Quercus defende energia eólica antes de construção de mais barragens
O Governo deveria promover “a redução do consumo e a eficiência energética, seguida das energias renováveis e, por fim, da mobilidade sustentável”
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Lusa
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A associação ambientalista Quercus considerou que as prioridades do Governo para a área da energia estão mal ordenadas e defendeu a prioridade da energia eólica em relação à construção de mais barragens ou à aposta no nuclear.
A Quercus considera que, antes de promover as 10 barragens previstas no Plano Nacional de Barragens com Elevado Potencial Hidroeléctrico (PNBEPH) ou pensar no recurso à energia nuclear, o Governo deveria promover “a redução do consumo e a eficiência energética, seguida das energias renováveis e, por fim, da mobilidade sustentável”.
“É prioritário um investimento forte na redução do consumo de energia e na eficiência energética, que não deve ser deixada para segundo plano, como aconteceu até aqui”, refere a Quercus, em comunicado, acrescentando que “mantendo a tendência actual de crescimento do consumo energético, não vai ser possível cumprir o objetivo de redução anual do mesmo em 1 por cento até 2016”.
Os ambientalistas sugerem “um debate claro e sério sobre a forma diversificada de produção de energia (mix energético) mais conveniente para o nosso país a médio (2020) e longo prazo (2050)”.
“Neste momento, o Governo aposta sobretudo na potência instalada de energia renovável pela grande hídrica, que no entender da Quercus deve ser revista, já que o peso da energia hídrica tem vindo a diminuir em relação ao crescente contributo da energia eólica na produção de eletricidade”, afirma.
A associação realça que Portugal tem a obrigação legal de cumprir a meta imposta pela união europeia de “produzir 31 por cento da energia final consumida por fontes de energias renováveis” e aconselha o Executivo a dar prioridade a este tipo de energia para promover a independência energética do País e incentivar o desenvolvimento tecnológico nacional.
A Quercus sugere ainda a análise da “capacidade total de potência instalada prevista, que pode promover o aumento de consumo e fazer fracassar na política de eficiência energética” e a clarificação da “capacidade de armazenamento de energia eólica das dez novas barragens previstas” no PNBEPH.