Obra Sottomayor Residências
Construção: Sector com procura a diferentes velocidades
Primeiros cinco meses do ano registaram um decréscimo nos licenciamentos de 13,5% face a igual período de 2019. Mas, se no mercado imobiliário, em particular no não residencial, assiste-se a um abrandamento da procura e a uma quebra significativa nas licenças emitidas, no mercado das obras públicas observa-se um forte aumento das obras lançadas a concurso
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Nos primeiros cinco meses de 2020 foram licenciadas apenas 8.902 obras pelas câmaras municipais o que traduz um decréscimo de 13,5% face a igual período de 2019, de acordo com o relatório do mês de Julho de 2020 divulgado pela AICCOPN.
Os edifícios não habitacionais foram os mais penalizados com a actual situação pandémica que se vive com variações negativas na ordem dos -19,9%, seguidos dos edifícios habitacionais que registaram -10,6%.
No que concerne ao licenciamento de edifícios habitacionais, assiste-se a quebras menos intensas ao nível da construção nova, com reduções de 8,6% no número de licenças e de 6,0% em fogos em construções novas, do que na reabilitação urbana onde se regista uma contracção de 17%, em termos homólogos acumulados.
Relativamente ao novo crédito à habitação concedido pelas instituições financeiras observa-se, até Maio, um aumento de 9,6%, em termos homólogos acumulados, para 4.471 milhões de euros. De igual modo, ao nível da avaliação imobiliária na habitação efectuada para efeitos de crédito hipotecário apurou-se, em Junho, uma manutenção da tendência de crescimento, com um aumento de 8,3%, em termos homólogos, para 1.115€ por m2, valor que corresponde a um novo máximo histórico.
No segmento de engenharia civil, o primeiro semestre de 2020, foi positivo ao nível da promoção de concursos de obras públicas, com 2.224 concursos de empreitadas abertos e objecto de anúncio em Diário da República (DR), a totalizarem 2.671 milhões de euros, montante que traduz um crescimento de 34,9%, em termos homólogos.
Já relativamente às empreitadas de obras públicas, objecto de celebração de contrato e registo no Portal Base, no primeiro semestre de 2020, totalizaram 4.285 obras, das quais 65,8% correspondem a ajustes directos e 31% a concursos públicos, num montante global de 1,1 mil milhões de euros, o que traduz uma redução de 1,5% (variação calculada com a informação disponível até dia 15 do mês seguinte ao mês de referência da celebração dos contratos) em termos de variação homóloga temporalmente comparável, valores que se mantêm muito aquém dos apurados para os concursos promovidos.
Neste primeiro semestre de 2020, o consumo de cimento no mercado nacional aumentou 9,7%, em termos homólogos, totalizando cerca de 1,76 milhões de toneladas, o que vem confirmar que o sector da construção não só não parou durante os meses de confinamento como aumentou a utilização desta matéria-prima essencial aos vários segmentos de actividade.
Em síntese, no mercado imobiliário assiste-se a um abrandamento da procura que lhe é dirigida, em especial na componente não residencial, cuja quebra no número de licenças emitidas já é significativa, enquanto no mercado das obras públicas, apesar de se apurar uma quebra nos contratos celebrados observa-se um forte aumento das obras lançadas a concurso e que se espera que venham a ser concretizadas rapidamente.