Março regista ritmo recorde de venda de casas
A Confidencial Imobiliário e o RICS , sublinham ainda que, os inquiridos antecipam que o crescimento da actividade se intensifique ainda mais nos próximos três meses, superando mesmo as previsões anteriores
CONSTRUIR
Cascais recupera mosteiro e cria residência para estudantes
“C2Ø Construction to Zero” lança plano de acção para descarbonização do sector
Remodelação da iluminação pública da 2ª Circular em Lisboa
Presidente da OLI distinguido pela sua “carreira de empresário e gestor”
64% dos edifícios de escritórios da Grande Lisboa “em risco de se tornarem obsoletos em 2030”
Navicork da Corticeira Amorim com pegada de carbono negativa
Barbot marca presença na Concreta com novas ferramentas de IA
Grupo Vantagem alcança o “melhor mês de sempre” em Outubro
Trienal lança open call para Prémio Début
Fidelidade inicia em breve a comercialização do projecto ‘EntreCampos’
O mês de Março, registou em Portugal, o ritmo mais forte já registado pelo inquérito mensal Portuguese Housing Market Survey (PHMS), produzido pela Confidencial Imobiliário e pelo RICS desde finais de 2010. Segundo o inquérito, o aumento das transacções no mercado de compra e venda de casas foi acompanhado pelo aumento da procura por parte de novos compradores, bem como pela melhoria das expetactivas quer relativamente às vendas quer à procura, sendo sentido nas três regiões analisadas (Lisboa, Porto e Algarve).
A Confidencial Imobiliário e o RICS , sublinham ainda que, os inquiridos antecipam que o crescimento da actividade se intensifique ainda mais nos próximos três meses, superando mesmo as previsões anteriores.
Simon Rubinsohn, Economista Sénior do RICS, comenta o resultado do inquérito, referindo que reflecte a melhoria do contexto económico do país. “A taxa de desemprego caiu para 10% em Portugal em Fevereiro, atingindo o nível mais baixo desde 2009. A melhoria consistente verificada no mercado de trabalho ao longo dos últimos 12 meses coincidiu com um aumento acentuado na confiança dos consumidores. De acordo com a Comissão Europeia, os consumidores estão agora mais confiantes em fazer uma grande compra do que em qualquer outro ponto desde 2002, e este optimismo encontra-se espelhado em indicadores de actividade do mercado imobiliário”.
De acordo com a informação enviada ao CONSTRUIR, o PHMS de Março “dá conta que a colocação de novos imóveis no mercado não está a acompanhar o ritmo de crescimento da procura de casa para comprar, um desajuste que continua a impulsionar a subida de preços, que em Março mantiveram um ritmo de subida semelhante ao registado em Fevereiro”.
Em relação ao comportamento deste indicador, os participantes no inquérito antecipam que “ao longo dos próximos 12 meses as subidas de preços mais significativas devam acontecer na região do Algarve. Numa perspectiva de longo prazo, a expectativa é que ao longo dos próximos cinco anos se venha a assistir à convergência do ritmo de crescimento de preços verificado no Algarve e em Lisboa, sendo que no caso do mercado do Porto a expectativa é mais modesta”.
O PHMS conclui que, “no mercado de arrendamento, a escassez da oferta disponibilizada pelos proprietários continua a impulsionar a comportamento das rendas, que registaram uma nova subida ao longo do mês de Março e a um ritmo mais rápido”.
“Ao longo dos últimos seis meses tem-se registado um declínio contínuo das expetactivas quanto ao número futuro de novos contratos de arrendamento, marcando uma mudança na tendência observada nos últimos dois anos. Tal está a acontecer a par de um forte aumento da actividade de concessão de crédito, sugerindo que os potenciais arrendatários começam talvez a considerar os empréstimos como uma alternativa. No futuro, tal pode reduzir a pressão sobre as rendas, que tem sido impulsionada pela falta de oferta”, conclui o Diretor da Ci, Ricardo Guimarães.