Promiris: Coimbra, Aveiro e Faro são mercados atractivos para o segmento das residências de estudantes
Em parceria com a belga Cetim, a Promiris tem já em desenvolvimento projectos neste segmento no Porto e em Lisboa. O primeiro, o Odalys Porto Granjo Centro, com assinatura do atelier Fragmentos, já se encontra em operação
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O primeiro projecto da belga Odalys entrou em Portugal através da Promigranjo, representante das empresas de origem belga, Promiris e Cetim, em 2022, com a inauguração da Odalys Porto Granjo Centro, no Porto e cuja projecto de reabilitação tem assinatura da Fragmentos. Este foi também o primeiro projecto concluído da promotora, numa parceria que será para continuar.
“Tendo em conta a imensa procura que este tipo de equipamento tem tido durante os últimos anos”, Carlos Marnoto, project manager da Promiris, revelou ao CONSTRUIR quais os próximos projectos neste segmento, confirmando tratar-se de uma estratégia de investimento do Grupo para os próximos anos.
“A Promiris foi um dos primeiros players a identificar, em Portugal, a necessidade de residências estudantis que fossem construídas por operadores profissionais e internacionais, de forma a garantir o melhor conforto, segurança e apoio aos alunos e aos pais. Esta forma de alojamento é predominante no Norte da Europa e acreditamos que gradualmente, irá substituir a opção de alojar estudantes de forma local e sem controle. Além disso, privilegiamos sempre a reabilitação de edifícios e a eficiência energética, acessibilidade e qualidade de vida”, referiu Christian Terlinden, managing partner da Promiris, à data da inauguração do espaço.
Sem revelar valores de investimento, o Grupo tem neste momento mais dois projectos de residências de estudantes em desenvolvimento. Um também no Porto, no campus universitário da Asprela, com projecto do atelier de Miguel Saraiva, a ser desenvolvido com o operador Xior Student Housing, que, entretanto, adquiriu, numa operação de forward funding, os restantes 50% que pertenciam aos grupos Promiris e Cetim, já que a primeira aquisição aconteceu em 2019 aquando da constituição da parceria. A operação foi assessorada pela PLMJ.
Em Lisboa, nas Lamas (Junqueira) está também já aprovado o projecto para 124 quartos, que conta com a assinatura do arquitecto Capinha Lopes e que também será desenvolvido com o grupo belga Cetim.
Futuro aponta para Coimbra, Aveiro e Faro
Carlos Marnoto refere que “estão a analisar outros possíveis investimentos nesta área” Coimbra, Aveiro e Faro são outras “potenciais localizações” de forma a “avançarmos com a nossa estratégia de desenvolvimento deste tipo de produto” sem, contudo, deixar de parte as cidades de Lisboa e Porto, onde futuramente poderão vir a surgir mais projectos.
Esta estratégia tem vindo a avançar “de forma concertada no mercado português”, em parceria com o operador Odalys, cujo produto “profissional e diferenciado” é fruto da sua especialização neste tipo de operação desde 2011, onde tem actuado em mercados como França, Bélgica ou Espanha.
As diferentes valências que este tipo de equipamento oferece em complemento ao alojamento aos estudantes, nomeadamente, segurança, videovigilância, ligação à internet, limpeza e cafetaria, recepção, espaço de coworking, ginásio, espaços para convívio, estudo e refeições, e ainda, um jardim exterior. Estão também disponíveis serviços opcionais, como televisão, lavandaria e serviços de pequeno-almoço.
“Reabilitação sempre que possível”
Localizada a 600 metros da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto (UP), a 2,5kms da Faculdade de Direito da UP e de diversas outras instituições e pontos centrais da cidade, a Odalys Porto Granjo Centro oferece uma localização privilegiada, com fácil acesso à rede de transportes públicos e perto de escolas e universidades.
Composta por 212 quartos, 20 deles com carácter de alojamento turístico, totalmente equipados e mobilados, os espaços estão divididos entre zona de dormir, casa de banho, espaço para refeições com kitchenette e zona de trabalho com ligação a internet de alta velocidade. Na Residência, os estudantes podem ainda usufruir de vários outros serviços e espaços, que incluem recepção e segurança 24h, serviço de limpeza, lavandaria, cafetaria, ginásio, sala de convívio, áreas de coworking e um jardim com 2.000m2.
Esta nova residência, para além de responder ao forte crescimento do número de estudantes nacionais e internacionais do ensino superior no Porto, vem também potenciar o espaço onde está inserido, reconstruindo um local que estava devoluto e dando-lhe uma nova vida e dinâmica. Mantendo a arquitectura original do edifício, inclusivamente a fachada e a chaminé industrial existente, o espaço foi reabilitado de forma a manter a sua identidade original, mas tornando-o num edifício moderno e jovem.
Habitação de luxo mantém-se no ADN
Além dos projectos pensados para os estudantes, o segmento residencial de luxo tem sido outro dos ‘core business’ da Promiris. Aliás, foi em Lisboa com o projecto ‘The Bivart Residences’ que se estreou em Portugal. Com assinatura de Capinha Lopes, o edifício já se encontra concluído. Não muito longe deste, encontra-se em fase final de construção o ‘Conde de Lima’, que resulta da “junção delicada de dois edifícios numa ilha dentro da cidade”. Saraiva + Associados assina o projecto.
Em simultâneo, Miguel Saraiva é também o autor de um dos mais emblemáticos projectos que estão previstos para Vila Nova de Gaia, entre um parque verde e a via marginal junto ao Douro. O futuro ‘Gaia Hills’, que resulta da parceria entre a Thomas& Piron e a Promiris, encontra-se em fase de licenciamento e deverá dar início à sua comercialização no segundo trimestre deste ano. Com uma área de cerca de 30 500 metros quadrados, o empreendimento irá acolher 256 apartamentos.
Em fase mais avançada encontra-se, também no Porto, o Mira Douro. Os 54 apartamentos, divididos por dois blocos habitacionais, deverão ser entregues no decorrer do primeiro trimestre deste ano.
Com assinatura do arquitecto Carlos Castanheira, o empreendimento localiza-se na Travessa das Antas com a Rua Agostinho José Freire, junto ao Parque de São Roque, que se caracteriza pela “valorização da interacção entre o exterior e o interior”, assim como pela adopção de estratégias que garantam “o máximo conforto e mínimo consumo de energia”.