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Isolamento e Impermeabilização: Quando o consumidor assume o controlo

Credibilização. É este o caminho que os agentes do mercado dos isolamentos e impermeabilizações defendem para este segmento, sobretudo como forma de distinguir boas e más práticas num momento em […]

Ricardo Batista
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Isolamento e Impermeabilização: Quando o consumidor assume o controlo

Credibilização. É este o caminho que os agentes do mercado dos isolamentos e impermeabilizações defendem para este segmento, sobretudo como forma de distinguir boas e más práticas num momento em […]

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Credibilização. É este o caminho que os agentes do mercado dos isolamentos e impermeabilizações defendem para este segmento, sobretudo como forma de distinguir boas e más práticas num momento em que o sector da construção começa a dar sinais de recuperação, por mais ténues que sejam. O volume de concursos de empreitadas de obras públicas objecto de anúncio em Diário da República (contratos promovidos) totalizou, até Julho, 865 milhões de euros, o que traduz um crescimento de 21% face aos mínimos históricos apurados em igual período de 2015. Considerando apenas o mês de Julho, verifica-se que foram promovidos 136 milhões de euros, ou seja, mais 18 milhões que o apurado no mês anterior.
Nos primeiros sete meses de 2016, foram celebrados e reportados no Observatório das Obras Públicas, contratos resultantes de concursos públicos, num total de 338 milhões de euros, valor que representa uma quebra de 15%, em termos homólogos. Os contratos celebrados em resultado de Ajustes Directos situam-se nos 262 milhões de euros, ou seja, mais 12% que o verificado em igual período de 2015. No seu conjunto, os contratos celebrados e reportados até final de Julho totalizam 632 milhões de euros, valor que traduz uma quebra homóloga de 7% face ao apurado em 2015. Esta variação negativa, apesar de se ter vindo a atenuar ao longo dos últimos meses, corresponde já ao 19º mês consecutivo com registo de reduções em termos homólogos.

Aspectos fundamentais
Em declarações ao CONSTRUIR, o country manager da Enke para o mercado nacional considera que “o isolamento e a impermeabilização são dois aspectos fundamentais em qualquer obra. O conforto e a eficiência apenas podem ser garantidos se estes pontos forem valorizados e devidamente executados”. Nelson Carvalho considera, por isso, que “apesar dos progressos que se têm verificado em matéria de qualidade, o mercado português carece de mais formação e de uma fiscalização mais apertada para prevenir erros básicos que provocam custos enormes e são perfeitamente evitáveis”. Já no entender de Avila e Sousa, “o actual crescimento do mercado da Reabilitação é uma oportunidade, que não pode ser perdida, para melhorar também o comportamento dos edifícios ao nível térmico e acústico”. O director de Marketing da Gyptec Ibérica defende que “neste momento existe uma sensibilidade acrescida dos ocupantes dos edifícios para as questões do conforto. As pessoas procuram informação e contactam-nos porque querem investir no conforto e na eficiência energética. Sabem que o isolamento é essencial para que a qualidade de vida na sua casa não se traduza em contas elevadas em energia ao fim do mês”. “Por outro lado, alguns promotores e construtores tem vindo a apostar em intervenções de baixo custo que inevitavelmente serão rejeitadas pelos cada vez mais exigentes consumidores. O balanço entre a oferta e a procura contribuem para algumas melhorias mas é essencial regulamentação e mecanismos de apoio ao consumidor que o ajude a decisões esclarecidas”, acrescenta. Pela mesma lógica alinha João Gabriel, gerente comercial da Yesos Ibéricos para o mercado nacional e para os PALOP. Segundo aquele responsável, “vivemos num país de ‘brandos costumes’ em que somos um pouco avessos à mudança e onde tradicionalmente temos uma construção muito ligada ao tijolo, pois é método construtivo simples, que não carece de mão de obra muito específica e responde relativamente bem às necessidades, quer enquanto método construtivo e respectivas prestações quer durante o seu uso de vida útil pelo utilizador final”.

Proximidade de requisitos
O estreitamento das regras em torno da qualidade das soluções e das boas práticas neste domínio poderá advir da própria adopção dos Eurocódigos, como explica Jorge Pombo, responsável pela área de Marketing e Desenvolvimento da Imperalum. “A adopção dos Eurocódigos no espaço da União Europeia promove uma proximidade de requisitos técnicos entre países, ao mesmo tempo que unifica a caracterização de materiais de construção, removendo barreiras técnicas à sua comercialização entre os Estados-Membros e desse modo contribuindo para o aumento da competitividade da indústria europeia da construção”, revela Jorge Pombo, sublinhando, no entanto, que “os Eurocódigos já publicados centram-se nas áreas do cálculo e dimensionamento de estruturas, estando outras áreas em desenvolvimento mas sem implementação à vista”. “Já a aplicação de isolamentos térmicos na construção tem vindo a verificar uma evolução significativa decorrente da implementação da nova regulamentação de eficiência energética nos edifícios, seguindo a Directiva Europeia relativa ao desempenho energético dos edifícios, EPBD (energy performance of building Directory) e aos objectivos de redução de emissões poluentes em 20% até 2020, redução em 30% até 2030 e roteiro europeu para a redução em 80% até 2050”, acrescenta o responsável pela área de Marketing e Desenvolvimento da Imperalum. “Sem dúvida que se verifica uma pressão para o reforço do uso de isolamento térmico, sendo que nesse ponto os sistemas de impermeabilização surgem como fundamentais para o garante da manutenção de boas condições de salubridade e do eficaz funcionamento do acondicionamento térmico do edifício”, reforça. Para os responsáveis da Knauf Insulation, a adopção dos Eurocódigos na área do isolamento e da impermeabilização “será com certeza um passo em frente na medida em que confere mais segurança e confiança aos consumidores. Será fácil a qualquer pessoa identificar se um produto está ou não de acordo com as normas e boas práticas na construção”. Para Susanna Farnés, Marketing Manager da Knauf para a zona mediterrânica , além dos Eurocódigos, “incorporámos nas nossas fichas técnicas categorias de impacto ambiental. São ícones representativos das categorias de maior relevância ambiental, baseadas nas Declarações Ambientais de Produto (DAP) e Avaliação do Ciclo de Vida do produto (ACV): consumo de energia primária renovável, consumo de energia primária não renovável, potencial de aquecimento global (pegada ecológica) e consumo de água”, acrescentando que “além destes ícones, fazemos uso da rotulagem ecológica de produtos, distinções voluntárias de valorização ambiental”.

