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    Cushman & Wakefield prevê continuação da recuperação do mercado imobiliário nacional

    As previsões constam no Marketbeat Primavera 2022, que resume a actividade do mercado imobiliário nacional em 2021 e apresenta as perspectivas da consultora para 2022

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    Cushman & Wakefield prevê continuação da recuperação do mercado imobiliário nacional

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    Durante 2021, particularmente na segunda metade do ano, o mercado imobiliário nacional registou um aumento generalizado dos seus principais indicadores, embora para valores ainda abaixo dos registados pré-pandemia. Apesar da actual incerteza sobre o real impacto que o recente conflito internacional gerado pela guerra na Ucrânia terá na economia, as expectativas são de uma contínua recuperação transversal durante o ano corrente, podendo inclusive ser igualado o máximo histórico de 2019 no mercado de investimento imobiliário comercial.

    Realçamos aqui as principais observações pelo diferentes segmentos:

    Escritórios
    Em 2021 registou-se um crescimento homólogo da absorção de 17% na Grande Lisboa, com 161.600 m² transaccionados. Embora a taxa de desocupação tenha aumentado para os 5,7%, perspectiva-se que venha a reverter gradualmente, suportada por uma manutenção da procura por espaços novos de qualidade e evidenciada pela elevada ocupação entre os edifícios concluídos o ano passado (89% num total de 49.900 m²). No mesmo sentido, entre a oferta futura actualmente em construção (243.400 m²), 56% contam já com ocupação assegurada.
    No Grande Porto registou um aumento da procura, de 5%, num volume de ocupação de 56.600 m². A taxa de desocupação aumentou para os 8,9%, para o qual terá contribuído a conclusão 6 edifícios com um total de 21.700 m², dos quais 44% ainda se encontram por ocupar. Entre a oferta futura, encontram-se em construção 96.000 m², com somente 26% dessa área com ocupação garantida.
    As expectativas apontam para um contínuo aumento dos volumes de ocupação a curto prazo, com a procura por espaços de qualidade a justificar os maiores valores de arrendamento em certas zonas, podendo inclusive ocorrer aumentos residuais.

    Retalho
    A procura de retalho agregada pela Cushman & Wakefield registou uma ténue recuperação face a 2020, com um aumento homólogo de 4%, num total de 540 novas aberturas. Apesar da manutenção da primazia do comércio de rua, o maior interesse por lojas de grande dimensão (retail parks e unidades stand alone) contribuiu para um aumento do respectivo formato para 15%. Da mesma forma, embora o sector da restauração tenha continuado a dominar, destaque para o sector alimentar, que totalizou 125 aberturas (mais de 80% acima do ano anterior).
    No início de 2022, o mercado de retalho encontra-se numa trajectória de recuperação, com níveis de procura equiparados a 2019. Contudo, os recentes desenvolvimentos militares na Europa do Leste poderão reduzir a confiança do consumidor, e consequentemente suspender temporariamente alguns processos de tomada de decisão pela maior cautela dos ocupantes.
    Entre a procura por formato, o comércio de rua em Lisboa encontra-se bastante activo, incluindo por marcas de luxo com enfoque na Avenida da Liberdade, onde existe uma escassez de oferta adequada. No Porto, a Rua de Santa Catarina continua a atrair lojistas de mass market, com a Avenida dos Aliados a percorrer o seu caminho de afirmação enquanto artéria de oferta de luxo.

