Centro Epiroc está a nascer no Alentejo
O projecto de construção do centro é da Tecnoplano e a execução da obra está a cargo da dst, empresa do dstgroup. A primeira pedra foi lançada em Julho e o novo centro deverá estar concluído em Dezembro deste ano
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O mais recente investimento da Epiroc Iberia é em Portugal. O grupo mineiro sueco está a construir em Aljustrel um novo centro de serviços para dar resposta às necessidades dos seus clientes da “faixa piritosa ibérica”.
O novo centro ocupa uma área com cerca 10 000 m2 de superfície, dos quais 2 mil serão utilizados como oficina de serviços técnicos e escritórios. Este será o primeiro centro de trabalho com estas características e capacidade do grupo na península ibérica. “Estas novas instalações servirão não só para apoiar os nossos clientes e as suas necessidades de serviço, como também se tornarão um núcleo de desenvolvimento tecnológico para soluções avançadas de digitalização e electrificação de equipamentos mineiros. Este será, igualmente, um centro de formação para as novas gerações de mineiros e técnico”, sublinhou Jaime Huidobro, director geral da Epiroc. Segundo o mesmo responsável, o investimento foi motivado pela crescente presença da empresa no mercado o que “exige um envolvimento mais direto na assistência técnica a equipamentos mineiros, a qual tem tendência a crescer com as exigências do desenvolvimento de novas aplicações e soluções técnicas”, justificou.
O projecto de construção do centro é da Tecnoplano e a execução da obra está a cargo da dst, empresa do dstgroup. A primeira pedra foi lançada em Julho e o novo centro deverá estar concluído em Dezembro deste ano.
As novas instalações terão uma oficina com capacidade para reparação de até quatro equipamentos de mineração simultaneamente, com possibilidade de expansão para um total de seis máquinas. Também será equipado com uma área para recondicionamento e teste de componentes e um espaço dedicado à reparação e teste de martelos hidráulicos. O complexo incluirá ainda uma área de escritórios com salas de formação e um armazém de apoio às operações mineiras. “É um investimento com grandes perspectivas de futuro, uma vez que, nas fases subsequentes, continuará a expandir-se e a oferecer maior valor acrescentado às empresas mineiras próximas”. Contemplada está também “a futura instalação de painéis fotovoltaicos, o que será um passo importante para a sustentabilidade das instalações”, assegurou Jaime Huidobro.
Apesar de uma história de 63 anos em Portugal, a Epiroc resulta da cisão do Grupo Atlas Copco em 2018. Para o seu director geral o novo investimento terá como consequência “um aumento significativo da nossa força de trabalho qualificada. Assim como, o desenvolvimento de um Centro de Apoio Técnico com ligação directa ao nosso Centro Técnico na Suécia. Incluindo o que chamamos ‘Centro de Apoio à Torre de Controle’”.
Um centro mineiro Europeu
A localização do novo centro em Aljustral, não é despiciente. A região localiza-se em plena faixa piritosa ibérica. Esta é considerada uma das principais regiões mineiras da Europa, com mais de 90 jazigos de sulfuretos maciços conhecidos, distribuídos pelas regiões do Alentejo e da Andaluzia. Além das minas de pirite ocorrem nesta região centenas de jazigos de manganês e numerosos filões de cobre, de chumbo, de bário e antimónio.
As minas Aljustrel e de Neves Corvo, por exemplo, são já importantes clientes da Epiroc, assim como os complexos mineiros da MATSA e de Rio Tinto, ambas em Espanha.
O novo centro de serviços será construído de forma eficiente e tendo em conta o ambiente, visto que, no futuro, irá abrigar uma infraestrutura para carregar as baterias dos equipamentos elétricos e será reservada uma área para instalação de painéis fotovoltaicos, permitindo que as instalações sejam sustentáveis em termos de energia.
Com sede em Estocolmo, na Suécia, a Epiroc desenvolve e fornece equipamentos para as actividadades mineiras, tais como equipamentos de perfuração, escavação de rocha e acessórios para construção para aplicações de superfície e subterrâneas. Com clientes em cerca de 150 países, o grupo emprega 14 mil funcionários.