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    Mercado imobiliário no Porto acelera mas oferta condiciona crescimento

    Mercado imobiliário no Porto regista novos máximos históricos, revela “Porto Market Update” da Cushman & Wakefield. As perspectivas da consultora apontam para um acelerar da actividade imobiliária na região, em linha com as perspectivas de recuperação económica apontadas para a região durante 2024 e 2025

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    Mercado imobiliário no Porto regista novos máximos históricos, revela “Porto Market Update” da Cushman & Wakefield. As perspectivas da consultora apontam para um acelerar da actividade imobiliária na região, em linha com as perspectivas de recuperação económica apontadas para a região durante 2024 e 2025

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    A mais recente edição do “Porto Market Update”, estudo desenvolvido pela Cushman & Wakefield, veio revelar que o mercado imobiliário na região do Grande Porto registou novos valores recorde em vários segmentos, com destaque para o sector residencial (venda/arrendamento de imóveis) e sector do retalho, com as rendas prime a serem corrigidas “em alta” desde 2023 e durante o primeiro trimestre de 2024, em todos os segmentos, nomeadamente no comércio de rua. Estudo destaca a resiliência do sector, que se mantém condicionado pela escassez de oferta na região.

    As perspectivas da consultora, no entanto, apontam para um acelerar da actividade imobiliária na região, em linha com as perspectivas de recuperação económica apontadas para a região durante 2024 e 2025.

    De acordo com Andreia Almeida, associate director, head of Research & Insight, Cushman & Wakefield “à semelhança da tendência verificada a nível nacional, assim como em todos os mercados europeus, o investimento imobiliário institucional na Área Metropolitana do Porto (“AMP”) registou quebras homólogas em 2023 e início de 2024. Apesar disso, numa geografia em que acresce a maior escassez de oferta de activos para este tipo de investimento, a quebra homóloga de 17% nos últimos 16 meses demonstra uma maior resiliência da região comparativamente com o mercado a nível nacional, que registou neste período uma contracção de 36%”, afirma.

    Escritórios com tendência de recuperação
    Por influência da conjuntura económica vivida em 2023 e do impacto do trabalho híbrido na ocupação de espaços de escritórios, o mercado de escritórios do Grande Porto registou uma quebra de 14% dos volumes de ocupação no ano transacto, tendo sido transaccionados 50.050 m². Contudo, é de notar que, por um lado, este valor foi atingido apesar de uma significativa falta de oferta nova de qualidade; e, por outro, esta quebra foi significativamente inferior à registada na Grande Lisboa (- 59%). Adicionalmente, e à semelhança da capital, o Porto registou, já nos primeiros quatro meses de 2024, uma tendência de recuperação, com a absorção a atingir os 21.280 m², um crescimento homólogo de 82%.
    O maior negócio dos últimos 16 meses correspondeu à ocupação integral dos 7.820 m² do Boavista Office Center (BOC) pelo operador nacional de flex offices LACS. Seguiram-se dois pré- arrendamentos confidenciais, nomeadamente de 5.650 m² no projecto ICON Offices e de 4.300 m² no Lionesa Business Hub. Relativamente a 2024, a maior transacção até ao momento corresponde ao arrendamento da totalidade (3.950 m²) do Matosinhos Office Centre a uma empresa de consultoria.

    Desde meados do ano passado, a taxa de desocupação tem vindo a registar ligeiros aumentos, encontrando-se actualmente nos 9,3%, 0,2% pontos percentuais (p.p.) acima de 2023. Para isso, tem contribuído a conclusão de alguns edifícios que contam ainda com alguma área disponível para ocupação. Desde 2023 foram concluídos 53.700 m², dos quais 35% ainda se encontram por ocupar.

    Retalho com escassez de oferta
    A Área Metropolitana do Porto agrega o segundo maior volume de oferta de conjuntos comerciais em Portugal, contando com mais de 30 projectos e 848.000 m² de ABL. Este valor representa 29% da área total nacional, somente ultrapassada pela Área Metropolitana de Lisboa com 48%. Os concelhos de Vila Nova de Gaia e Matosinhos têm a maior concentração de oferta da região, com
    220.000 m² de ABL cada; sendo o formato de centros comerciais o mais representativo, com 86%. Recentemente, foi inaugurado o único projecto previsto para os para os próximos 3 anos nesta região, o Arcos Retail Park (Santo Tirso) com 6.600 m² de ABL.

    Apesar da procura de retalho agregada pela Cushman & Wakefield evidenciar uma evolução díspar entre 2023 e os primeiros quatro meses de 2024, em termos agregados registaram-se 235 novas aberturas, 22% acima do período homólogo; antecipando-se que as recentes aberturas nos projectos Arco Retail Park e Time Out Market Porto venham a contribuir para inverter a quebra registada em 2024 já durante a primeira metade do ano. Durante o período em análise o comércio de rua manteve a primazia, contabilizando 71% das aberturas, das quais um quinto na zona da Baixa; seguindo-se os centros comerciais com 14%. Por seu lado, o sector de restauração continuou a dominar, representando perto de metade do número de transacções, destacando-se as expansões da Padaria Portuguesa e da Jeronymo com três lojas cada; com o retalhista alimentar My Auchan a ser o mais ativo, contabilizando 5 novas aberturas no concelho nos últimos 16 meses.
    Por influência do aumento da procura e escassez de oferta, as rendas prime de retalho têm vindo a ser corrigidas em alta em todos os segmentos desde 2023.