    Industrial & Logística

    O sector de industrial & logística registou uma absorção total de 706.000 m² em 2021, mais do que duplicando o volume registado no ano anterior. Invertendo a tendência de anos anteriores, somente 38% da ocupação correspondeu a projectos desenvolvidos à medida do ocupante, demonstrando um maior dinamismo das transacções de arrendamento ou venda. Por outro lado, verificou-se uma concentração geográfica junto aos principais centros urbanos nacionais, com as regiões de Lisboa e Porto a agregar respectivamente 64% e 15% da absorção.
    O maior dinamismo do sector, associado a uma escassez de oferta de qualidade, continua a impulsionar o investimento na reabilitação ou desenvolvimento de novos projectos. Na promoção especulativa, e demonstrando a maior procura por espaços de qualidade, os dois maiores projectos neste segmento concluídos em 2021 encontram-se totalmente ocupados, correspondendo à primeira fase da Plataforma Logística Lisboa Norte (pela Merlin Properties) e ao primeiro empreendimento nacional da promotora de origem belga VGP, em Santa Maria da Feira. Em termos de oferta futura, além da área adicional projectada para Portugal por ambos os promotores, destaque para a norte-americana Panattoni, que está a entrar no mercado nacional.
    No seguimento do crescimento do comércio online e face à escassez de oferta de qualidade, perspetiva-se uma manutenção da pressão de operadores na área da logística urbana (last mile), particularmente por espaços próximos aos centros de Lisboa e Porto. Entre as unidades de armazenamento (self storage), dada a maior exigência ao nível da sua localização, mantém-se a procura quer por terrenos para desenvolvimento (greenfield) como por espaços para reconversão (brownfield).

    Hotelaria
    Em 2021 o sector hoteleiro iniciou a sua recuperação, com aumento transversal dos indicadores, embora para volumes absolutos cerca de 50% abaixo dos totais observados em 2019, quando foram atingidos novos máximos históricos.
    Neste contexto, o número de dormidas e hóspedes em 2021 registaram aumentos homólogos de 44% e 38% respectivamente, com o mercado interno responsável por cerca de 50% das dormidas. Reflectindo o comportamento da procura, os proveitos da operação hoteleira recuperaram, com crescimentos na ordem dos 61% nos proveitos totais e dos 46% no RevPAR (Revenue per Available Room). A taxa de ocupação situou-se nos 34,9%, um aumento de 9 pontos percentuais face ao ano anterior.
    Em termos de oferta hoteleira, o ano passado inauguraram em Portugal 70 novas unidades, acima do número registado no ano anterior. Com mais 4.580 quartos, cerca de 45% dos quais com classificação 4 estrelas, a oferta total aumentou em 3%; com as cidades de Lisboa e Porto a concentrar a maior parcela desta nova oferta. Quanto à oferta futura, manteve-se a tendência de adiamento da data de abertura de vários hotéis, com uma revisão em baixa da nova oferta hoteleira prevista (próximos 3 anos) para 130 novos projectos e 10.500 quartos.
    Perspectiva-se que durante 2022 o turismo nacional mantenha a sua trajectória de recuperação gradual, com os seus principais indicadores a registar um novo crescimento homólogo, reforçada pelos próprios operadores, cujas reservas para o ano corrente estão já acima de 2021. A situação actual na Europa do Leste poderá ter algum impacto nesta evolução nomeadamente pela instabilidade gerada e potencial aumento dos preços, incluindo combustíveis.

    Residencial
    Após algum abrandamento em 2020, durante o ano passado a actividade do mercado residencial em Lisboa e Porto recuperou, ultrapassando inclusive os volumes de actividade pré-pandemia, segundo informação do SIR/Confidencial Imobiliário. De forma transversal, observaram-se crescimentos homólogos significativos no número de apartamentos vendidos, assim como no valor médio unitário de venda; com consequente redução da taxa de desconto e revisão, apesar do incremento no tempo de absorção.
    O segmento de arrendamento privado (ou PRS – private rented sector) continua em crescimento, por influência da escassez de oferta nos centros urbanos e flexibilidade ocupacional que oferece; mas também enquanto produto de investimento imobiliário que, aliado à falta de projectos de arrendamento construídos de raiz (ou BTR –build to rent) tem levado muitos promotores a posicionarem-se para desenvolver este tipo de produto.
    Em termos de perspectivas, o segmento compra e venda deverá continuar a ser marcado por duas tendências distintas, nomeadamente pela entrada no mercado de mais produto direcionado à classe média e média alta e pelo aumento gradual na dificuldade no acesso ao crédito. O mercado doméstico deverá manter-se activo, mitigando o impacto do recente fim do regime de Vistos Gold nas Áreas Metropolitanas de Lisboa e Porto e nas zonas litorais.
    Neste enquadramento, o arrendamento habitacional (PRS) continuará em crescimento, potenciando o desenvolvimento de projetos de BTR, cuja oferta futura prevista totaliza atualmente os 10.000 fogos (na sua maioria de investimento camarário). Contudo, sendo estes projetos usualmente definidos de raiz para este uso, é expectável alguma demora até que sua a entrada no mercado dê uma resposta efetiva à atual procura, o que tem sido o principal entrave à entrada de investidores internacionais no mercado português.

