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Projecto da Vanguard na Comporta avança para nova fase
As vendas da componente residencial e hoteleira do condomínio Dunas deverão arrancar a partir de Julho e as primeiras moradias deverão estar concluídas em 2024. Ainda este ano, o campo de Golfe pode começar a receber os primeiros jogadores
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Um dos mais emblemáticos projectos da Vanguard Properties, o Terras da Comporta, está prestes a entrar numa nova fase. Com as infraestruturas do condomínio Dunas concluídas no Verão deste ano, a promotora “estima dar início às vendas em planta da parte residencial e hoteleira a partir do segundo semestre de 2022”. Ao Construir, Duarte Zoio, head of corporate communications da Vanguard Properties, confirmou, ainda, “que até 2024 estão previstas terem dezenas de moradias prontas a habitar”. Os preços esses rondam os 1,7 e os 20 milhões de euros.
Também no Dunas, o campo de golfe com 18 buracos, par 72, desenhado por David McLay-Kidd, “que já está na fase final de growing, estará apto a ser jogado em Setembro deste ano”.
Refira-se que o condomínio Dunas inclui hotelaria e condomínios turísticos, uma componente comercial e cultural bem como um conjunto de serviços, entre os quais uma clínica médica, assim um Clubhouse com capacidade para eventos.
Já o condomínio Torre deverá ter as suas infraestruturas concluídas entre o final do ano e início de 2023. Também neste, inserido num pinhal com 365 hectares, estão previstas moradias, hotelaria e condomínios turísticos bem como campo de golf de 18 buracos par 72. Desenhado por dois campeões do US Open este percurso terá um Clubhouse dimensionado para eventos desportivos, culturais e corporativos.
Quanto à componente hoteleira, a Vanguard Properties “estima ter um ou dois hotéis prontos entre 2024 e 2025”.
Com um investimento global superior a três mil milhões de euros, este é um projecto para desenvolvimento a médio e longo prazo. O projecto de arquitectura dos lotes esteve a cargo da AO – LX e da OODA, tendo o atelier Saraiva + Associados assinado o Clubhouse do Dunas e da Torre, assim como a coordenação geral do restante projecto. O paisagismo do Clubhouse do Dunas coube a PB ARQ e da Torre foi da responsabilidade de Hipólito Bettencourt. A empreitada está a cargo da DST e a fiscalização é da Tecnoplano. A TPF assume os trabalhos de projectista das infraestruturas dos condomínios.
Sustentabilidade
A preocupação ambiental tem sido uma das bandeiras da promotora para este projecto que, desde que concluiu o negócio para a sua aquisição, sempre se quis distanciar de um tipo de construção massiva e abusiva. É nesse sentido, que a aposta ao nível da sustentabilidade, da economia circular e respeito das tradições locais são alguns dos pilares do Terras da Comporta.
Ao nível da qualidade e eficiência das infraestruturas, a Vanguard Properties optou por um método construtivo inovador e menos invasivo, em madeira, NZEB e C02 negativas, integradas numa Comunidade Energética.
Neste sentido, e por forma a permitir “uma autonomia energética de pelo menos 80% através da produção própria a partir de fontes renováveis”, a Vanguard Properties e a Energia Unida, do Grupo Greenvolt, anunciaram, recentemente, uma parceria para desenvolver uma comunidade de produção descentralizada de energia para o Terras da Comporta. Todos os edifícios que serão construídos no projecto estarão ligados à comunidade energética descentralizada, o que significa que serão simultaneamente produtores e consumidores de energia, o que inclui os dois campos de golfe, loteamentos residenciais, hotéis, hotéis-apartamento, aldeamentos turísticos e equipamentos logísticos e comerciais.
De acordo com a promotora, “esta será a maior comunidade energética de Europa” e deverá contar com uma produção estimada de cerca de 7MW através da instalação de 35.000 m² de painéis fotovoltaicos.
O investimento previsto é de até 11 milhões de euros, sendo que até sete milhões de euros serão investidos por parte da Energia Unida e até quatro milhões nas estruturas de car-park, a cargo da Vanguard Properties, sobre os quais serão instalados os painéis.
O conceito de comunidade energética consiste na produção descentralizada de energia e partilha com os membros da comunidade. A título de exemplo, no caso do “Terras da Comporta”, cada casa, cada unidade hoteleira ou espaço comercial terão instalados painéis fotovoltaicos que estarão a produzir energia para consumo próprio ou para partilha com a comunidade, sempre que não haja necessidade de consumo ou em caso de excesso de produção. Desta forma, há uma optimização da produção e do consumo com benefícios muito significativos para os consumidores que podem atingir uma redução do custo de energia de cerca de 40%. Por outro lado, tratando-se de produção de energia a partir de fontes renováveis vai contribuir para o grande objectivo de sustentabilidade do projeto, que passa por garantir que todos os edifícios construídos sejam neutros em emissões de carbono (Net Zero Carbon Buildings).