    Industrial & Logística com projectos “à medida”
    Após um máximo histórico em 2021, a actividade ocupacional do mercado de industrial & logística no Grande Porto estabilizou nos dois últimos anos, tendo em 2023 sido transaccionados 113.500 m², 1% acima do ano anterior. Contudo, o primeiro trimestre de 2024 evidenciou um expressivo aumento do volume de absorção, nomeadamente de 79% em termos homólogos, para os 58.500 m².
    Entre os maiores negócios registados no período em análise encontra-se a futura ocupação pelo Aldi de uma unidade logística com 41.400 m², em Santo Tirso; a aquisição dos 29.000 m² do edifício Itron em Vila Nova de Famalicão; e o pré-arrendamento integral dos 16.600 m² do Gandra North Green Logistics Park pela Olicargo. Adicionalmente, manteve-se a maior prevalência de operações de venda ou arrendamento, com 63%, comparativamente com projectos à medida do ocupante.
    O maior dinamismo do sector continua a fomentar o desenvolvimento de novos projectos, com as principais conclusões recentes a corresponderem ao Ermida Park da Logicor, com 30.600 m², e ao Invicta Park, com 24.300 m².

    Hotelaria em recuperação
    Durante o ano 2023, a actividade turística no Grande Porto observou índices de recuperação alinhados com a tendência nacional, os quais se mantiveram no início do ano corrente.
    Em 2023, o número de dormidas no segmento hoteleiro aumentou em 22%, para 4,5 milhões; com o RevPAR a situar-se nos €86,8 e a taxa de ocupação nos 69,9%. O primeiro trimestre de 2024 indicia uma manutenção desta tendência, com novos crescimentos homólogos, nomeadamente 12% nas dormidas, 8% no RevPAR e 1 p.p. na taxa de ocupação.
    A cidade do Porto conta actualmente com mais de 170 estabelecimentos hoteleiros, num total de 10.800 quartos. Face ao maior investimento em projectos de categoria superior ao longo dos últimos anos, perto de metade das unidades de alojamento encontra-se em projectos de 4 estrelas, seguindo- se os 5 estrelas com 24%.
    Desde 2023 a cidade conta com 20 novas unidades hoteleiras, num total de 1.200 quartos, com as categorias de 4 e 5 estrelas a manterem o domínio, nomeadamente com 37% e 33%. A oferta futura estimada para os próximos 3 anos totaliza 6 hotéis num total de 500 quartos, não havendo visibilidade sobre a categoria da maioria.

    Residencial
    Num enquadramento de aumento das taxas de juro e deterioração do poder de compra, ao longo dos últimos 12 meses o mercado de compra e venda de apartamentos no Porto verificou uma retracção do volume de transacções, embora com aumento dos preços médios, segundo os dados do SIR / Confidencial Imobiliário.
    Comparativamente com o mesmo período do ano anterior, o preço médio pedido subiu 20%. Quanto à procura, houve uma nova queda acentuada de 18% no número de fogos vendidos, contraposta por um aumento nos valores transaccionais, que aumentaram 15% para €3.240/m². Todas as zonas registaram incrementos homólogos, com a zona da Foz a retomar a liderança, com um novo máximo histórico2 de €4.060/m². Apesar de manterem o preço médio mais baixo, também as zonas Periféricas registaram um novo recorde, com €2.780/m².

    Durante o período analisado, foram transaccionados, no Grande Porto, 226 milhões euros em imobiliário comercial, dos quais 38 milhões de euros entre Janeiro e Abril de 2024. À semelhança da tendência verificada em Portugal, o mercado contou com um peso dos investidores internacionais de 66% do volume transaccionado.
    Com uma dezena de negócios registados nos últimos 16 meses, o se tor de retalho retomou a liderança, representando 41% do total investido com 93 milhões de euros. Seguiu-se o segmento de alternativos, que atraiu 24% do volume transaccionado com 55 milhões de euros; e o sector de hotelaria, que contabilizou 20% do total transaccionado. Por seu lado, o sector de industrial & logística manteve um peso reduzido (9%); ainda assim seguido do sector de escritórios, que atraiu somente 5% do valor total investido, com uma única transacção.

    Face ao enquadramento económico internacional, as yields prime registaram aumentos transversais em 2023, tendo-se mantido estáveis no primeiro trimestre de 2024, encontrando-se actualmente nos 5,75% no comércio de rua, 6,00% em industrial & logística, e 6,75% nos centros comerciais e escritórios.