    Promoção & Reabilitação Urbana
    O sector de promoção e reabilitação urbana registou em 2021 uma manutenção da atividade, tendo sido identificados pela Cushman & Wakefield um volume total transaccionado de 515 milhões de euros.
    De acordo com os dados do SIR / Confidencial Imobiliário, apesar de em 2021 se ter verificado uma manutenção generalizada no número de prédios vendidos nas Áreas de Reabilitação Urbana (ARU), os valores acordados nas duas principais cidades nacionais aumentaram comparativamente com o ano anterior, potencialmente reflectindo uma maior escassez de oferta deste produto. Por outro lado, a oferta futura nas duas geografias contraiu ao nível de número e volume de projetos imobiliários, com efeito díspar na área média por projeto.
    Perspectiva-se que a curto prazo o mercado de promoção e reabilitação urbana continue a ser marcado por um aumento dos custos de construção, bem como pela maior demora no licenciamento de projectos no caso do concelho de Lisboa. O enfoque dos promotores será incrementalmente em imóveis de construção de raiz, em detrimento da reabilitação de imóveis.

    Investimento
    A actividade de investimento em imobiliário comercial de rendimento registou uma aceleração na segunda metade de 2021 tendo, após um primeiro semestre com o valor mais baixo dos últimos 7 anos, atingindo um volume total transaccionado de €2.162 milhões de euros. Ainda assim, este montante reflecte uma quebra de 23% face a 2020, ano em que se atingiu um máximo histórico por influência de três grandes transações. Mantendo a tendência de anos anteriores, também em 2021 os 3 maiores negócios representaram um terço do volume investido, correspondendo à aquisição pela Albatross e Tikehau do apelidado Projeto ZIP (um portfolio residencial de 4.400 imóveis) à Norfin por 363 milhões de euros; no segmento de saúde, a entrada em Portugal da Icade Santé através da compra do fundo Saúdeinvest (portfolio de 4 hospitais privados) à Fidelidade por 213 milhões de euros; e a compra dos Tivoli Marina Vilamoura e Tivoli Carvoeiro pela Azora à Minor International por 148 milhões de euros.
    Reflectindo o peso relativo de das duas maiores operações do ano, os activos alternativos concentraram o maior volume ao atrair 37% do total investido, com 797 milhões de euros. Seguiu-se o mercado de escritórios com 718 milhões de euros e o sector hoteleiro, que agregou 15% do volume total.
    Em sentido oposto, o sector de retalho atingiu a segunda mais baixa alocação de capital da última década, enquanto que o peso reduzido de industrial & logística reflete uma escassez de produto de qualidade disponível para venda apesar do elevado interesse no setor.
    A evolução das taxas de rentabilidade reflete um maior enfoque pelos investidores em activos seguros nas melhores localizações, com as yields prime a contrair em escritórios (para 3,75%) e industrial & logística (para 5,00%), estabilizado no comércio de rua (nos 4,25%) e aumentado em centros comerciais (para 5,50%) face a 2020.
    Antecipa-se uma manutenção do elevado interesse no mercado português, dadas as suas rentabilidades atractivas e elevados níveis de liquidez entre os maiores investidores. Este interesse terá maior enfoque em activos em localizações prime, com bons contratos e inquilinos sólidos, mas a recuperação gradual dos mercados ocupacionais ajudará ao retorno das transações de ativos menos consolidados.
    Face à reduzida exposição a investimento originário de países da Europa do Leste, não se antecipa um impacto negativo notório em consequência dos actuais conflitos nesta zona. Ainda assim, não é negligenciável o efeito que os mesmos poderão ter nos principais mercados investidores europeus em Portugal, com eventual aumento do tempo de tomada de decisão.
    Adicionalmente, é cada vez maior o enfoque em critérios de ESG (Environmental, Social and Governance), particularmente entre os fundos de investimentos core. Apesar de no passado estes critérios serem entendidos como apenas uma mais-valia, são cada vez mais requisitos obrigatórios, passíveis de excluir imóveis das opções de aquisição de grandes investidores, com um efeito directo no respectivo preço.

