fotografia: RIBA
Paulo Mendes da Rocha recebe Royal Gold Medal
Jane Duncan, presidente do RIBA, considerou Mendes da Rocha como “revolucionário e transformador, a obra de Mendes da Rocha tipifica a arquitectura do Brasil da década de 1950”
Ana Rita Sevilha
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O arquitecto Paulo Mendes da Rocha, recebeu a Royal Gold Medal de Arquitectura 2017, concedida pelo Royal Institute of British Architects (RIBA), em reconhecimento da sua obra. Recorde-se que o galardão é atribuído a uma pessoa ou grupo de pessoas que tiveram uma significativa influência “seja directa ou indirectamente no avanço da arquitectura”.
Nascido em 1928, Paulo Mendes da Rocha tem no seu portfolio inúmeros diversos edifícios culturais, grande parte deles caracterizados pelo “estilo brutalista”, nomeadamente devido ao uso do betão aparente.
Data de 1957 a conclusão da sua primeira grande obra, o Clube Atlético Paulistano, que deu seguimento a outros grandes projectos, como a Capela de São Pedro (1987), o Museu Brasileiro de Escultura – MuBE (1988), a Praça do Patriarca (1992-2002), a remodelação da Pinacoteca do Estado (1993) e o Centro Cultura da FIESP (1997). Nota para o facto de, pese embora o seu reconhecimento internacional, são poucas as suas obras for a do Brasil, estando entre elas o Museu Nacional dos Coches (2015), em Lisboa.
A presidente do RIBA, Jane Duncan, já havia comentado aquando do anúncio do Prémio que a obra de Mendes da Rocha “é muito incomum em comparação com a maioria dos arquitectos mais premiados do mundo. Ele é um arquitecto com um incrível reconhecimento internacional, no entanto, a maioria de suas obras-primas estão construídas exclusivamente no seu país. Revolucionário e transformador, a obra de Mendes da Rocha tipifica a arquitectura do Brasil da década de 1950 – betão aparente e trabalhado de uma forma bonita”. “Paulo Mendes da Rocha é um arquitecto de nível mundial e uma verdadeira lenda viva; estou muito satisfeita em que seja distinguido com a Royal Gold Medal”.
A Royal Gold Medal é atribuída desde 1848 e já distinguiu, entre outros, Zaha Hadid (2016), Frank Gehry (2000), Norman Foster (1983) e Oscar Niemeyer (1998).