Desafios
Olhando para este cenário, procurámos perceber que desafios têm pela frente as empresas que actuam neste segmento de mercado. Nessa lógica, Ávila e Sousa assume ter “a noção que os próximos anos serão muito exigentes e desafiantes. O aproximar da data definida para os edifícios serem de consumos energético quase zero, o crescimento do mercado da reabilitação e o retomar esperado de alguma construção nova mais eficiente, serão sem dúvida as questões que marcaram a nossa agenda”. O director de Marketing da Gyptec Ibérica sublinha que a empresa “tem vindo a apostar em soluções integradas de isolamento, como o caso da placa Gypcork agora com novas espessuras e características, mas também em ferramentas de apoio ao projecto e à obra”. “Este ano apostámos numa nova placa de gesso revestida com uma tela especial em fibra de vidro em vez do tradicional papel, o que lhe confere uma excelente resistência à humidade e classificação de reacção ao fogo A1”, adianta Ávila e Sousa, para quem “a placa Gyptec Protect foi desenvolvida para situações em que não é aconselhada a utilização das placas de gesso cartonado tradicionais, nomeadamente zonas mais húmidas e de exposição ocasional à água, no interior e também no exterior, como o caso dos tectos dos alpendres e varandas”. Já para o country manager da Enke, “o desafio na área da impermeabilização consiste na melhoria da qualidade e na criação de regras que permitam assegurar condições de concorrência iguais para todos e uma maior segurança para os clientes finais”. E nesse sentido, Nélson Carvalho adianta ao CONSTRUIR que a companhia tem desenvolvido “vários produtos inovadores, como por exemplo a tela líquida Enkolan, procurando adaptar as nossas soluções cada vez mais às necessidades dos nossos clientes”.
Jorge Pombo revela ao CONSTRUIR que para a Imperalum, o futuro a médio prazo tem raízes no curto prazo. “Olhando para o mercado encontramos por um lado uma regulamentação para a eficiência energética numa forte e consistente evolução, seguindo Portugal a implementação da agenda europeia de redução de consumos energéticos, onde os desafios se colocam sobretudo na correcta incorporação no projecto e principalmente na efectiva colocação em obra dos requisitos estabelecidos, o que, como já referido antes, as espessuras mais consumidas de isolamentos térmicos não demonstram que assim tenha acontecido no passado recente”. Para o responsável de Marketing e Desenvolvimento da empresa, “a Imperalum têm vindo a receber os conhecimentos específicos de engenharia e arquitetura focados em estratégias nZEB requeridos nos futuros projectos de construção nova e de reabilitação. Já na vertente da impermeabilização as lacunas de regulamentação dificultam a correcta diferenciação de materiais e soluções eficientes e levam mesmo ao não seguimento das recomendações técnicas criadas com os Documentos de Aplicação (DA’s) emitidos pelo LNEC”. “Tendo presente que as reclamações mais frequentes e mais comuns nos edifícios estão relacionadas com humidade na construção, constitui-se como importante e fundamental desafio das empresas deste sector, a adoção de regras técnicas e de boas práticas, objectivo prioritário dos trabalhos da Comissão Técnica CT 96, de grande representatividade nacional e que permita um salto qualitativo no estabelecimento de confiança nos trabalhos de impermeabilização em edifícios e demonstrando que a sua qualidade e durabilidade não é necessariamente dependente de custos elevados mas sim de uma adequada definição dos sistemas, da criteriosa escolha de materiais e da sua correcta aplicação”, entende Jorge Pombo. É encarando esses desafios que a Imperalum tem direccionado a sua estratégia. Nesse sendito, Jorge Pombo recorda que “são diversos os materiais e sistemas focados na reabilitação que a Imperalum tem vindo a desenvolver e promover junto dos projectistas, construtores/instaladores e donos de obra, que no seu conjunto levaram á elaboração de um programa integrado de soluções eficientes, robustas e sustentáveis de reabilitação a que intitulámos Programa REABLITZ e que tem já por si a vantagem de não forçar a adaptação de um produto ou sistema específico a diversas e por vezes muito diferentes necessidades de reabilitação, mas sim à procura da melhor solução de entre uma amplia gama de soluções e materiais”. “De entre essas soluções podemos contudo destacar a título de exemplo de diferenciação a solução de reabilitação de coberturas com fibrocimento sem risco de libertação e fibras de amianto mesmo durante a realização dos trabalhos, ou a renovação de coberturas ajardinadas e a fácil transformação em novas coberturas verdes mesmo velhas coberturas que nunca foram antes ajardinadas, ou a elevada eficiência obtida com a aplicação de placas de poliisocianurato PIRMATE B como reabilitação térmica e suporte ideal para aplicação de membranas betuminosas de impermeabilização em coberturas com superfície de difícil regularização e estabilização”, sublinha. O responsável da Imperalum adianta ainda a “reabilitação de grandes coberturas comerciais e industriais com uma membrana de impermeabilização acabada superiormente a granulado mineral de cor branca e grande reflecção da radiação solar, permitindo menor sobreaquecimento da superfície pela radiação solar e correspondente redução dos gastos em climatização, ao mesmo tempo que se estende a durabilidade da impermeabilização com uma solução validada pelo LNEC através do DA 66 e sendo exemplo deste tipo de solução, entre outros, a reabilitação da impermeabilização da cobertura do edifício industrial da Autoeuropa” .
Susanna Farnés, Marketing Manager da Knauf para a zona mediterrânica, adianta ao CONSTRUIR que “um dos mais importantes desafios é conseguir chegar ao cliente final”. “Ainda é muito comum que o particular que compra uma habitação para remodelar não tenha qualquer noção de isolamentos, da sua importância ou daquilo que vai poupar energeticamente no futuro, ganhando também em conforto. Quando a generalidade da sociedade tiver este conhecimento facilmente será perceptível que são investimentos pagos e rentabilizados em poucos anos, e isto falando apenas do ponto de vista económico. E este também é o nosso papel e grande desafio”, revela aquela responsável que acrescenta que a companhia tem encetado esforços para o desenvolvimento da tecnologia ECOSE, “a qual alargámos a toda a nossa gama de produtos”, e no UrbanScape. No caso da tecnologia ECOSE, foi o primeiro ligante sustentável do mercado e “marcou uma nova fase para a indústria dos isolamentos”. Susanna Farnés recorda que “além da componente sustentável, permite altos rendimentos térmicos e acústicos. Em termos de aplicação, são produtos mais suaves ao toque, sem odor e mais fáceis de cortar e manusear. Têm ainda com o certificado Eurofins Gold, e o selo A+, o mais restrito no que diz respeito à qualidade do ar interior”. Já o UrbanScape, comparativamente com as soluções que existem no mercado, “é um sistema chave-na-mão, extremamente ligeiro (possibilita a aplicação sem necessidade de reforço das estruturas existentes do edifício), possui uma elevada capacidade de absorção de água (29 l/m2) e reduz em cerca de 30% o tempo e custo da sua instalação. Também a sua manutenção é muita reduzida”. “Este sistema leve e fácil de instalar, com alta capacidade de retenção de água, impõe-se como uma óptima solução alternativa à utilização de terra, pela alta capacidade de absorção e pouca espessura do substrato de lã de rocha utilizado”, conclui.
João Gabriel considera que “construir em seco, ou em tabicaria de gesso, ou como mais convencionalmente dizemos em Portugal, em ‘pladur’, é mudar por completo este paradigma, quebrar com o tradicional e essencialmente mudar mentalidades, desde o Promotor, ao projectista, e também ao utilizador final”. O gerente comercial da Yesos Ibéricos para Portugal e para os PALOP defende que “construir em sistemas de placa de gesso oferece-nos grandes vantagens face aos sistemas construtivos tradicionais, nomeadamente: maior ganho de área útil, rapidez de execução, facilidade de instalação de equipamentos e infra-estruturas, maior isolamento acústico e maior eficiência energética”. “É neste último ponto que me quero focar agora, uma vez que se calhar muitos de nós não pensamos no que uma empresa como a Pladur nos poderá ajudar neste aspecto. A Pladur disponibiliza ao mercado soluções e sistemas construtivos para revestimento interior testadas, ensaiadas e com garantia: forras, paredes divisórias e tectos, e tem vindo ao longo dos últimos a inovar para dar uma melhor resposta às necessidades que o mercado da construção nos apresenta, no que diz respeito à mecânica, à acústica, à resistência ao fogo e à térmica”, diz. Aquele responsável considera que “para corrigir as pontes térmicas de muitos do nosso património edificado a Pladur desenvolveu recentemente um produto transformado, composto por uma placa de gesso (standard “N” ou hidrófuga “H1”), de 10 ou 13 mm de espessura, com inclusão de uma placa de EPS (poliestireno expandido) aderido no seu dorso, com diferentes espessuras (de 20 a 140 mm) e com diferentes coeficientes de condutibilidade térmica – EPS Th-38 com λ=0,038 (EPS branco) e EPS Th-32 com λ=0,032 (ESP cinzento), aportando uma resistência térmica R de 0,55 a 4,40” . No entender de João Gabriel, “o desempenho térmico desta placa, aliado à boa capacidade de retenção do calor da placa de gesso, uma vez que se trata de um material com uma reduzida condutibilidade térmica, poderá aportar um conforto térmico nas nossas habitações, com necessidades substancialmente reduzidas de recorrer a sistemas de calefacção face aos sistemas construtivos tradicionais”. Segundo Gabriel, a placa de gesso tem uma grande capacidade de reter o calor nas nossas casas, isto dando o exemplo de uma situação de Inverno, em que temos recorrentemente que ir buscar calor a outras fontes de energia. Resumindo, um edifício mal isolado cede ao exterior a maior parte da energia que utiliza na sua climatização (pelas janelas, pelas paredes, pelo pavimento, etc…). Não desperdiçar esse calor, que nos custa tanto dinheiro, é a chave de uma maior eficiência energética. A melhor energia é aquela que não se perde”. “Grosso modo, poderemos dizer que um edifício correctamente isolado poderá consumir menos 90% de energia que o mesmo edifício mal isolado. Existem vário factores que podem contribuir para tão elevado número, desde o desenho do projecto, dos materiais ou das soluções construtivas utilizadas na execução da obra. Se calhar muitos de nós não temos presente, mas 41% do consumo energético europeu concentra-se nos edifícios, seguido pelos transportes com 33% e o sector industrial com 26%”, acrescenta o gerente comercial da Yesos Ibéricos.

