sir David Adjaye, Marta Peris e José Toral (Peris+Toral Arquitectes), Stephen Bates e Mohammed Adib. As temáticas centrais incluem biohabitabilidade e saúde, habitação social e inteligência artificial;
  • Industry & Talks: um espaço para a promoção do diálogo em torno de temáticas tão relevantes na atualidade como o papel da mulher na construção, os desafios e as soluções do setor perante as catástrofes naturais como a DANA, e serão apresentados os projetos construtivos internacionais mais destacados;
  • Área de Workshops: a troca de conteúdo técnico de alta qualidade pretende enriquecer o conhecimento dos profissionais, contribuir para o progresso sustentável da indústria e fornecer ferramentas e soluções para os seus desafios;
  • IAAC Material Lab: A biblioteca de materiais do IAAC (Instituto de Arquitetura Avançada da Catalunha) chega à Construmat para apresentar uma seleção cuidadosamente escolhida de materiais inovadores e sustentáveis, com um foco claro na circularidade, eficiência e inteligência dos recursos.

A Construmat é mais do que uma simples feira; é o ponto de referência para a indústria da construção, onde ideias, soluções e profissionais se reúnem para moldar o futuro. Com um compromisso claro com a sustentabilidade, a inovação e a colaboração entre setores, a Construmat é o local onde arquitetos, engenheiros, CEOs e consultores encontram as ferramentas e oportunidades para enfrentar os grandes desafios do mercado.

A presença da PERFISA® na Construmat reafirma o seu papel como protagonista na transformação do setor da construção, promovendo soluções que aliam tecnologia, eficiência e consciência ambiental. Mais do que apresentar produtos, partilhamos uma visão de futuro onde a inovação construtiva está ao serviço da sustentabilidade.

Junte-se a nós nesta jornada rumo ao futuro da construção. Visite-nos no stand B110 do pavilhão 2 e descubra, de perto, as nossas soluções inovadoras. Será uma oportunidade única para trocar ideias com a nossa equipa e explorar como podemos, juntos, construir de forma mais eficiente e sustentável.

Contamos com a sua presença e teremos todo o prazer em enviar-lhe os convites eletrónicos que necessitar. Solicite-os através do nosso formulário de contacto.

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Deco Prosteste lança “balcão digital” para renovação de casas

A plataforma funciona como um balcão único de aconselhamento energético, o ‘Renovar Casa’, que fornece aos consumidores tudo o que precisam de saber para iniciar a sua renovação e tomar decisões informadas.

O aumento dos preços da energia levou a maiores casos de pobreza energética, pelo que os consumidores necessitam de apoio para melhorar a sua eficiência energética, assim como para tomar decisões informadas. Nasce, assim, o projecto europeu Horis, desenvolvido pela Deco Proteste, em parceria com o Bureau Veritas, o INEGI, e a Nova FCT.

A plataforma funciona como um balcão único de aconselhamento energético, o ‘Renovar Casa’, que fornece aos consumidores tudo o que precisam de saber para iniciar a sua renovação e tomar decisões informadas.

Esta plataforma fornece conselhos técnicos, jurídicos e financeiros, e informações sobre medidas sustentáveis de reabilitação, como painéis solares, bombas de calor, janelas eficientes, entre outras. Apresenta, também, informações sobre medidas rápidas, isolamento e ventilação, electricidade, climatização e água.

Adicionalmente, direcciona os utilizadores para a ferramenta Assistente de Renovação, que é o primeiro passo para tornar a casa mais eficiente e confortável. Esta ferramenta fornece informação personalizada sobre apoios financeiros públicos e privados disponíveis para a renovação habitacional, bem como soluções específicas de eficiência energética e energias renováveis, após a resposta a algumas perguntas. Uma vez identificadas as medidas de melhoria, é disponibilizado um conjunto de profissionais qualificados e de confiança que o consumidor poderá contactar directamente através da plataforma.

“Muitos cidadãos estão conscientes que a renovação das casas tem múltiplos benefícios, como a redução do consumo e dos custos de energia e a melhoria do conforto, mas muitos também não sabem por onde começar: que custos se deve antecipar? Que subsídios podem obter? Em que profissionais se deve confiar para as obras? É aqui que o Renovar Casa pode ser útil. Numa só ferramenta conseguem aceder a uma rede de profissionais certificados, têm já mapeados os aspectos legais e regulamentares da renovação habitacional e ainda apresenta soluções técnicas e medidas rápidas disponíveis.”, explica Mariana Ludovino, porta-voz da Deco Proteste.

O projecto HORIS, financiado pelo programa LIFE da União Europeia, permitiu à DECO Proteste e às suas congéneres (OCU e Altroconsumo) associarem-se a outras entidades europeias, tais como, centros de investigação, universidades, entidades certificadoras e consultoras para desenvolverem, numa colaboração de 10 organizações de quatro países (Portugal, Itália, Espanha e Países Baixos), três plataformas digitais.

