Fortera com investimentos de 500 milhões de euros mas conjuntura pode levar a novos ajustes
Prosseguindo a sua estratégia de implementar o conceito Alice by Fortera em Portugal, o Grupo israelita continua a desenvolver projectos que vão ao encontro deste modo de vida. Edifícios que além da componente residencial, incluem também um conjunto de serviços e ‘amenities’, num investimento global de mais de 500 milhões
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Com um investimento inicial de cerca de 115 milhões de euros, a previsão de é que ao longo de cinco anos, o investimento global supere os 500 milhões de euros, em 1000 novas habitações. A empresa justifica o lançamento do conceito Alive by Fortera por ter identificado que, com a pandemia, o paradigma habitacional mudou, e que a forma como se habitam as casas nunca mais será a mesma.
“Quisemos fazer evoluir os nossos edifícios nesse sentido e criar condições para as pessoas usufruírem do espaço com a capacidade de multifunções, mais precisamente por haver cada vez mais falta de ligações significativas entre vizinhos e percebemos a importância de criar relações, construir confiança, viver num ambiente seguro onde as pessoas se possam relacionar e ajudar mutuamente. Quisemos desenvolver uma ferramenta que ajude as pessoas a terem melhor qualidade de vida e melhores experiências”, conclui Elad Dror
A Fortera vai criar infraestruturas nos seus edifícios e introduzir o conceito ‘Alive by Fortera’, que consiste numa série de novos serviços e “amenities” que facilitam a vida das pessoas, e vão de encontro a esta nova forma de estar: desde espaços de partilha de conhecimento, a actividades lúdicas, passando também por momentos de interacção, espaços conjuntos para coworking, entre outros.
Este novo conceito habitacional que pretende criar sinergias, aproximar pessoas, e proporcionar uma habitabilidade plena no século XXI, lança mão da tecnologia e do desenvolvimento, e coloca-a ao serviço das pessoas. Outro objectivo subjacente ao conceito é o desenvolvimento de contextos de proximidade e combate à solidão, ou seja, reduzir a solidão, aumentar a solidariedade, a interajuda e a segurança entre vizinhos.
O grupo já seleccionou os dois primeiros empreendimentos que vão integrar este novo conceito, sendo o primeiro o Espinho Downtown – cujo edifício de habitações se chama Alive Espinho, com 84 fracções e que comporta um investimento inicial de 15 milhões de euros. Haverá ainda lugar a escritórios e, numa segunda fase, irá ter uma torre que será também destinada a escritórios. Com uma área superior a 22 mil m2, sendo será a “ponte” do RECAFE para a parte sul da cidade, nomeadamente as belas praias de Silvalde e o Oporto Golf Club, jóia secular da cidade.
O segundo empreendimento que incorporará o conceito será em Vila Nova de Gaia, no Alive Riverside, que comporta um investimento de 110 milhões de euros para a construção de cerca de 300 apartamentos. A sua construção está prevista arrancar no final deste ano, com o início da primeira fase que incluirá 122 apartamentos.
Torre Skyline avança só para o ano
Inicialmente orçamentado em 110 milhões de euros, o investimento do projecto Skyline foi revisto em alta para 150 milhões de euros. Os expressivos aumentos no sector da construção e, por conseguinte, a necessidade de proceder a alterações no projecto ditaram o ajuste do investimento. Com cinco fases e sendo até ao momento o maior projecto da Fortera em Portugal, o início da construção está previsto para 2023. Elad Dror, CEO do Grupo, espera que o empreendimento fique concluído em três anos.
O projecto imobiliário, que se transformará no prédio mais alto do País e que conta com a assinatura do arquitecto Souto Moura, terá 28 andares, 160 quartos de hotel e 111 “serviced apartments”, um roof top, uma piscina infinita, um centro de bem-estar, um bar, dois restaurantes e vista panorâmica infinita. Nestas residências, que terão apartamentos entre os 40 e 100 metros quadrados de tipologias de T0 a T2, o preço do metro quadrado rondará os sete mil euros.
O projecto começará com o parque de estacionamento público e a praça do centro de congressos que é o catalisador deste empreendimento de uso misto e que mudará, para sempre, Gaia como cidade. Além disso, terá impacto em toda a região Norte. Irá criar diretamente, pelo menos, 500 postos de trabalho.
Convento do Carmo em 2024
O Convento do Carmo Boutique Hotel vai nascer na cidade de Braga. O início do projecto, que irá requalificar e transformar o antigo Convento dos Carmelitas, edifício datado de 1655, junto ao Largo do Carmo e junto à igreja como mesmo nome, arranca em Outubro deste ano e estará pronto em 2024, e dará lugar a uma unidade hoteleira de quatro estrelas.
À semelhança de outros projectos do Grupo também este sofreu atrasos e ajustes devido à actual conjuntura, já que a data prevista do início das obras era 2021 e o investimento inicial era de 10 milhões de euros, tendo sido reavaliado para cerca de 11 milhões. Valores que já englobam a aquisição do imóvel, o projecto e a empreitada.
O Convento do Carmo Boutique Hotel, classificado como de “interesse público”, terá 71 quartos, com 141 camas, piscina, espaços para reuniões, ginásio, salão, restaurante e cafetaria. Três dos quartos serão em formato apartamento/estúdio, equipados para estadias curtas e médias. O edifício terá quatro pisos e uma cave, sendo o estacionamento dos clientes feito no parque do Campo da Vinha, por acordo com a Bragaparques.
Bonfim e Bonfim To Be no centro do Porto
Num quarteirão do Bonfim, no centro do Porto, a Fortera fará nascer dois empreendimentos. Um hotel de 5 estrelas, Bonfim To Be, que terá 258 quartos e um aparthotel com 21 unidades. Além disso, arrancará este ano, na mesma localização, o empreendimento residencial Bonfim, constituído por 210 serviced apartments.
Azul Boutique Hotel em construção
Em construção desde Fevereiro deste, o Azul Boutique Hotel, em Vila Nova de Gaia, representa um investimento para o seu desenvolvimento de 11,5 milhões de euros e deverá estar concluído em 2023.
O novo hotel do Grupo Fortera, com 4 estrelas e a 50 metros da Ponte D. Luís I, na Rua General Torres, será constituído por 64 quartos com vista sobre o rio Douro, contando ainda com restaurante, esplanada e solário com piscina no piso 4, perfazendo uma área total de 4200 m2.