Familias sufocadas pelos elevados valores do IMI e avaliações fiscais, alerta a DECO
“Nalguns casos, o valor patrimonial poderá mais do que duplicar, o que, somado às elevadas taxas de IMI (com um máximo de 0,5%), aumentará o sufoco financeiro das famílias”, garante a associação
CONSTRUIR
Francesa Remake Asset Management compra Setúbal Retail Park por 8 M€
Souto Moura desenha nova sede da Metro do Porto na Boavista
A nova Lei dos Solos, o segundo troço da alta-velocidade, a Ribeira de Algés e o Architect@Work na edição 522 do CONSTRUIR
A nova caixa de pavimento estanque Simon K|45
Arquitectos do Norte lançam ‘InterSecções’ e inauguram exposição sobre edifício sede
Exportações portuguesas de madeira e mobiliário ganham destaque no Reino Unido
Ricardo Valente nomeado novo director-geral da Savills Porto
Porta da Frente Christie’s integra ferramenta de IA Agentforce
APJAR atribuí prémio ex-aequo a duas obras
Sierra e BTG Pactual lançam joint venture de crédito imobiliário
A DECO alertou esta quarta-feira para a possibilidade de o valor patrimonial fiscal dos imóveis mais do que duplicar em alguns casos, o que, somado às taxas de Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), “aumentará o sufoco financeiro das famílias”.
Num artigo da revista Dinheiro e Direitos divulgado às redacções, a associação de defesa dos consumidores refere que a reavaliação de cinco milhões de imóveis actualmente em curso é “há muito necessária” por permitir valorizar valores desajustados.
“Contudo, nalguns casos, o valor patrimonial poderá mais do que duplicar, o que, somado às elevadas taxas de IMI (com um máximo de 0,5%), aumentará o sufoco financeiro das famílias”, lê-se.
A DECO indica que o desconhecimento das novas regras ou a “inércia dos contribuintes permite ao Fisco arrecadar mais IMI do que o devido”.
Dada a informatização dos dados, a associação manifesta não compreender a dificuldade do Fisco em actualizar automaticamente alguns parâmetros usados no cálculo do IMI, como a antiguidade ou o valor do terreno.
“Resultado: o contribuinte paga imposto como se a casa fosse sempre nova e o metro quadrado ainda valesse o mesmo”, denuncia a DECO, acrescentando que a actualização obriga a uma deslocação às Finanças e ao eventual pagamento mínimo de 204 euros.
Segundo a associação, a factura pode ultrapassar os três mil euros e, com “estes valores, o Fisco pretende desincentivar todo o tipo de reclamações”.
Para a DECO, é “grave” o resultado de algumas avaliações não se reflectir no IMI a pagar, mas apenas para IRS (Imposto Sobre o Rendimento Singular), IRC (Imposto sobre o Rendimento Colectivo) e IMT (Imposto sobre a Transmissão Onerosa de Imóveis).
“Depois de ter enviado as conclusões desta investigação ao Governo e ao Parlamento, a DECO aguarda uma reacção célere, que garanta justiça fiscal”, lê-se.
Em Março, o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Paulo Núncio, afirmou que as despesas pela segunda avaliação dos imóveis serão apenas pagas quando o valor se mantenha ou suba.