As plataformas foram desenvolvidas no âmbito deste projecto, que ocorre há 18 meses, com o objectivo de apoiar os proprietários de diversos tipos de edifícios através da simplificação do processo de renovação habitacional, ajudando os consumidores a identificar as melhores soluções para as suas necessidades.

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Yasmeen Lari, arquitecta paquistanesa galardoada com o Prémio Carreira 2025
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Yasmeen Lari, vence o Prémio Carreira Trienal de Lisboa Millennium bcp

A arquitecta que quer construir um milhão de casas, a paquistanesa Yasmeen Lari é a vencedora do Prémio Carreira Trienal de Lisboa Millennium bcp. A Trienal de Arquitectura de Lisboa anuncia ainda os finalistas do Prémio Début

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A arquitecta paquistanesa Yasmeen Lari foi galardoada com o Prémio Carreira 2025 Trienal de Lisboa Millennium bcp. A sua carreira, que abrange mais de seis décadas, é um poderoso testemunho do papel que a arquitectura pode desempenhar na melhoria das condições de vida das pessoas, desafiando a desigualdade, resistindo ao colapso ecológico e construindo um futuro mais justo.

“A arquitectura tem de mudar se quiser continuar a ser relevante. O nosso trabalho não é apenas para pessoas ricas; as comunidades pobres de todo o mundo precisam de bom design, porque tem um valor ainda maior para elas. É por isso que penso que o meu trabalho é reconstruir vidas: criar “escadas de saída da pobreza” renunciando ao controlo do processo através da co-construção e da co-criação. Fazemo-lo partilhando conhecimentos e mobilizando aldeias – uma aldeia de cada vez.”, defende Yasmeen Lari

Nascida em 1941 no Paquistão, Lari estudou Arquitectura em Oxford. Depois de se formar, regressou ao seu país de origem e fundou o seu próprio atelier, tornando-se a primeira mulher arquitecta do Paquistão.

Após uma carreira de sucesso desenvolvida a partir do seu atelier em Karachi, Yasmeen Lari afastou-se do seu gabinete de arquitectura em 2000 para se focar na Heritage Foundation of Pakistan, dedicada à preservação e promoção da arquitectura local, sustentável e vernacular. Na sequência de um terramoto devastador em 2005, Lari voltou a expandir a sua prática, abraçando o que descreve como uma “acção humanitária humanista” da base para o topo – e reescrevendo o papel da arquitectura contemporânea, especialmente em áreas profundamente afectadas por crises sociais e climáticas.

Em resposta às inundações catastróficas que atingiram o Paquistão em 2022, Yasmeen Lari comprometeu-se a ajudar a construir mais de um milhão de casas, guiada pela sua filosofia dos “quatro zeros”: zero carbono, zero resíduos, zero doadores e zero pobreza. Atingir este objectivo sem depender de quaisquer donativos, filantropia ou ajudas financeiras externas, reforça ainda mais o valor único do trabalho de Lari.

Yasmeen Lari estará presente nos dias de abertura da Trienal 2025, que se realiza 02 a 04 de Outubro, para participar numa conferência pública e receber o troféu dos Prémios Trienal de Lisboa Millennium bcp, desenhado por Álvaro Siza e fabricado a partir de resíduos de mármore de Estremoz.

Da Tailândia ao México, os cinco finalistas do Prémio Début
No mesmo comunicado a Trienal de Arquitectura de Lisboa anuncia os finalistas do Prémio Début Trienal de Lisboa Millennium bcp: cinco ateliers emergentes cuja prática chamou a atenção do júri. Da Tailândia “Bangkok Tokyo Architecture”, do México “Palma”, “ReSa Architects” da Índia, “Robida Collective” de Itália e da Suíça “TEN”.
As equipas finalistas, oriundas de três continentes, apresentarão o seu trabalho durante um evento público nos dias de abertura da Trienal 2025 (02 a 04 de outubro), onde será conhecido o atelier vencedor.

A edição de 2025 recebeu 75 candidaturas elegíveis. Para além dos finalistas, a shortlist de 20 nomes integrava os ateliers: Atelier Local, Portugal; Avneesh Tiwari, Índia; Balsa Crosetto Piazzi, Argentina; Banga Coletivo, Angola; BeAr Arquitectos, Espanha; Estúdio Flume, Brasil; Exutoire, Vietname; Indalo World, África do Sul; JQTS, Portugal; Juan Campanini – Josefina Sposito, Argentina; Juliana Godoy, Brasil; kera, Geórgia; NUA arquitectures, Espanha; Parabase, Suíça; RC Architects, Índia.

O júri dos Prémios Début e Carreira é formado pelos arquitectos Inês Lobo, Lígia Nobre, Samia Henni, Sandi Hilal e Yuma Shinohara.

Os três Prémios Trienal de Lisboa Millennium bcp – Début, Carreira e Universidades – visam promover uma arquitectura mundial inovadora, reconhecendo quem a faz. Desde a investigação transdisciplinar desenvolvida em ambiente académico, aos talentos emergentes e às práticas estabelecidas.

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