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“Estamos totalmente comprometidos com a transição para uma economia de baixo carbono”

Ao CONSTRUIR, o CCO da Cimpor, Ignácio Gómez, explica as transformações que estão a ser adoptadas numa das empresas europeias de referência na indústria cimenteira

Ricardo Batista

Para o Chief Comercial Officer (CCO) da CIMPOR, a previsibilidade é fundamental para as empresas, pelo que a instabilidade governativa não pode ser encarada como positiva. Ainda assim, Ignácio Goméz explica ao CONSTRUIR a estratégia da empresa para uma operação mais sustentável e que passa por um investimento estimado em 1,4 mil milhões de euros, a aplicar na modernização das fábricas do grupo e na eficiência das operações

A CIMPOR acaba de assinalar 130 anos. Muito se conhece a propósito do passado da empresa em Portugal. E o futuro? Por onde passa o futuro?
O futuro da CIMPOR está alicerçado em três grandes pilares: inovação, sustentabilidade e transformação digital. No próximo ano, a CIMPOR celebra 50 anos de existência, enquanto o seu Centro de Produção de Alhandra assinalou recentemente 130 anos, sendo a fábrica de cimento mais antiga do mundo a operar continuamente no mesmo local. Com tantos anos de história, a empresa continua a dar passos decisivos para consolidar a sua liderança no sector cimenteiro, com investimentos em tecnologia e modernização. A rede privada 5G Standalone instalada nas nossas fábricas permite uma digitalização das operações, tornando os processos mais ágeis e eficientes. Ao mesmo tempo, apostamos em soluções inovadoras para aumentar a competitividade e optimizar a utilização dos recursos.

A CIMPOR está também a modernizar as suas fábricas de Alhandra, Souselas e Loulé com projectos que envolvem um investimento total de 360 milhões de euros em tecnologias de eficiência operacional e energética para responder aos desafios do sector. A CIMPOR, portanto, projecta o futuro com a mesma visão de sempre: inovar para crescer, com um forte compromisso com a criação de valor para as comunidades e para o mercado.

A CIMPOR prevê investir 1,4 mil milhões de euros em Portugal até 2030. Quais vão ser as prioridades deste investimento e, no plano prático, como é que o mercado vai percepcionar os resultados desse investimento?
O nosso investimento de 1,4 mil milhões de euros em Portugal até 2030, que já está em curso desde a aquisição da CIMPOR por parte da TCC Group Holdings em Março do ano passado, espelha o compromisso da CIMPOR com a inovação e o reforço da sua competitividade no sector. A grande prioridade deste investimento é a modernização das infraestruturas e a implementação de novas tecnologias, garantindo operações mais eficientes e preparadas para o futuro. Parte significativa desse montante será alocada à modernização das infraestruturas, ao desenvolvimento de novas tecnologias e à introdução de novos produtos que não só atendem aos requisitos ambientais mais exigentes, mas também asseguram a nossa competitividade no mercado global.
Além disso, a aposta na digitalização e na automação permitirá ganhos significativos de eficiência e tornará as operações mais ágeis e competitivas. A modernização das fábricas, a implementação de novas soluções tecnológicas e o reforço da capacidade produtiva vão traduzir-se numa oferta mais diferenciada e numa resposta mais eficaz às necessidades dos clientes.
O mercado vai perceber os resultados desse investimento através de uma maior eficiência na produção, de produtos mais inovadores e da capacidade da CIMPOR em antecipar tendências e responder aos desafios da indústria, garantindo a sua posição de referência no sector cimenteiro.

