Mome quer chegar às 1500 casas em cinco anos
A empresa gestora de cooperativas acaba de lançar o seu segundo projecto, Hera.coop, e o primeiro com escala. Menos de um mês depois do lançamento as manifestações de interesse multiplicam-se dando corpo à intenção da empresa de construir 1500 casas nos próximos cinco anos

Manuela Sousa Guerreiro
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A Mome, empresa gestora de cooperativas, acaba de lançar a abertura de candidaturas ao projecto habitacional “Hera.coop”. Este é o segundo projecto da Mome mas o primeiro em larga escala, num total de quase uma centena de apartamentos (98, para sermos exactos) que representam um investimento de 34 milhões de euros. Depois do lançamento do Pedras.coop, primeiro projecto da Mome que entrou já em fase de construção, em Lavoures, Vila Nova de Gaia, o Porto, zona do Carvalhido, recebe este segundo empreendimento.
“Com o lançamento da Hera.coop, queremos responder à escassez de habitação no Porto para a classe média, oferecendo cooperativas de elevada qualidade em que o custo das casas resulta de um somatório linear de custos”, afirmou Francisco Rocha Antunes, fundador e presidente executivo da Mome sobre o investimento agora lançado.
No conjunto os dois empreendimentos representam um investimento de 45 milhões de euros, mas a Mome promete não ficar por aqui já que nos próximos cinco anos a gestora pretende construir cerca de 1500 novas casas, com a dinamização de entre quatro ou cinco cooperativas por ano, a partir de 2024, num total de investimento cooperativo de 700 milhões de euros.
“Com o lançamento da Hera.coop, queremos responder à escassez de habitação no Porto para a classe média, oferecendo cooperativas de elevada qualidade em que o custo das casas resulta de um somatório linear de custos”, afirmou Francisco Rocha Antunes
Arquitectura, sustentabilidade e uma comunidade
O empreendimento apresenta-se com uma identidade própria “human center e natured based”, à semelhança do que já tinha acontecido com o primeiro projecto, apesar da diferença de escalas (o Pedra.coop compreende 13 moradias em banda). A arquitectura a cargo do gabinete Hori-zonte, promove as sensações de pertença e vizinhança com espaços verdes individuais e um logradouro comum. “Socialmente, os espaços verdes promovem a educação ambiental, a actividade física e proporcionam um ambiente inclusivo para o recreio e conexão com a natureza”, esta ligação interior/exterior é potenciada pelo facto de todas as habitações terem varanda e acesso ao logradouro. A organização espacial dos apartamentos (o empreendimento é composto por lofts, T2 e T3) pretende uma integração fluída entre os diferentes espaços da casa. A zona social, que combina os espaços de cozinha, com sala de estar e jantar, procura trazer maior luminosidade, assim como permitir uma circulação mais livre uma comunicação visual mais ampla entre as diferentes áreas funcionais.
A sustentabilidade é peça central do projecto, cuja construção segue o método off-site e privilegia o uso de materiais sustentáveis, e implementação de práticas e princípios ESG em todas as fases do processo.
A abertura do processo de angariação de cooperadores do Hera.coop foi oficialmente apresentada no Porto num evento organizado pela Mome e dedicado ao tema “O que move as pessoas a fazerem grandes coisas em conjunto”.