Mercado ibérico de centros comerciais marcado pela “paralisação” de projectos
Desde 2009, tem sido observado um “abrandamento no ritmo de crescimento da oferta”
Pedro Cristino
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Segundo o mais recente estudo sectorial da DBK sobre o mercado ibérico de centros comerciais, a conjuntura económica negativa dos últimos anos levou à “paralisação ou adiamento de projectos de construção de centros comerciais em Espanha e Portugal”.
A consultora frisa, no seu comunicado de imprensa, que, desde 2009, tem sido observado um “abrandamento no ritmo de crescimento da oferta”. “No final de 2011 encontravam-se operacionais, no conjunto do mercado ibérico, 692 estabelecimentos, 537 dos quais em Espanha e 155 em Portugal, prevendo-se que, no final de 2012, haja cerca de 700 centros, com uma área bruta arrendável de 17,9 milhões de metros quadrados”, refere a mesma fonte.
Apesar da recessão económica, a DBK ressalva que “a crescente externalização das actividades de armazenagem, manipulação e transporte de mercadorias por parte das empresas portuguesas favoreceu o crescimento do volume de negócios dos operadores logísticos nos últimos anos”. Ao mesmo tempo, verificou-se uma contracção da procura de espaço comercial, “em consequeência da deterioração do consumo privado”.
Este facto está a provocar “um aumento da rivalidade entre as empresas do sector e uma forte pressão sobre os preços de arrendamento dos espaços”. Assim, regista-se, desde 2009, uma “desaceleração significativa do ritmo de crescimento da oferta”, após o mercado ter alcançado taxas de variação anuais superiores a 7% entre 2000 e 2008. O mercado ibérico registou, entre 2009 e 2011, uma variação média anual que ronda os 2%.
No final do ano transacto, a área bruta arrendável situava-se nos 17,61 milhões de metros quadrados, “mais 2,5% do que em 2010”. Portugal registou o menor crescimento, com a área a aumentar 1,8%, atingindo os 3,49 milhões de metros quadrados, enquanto que na vizinha Espanha se registou um aumento de 2,6%, totalizando 14,12 milhões de metros quadrados.
Segundo a DBK, as previsões a curto prazo apontam para a continuação da tendência de “crescimento moderado da oferta, prevendo-se, para o ano de 2012, uma dezena de aberturas no conjunto do mercado ibérico”. No que concerne à área bruta arrendável, a consultora calcula que, no final deste ano, o valor total ronde os 17,9 milhões de metros quadrados na região, o que representa um crescimento inferior a 2% comparativamente com 2011.
A quebra da ocupação afectará os preços do arrendamento dos espaços, “reforçando também o poder de negociação dos clientes, o que permite antecipar uma redução das margens das empresas proprietárias”. Como oportunidades, é destacado o potencial de crescimento do negócio em locais “ainda pouco saturados, como municípios de média dimensão e zonas periféricas das grandes cidades”.
“Cabe assinalar ainda a simplificação dos trâmites para abertura de novos centros, assim como a ampliação prevista dos horários comerciais, tanto em Espanha, como em Portugal”, conclui o comunicado da DBK.