Disse, em Dezembro último, que “o investimento é grande e se o Governo não está no mesmo ritmo, teremos um problema no futuro”. A instabilidade que se tem vivido em Portugal, do ponto de vista político, pode comportar riscos para a iniciativa privada? Em que medida?
A instabilidade política nunca é positiva para a iniciativa privada, pois significa que processos ficam parados e que decisões estratégicas podem sofrer atrasos. Para empresas como a CIMPOR, que fazem investimentos de grande escala e longo prazo, a previsibilidade é fundamental. Sempre que há incerteza no panorama político, existe o risco de desaceleração nos projectos e nos investimentos planeados. É importante que, independentemente do contexto político, os processos administrativos e regulatórios continuem a avançar a um ritmo que permita às empresas concretizar os seus planos sem entraves desnecessários.

Muito se discute em torno da sustentabilidade e da pegada carbónica na indústria da Construção de um modo transversal. De que modo está a CIMPOR a responder aos desafios que existem pela frente neste domínio e o que está a ser feito para ir ao encontro do que se espera que seja a neutralidade carbónica?
A abordagem da CIMPOR, no que diz respeito à sustentabilidade e à redução da pegada carbónica, é clara e proactiva, especialmente porque reconhecemos o impacto que a nossa indústria tem nas emissões de CO2. Estamos totalmente comprometidos com a transição para uma economia de baixo carbono e a net zero, um objectivo que nos orienta e que estabelece o horizonte de 2050.
No presente, temos em curso um plano estratégico de descarbonização que envolve várias iniciativas e investimentos. Estas incluem, por exemplo, a substituição de combustíveis fósseis por alternativas mais ecológicas, ou o investimento em infraestruturas de energias renováveis, como as UPACs (Unidades de Produção para Autoconsumo) que já estão operacionais. Estamos também a trabalhar em tecnologias de recuperação de calor residual que visam converter o calor gerado no processo de produção de clínquer em energia eléctrica.

Outra grande aposta da CIMPOR é a produção de materiais com menor pegada de carbono, como as argilas calcinadas, que podem substituir parcialmente o clínquer. Além disso, estamos a investir na inovação e no desenvolvimento de novos produtos que atendam às exigências ambientais do mercado, como o cimento de baixo carbono, e estamos a trabalhar em estreita colaboração com as autoridades e as comunidades locais para garantir que todos os processos de descarbonização sejam implementados de forma eficaz e inclusiva.

A CIMPOR compromete-se a alcançar emissões líquidas zero de gases com efeito de estufa ao longo de toda a cadeia de valor até 2050. Como vai ser feito este percurso até à meta traçada?
A CIMPOR tem um compromisso firme de alcançar a net zero até 2050, e este objectivo, que foi validado pela Science Based Targets initiative (SBTi), será alcançado através de uma combinação de iniciativas estratégicas, investimentos em tecnologias inovadoras e colaboração estreita com toda a nossa cadeia de fornecimento.
A descarbonização da produção é uma das nossas prioridades, com investimentos na substituição de combustíveis fósseis por alternativas mais sustentáveis e na eficiência energética das nossas fábricas. Também estamos a desenvolver produtos de menor pegada carbónica, como os cimentos com materiais alternativos, garantindo soluções mais sustentáveis para o sector da construção, sem comprometer a performance dos nossos materiais.

A transição energética será outro factor essencial, com um aumento significativo da incorporação de energia renovável e de combustíveis alternativos, reduzindo as nossas emissões ao longo da próxima década. Ao longo do percurso, também estamos a trabalhar de forma activa com os nossos fornecedores e parceiros para garantir que toda a nossa cadeia de valor contribua para a meta estipulada. A colaboração com os nossos clientes também será um pilar importante, com o desenvolvimento de soluções de construção sustentáveis que permitam a redução das emissões ao longo do ciclo de vida dos edifícios.

Anunciaram, recentemente, uma parceria com a FIZIX, empresa especializada em soluções que combinam sensores inteligentes e software baseado em inteligência artificial, para a adopção de um sistema de monitorização apoiado em IA que possibilitará detectar falhas nas instalações de produção de cimento antes que estas ocorram. Que necessidades identificaram para avançar com esta parceria? Na prática o que vai ser feito?
A parceria com a FIZIX surge como parte da nossa estratégia contínua de inovação e melhoria das nossas operações. A necessidade que identificámos para avançar com esta colaboração está directamente relacionada com o nosso compromisso em aumentar a eficiência operacional, reduzir o risco de falhas inesperadas nas nossas instalações e, consequentemente, optimizar a produção de cimento de forma mais eficiente.

As nossas fábricas estão sujeitas a uma complexa rede de processos e equipamentos que, se não monitorizados de forma contínua e eficaz, podem levar a interrupções ou falhas que impactam a produção. Sabemos que a manutenção preventiva e a detecção precoce de falhas são cruciais para garantir a continuidade da produção e a redução de custos operacionais. Foi neste contexto que identificámos a FIZIX como um parceiro estratégico, dada a sua expertise em soluções baseadas em inteligência artificial (IA) e sensores inteligentes.
Na prática, o que vamos fazer é implementar um sistema de monitorização avançado que utiliza sensores inteligentes para monitorizar em tempo real o desempenho das nossas instalações e equipamentos. Este sistema, alimentado por IA, será capaz de analisar grandes volumes de dados de forma eficiente, identificar padrões e, o mais importante, prever falhas antes que estas ocorram. Em vez de depender apenas da manutenção reactiva, que é mais custosa e disruptiva, passamos a contar com uma abordagem proactiva, que permite antecipar problemas e agir antes que afectem a produção.

Com esta parceria, vamos equipar as nossas instalações com sensores que irão medir variáveis críticas, como temperatura, pressão e vibração dos equipamentos, e enviar esses dados para uma plataforma centralizada. A inteligência artificial será responsável por analisar esses dados em tempo real, identificando potenciais falhas e notificando os responsáveis antes que estas se tornem um problema sério. Isso não só vai aumentar a confiabilidade dos nossos processos, mas também contribuirá para uma gestão mais eficiente da manutenção, permitindo que as equipas operacionais tomem decisões informadas com base em dados em tempo real.

Este sistema não se limita apenas à detecção de falhas, mas também permitirá uma optimização contínua dos processos. Ao perceber melhor o comportamento dos equipamentos, podemos identificar áreas de melhoria e ajustar os parâmetros operacionais para aumentar a eficiência e reduzir o desperdício.
Além disso, a integração de IA na nossa operação permitirá que a CIMPOR se mantenha na vanguarda da transformação digital na indústria cimenteira, alinhando-se com as melhores práticas de Indústria 4.0, onde a automação, a análise de dados e a inteligência artificial desempenham um papel central.

