Preço do metro quadrado dispara 26,3% e vendas de imóveis caem 20%
O 2º trimestre de 2022 trouxe um expressivo crescimento do preço por metro quadrado em Portugal. De acordo com a consultora Imovendo um T2 em Lisboa custa mais 10% que há um ano
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O aumento do custo do metro quadrado foi sentida especialmente no Porto, onde a subida foi mais abrupta de 26.3%, de 1.720€ para 2.172€, enquanto em Lisboa a subida foi de 8,5%, de 2.429€ para 2.635€, sublinha a consultora Imovendo.
A análise nacional aos custos do m2 no segundo trimestre aponta para que o crescimento do m2 elevou os preços dos imóveis, onde, por exemplo, na área metropolitana de Lisboa, um T2 usado está hoje 10% mais caro do que há um ano, ao passo que no grande Porto essa progressão foi de 15%.
Com efeito, o número de fogos vendidos no 2º trimestre em Portugal caiu 7%, passando de 13.476 para 12.586, quando comparado com o trimestre do ano anterior.
No que toca à venda de imóveis novos, a queda foi ainda maior, descendo de 4.834 para 3.862, registando-se assim, um recuo de 20%, face a igual período do ano anterior.
“A quebra de venda nos imóveis novos está relacionada com a desaceleração da construção nova, provocada, primeiro, pela escassez de materiais devido à pandemia e, segundo, devido à guerra na Ucrânia. O aumento significativo da inflação veio também aumentar, e muito, os custos de construção”, explica Nélio Leão, CEO da Imovendo.
No que toca à oferta no mercado, os números representam também um sector em quebra, pois no segundo trimestre de 2022, registou-se uma descida de 26% (de 63.356 para 47.171 fogos) face ao mesmo período de 2021 e 16% (de 56.472 para 47.171 fogos) quando comparado com o trimestre anterior.
Ainda na oferta, o preço dos imóveis por m2 está relativamente estável, havendo algumas variações entre Lisboa, onde se assistiu a uma quebra no preço por m2 de 4% para 5.648€, e no Porto, onde houve um aumento de 2% para 3.917€.
Em todas as outras zonas do país, sublinha a Imovendo, o preço por m2 continua a aumentar, tanto nos imóveis novos como nos usados.
“Isto pode estar relacionado com uma maior deslocalização das pessoas. Apesar do fim da pandemia, muita gente transitou definitivamente para um modelo de teletrabalho, o que permite mais liberdade no momento de escolher uma casa”, adianta o mesmo responsável.