     

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    Palácio Ducal, crédito Câmara Municipal de Trancoso

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    Trancoso lança concurso para Museu da Cidade por 3,4 M€

    Dez anos depois de ter adquirido o imóvel a Câmara Municipal de Trancoso vai avançar com a reabilitação do antigo Palácio Ducal para acolher o futuro Museu da Cidade. A obra está orçada em mais de 3,4 milhões de euros

    Em 2015 a Câmara Municipal de Trancoso adquiriu, por 350 mil euros antigo Palácio Ducal, um edifício do século XVIII, situado no interior das muralhas, considerado um ex-líbris de Trancoso. Agora foi lançado o concurso público com vista à reabilitação do activo que irá acolher o futuro Museu da Cidade. De acordo com o anúncio do procedimento publicado no Diário da República, o prazo de execução dos trabalhos é de três anos. A obra tem financiamento assegurando no âmbito do pacto da Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela (CIMBSE).

    O projecto foi elaborado pelo Departamento de Engenharia Civil e Arquitectura da Universidade da Beira Interior, sediada na Covilhã, no âmbito de um protocolo de colaboração assinado, em 2019, com a Câmara de Trancoso, distrito da Guarda.

    Segundo a notícia publicada pelo jornal “Beira”, que cita notícia da Lusa o futuro Museu da Cidade vai ter uma área para exposições temporárias e permanentes, uma sala polivalente com capacidade para 250 lugares, áreas de apoio e uma zona de trabalho para o arquivo municipal e o serviço de arqueologia.

    O Museu da Cidade vai também acolher o espólio que a pintora Eduarda Lapa, que era natural de Trancoso, doou ao município, bem como “muitos ateliers e exposições temáticas”, refere a mesma notícia.

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    AML tem luz verde para construir 10.500 casas

    Deste número, cerca 4.700 casas já foram entregues às famílias, o que corresponde a cerca de 19% das casas candidatadas. De acordo com a mesma nota, até Janeiro deste ano, os 18 municípios da área metropolitana de Lisboa submeteram cerca de 25.000 casas à componente habitação do PRR

    “O Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU), que está a conduzir o processo no país, já validou mais de 42% das candidaturas apresentadas pelos municípios da área metropolitana de Lisboa (dados de Janeiro de 2025)”, adianta nota da AML (Área Metropolitana de Lisboa).

    “Assim, os municípios têm luz verde para construir ou reabilitar cerca de 10.500 casas. Deste número, cerca de 4.700 casas já foram entregues às famílias, o que corresponde a cerca de 19% das casas candidatadas”, pode ler-se.

    De acordo com a mesma nota, até Janeiro deste ano, os 18 municípios da área metropolitana de Lisboa submeteram cerca de 25.000 casas à componente habitação do PRR, que, por sua vez, tinha estipulado a aprovação de 26.000 habitações para todo o país.

    “Este elevado volume de candidaturas ilustra as carências habitacionais sentidas na região, como constatado pelo “Diagnóstico das Condições Habitacionais Indignas da Área Metropolitana de Lisboa”, apresentado em Novembro de 2022, que identificou a existência de cerca de 50.000 agregados familiares vivendo nessas condições na área metropolitana de Lisboa (cerca de 4% do total de agregados da região, num número estimado de 134.000 pessoas)”.

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    AICCOPN: Valores em concursos públicos atingem em 2024 máximos históricos

    Os números agora apurados revelam valores máximos desde que começou a ser feita a contabilização destes indicadores, em 2011

    O valor dos concursos de empreitadas de obras públicas cresceu de 6.048 milhões de euros em 2023 para 8.376 milhões de euros em 2024, um salto de 39% que estabelece um novo recorde desde o início da série em 2011.

    Segundo o “Barómetro das Obras Públicas” da Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN), os contratos de empreitada celebrados e registados no Portal Base, no âmbito de concursos públicos, totalizaram 4.059 milhões de euros, traduzindo um crescimento de 40%(3) em termos homólogos. Note-se que este valor revela um diferencial de 4.317 milhões de euros entre o montante dos concursos de empreitadas lançados e os contratos efetivamente celebrados desde janeiro.

    No que concerne aos contratos de empreitada de obras públicas celebrados através de Ajustes Diretos e Consultas Prévias, apura-se um crescimento de 15% em termos homólogos, para 639 milhões de euros.

    Em termos gerais, o montante dos contratos de empreitadas de obras públicas celebrados e registados no portal Base, atingiram 4.891 milhões de euros, representando um acréscimo de 32% em termos homólogos e estabelecendo, igualmente, um novo máximo histórico da série iniciada em 2011.

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    The Social Hub Porto

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    ‘The Social Hub’ chega ao Porto com novo conceito de hotelaria híbrida

    Espaço destinado à crescente comunidade de nómadas digitais e jovens profissionais abre portas a 1 de Março no Porto. Em desenvolvimento está já outra unidade em Lisboa

    No seguimento da expansão europeia, o grupo The Social Hub prepara-se para inaugurar a sua primeira unidade hoteleira em Portugal, de quatro estrelas na cidade do Porto, no próximo dia 1 de Março, num espaço destinado à crescente comunidade de nómadas digitais e jovens profissionais, mas também aos viajantes e os locais.