    Num contexto de recuperação gradual da actividade de investimento em imobiliário de rendimento, as estimativas de fecho de ano da Cushman & Wakefield apontam para um volume na ordem dos 3.200 milhões de euros, igualando o máximo histórico de 2019 e refletindo um aumento de 47% face a 2021. Entre as previsoes para o ano corrente, apesar de a previsível venda do portfolio de unidades hoteleiras gerido pela ECS influenciar o maior peso expectável do sector hoteleiro, com perto de 30%, o sector de escritórios deverá retomar a primazia, atingindo um terço do volume transacionado, com o retalho a recuperar, agregando cerca de 20% da procura.

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    Pedro Almeida Cruz, fundador e CEO da Empathia

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    Modelo do “Empathia” obriga a uma “mudança de mentalidades”

    Pensado para a população sénior, proprietária de habitação, a Empathia vem propor um modelo diferenciado de venda da habitação própria, permitindo ao proprietário manter o usufruto da sua casa até ao fim da vida e que surge da necessidade de “colmatar uma lacuna” no mercado imobiliário português com soluções concretas para a crescente população sénior

    Numa altura em que o envelhecimento da população exige respostas inovadoras e humanizadas, o projecto Empathia apresenta-se como um modelo “inovador” que visa proporcionar uma solução “transformadora” para a população sénior, permitindo ao proprietário manter o usufruto da sua casa até ao fim da vida, proporcionando assim o aumento do bem-estar e da segurança financeira de quem vende.

    A criação do projecto Empathia surge da necessidade de “colmatar uma lacuna” no mercado imobiliário português, que até agora “não oferecia soluções concretas para a crescente população sénior”, acrescenta Pedro Almeida Cruz

    “Ao vender a sua casa mantendo o usufruto, o proprietário assegura desde logo um complemento financeiro acrescido, numa fase muito importante da vida, transformando-o de imediato no aumento do seu conforto e bem-estar. Esta venda poderá ser transformada num complemento de reforma, na correcção de um problema de saúde ou financeiro, em suprir uma necessidade, em ajudar financeiramente os seus descendentes, ou até, quem sabe, para cumprir alguns sonhos que até então não imaginava serem possíveis de serem concretizados. Isto, enquanto mantém o seu lar até ao fim dos seus dias”, explica Pedro Almeida Cruz, fundador e CEO do projecto.

    Pedro Almeida Cruz, reconhece que se trata de um modelo “totalmente novo” e que irá “obrigar a uma mudança de mentalidades”. “O maior investimento estará na comunicação e na forma de chegar aos potenciais clientes”, afirma, salientando que o objectivo passa por difundir uma “mensagem de confiança, de humanidade e de empatia”.

    Numa fase inicial, o negócio irá actuar “nas principais áreas metropolitanas, onde o número de proprietários seniores com algum tipo de necessidades é mais elevado”. À medida que o projecto se desenvolva, “é expectável que outras regiões do País possam também beneficiar deste modelo”

    Broker, não promotor

    Enquanto broker imobiliário, a Empathia apresenta-se no mercado com um “modelo de gestão e uma abordagem totalmente distintos”. Não haverá lojas nem unidades abertas ao público, sendo que a Empathia irá utilizar para a sua distribuição canais menos comuns neste mercado, nomeadamente, a “interacção com os clientes e investidores num modelo de proximidade e contacto”.

    O modelo de negócio Empathia permite também, e em paralelo, desenvolver uma oportunidade única para investidores que pretendem adquirir imóveis com desconto, apurado pela longevidade do usufrutuário, para diversos perfis de investidores: desde indivíduos que procuram adquirir propriedades para futuro usufruto – em benefício próprio ou para oferecerem mais tarde aos seus descendentes – até investidores institucionais que pretendam formar portefólios de médio e longo prazo com activos imobiliários de possível elevado potencial de valorização; ou ainda, entidades públicas que pretendam juntar habitações à sua capacidade construtiva actual, beneficiando, desta forma, de um maior número de habitações disponíveis para serem mais tarde entregues a novas famílias.

