Braga consolida-se como uma das capitais de distrito com maior dinâmica no investimento em nova promoção residencial e reforça a aposta na criação de nova oferta de habitação, equiparando o número de fogos licenciados ao número de fogos entrados na Câmara para licenciamento, revelam os mais recentes dados do Observatório Urbano de Braga.
No 1º semestre deste ano, foram licenciados 558 fogos no concelho, um ritmo de licenciamento coincidente com o pipeline de 560 habitações submetido à aprovação da autarquia no mesmo período. O rácio fogos licenciados/fogos em pipeline atinge, assim, no semestre em análise os 100%, dando sequência à tendência positiva dos últimos semestres. Na prática, tal significa que o concelho revela uma elevada capacidade de concretização das intenções de investimento, licenciando uma habitação por cada outra que dá entrada com pedido de licenciamento.
“Braga é um concelho com grande dinâmica demográfica, sendo uma cidade que concilia uma elevada qualidade urbana com preços de habitação competitivos face à realidade de outras capitais de distrito similares. Para esse resultado releva a capacidade que tem tido de dar resposta ao aumento da procura, viabilizando uma dinâmica de oferta forte e vocacionada para habitação acessível”, explica Ricardo Guimarães, director da Confidencial Imobiliário.
Braga regista também um desempenho favorável em termos da procura residencial, acompanhando a tendência nacional. O concelho regista cerca de 700 transacções de habitação no 3º trimestre deste ano, acumulando dois trimestres de crescimento e posicionando as vendas 11% acima do final de 2023.
Os preços mantêm a trajetória positiva, com aumentos de 1,8% em termos trimestrais no 3º trimestre deste ano. No 3º trimestre deste ano, Braga posicionou as vendas de habitação numa média de 1.964€/m2, um preço que permanece abaixo outras capitais de distrito, por exemplo 13% abaixo do praticado em Aveiro no mesmo período (2.258€/m2) e 28% abaixo de Faro onde as transacções atingiram 2.745€/m2. Relativamente ao Porto, o diferencial de preço é bastante mais acentuado (-39%), comparando-se o patamar de Braga com a média de 3.203€/m2 registada na Invicta. Já face a Lisboa (4.813€/m2), Braga apresenta um mercado com preços 59% inferiores.
Quanto às rendas residenciais, Braga observa um registo de estabilidade, tendo mesmo havido uma ligeira descida no mercado, com uma variação de -0,4% das rendas face ao trimestre anterior. Apesar de residual, esta é a segunda variação trimestral negativa registada em 2024, dado que, no 1º trimestre do ano, as rendas dos novos contratos desceram os mesmos 0,4%. O 2º trimestre, pelo contrário, foi de aumento (+3,0%), mas, conforme referido, o 3º trimestre voltou a estabilizar os valores. Tal é visível nas rendas médias contratadas dos usados, que atingiram os 8,9€/m2 no 3º trimestre, um nível inferior aos 9,2€/m2 registados no trimestre anterior.
“Os números apresentados pelo Observatório Urbano de Braga reforçam o compromisso da Câmara Municipal de Braga em garantir uma gestão urbanística eficiente e alinhada com as necessidades da população. Temos trabalhado arduamente para criar um ambiente propício ao investimento habitacional, ao mesmo tempo que asseguramos o acesso a habitação de qualidade e a preços mais acessíveis do que as outras capitais de distrito. Este equilíbrio é resultado de uma estratégia que combina planeamento rigoroso, inovação tecnológica e uma visão integrada de regeneração urbana. Continuaremos a apostar em políticas que fomentem o desenvolvimento sustentável e a atractividade de Braga, fortalecendo o nosso papel como uma das capitais de distrito mais dinâmicas e acolhedoras do país”, afirma João Rodrigues, vereador do planeamento e ordenamento, gestão urbanística, regeneração urbana, habitação, inteligência urbana e inovação tecnológica, da Câmara Municipal de Braga.