    Situado no Bonjardim, a poucos metros da Avenida dos Aliados e do Mercado do Bolhão, no coração da vida cultural do Porto, o The Social Hub conta com um rooftop icónico, uma vasta oferta de serviços e um compromisso de colaboração com a comunidade onde se insere.

    Esta nova unidade inclui 310 quartos, dos quais 271 são quartos de hotel de quatro estrelas e 39 são apartamentos residenciais com um máximo de dois quartos. Oferece, ainda, mais de 580 metros quadrados (m2) de espaço de coworking para até quase 100 pessoas e quase 450 m2 de espaços flexíveis para reuniões, incluindo um auditório para eventos.

    Os visitantes podem escolher entre estadias curtas ou prolongadas, alojamento para estudantes e até usufruir de um espaço de coworking através de uma série de opções de adesão, os quais incluem 10 espaços para escritórios privados.

    Além do primeiro hotel no Porto, a marca tem outro projecto em desenvolvimento em Lisboa, que se irão juntar às 19 outras unidades em funcionamento em cidades europeias como Amesterdão, Barcelona, Berlim, Florença, Madrid, Paris, San Sebastian ou Viena.

    Recentemente certificado pela B Corp, o The Social Hub reúne os seus diversos hóspedes através de um modelo único criado para gerar um impacto social positivo. Com viajantes, estudantes, empresários e habitantes locais sob o mesmo tecto, o Grupo desenvolve mais de 5500 experiências comunitárias por ano, impactando mais de 100 mil pessoas, que passarão agora a incluir também a cidade do Porto, concebidas para promover conexões, integrando desde cursos de línguas e de culinária, até à formação de competências. Este hub também acolherá bolseiros da sua TSH Talent Foundation, destinada a capacitar os agentes de mudança que enfrentam barreiras às oportunidades.

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    Município de Arganil investe 5M€ na requalificação de Escola Secundária

    A intervenção contempla a requalificação dos espaços educativos, administrativos e de lazer, aliada à introdução de novos equipamentos que visam melhorar o desempenho energético. A escola será dotada de soluções mais eficientes, como isolamento térmico reforçado, através da substituição de caixilharia e da instalação de vidros duplos, sistemas de climatização de baixo consumo e equipamentos que promovem a utilização racional de energia, tornando-a mais acessível, funcional e confortável

    A Câmara de Arganil vai investir cinco milhões de euros nos trabalhos de requalificação, modernização e ampliação da Escola Secundária de Arganil, sendo que os trabalhos estão já no terreno.

    Os primeiros trabalhos da empreitada consistem na preparação do terreno para a construção de um novo bloco de aulas, que será edificado de raiz e que vai complementar os quatro edifícios já existentes. Este novo espaço irá dispor de infraestruturas modernas e funcionais, incluindo uma sala de robótica, uma área formativa de saúde, uma sala de professores e uma sala para os assistentes operacionais.

    Financiado pelo Programa de Recuperação e Resiliência (PRR), o projeto envolve um investimento superior a 5 milhões de euros e pretende melhorar significativamente as condições educativas e as infraestruturas escolares.

    Luís Paulo Costa, presidente da Câmara Municipal de Arganil, sublinha a importância desta obra para o território. “É um projeto muito esperado e necessário, pelo qual lutámos ao longo de vários anos. A ambição do Município era tal que avançámos com o projeto de execução antes mesmo da validação do financiamento, por isso é com enorme satisfação que testemunhamos o início das obras, especialmente por coincidir com os 55 anos da nossa Escola Secundária.”

    Construída nos anos 80, a ESA apresentava problemas significativos de acessibilidade, organização e degradação dos materiais, bem como patologias em estruturas e coberturas. Esta intervenção visa criar uma imagem contemporânea do edifício, reorganizando as zonas de circulação e os espaços de convívio, de forma a promover um ambiente educacional mais funcional, eficiente e cómodo.

    Eficiência energética e conforto
    A intervenção contempla a requalificação dos espaços educativos, administrativos e de lazer, aliada à introdução de novos equipamentos que visam melhorar o desempenho energético. A escola será dotada de soluções mais eficientes, como isolamento térmico reforçado, através da substituição de caixilharia e da instalação de vidros duplos, sistemas de climatização de baixo consumo e equipamentos que promovem a utilização racional de energia, tornando-a mais acessível, funcional e confortável.

    Além disso, serão introduzidos equipamentos mais sustentáveis, incluindo a instalação de uma central térmica a pellets de madeira, substituindo o atual sistema a gás. Está ainda prevista a instalação de um sistema solar fotovoltaico para autoconsumo, reforçando o compromisso com a eficiência energética e a utilização de fontes renováveis.
    “Esta intervenção, que reflete o compromisso da autarquia em investir no futuro da educação no concelho, assegura a modernização das infraestruturas escolares, promovendo um ambiente de ensino mais acessível, sustentável e alinhado com as necessidades das atuais e futuras gerações de alunos”.