    Segmento médio e médio alto

    O negócio da Empathia considera apenas os proprietários de imóveis, de primeiro ou até de segunda habitação, e que se situem nos segmentos “superiores”, pois estes são os “maiores proprietários” em Portugal. Quem pretende vender a sua casa com usufruto terá sempre um objectivo, seja corrigir um problema de saúde, para ter acompanhamento médico / enfermagem em casa, seja para antecipar uma herança, para ajudar financeiramente os seus descendentes ou até para ter uma vida mais desafogada financeiramente.

    “Com este modelo, quem tenha comprado uma casa há algumas décadas vê-se assim a beneficiar financeiramente, de imediato e em proveito próprio, das mais-valias que, entretanto, o mercado foi gerando ao longo do tempo, sem que para isso tenha de sair de sua casa, do seu conforto”, reforçou.

    Numa fase inicial, o negócio irá “actuar nas principais áreas metropolitanas, onde o número de proprietários seniores com algum tipo de necessidades é mais elevado”. À medida que o projecto se desenvolva, “é expectável que outras regiões do País possam também beneficiar deste modelo”, que visa “não só a melhoria do bem-estar da população sénior, mas também da dinamização de um novo espaço no mercado imobiliário que até agora não estava explorado”, acrescenta.

    Sobre o autorCidália Lopes

    Cidália Lopes

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    Logifrio, Sam’s, Spraga e a JKGlobal ocupam VGP Park Montijo

    A VGP anunciou o pré arrendamento a 100% do seu VGP Park Montijo, o seu segundo projecto na grande Lisboa, cuja construção será concluída durante o primeiro semestre de 2025

    Localizado na estrada nacional N5, no concelho do Montijo, junto ao entroncamento das autoestradas A33 e A12, o VGP Park Montijo encontra-se a 18 km do centro de Lisboa. Estas duas autoestradas, ligam directamente às autoestradas A2 e A1, permitindo assim uma rápida conexão a Lisboa e ao seu aeroporto. Com uma área bruta locável de cerca de 32.000 m², o novo parque, com 51 cais de descarga e 12 metros de altura livre, encontra-se 100% pré-arrendado. Os futuros inquilinos, Logifrio, Sam’s, Spraga (grupo N1) e a JKGlobal, tomarão posse dos seus respectivos imóveis até ao início do 2º semestre de 2025.

    O futuro espaço da Logifrio conta com 13.000m² de instalações refrigeradas, incluindo cinco áreas de armazenamento refrigerado Box in Box, com espaço entre 800m² a 2800m² e com 12m de altura livre para instalação de frio.

    O edifício cumpre os requisitos de uma construção energeticamente eficiente e sustentável, em conformidade com a taxonomia da EU e visa a certificação BREEAM “Excellent”, reforçando a aposta estratégica do grupo na sustentabilidade. Destaque ainda para a implementação de soluções de produção de energia através de painéis solares nas coberturas dos edifícios, que uma vez concluídos os projectos previstos de produção de energia fotovoltaica, nos seus parques na Europa, a produção de energia solar ultrapassará o consumo anual total de electricidade de todos os inquilinos dos parques VGP. No caso do VGP Park Montijo, conta com uma instalação de 999kwp para o sistema fotovoltaico da Logifrio.

    Este projecto é o terceiro a ser entregue pelo Grupo VGP em Portugal, depois do VGP Park Santa Maria da Feira em 2019, arrendado à Radio Popular e do VGP Park Loures, projecto 100% dedicado à logística de last mile, arrendado à DPD e DHL.

    Com um percurso já consolidado em diversos países grupo VGP pretende continuar a expandir-se em Portugal, onde mantém o seu interesse em investimento procurando alargar o seu portfólio, além dos actuais quatro parques. Como tal, o grupo está atento às necessidades do mercado e dos clientes, e em procura e analise constantes de novas oportunidades e localizações que correspondam à estratégia definida.