Uma empresa marcadamente cimenteira, como olha para a industrialização dos processos construtivos e para a “desejada” evolução dos processos de fabrico mais tradicionais?
A CIMPOR olha para a industrialização dos processos construtivos com grande interesse e atenção, pois acreditamos que esta tendência representa uma oportunidade significativa para o sector da construção e para a indústria cimenteira como um todo. A industrialização, nomeadamente a utilização de tecnologias avançadas e a automação, pode trazer uma série de benefícios, como a melhoria da eficiência, redução dos custos de produção e, acima de tudo, a garantia de maior qualidade e previsibilidade nos projectos de construção.
No entanto, para a CIMPOR, a industrialização não é apenas uma tendência passageira, mas uma realidade que já está a moldar o futuro da construção. A utilização de métodos mais modernos de fabrico, como a impressão 3D, o pré-fabricado e a construção modular, está a ser cada vez mais adoptada no sector da construção e irá, sem dúvida, transformar a forma como as obras são realizadas, criando novas exigências para os materiais e soluções que oferecemos. O cimento, como matéria-prima central na construção, precisa de acompanhar esta evolução, com produtos inovadores e mais adaptados aos novos métodos de construção.

A “desejada” evolução dos processos de fabrico mais tradicionais não significa que vamos abandonar a produção de cimento convencional, mas sim que devemos integrar novas tecnologias e processos mais eficientes, como os que estamos a implementar no âmbito da digitalização e da descarbonização. Este processo de evolução passa, por exemplo, pela melhoria das técnicas de produção, pela optimização da utilização de recursos e pela aposta na inovação, como já estamos a fazer.
Além disso, os avanços nos processos construtivos industriais exigem uma estreita colaboração entre a indústria do cimento e o sector da construção, pois as soluções mais inovadoras precisam de ser pensadas e adaptadas em conjunto. A CIMPOR, com a sua longa experiência e presença no mercado, tem um papel fundamental em fornecer produtos e soluções mais adaptáveis às necessidades da indústria da construção no futuro.

Do ponto de vista da industrialização, o cimento continuará a ser a base para as grandes obras de infraestrutura, mas com o avanço das novas tecnologias, estamos a trabalhar para que o cimento também seja mais eficiente e mais bem adaptado às exigências dos métodos de construção mais modernos. O nosso compromisso com a inovação vai ao encontro dessa necessidade de adaptação dos processos construtivos, tornando-os mais industriais e mais eficientes.
Olhamos para a industrialização dos processos construtivos não como uma ameaça, mas como uma evolução natural do sector, na qual a CIMPOR está activamente envolvida, com o objectivo de estar alinhada com as novas necessidades da indústria da construção.

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Comissão Europeia dá luz verde ao estatuto de “cliente electrointensivo”

A medida dirige-se a indústrias com elevado consumo energético, que irão beneficiar de uma redução dos encargos com os Custos de Interesse Económico Geral (CIEG). O regime, cujo orçamento estimado ascende a 612 milhões de euros, deverá apoiar 319 empresas e vigorará até 22 de Abril de 2035

CONSTRUIR

A Comissão Europeia aprovou o estatuto do “cliente electrointensivo”, uma iniciativa do Governo que visa responder às necessidades específicas das indústrias de elevado consumo energético, promovendo a redução dos custos da electricidade para sectores estratégicos da economia nacional, tais como cerâmicas, vidro, metalomecânica e têxteis.

O apoio ao regime português contará com um financiamento de 612 milhões de euros destinado a reduzir as taxas de imposto sobre a electricidade cobradas às empresas com utilização intensiva de energia. O regime visa reduzir o risco de estas empresas com utilização intensiva de energia deslocalizarem as suas actividades para países terceiros que têm políticas climáticas menos ambiciosas.

A medida “permite que Portugal apoie as empresas particularmente expostas ao comércio internacional cujas actividades dependem largamente da electricidade. O regime mantém os incentivos para uma descarbonização eficaz da economia portuguesa, limitando ao mínimo as distorções da concorrência. Reforça igualmente a competitividade das empresas que beneficiam de apoio, em consonância com os objectivos do Pacto da Indústria Limpa”, explica Teresa Ribera, vice-presidente executiva da Comissão responsável pela Transição Limpa, Justa e Competitiva

Portugal introduziu vários impostos para financiar as suas políticas energética e ambiental, entre os quais os impostos que financiam a produção de electricidade a partir de fontes de energia renováveis, o apoio a medidas de eficiência energética, e as tarifas sociais e a promoção da produção de electricidade em regiões isoladas.

O regime de auxílios estatais visa reduzir as taxas de imposto cobradas às empresas com utilização intensiva de energia, a fim de reduzir o risco de estas deslocalizarem as suas actividades para países terceiros com políticas climáticas menos ambiciosas. O regime, cujo orçamento estimado ascende a 612 milhões de euros, vigorará até 22 de Abril de 2035.

“Com a aprovação por parte da Comissão Europeia, o Governo está em condições de emitir a portaria que regulamenta o Estatuto do Cliente Electrointensivo, permitindo que, após a sua publicação, as empresas elegíveis beneficiem de uma redução parcial dos encargos com os Custos de Interesse Económico Geral (CIEG). As reduções podem atingir um limite máximo de 75% ou, em determinados casos, 85%, caso as instalações demonstrem que pelo menos 50% do seu consumo de electricidade provém de fontes renováveis e que pelo menos 10% desse consumo seja assegurado por um contrato de longo prazo ou 5% seja proveniente de autoconsumo renovável”, refere nota do Governo. O número estimado de consumidores elegíveis é de 319 empresas, com um apoio anual previsto de, pelo menos, 60 milhões de euros através da isenção parcial dos CIEG.

Para serem elegíveis, as empresas devem cumprir determinados critérios, tais como o consumo mínimo anual de energia eléctrica de 1 GW; o consumo anual nos períodos horários de vazio normal e supervazio igual ou superior a 40% e ter um grau de electrointensidade anual igual ou superior a 1 kWh/€ de valor acrescentado bruto.

“O reconhecimento do Estatuto do Cliente Electrointensivo por parte da Comissão Europeia é um forte impulsionador do crescimento da economia portuguesa. A aposta na redução dos custos da energia para sectores estratégicos, em particular na indústria, representa um reforço na competitividade nacional e mais um passo no caminho da necessária transição energética”, sublinha na mesma nota o ministro da Economia, Pedro Reis.

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Comunidade Intermunicipal de Aveiro prepara obra de defesa do Baixo Vouga

Após um concurso sem sucesso, a empreitada foi adjudicada por cerca de 24,3 milhões de euros, com um prazo de execução de 24 meses

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O Conselho Intermunicipal da Região de Aveiro decidiu iniciar os preparativos técnicos e financeiros para a construção do Sistema de Defesa Primário do Baixo Vouga, saudando a decisão do Governo que assegura o financiamento, foi esta quinta-feira anunciado.