    Transformação dos espaços escolares
    Além da construção do novo bloco de aulas, a empreitada inclui intervenções no bloco de receção e convívio, que será reorganizado para melhorar a acessibilidade e as áreas de gestão, como a secretaria e a biblioteca.

    No bloco de salas de aula, serão realizados melhoramentos nas salas para disciplinas práticas e nos sanitários, garantindo acessibilidade adequada. Já no pavilhão gimnodesportivo, a intervenção abrange a renovação dos balneários e a substituição do pavimento da área de jogo, assegurando maior segurança e conforto para os alunos.

    O projeto traduz uma visão centrada na acessibilidade e na sustentabilidade, promovendo a modernização da rede escolar do concelho e assegurando um ambiente educativo de excelência, ajustado às necessidades da comunidade escolar.

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    Engie investe e implementa centrais fotovoltaicas em 21 lojas Pingo Doce

    O projecto que visa incidir nas regiões Centro, Alentejo e Algarve, arrancou na loja de Castelo Branco. No total, esta iniciativa vai permitir a estas lojas produzirem anualmente cerca de 10 mil MWh de energia própria, evitando a emissão de cerca de 2.150 toneladas de CO2

    Entrou em operação a central fotovoltaica da loja do Pingo Doce de Castelo Branco. Esta é a primeira loja de um projecto com a Engie para a instalação de centrais fotovoltaicas em 21 lojas Pingo Doce, distribuídas pela região Centro, Alentejo e Algarve.

    No total, esta iniciativa vai permitir a estas lojas produzirem anualmente cerca de 10 mil MWh de energia própria, evitando a emissão de cerca de 2.150 toneladas de CO2. Este projecto, num total de cerca de 7,5 MWp, inclui ainda a criação de quatro comunidades de energia renovável em quatro lojas, num investimento 100% realizado pela Engie.

    No total, a Engie Soluções de Energia vai instalar quase 13 mil painéis solares nas coberturas das instalações destas 21 lojas Pingo Doce, que irão resultar em poupanças energéticas anuais de 33% da energia consumida nestas lojas.

    Este projecto segue-se a outros, realizados em 2021, e que permitiu instalar centrais fotovoltaicas em outras quatro lojas Pingo Doce no concelho de Lisboa e que já se encontram em operação desde então.

    “Esta intervenção reforça a parceria e o trabalho realizado para a Jerónimo Martins nos últimos anos e é o primeiro a ser realizado com investimento 100% Engie Soluções de Energia com esta empresa. É entusiasmante poder trabalhar com esta empresa nacional de referência e com uma marca tão familiar de todos os portugueses, e contribuir activamente para a sua jornada de descarbonização e para as suas metas ESG”, afirma Duarte Caro de Sousa, director geral do Solar, distribuído pela Engie

    De referir, que a parceria entre estas duas empresas é de 15 anos, com vista à descarbonização da actividade do Grupo Jerónimo Martins e ao reforço do seu compromisso com a transição energética.

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    Ed Oriente 343 @Telmo Miller

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    C&W e Worx assessoram arrendamento para novo laboratório da Affidea

    A área arrendada tem um total de 2.868 metros quadrados (m2) e vai receber um laboratório da Affidea. Renovado em 2021, o imóvel combina “modernidade e funcionalidade”, oferecendo espaços de trabalho “versáteis e de alta qualidade”

    A Cushman & Wakefield (C&W), foi responsável por assessorar a Affidea no arrendamento de um espaço no edifício Oriente 343, perto da Gare do Oriente, em Lisboa. A área arrendada tem um total de 2.868 metros quadrados (m2) e vai receber um laboratório da Affidea.

    O edifício Oriente 343, localizado na Avenida Infante D. Henrique, em Lisboa, é propriedade do Fundo de Pensões do Novo Banco, que foi representado nesta transação pela Worx Real Estate Consultants, a única das grandes consultoras de capital 100% nacional e aliance member do BNP Paribas Real Estate.

    Renovado em 2021, o imóvel combina “modernidade e funcionalidade”, oferecendo espaços de trabalho “versáteis e de alta qualidade”.

    Com sede no Edifício Adamastor, também no Parque das Nações, em Lisboa, a Affidea é prestador de diagnóstico por imagem, tratamento oncológico e serviços de ambulatório na Europa, operando 380 centros em 15 países.

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    Ambiente 2024 / Messe Frankfurt / 26. – 30.01.2024 / Frankfurt, Germany

    Empresas

    Fileira Casa leva perto de uma centena de empresas nacionais a Frankfurt

    São perto de uma centena de empresas portuguesas que estarão presentes na Feira Ambiente que arranca no final desta semana em Frankfurt, na Alemanha. Destas, 65 integram a Mostra de Produtos Portugueses, organizada pela NERLEI

    Com início agendado para 7 de Fevereiro, a Feira Ambiente, em Frankfurt (Alemanha), verá receber perto de uma centena de empresas portuguesas. Destas 65 empresas nacionais da Fileira Casa estarão reunidas na Mostra de Produtos Portugueses para apresentar o que de melhor se faz no país. Num espaço conjunto sob a insígnia “Made In Portugal Naturally”, organizado pela NERLEI CCI com apoio da AICEP (Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal), a exposição conta com a curadoria do designer Miguel Costa Cabral e pretende criar uma experiência imersiva a todos os visitantes, envolvendo-os, através dos cinco sentidos, na tradição portuguesa.