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    CORUM Eurion investe 17M€ na compra de um portefólio de ginásios Solinca

    O portefólio é composto por três ginásios em Lisboa (Almada) e Porto (Rio Tinto e Rua da Constituição), operados sob a marca Solinca Classic, a mais alta gama da Solinca. A compra dos activos em Portugal tinha sido anunciada na apresentação de resultados da CORUM a semana passada, mas só agora os detalhes, e o vendedor, foram revelados

    O fundo CORUM Eurion, gerido pela empresa francesa CORUM Asset Management, adquiriu à SC Fitness um portefólio de três ginásios Solinca numa operação de sale and leaseback, num investimento total aproximado de 17 milhões de euros. A compra dos activos em Portugal tinha sido anunciada na apresentação de resultados da CORUM há uma semana mas só agora os detalhes, e o vendedor, foram revelados.

    “Estamos satisfeitos com mais um investimento do CORUM Eurion em Portugal, desta vez através de uma parceria a longo prazo com a SC Fitness, o líder de mercado no segmento. O portfólio está localizado em densas zonas residenciais em Lisboa e Porto, foi totalmente reformado recentemente e permite beneficiar da performance positiva dos activos, capitalizando tendências seculares que levam ao crescimento da indústria de Health & Fitness”, afirma Miguel Valente Bento, director de Investimentos da Corum Asset Management para a Europa do Sul.

    O portefólio é composto por três ginásios em Lisboa e Porto, operados sob a marca Solinca Classic, a mais alta gama da Solinca, com oferta de aulas, piscina, jacuzzi, SPA e estacionamento gratuito. Inclui o ginásio Solinca em Almada, que forma parte de um complexo imobiliário. O portfólio inclui ainda o Solinca localizado na rua da Constituição em pleno centro da cidade do Porto, que abriu actividade em 2018, a seguir a sofrer uma renovação total. O terceiro imóvel corresponde às instalações da Solinca em Rio Tinto, localizado na área urbana do Porto, constituído por quatro pisos e construído de raiz em 2018 para a SC Fitness.

    O investimento nestes activos da SC Fitness, que opera em Portugal 63 clubes e conta com mais de 150 mil utilizadores activos, tem associados novos contratos de arrendamento com uma duração fixa de 25 anos.

    Para Bernardo Novo, CEO da SC Fitness “esta parceria é um passo natural na estratégia de expansão e crescimento da SC Fitness. A união de forças com entidades como a Corum é fundamental para a execução desta estratégia.”

    Além do CORUM Eurion, a CORUM Investments também comercializa os fundos CORUM Origin e CORUM XL em Portugal, que estão abertos a investidores privados que queiram rentabilizar as suas poupanças através do sector imobiliário.

    O Grupo CORUM gere actualmente cerca de 7,5 mil milhões de euros de mais de 130 mil clientes, entre fundos de duas especialidades: imobiliários e obrigações de alto rendimento. O Grupo Corum conta com activos em 17 países diferentes e conta com sete escritórios, incluindo Lisboa.

     

     

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    AML tem luz verde para construir 10.500 casas

    Deste número, cerca 4.700 casas já foram entregues às famílias, o que corresponde a cerca de 19% das casas candidatadas. De acordo com a mesma nota, até Janeiro deste ano, os 18 municípios da área metropolitana de Lisboa submeteram cerca de 25.000 casas à componente habitação do PRR

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    “O Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU), que está a conduzir o processo no país, já validou mais de 42% das candidaturas apresentadas pelos municípios da área metropolitana de Lisboa (dados de Janeiro de 2025)”, adianta nota da AML (Área Metropolitana de Lisboa).

    “Assim, os municípios têm luz verde para construir ou reabilitar cerca de 10.500 casas. Deste número, cerca de 4.700 casas já foram entregues às famílias, o que corresponde a cerca de 19% das casas candidatadas”, pode ler-se.

    De acordo com a mesma nota, até Janeiro deste ano, os 18 municípios da área metropolitana de Lisboa submeteram cerca de 25.000 casas à componente habitação do PRR, que, por sua vez, tinha estipulado a aprovação de 26.000 habitações para todo o país.

