“Museu efémero” de Paula Rego no Colombo com novas obras até 27 de Setembro
Para João Jesus e Diogo Aguiar, autores do projecto, o principal desafio foi o de perceber a colecção e as relações entre as temáticas trabalhadas
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Ana Rita Sevilha
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Até ao próximo dia 27 de Setembro, há novas obras no “Mundo Fantástico de Paula Rego”. A exposição que acontece no âmbito da iniciativa “A Arte chegou ao Colombo” contou com João Jesus e Diogo Aguiar na criação e desenho do museu efémero que as recebe, no Centro Comercial Colombo. Esta é a primeira vez que a artista expõe numa superfície comercial.
As novas obras são inspiradas na obra universal “Peter Pan” e para a realização das mesmas, a artista recuou à sua infância e às memórias desse seu tempo mágico, de aventuras e mistérios. Contudo, a artista distancia-se propositadamente das descrições pormenorizadas que fazem parte da obra literária e apresenta-nos, nesta série de 21 quadros, a sua interpretação pessoal da história e das personagens que a integram. “Sabia que Peter Pan era verdadeira magia, foi essa magia que tentei captar, e ela também inclui o sofrimento das crianças. Não acho que o livro de Peter Pan trate de assuntos encantadores. É como as cores bonitas das gravuras que servem para atrair o olhar do espectador. Na verdade, a história leva-nos a um mundo subterrâneo que tem um mar dentro de si, um Inferno para crianças. A doçura de Wendy maternal é um veneno e o Capitão Gancho é tolo, mas perigoso. Tem tudo a ver com magia e medo”.
“The Neverland”, “Learning to Fly”, “Wendy’s Song” e “Peter in the Bird’s Nest” são alguns dos quadros que integram esta nova série de obras da artista e que estão expostos no museu efémero de João Jesus e Diogo Aguiar. À Traço, a dupla de arquitectos confessou que, para desenhar a estrutura, foi preciso “mergulhar mais profundamente no mundo de Paula Rego e a conhecer ainda melhor o seu trabalho”.
“Procurámos recriar o ambiente museológico dentro de um centro comercial. O espaço proposto trata-se um espaço cultural de excepção que simultaneamente se abstrai e, inevitavelmente, se relaciona com o seu contexto. A criação de um espaço ‘dentro de um espaço’ é aqui levada ao limite sendo que a luz dos espaços propostos foi uma das principais preocupações”, explicam.
Para João Jesus e Diogo Aguiar, o principal desafio foi o de perceber a colecção e as relações entre as temáticas trabalhadas. “As obras expostas contam diferentes histórias e, nesse sentido, separamos o espaço expositivo em três salas de dimensões e proporções distintas que encaminham o visitante até ao núcleo central, o ponto nevrálgico da estrutura onde se encontra a obra principal da exposição. Em cada uma das diferentes salas existe um banco corrido que convida à permanência e à contemplação pausada das obras de arte”.
Galeria de imagens:
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