    Localizado no Hall 12.0 C50, o “Made In Portugal Naturally” apresenta cerca de 300 peças destas 65 empresas. Através das peças em exposição, pela diversidade de designs e texturas, são oferecidos aos visitantes dois dos primeiros sentidos: a visão e o tacto. A experiência será complementada pela melodia do fado, aromas e paladares portugueses, como os internacionalmente reconhecidos pastéis de nata, assim como os queijos e vinhos da região de Leiria, apelando à audição, paladar e olfacto.

    Os visitantes da Ambiente, provenientes de quase 200 países, têm assim a oportunidade de se envolver numa atmosfera onde tudo remete para a essência que faz de Portugal um país único, como a tradição, os costumes, a aposta no futuro pela sustentabilidade e a inovação em processos produtivos que permite oferecer ao mundo peças únicas. Outra das presenças nacionais de destaque no certame é a Vista Alegre que após o sucesso na Ambiente 2024, ampliará sua presença em 2025. A marca portuguesa terá quatro stands, exibindo seu portfólio diversificado nos Pavilhões 12.0, 12.1 e 11.0.

    Feira Ambiente 2024 recebeu 96 mil visitantes
    Desde 1990 que a Feira Ambiente tem lugar, anualmente, na Messe Frankfurt, realizando-se em conjunto com as feiras Christmasworld e Creativeworld desde 2023. Dedicado exclusivamente aos bens de consumo – mobiliário, têxteis-lar, iluminação, utilidades domésticas (cerâmica, vidros, louça, cutelaria), entre outros –, o evento reúne alguns dos mais importantes líderes e “decision makers” do sector, que procuram conhecer as tendências da próxima estação e estabelecer contactos com potenciais parceiros.

    A Mostra de Produtos Portugueses é organizada pela NERLEI CCI há quatro anos, na Feira Ambiente, em parceria com a AICEP.

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    Porto: Antigo Mercado de S. Sebastião dá lugar a novo espaço público

    O betão da actual infraestrutura vai dar lugar a um “novo jardim e que vai transformar o espaço numa zona verde pública, polivalente e descontraída, propícia ao convívio”. As propostas para a intervenção podem ser apresentadas até dia 18 de Fevereiro

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    Já foi lançado o concurso público para a empreitada de demolição do Mercado de S. Sebastião, junto à Sé do Porto. A intervenção tem um prazo de execução previsto de 120 dias, com data-limite para a apresentação de propostas até dia 18 de Fevereiro de 2025, em formato eletrónico, na plataforma AcinGov.

    No âmbito da revitalização do Mercado de S. Sebastião, a demolição, aprovada em reunião de Executivo, incluindo as plataformas de pavimentos, envolventes e fundações, será realizada de forma sustentável, com o reaproveitamento de materiais como os muros e muretes de cantaria de granito, que serão reutilizados na própria obra.

    O betão da actual infraestrutura vai dar lugar a um “novo jardim e que vai transformar o espaço numa zona verde pública, polivalente e descontraída, propícia ao convívio”.

    Para promover a acessibilidade, serão criados dois percursos pedonais de atravessamento: um na direcção Norte/Sul, entre o Largo da Travessa de S. Sebastião e a Rua Tareija Vaz de Altano, e outro na direcção Poente/Nascente, garantindo a ligação da zona alta ao acesso à estação de Metro do Porto, na Avenida Dom Afonso Henriques.

    O percurso longitudinal será feito em saibro, com um traçado sinuoso e suave declive, enquanto o percurso transversal será inspirado no projecto do arquitecto Álvaro Siza Vieira, de 2000, e contará com escadas suaves, constituídas por peças de granito reaproveitadas.

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    Dossier “Máquinas e Equipamentos”: Num mercado em transformação, aluguer domina e ‘pequenas’ crescem

    O mercado é uma sombra de outrora, em que dominavam as retroescavadoras. Hoje, o segmento das Máquinas e Equipamentos é já dominado pelos pequenos equipamentos, versáteis, e pelo aluguer, que reduz custos operacionais e parques sobredimensionados na folha de património das construtoras. Esta transformação, mais do que representar um novo rumo ao qual as fabricantes e distribuidoras têm de responder, tem a particularidade de poder introduzir distorções no mercado. Equipamentos mais sustentáveis são desejados, mas os preços ainda são um entrave

    Ricardo Batista

    O mercado está em franca transformação. Essa é uma evidência, pelo menos a atestar pelas opiniões recolhidas pelo CONSTRUIR junto de alguns dos principais fabricantes, distribuidores ou representantes de algumas das principais marcas de maquinaria pesada usada na indústria da Construção. Claro está que, regra geral, estas evidências são atestadas por indicadores estatísticos que reforçam a percepção, mas esse levantamento deixou de ser feito pela Associação Automóvel de Portugal (ACAP), pelo menos de forma pública.

