Proposta do consórcio Tave Tejo com preço inferior em 509 ME ao do agrupamento Altavia
De acordo com o relatório preliminar do júri do concurso, a que a Lusa teve acesso, a diferença dos preços das duas propostas, que inicialmente era de 300 milhões de euros, aumentou para 509 milhões de euros, na sequência de ajustamentos feitos às pr
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A proposta do consórcio Tave Tejo para a construção do troço de alta velocidade Lisboa-Poceirão, que inclui a terceira travessia do Tejo, tem um preço inferior em mais de 500 milhões de euros ao proposto pelo agrupamento Altavia.
De acordo com o relatório preliminar do júri do concurso, a que a Lusa teve acesso, a diferença dos preços das duas propostas, que inicialmente era de 300 milhões de euros, aumentou para 509 milhões de euros, na sequência de ajustamentos feitos às propostas pela comissão de avaliação.
Segundo o relatório, os valores das propostas dos três consórcios – Altavia, Tave Tejo e Elos – aumentaram em relação aos valores divulgados em Setembro de 2009, quando foram abertas as propostas.
A proposta do consórcio Elos, co-liderado pela Brisa e pela Soares da Costa, aumentou de 2.310 milhões de euros para 2.490 milhões de euros, enquanto a proposta do consórcio Altavia aumentou de 2.166 milhões de euros para 2.473 milhões de euros.
A proposta do consórcio Tave Tejo aumentou de 1.870 milhões de euros para 1.964 milhões de euros.
O valor de referência da RAVE – Rede Ferroviária Nacional para este concurso, o segundo do projecto português de alta velocidade a ser lançado, era de 1.928 milhões de euros.
O consórcio Altavia contestou o relatório preliminar de avaliação das propostas para a construção do troço Lisboa-Poceirão, que classificou provisoriamente em primeiro lugar o agrupamento Tave Tejo.
O júri atribuiu a classificação de 11,43 pontos ao consórcio Tave Tejo, 6,43 pontos ao Altavia e 6,36 pontos ao consórcio Elos, seleccionando para a fase das negociações os dois primeiros.
Contactada pela Lusa, fonte oficial do consórcio Tave Tejo não quis fazer comentários sobre este assunto.
Fonte próxima do processo disse, no entanto, à Lusa que o consórcio não vai contestar a decisão do júri, porque “não quer criar entraves a que o processo avance com celeridade”.
O consórcio Altavia integra a Mota-Engil (17,38 por cento), a Vinci (16,38 por cento), a Somague (14,64 por cento), a Teixeira Duarte (14,64 por cento), a MSF (10,98 por cento), a Opway (10,98 por cento), a Esconcessões (cinco por cento),o BPI (seis por cento), BES (um por cento), o banco Invest (0,75 por cento) e Alves Ribeiro (2,25 por cento).
O agrupamento Tave Tejo integra a espanhola FCC (26 por cento), as portuguesa Ramalho Rosa-Cobetar (um por cento) e Conduril (nove por cento), os italianos da Impregilo (25 por cento) e da Cimolai (quatro por cento), bem como a sociedade gestora de participações sociais EHST – European High Speed Trains (35 por cento).