Após um concurso sem sucesso, a empreitada foi adjudicada por cerca de 24,3 milhões de euros, com um prazo de execução de 24 meses.

“A Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA) e o empreiteiro iniciarão agora os preparativos técnicos e financeiros para dar início à obra”, informa em comunicado.

No comunicado, saído da reunião de quarta-feira daquele órgão da Comunidade Intermunicipal (CIRA), é saudada a decisão do Governo de assegurar a componente nacional do financiamento e reiterado o compromisso na concretização das obras.

Desde 2016, a CIRA tem liderado um conjunto de três projetos, totalizando cerca de 45 milhões de euros, destinados a preservar o ecossistema do Baixo Vouga Lagunar.

Para além do Sistema de Defesa Primário, cujo financiamento foi agora assegurado, estão em curso as obras de construção da ponte-açude do Rio Novo do Príncipe e a reabilitação da margem esquerda.

O Sistema de Defesa Primário, que teve um troço construído entre 1995 e 1999, que não teve seguimento, foi retomado pela CIRA, que concluiu o plano em 2020 e obteve a Declaração de Impacte Ambiental em fevereiro de 2023.

A Resolução do Conselho de Ministros publicada na segunda-feira desbloqueou o financiamento necessário, que será assegurado por fundos europeus em 14,6 milhões de euros entre 2025 e 2026, e na componente nacional pelo Fundo Ambiental, com 10,4 milhões de euros entre 2027 e 2028.

A obra a realizar abrangerá os municípios de Aveiro, Albergaria-a-Velha e Estarreja, e incluirá a construção de diques, estruturas hidráulicas, sistemas de drenagem, uma estrutura verde e caminhos rurais. O objetivo é proteger o potencial agrícola e o ecossistema do Baixo Vouga Lagunar.

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Antigo Tribunal da Maia dá lugar a empreendimento de luxo

Hélder Gonçalves, CEO da Bluesteel Investimentos, revela que “está em causa um investimento de 10 milhões de euros entre a aquisição dos dois imóveis e a reconstrução”

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As antigas instalações do núcleo da Maia do Tribunal Judicial da Comarca do Porto, que estavam devolutas há vários anos, vão ser transformadas no empreendimento Domus Maia Center. Hélder Gonçalves, CEO da Bluesteel Investimentos, revela que “está em causa um investimento de 10 milhões de euros entre a aquisição dos dois imóveis e a reconstrução”.

O arranque das obras está previsto para o mês de Maio, com um prazo de execução de 18 meses, pelo que o Domus Maia Center deverá estar pronto a habitar em finais de 2026.

O projecto imobiliário, localizado em frente à Câmara Municipal da Maia, será promovido e construído pela Bluesteel Investimentos, uma empresa do ramo da construção com sede em Vila Nova de Famalicão, que adquiriu as instalações do antigo tribunal maiato a um fundo de investimento. O empreendimento irá ocupar dois edifícios, sendo um reabilitado e outro totalmente reconstruído.

Ocupando uma área de cerca de mil metros quadrados (m2), o Domus Maia Center será composto por um total de 32 apartamentos, espaços de estacionamento e dois espaços comerciais no rés-do-chão. Serão 24 apartamentos de tipologia T2, com área de 100 metros quadrados (m2), seis apartamentos de tipologia T1, com área de 70 metros quadrados (m2) e duas “penthouses” de tipologia T4 com 270 metros quadrados (m2) cada. Os dois espaços comerciais destinam-se a uma loja de rua com 750 metros quadrados (m2) e outra com 100 metros quadrados (m2).

Este é o primeiro grande investimento que a promotora tem fora do concelho de Vila Nova de Famalicão. Fundada em 2010 para actuar no mercado imobiliário como empresa especializada em construção para a indústria, tendo sido responsável pela reabilitação da fábrica dos pneus Camac, em Santo Tirso.

Nos últimos três anos, a Bluesteel Investimentos triplicou a sua facturação, tendo passado “de três milhões de euros em 2022 para 15 milhões de euros em 2024”, segundo dados revelados por Hélder Gonçalves. “O nosso objetivo estratégico é estabilizar a facturação anual neste patamar”, aponta o CEO da empresa de Vila Nova de Famalicão.

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Greenvolt vende parque eólico na Polónia por 174,4 M€

A transação é referente à venda de um parque eólico de 83,2 MW localizado em Pelplin, região centro-norte da Polónia, à Enea Nowa Energia, totalmente operacional composto por 16 turbinas, cada uma com uma capacidade de 5,2 MW

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A Greenvolt Power, promotora de projectos de energia eólica, fotovoltaica e baterias de grande escala, parte do Grupo Greenvolt, finalizou a venda do parque eólico de Pelplin. O comprador, Enea Nowa Energia, faz parte do Grupo Enea, um dos maiores fornecedores de electricidade da Polónia, que opera em toda a cadeia de abastecimento, desde a geração de energia até à sua distribuição. A transação foi avaliada em 174,4 milhões de euros.

Localizado no município de Pelplin, no centro-norte da Polónia, o projecto obteve todas as licenças necessárias e está totalmente operacional, sendo composto por 16 turbinas Siemens Gamesa SG145 de 5,2 MW cada, com uma capacidade total instalada de 83,2 MW.

“O parque eólico de Pelplin é uma demonstração clara da nossa capacidade de executar e entregar ativos de grande escala que são atrativos e valorizados pelo mercado. A sua aquisição pela Enea Nowa Energia confirma isso mesmo e está alinhada com a nossa estratégia de vender uma parte significativa dos nossos activos nas fases RtB (Ready to Build) ou COD (Commercial Operation Date), dependendo do potencial de retorno”, afirmou João Manso Neto, CEO do Grupo Greenvolt.

A construção do parque eólico de Pelplin iniciou em Junho de 2023, tendo sido concluída dentro do prazo inicialmente previsto, em Dezembro de 2024, e está equipado com turbinas Siemens Gamesa SG145 com capacidade de 5,2 MW, uma das tecnologias mais avançadas disponíveis no mercado e reconhecidas pela sua eficiência e alto desempenho em projectos de grandes dimensões.

“O projecto Pelplin prova a nossa capacidade de implementação e reforça ainda mais a nossa posição de liderança no mercado polaco e europeu. Pelplin é um exemplo bem demonstrativo de um investimento que concebemos desde o início, assegurando a sua máxima eficiência e gerando um importante retorno para o Grupo” acrescentou Radek Nowak, CEO da Greenvolt Power.

No segmento de projectos de grande escala, o Grupo Greenvolt tem um portfólio de 10,9 GW em 17 países, prosseguindo uma estratégia de rotação de activos através da alienação de 70–80% dos mesmos nas fases RtB ou COD.