    Não havendo, portanto, indicadores fiáveis, resta a opinião de quem está, diariamente, no terreno. E não é pouco. Igual a si próprio, José Gameiro não deixou nada por dizer. Ao CONSTRUIR, o administrador da Motivo, importadora da britânica JCB para o mercado nacional, reconhece que o mercado português é, hoje em dia, “uma sombra do que foi no início do século”. “Desde logo porque não é expectável que, nos próximos anos, surja uma verdadeira inovação revolucionária. Eu estive na última BAUMA, tenho acompanhado o que se tem dito sobre a próxima edição da feira e chegamos à conclusão de que a roda está inventada. Nada de novo é capaz de acontecer”, assegura aquele responsável que admite que o abandono da Toyota do desenvolvimento do motor a hidrogénio foi uma machadada forte nas expectativas de quem acreditava que este pudesse ser um verdadeiro salto. “Mesmo os equipamentos eléctricos tardam a ser aceites”, reforça. Mas José Gameiro é mais contundente a apontar as distorções existentes no mercado, provocadas em grande parte pela entrada no País de gigantes na área do aluguer de equipamentos. “Aquilo que se vendia em máquinas pesadas passou a vender-se mais em máquinas ligeiras. Ou seja, 50% do mercado português são mini-escavadoras, skid steers e mini retroescavadoras. Há uma completa inversão do mercado e isso em grande medida é por causa do aluguer”, explica José Gameiro, que recorda, por exemplo, a operação de aquisição da Vendap por parte do grupo Kiloutou. “A Vendap facturava qualquer coisa como 50 milhões de euros. A casa mãe da Vendap factura em torno de 1,5 mil milhões de euros.

    “Existe uma série de produtos que já não se vendem, alugam-se. Veja-se por exemplo o caso das plataformas elevatórias. Hoje em dia já praticamente ninguém compra. Há dois ou três fornecedores que vendem a um ou outro cliente, mas é um produto de quase 90% de aluguer”. Mas o administrador da Motivo identifica dois outros fenómenos, com implicações no mercado. Em primeiro lugar, as empresas grandes de aluguer compram no estrangeiro. Por exemplo, uma Kiloutou tem braços em Espanha, França e Inglaterra, são multinacionais, e compram às 500 ou 800 máquinas. Com isso, é claro que os preços sofreram uma distorção total. Quem compra 500 máquinas compra muito mais barato que ao distribuidor português”, diz, acrescentando que se assiste a uma outra evidência: as frotas próprias para aluguer. “As próprias marcas começaram a ter as suas frotas de aluguer. A Caterpillar está a investir fortemente no aluguer, a Case está a investir fortemente no aluguer, a JCB está a investir no aluguer. Ou seja, nas nossas próprias frotas, o que originará o aparecimento de um mercado secundário. Um cliente que quer uma máquina. Quanto é que custa uma máquina? 100 mil euros. Então, e uma máquina com dois anos? 80 mil. Isto vai acarretar uma distorção evidente”, diz, afiançando que “o aluguer é a nova realidade do mercado”.

    STET
    Pela mesma lógica alinha Paulo Ribeiro. O director comercial de máquinas da Stet, que acredita que é notório um crescimento significativo no sector dos equipamentos para a construção essencialmente à conta do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) em vigor e pelo programa Portugal 2030. O responsável comercial da importadora da Caterpillar salienta que “este crescimento é alimentado por vários projectos, tanto públicos como privados, que têm vindo a estimular a procura por este tipo de equipamentos”, acrescentando que “o actual período de transição energética, orientado para a redução da pegada carbónica por parte das empresas, está a gerar uma necessidade crescente de substituição de equipamentos menos eficientes por tecnologias mais modernas e sustentáveis”. Paulo Ribeiro também concorda que o mercado de aluguer está a crescer, especialmente em construção e obras públicas, onde é vantajoso para controlar custos e garantir flexibilidade. Embora ainda não seja amplamente utilizado, é uma solução prática que tem grande potencial para quem busca reduzir riscos. “É uma solução que faz todo o sentido para empresas que querem controlar custos e evitar desvios, permitindo-lhes ajustar-se mais facilmente às exigências de cada obra ou projeto. Com os projectos que estão a surgir, impulsionados pelo PRR e pelo Portugal 2030, o aluguer está a tornar-se cada vez mais apelativo”, acrescenta. “A STET, em parceria com as suas marcas representadas, está a apostar em várias novidades que acompanham as tendências mais recentes do mercado e respondem aos principais desafios globais do sector. Estas iniciativas destacam-se por serem inovadoras e verdadeiramente diferenciadoras: Sustentabilidade e Transição Energética: Equipamentos mais eficientes, soluções de gestão energética inteligente e tecnologias dedicadas à reciclagem, promovendo uma operação mais ecológica e sustentável”.

    EPIROC
    Para João Resende, responsável da EPIROC para o mercado português dos acessórios/implementos hidráulicos, salienta que o sector de máquinas e equipamentos para construção em Portugal está em crescimento, especialmente no segmento de obras públicas e infraestruturas. “Contudo, existem nuvens no horizonte, como as incertezas económicas globais, aumento dos custos de materiais e logísticas, e desafios associados à escassez de componentes. As perspectivas de médio e longo prazo são optimistas, mas com atenção às flutuações da economia e às exigências tanto de sustentabilidade como ambientais”, sublinha. Em relação ao mercado do aluguer, João Resende concorda que é uma prática que tem vindo a crescer em Portugal, “mas ainda não é uma prática tão expressiva quanto em outros mercados mais maduros, na Europa Ocidental. No entanto, tem aumentado a sua adopção, particularmente para grandes projectos, dado que permite maior flexibilidade e optimização de custos. O mercado de aluguer é relevante, mas a expressão ainda é relativamente residual comparada ao volume de vendas directas de equipamentos”. O responsável da Epiroc explica, por isso, que “a expectativa é que cresça cada vez mais” e que, nessa óptica, as empresas possam aproveitar esta dinâmica para se posicionarem face ao aumento dos custos operacionais, escassez de materiais e componentes, cumprimento de prazos num mercado competitivo, e a pressão para adoptar práticas mais sustentáveis e reduzir as emissões. Além disso, a inovação tecnológica e a digitalização são essenciais para se manterem competitivas, asseguram os responsáveis da empresa.

    ALMOVI
    Pela mesma tónica alinham os responsáveis da Almovi, uma das empresas de referência no domínio da elevação de cargas. Ao CONSTRUIR, Joana Lança Coelho considera que “embora o panorama seja positivo, as incertezas globais, como alterações político-económicas, podem afectar o futuro do sector. A questão da segurança tem aumentado a procura pelo aluguer de equipamentos especializados, como mini-gruas, que são mais eficientes e práticas”. “Nos últimos anos temos assistido a um aumento das restrições do levantamento de cargas permitidas por humanos. Isso por si só fez aumentar a sensibilização e a procura pelo aluguer de equipamentos adequados a este tipo de serviço, principalmente as mini-gruas ou gruas aranha, equipamentos pequenos, práticos com enorme destreza e precisão, que têm a capacidade de chegar onde a mão-humana não pode”. Nesse domínio, a marketing manager da Almovi salienta que “este tipo de equipamento tem um valor elevado” e que “nem todas as empresas do sector têm a capacidade de os adquirir, e com as diferentes necessidades de cada projeto torna-se difícil ter mais do que um tipo de equipamento para poder cobrir todas as exigências. Alugar estas máquinas permite maior flexibilidade e acesso a tecnologias actualizadas sem grandes investimentos de capital”. “Torna-se assim mais sustentável e eficiente alugar um equipamento específico de acordo com a necessidade e durante o tempo indispensável”, refere. Segundo Joana Coelho, tem havido também uma evolução das máquinas-ferramenta com a integração de computadores e motores eléctricos que permitem um aumento da precisão da operação. “O que no caso das fachadas de vidro é uma mais-valia pela preocupação com soluções que reduzem os custos devido a quebra ou perda de material e aumentam a produtividade”, garante. A responsável de Marketing da Almovi aborda, de uma forma mais incisiva a questão do aluguer, salientando que este tipo de solução “tem encontrado alguns desafios, nomeadamente o ‘set-up cost’. O valor do transporte destes equipamentos de pequena dimensão é por vezes mais caro do que o próprio aluguer, o que implica investir em ‘hubs’ estrategicamente colocados para dar melhor resposta ao cliente”.

    Going Up
    Mais cauteloso parece ser o gerente da Going Up. Ao CONSTRUIR, Luís Leal antecipa que “o sector das máquinas é, agora, um sector muito imprevisível. Já foi um sector com mais estabilidade. Houve um grande crescimento do mesmo, que acompanhou os melhores momentos da construção, mas agora sente-se que está a ficar sobrelotado de máquinas e equipamentos”. “Existe, este ano mais que nos últimos dois, uma incerteza sobre se o mesmo será de crescimento ou se já se fará sentir um ligeiro abrandamento neste sector, motivado por um abrandamento da economia em geral”, refere aquele responsável, para quem “já estamos num ponto em que o aluguer de equipamentos é muito vantajoso na quase maioria dos trabalhos e em algumas, até mesmo imprescindível. Diria que já é significativo, mas ainda longe da utilização que é feita nos países do Norte da Europa”. Questionado sobre os desafios que se colocam às empresas, o gerente da Going Up aponta dois: “o primeiro passa por conseguir não baixar os preços praticados para ganhar um negócio e que depois serão a regra para todos os negócios feitos para esses clientes; o segundo é saber avaliar quando é o melhor momento para parar de comprar mais máquinas”.

    Sobre o autorRicardo Batista

    Ricardo Batista

    Director Editorial
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