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Hipoges implementa tecnologias para reduzir consumo de energia nos seus imóveis

Num mercado onde os imóveis “verdes” estão em ascensão, a Hipoges aposta na modernização de sistemas de aquecimento, ventilação e ar condicionado, bem como a instalação de painéis solares e outras fontes de energia renovável nos seus activos imobiliários

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Com o objectivo de “aumentar” a sustentabilidade e a “cotação ESG” dos imóveis sob a sua gestão, a Hipoges, tem implementado um conjunto de políticas, nomeadamente, a implementação de tecnologias avançadas e melhorias estruturais que auxiliem na redução do consumo de energia.

Num mercado onde os imóveis “verdes” estão em ascensão, impulsionado por políticas governamentais favoráveis, incentivos fiscais e uma crescente consciencialização sobre a importância da sustentabilidade, a Hipoges aposta na modernização de sistemas de aquecimento, ventilação e ar condicionado, bem como a instalação de painéis solares e outras fontes de energia renovável nos seus activos imobiliários.

A adopção de critérios que fomentem e desenvolvam a melhoria da sustentabilidade dos imóveis torna-os mais atractivos para investidores, que são cada vez mais conscientes das questões ambientais e sociais. O foco na eficiência energética e certificações verdes responde a esta crescente procura, que está alinhada com as tendências do mercado imobiliário na Europa.

Para este efeito, a Hipoges avançou com análise de peritagem energética em mais de 2500 activos e conta actualmente com mais de 10% de imóveis em carteira com classificação energética abrangida pelo Sistema de Certificação Energética dos Edifícios (SCE) gerido pela ADENE (Agência para a Energia) com certificados superiores a B-, ou seja, B, A e A+. Destes, 25% são imóveis residenciais e os restantes 75% estão inseridos no sector de comércio e serviços.

“Sabemos que investir em imóveis mais eficientes pode envolver poupanças significativas, que se reflectem tanto no custo operacional do imóvel quanto no impacto ambiental, alinhando-se assim com as crescentes preocupações com a natureza e a sustentabilidade”, explica José Diogo Jesus. Mas nem sempre é possível encontrar esses imóveis verdes disponíveis no mercado. “Apesar da preocupação dos nossos consumidores, muitos têm optado também por investir e melhorar os imóveis convencionais”, afirma José Diogo Jesus, responsável pela área de Property Real Estate.

Além do aumento na procura, também se registou um crescimento na conversão de imóveis verdes. Com esta dinâmica de mercado, a Hipoges tenta acompanhar a mudança de mercado, consolidando o compromisso da empresa em continuar a investir em activos sustentáveis.

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IP Leiria avança com investimento de 3,7M€ em residências para estudantes

Investimento de 3,7 milhões de euros na renovação e construção de residências aumenta oferta de camas nas Caldas da Rainha. Em 2026, a cidade passará a ter três residências de estudantes, num total de 289 camas

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O Instituto Politécnico de Leiria (IPLeiria) assinou esta semana a consignação da empreitada de renovação da Residência Mestre António Duarte, nas Caldas da Rainha, e a obra de construção da nova residência de estudantes naquela cidade, num investimento de 3,7 milhões de euros, financiados pelo Plano Nacional de Alojamento no Ensino Superior (PNAES), via Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Com a concretização destas duas empreitadas, que se juntam à obra de reabilitação da Residência Rafael Bordalo Pinheiro, cuja inauguração está prevista para breve, Caldas da Rainha passará a ter, em 2026, um total de 289 camas para os estudantes.
A obra de renovação da Residência Mestre António Duarte visa a recuperação integral do edifício, com vista à melhoria do conforto e à promoção da eficiência energética, assim como uma readaptação de espaços e uma optimização do seu funcionamento. O edifício contemplará um total de 56 quartos, dois destinados a utilizadores com mobilidade condicionada, num total de 104 camas. A obra tem uma duração de 150 dias, estando a reabertura prevista para o início do próximo ano lectivo.

No que se refere à construção da residência ‘Nova Caldas’, a ser edificada num terreno adjacente à Residência Mestre António Duarte, a mesma oferecerá 68 novas camas, contemplando, além do alojamento, zonas de refeição, áreas de estudo e de convívio, lavandaria, espaços de apoio ao funcionamento da residência, entre outros.

O projecto da nova residência, prevista ficar concluída no final de Março de 2026, teve em consideração princípios de sustentabilidade e eficiência energética, tendo sido adoptadas soluções de design passivo, como orientação solar adequada, uso de iluminação natural e ventilação cruzada, visando reduzir o consumo de energia e promover o bem-estar de todos.

“Esta obra proporcionará um aumento significativo do número de camas disponíveis na cidade de Caldas da Rainha, que anualmente recebe entre 1.500 e 1.700 estudantes da nossa Escola Superior de Artes e Design”, afirmou o presidente do Politécnico de Leiria, recordando que a instituição teve nove candidaturas aprovadas no âmbito do PNAES, para renovação, reabilitação e construção de residências de estudantes, contemplando 13 edifícios, localizados em quatro cidades (Leiria, Caldas da Rainha, Peniche e Pombal).

“Foi em Caldas da Rainha que iniciámos a primeira obra, referente à reabilitação da Residência de Estudantes Rafael Bordalo Pinheiro, apresentando uma capacidade para 117 camas. A reabilitação desta residência, iniciada em 2024, já se encontra concluída, estando a sua reabertura prevista para breve. Desta forma, e com as empreitadas que estamos agora a adjudicar, a cidade passará a ter disponíveis três residências de estudantes, somando um total de 289 camas”, mencionou Carlos Rabadão.

No total, os nove projectos de iniciativa directa do Politécnico de Leiria, de renovação e construção de residências de estudantes, representam um investimento acima de 25 milhões de euros financiados pelo PRR, contemplando a necessidade de um reforço adicional de receitas do Politécnico de Leiria, na ordem dos seis milhões de euros, face aos actuais preços de mercado.

A instituição é ainda copromotora de mais três residências, numa colaboração estabelecida com os municípios da Batalha e Torres Vedras, cujas residências já se encontram em funcionamento, tendo também sido recentemente adjudicada a construção de uma outra residência, na Marinha Grande.

“Desta forma, após a conclusão de todas as obras, serão disponibilizadas 1.373 camas, o que significa que estamos praticamente a duplicar a oferta de camas para os nossos estudantes. Falamos de mais 670 camas que as disponíveis actualmente, sendo que nestes valores estamos a considerar igualmente o Hotel Escola de Peniche, do Instituto Politécnico de Leiria (50 camas), assim como os Apartamentos João 21 (com 12 camas), disponibilizados no âmbito da parceria estabelecida com o município de Leiria”, referiu o presidente do IPLeiria.

Politécnico de Leiria é a instituição de ensino superior com mais projetos de residências em curso
A directora da Agência Nacional Erasmus+ Educação e Formação afirmou, durante a cerimónia de consignação das obras nas Caldas da Rainha, que o Politécnico de Leiria é a instituição de ensino superior em Portugal com mais projectos em curso de renovação e construção de residências de estudantes, no âmbito do Plano Nacional de Alojamento no Ensino Superior, integrado no PRR.

“Só temos de dar os parabéns ao Politécnico de Leiria pela ambição e visão e pela forma como tem conduzido este processo. É, neste momento, a instituição de ensino superior com um maior número de projectos em curso, e isso dá imenso trabalho”, salientou Cristina Perdigão.

Para Cristina Perdigão, “há muito mais numa residência de estudantes do que o simples alojamento. É algo que modifica verdadeiramente a vida e o percurso académico de um estudante. Poder partilhar um espaço digno e confortável com os colegas de diferentes unidades orgânicas, de diferentes cursos e de diferentes origens, é muito enriquecedor no percurso do estudante”.

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InovaDigital apresenta tecnologia para transformação digital das empresas de mediação

A nova plataforma X-IMO pretende marcar uma “viragem significativa” na forma como a tecnologia pode apoiar e liderar a transformação do sector. Através do módulo de ‘Market Data’ pode-se identificar oportunidades, analisar a evolução do mercado e reajustar o valor das carteiras de imóveis

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Cada vez mais as agências de mediação imobiliária são confrontadas com um ambiente onde a complexidade tecnológica cresceu mais depressa do que a sua capacidade de adaptação, sendo que o verdadeiro desafio está agora em recuperar o controlo da operação, da informação e da estratégia comercial.

É nesta medida que o novo X-IMO, plataforma portuguesa de gestão imobiliária, desenvolvido pela InovaDigital, surge como uma ferramenta de apoio à decisão, com funcionalidades que permitem estruturar e utilizar a informação de forma proactiva, marcando, desta forma, uma “viragem significativa” na forma como a tecnologia pode apoiar e liderar a transformação do sector, considera Filipe Marques, executive manager da InovaDigital.

O software da X-IMO apresenta-se, assim, como um parceiro “estratégico” para a “nova geração de empresas imobiliárias”. Empresas que “ao tomar decisões com base em dados, valorizam a autonomia operacional e procuram soluções tecnológicas sustentáveis e alinhadas com a realidade portuguesa”, indica.

“A transformação digital do sector imobiliário já não se resume à presença online ou à adopção de um CRM. Mais do que adoptar tecnologia, trata-se de usar os meios digitais para devolver clareza, autonomia e visão estratégica ao negócio. E é exatamente aqui que soluções desenvolvidas com conhecimento do terreno ganham destaque”, acrescenta.

O software da X-IMO tem integrado um novo módulo de ‘Market Data’ que permite identificar oportunidades, analisar a evolução do mercado e reajustar o valor das carteiras de imóveis de forma linear, algo que tem impacto directo na rentabilidade das operações.

Em paralelo, a implementação transversal da Inteligência Artificial (IA) em várias operações, desde a organização automática de informação à geração de conteúdos, representa um salto qualitativo na automação do trabalho e na redução do esforço administrativo.

Tudo isto integra-se num roadmap de desenvolvimento contínuo, com novas funcionalidades a serem lançadas regularmente pela InovaDigital, sempre com o objectivo de concretizar a digitalização absoluta da atividade imobiliária e, acima de tudo, devolver o controlo e a autonomia às empresas de mediação.

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Intermarché investe 5 milhões de euros em nova loja em Leiria

O novo supermercado do Grupo Mosqueteiros, em Monte Redondo, abre a 24 de Abril, tem uma área de 1.300 m2 e vai permitir a criação de 50 novos postos de trabalho

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O Intermarché, insígnia do Grupo Mosqueteiros, inaugura uma nova loja em Monte Redondo, concelho de Leiria. O novo supermercado, com uma área total de 1.300 m²,representa um investimento de 5 milhões de euros, vai permitir a criação de 50 novos postos de trabalho, reforçando a presença da insígnia na região e a sua aposta no desenvolvimento da economia local.

“A abertura do Intermarché de Monte Redondo é mais um passo na nossa missão de estarmos cada vez mais próximos dos consumidores. É com grande orgulho que inauguramos esta loja, que representa não só um investimento significativo na região, mas também a criação de emprego local e o reforço da nossa aposta numa oferta de qualidade e conveniência”, afirma Raúl e Fátima Rodrigues, responsáveis do Intermarché de Monte Redondo.

Em Portugal há mais de 30 anos, o Intermarché conseguiu consolidar a sua experiência no mercado retalhista, contando hoje com 269 pontos de venda, espalhados por mais de 180 concelhos, nos 18 distritos do país.

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Mercado de escritórios encerra 1.º trimestre sob pressão em Lisboa e Porto

Falta de oferta de qualidade e investidores mais cautelosos devido à instabilidade geopolítica, influenciaram o mercado de escritórios em Portugal . O mais  recente Office Flashpoint da JLL mostra uma ocupação de 16.000 m2 em Lisboa e 2.400 m2no Porto

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A JLL divulgou o Office Flashpoint de Março, onde revela que o mercado de escritórios encerrou o 1.º trimestre de 2025 com uma ocupação residual de 16.000 m2 em Lisboa e 2.400 m2 no Porto. O desempenho trimestral em qualquer das regiões fica consideravelmente abaixo do período homólogo, quando foram absorvidos 73.700 m2 e 17.600 m2, respectivamente.

Sofia Tavares, Head of Leasing Advisory da JLL, explica que “os baixos níveis de actividade registados no mercado este ano têm dois fundamentos essenciais. Por um lado, as empresas internacionais, que são actualmente uma fonte forte de procura em Portugal, estão mais resistentes a tomar novas decisões de investimento para as suas instalações devido à instabilidade geopolítica. Por outro lado, internamente, o mercado sofre actualmente de falta de oferta de edifícios novos e de qualidade. Não havendo espaços disponíveis adequados aos requisitos das empresas, especialmente áreas de maior dimensão, realizam-se menos operações”.

Nos primeiros três meses de 2025, a ocupação de escritórios em Lisboa somou 33 negócios, com uma área média de apenas 490 m2. Destas operações, somente quatro envolveram áreas superiores a 1.000 m2, duas das quais realizadas no mês de Marco, perfazendo 2.800 m2. Dos 16.000 m2 tomados no 1º trimestre, 30% situam-se no Corredor Oeste e 25% no CBD, enquanto do lado da procura, foram as empresas de TMT’s & Utilities as mais dinâmicas, com 33% do take-up, embora se evidenciem ainda as empresas de Outros Serviços, que geraram 23% da absorção.

O mercado do Porto foi palco de 10 operações no acumulado do 1º trimestre, traduzindo uma área média por transacção de 280 m2. Neste período, 48% da ocupação ocorreu na Zona Empresarial do Porto e outros 39% no CBD – Boavista. Entre a procura, as empresas de Serviços Financeiros foram as mais activas, com 46% da absorção.

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