    “Este elevado volume de candidaturas ilustra as carências habitacionais sentidas na região, como constatado pelo “Diagnóstico das Condições Habitacionais Indignas da Área Metropolitana de Lisboa”, apresentado em Novembro de 2022, que identificou a existência de cerca de 50.000 agregados familiares vivendo nessas condições na área metropolitana de Lisboa (cerca de 4% do total de agregados da região, num número estimado de 134.000 pessoas)”.

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    Ed Oriente 343 @Telmo Miller

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    C&W e Worx assessoram arrendamento para novo laboratório da Affidea

    A área arrendada tem um total de 2.868 metros quadrados (m2) e vai receber um laboratório da Affidea. Renovado em 2021, o imóvel combina “modernidade e funcionalidade”, oferecendo espaços de trabalho “versáteis e de alta qualidade”

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    A Cushman & Wakefield (C&W), foi responsável por assessorar a Affidea no arrendamento de um espaço no edifício Oriente 343, perto da Gare do Oriente, em Lisboa. A área arrendada tem um total de 2.868 metros quadrados (m2) e vai receber um laboratório da Affidea.

    O edifício Oriente 343, localizado na Avenida Infante D. Henrique, em Lisboa, é propriedade do Fundo de Pensões do Novo Banco, que foi representado nesta transação pela Worx Real Estate Consultants, a única das grandes consultoras de capital 100% nacional e aliance member do BNP Paribas Real Estate.

    Renovado em 2021, o imóvel combina “modernidade e funcionalidade”, oferecendo espaços de trabalho “versáteis e de alta qualidade”.

    Com sede no Edifício Adamastor, também no Parque das Nações, em Lisboa, a Affidea é prestador de diagnóstico por imagem, tratamento oncológico e serviços de ambulatório na Europa, operando 380 centros em 15 países.

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    Savills coloca Gold Consulting no Berna 24

    Localizadas na Avenida de Berna, as novas instalações da consultora situam-se no quinto piso, num espaço com cerca de 791 m2 e que reflecte os valores de “inovação e colaboração” que definem a Gold Consulting

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    O Departamento de Escritórios da Savills foi responsável pela colocação da Gold Consulting Internacional nas suas novas instalações, com cerca de 791 metros quadrados (m2),  no quinto piso do edifício Berna 24, localizado no coração da capital.

    Localizado na Avenida de Berna, Berna 24 e próximo do Campo Pequeno e do Jardim da Fundação Calouste Gulbenkian, a sua localização estratégica oferece acessos privilegiados aos principais meios de transporte público, incluindo o metro e diversas linhas de autocarros.

    Esta transacção reflecte o trabalho realizado pela Savills no mercado de escritórios em Lisboa que tem permitido a empresas como a Gold Consulting Internacional encontrar funcionalidade e modernidade para responder às exigências do mundo corporativo actual.

    “O edifício Berna 24 não é apenas uma localização estratégica, mas um espaço que simboliza ambição, modernidade e bem-estar. Estamos orgulhosos de ter desempenhado um papel na escolha deste ambiente que, acreditamos, será uma plataforma para o sucesso contínuo dos seus projectos”, destaca, ainda, Francisco Machado, offices consultant da Savills.

    Especializada em consultoria e formação nas áreas de gestão de recursos humanos, financeira e estratégica, a empresa tem um impacto transformador em várias geografias, incluindo Angola, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau e Moçambique.

    “Este novo espaço está a ser concebido para oferecer um ambiente moderno, funcional e inspirador, que reflecte os valores de inovação e colaboração que nos definem. Com esta mudança, estamos ainda mais preparados para responder às crescentes necessidades do mercado e fortalecer o impacto positivo que geramos junto das organizações com quem trabalhamos”, consideram Maria João Tavares e Isabel Rocha, directoras da Gold Consulting Internacional.

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    Portugal emerge como um centro de investimento imobiliário para os Alpes franceses

    Em 2024, a Athena Advisers registou um aumento de 40% na procura de imóveis nos Alpes franceses por parte de diversas nacionalidades radicadas em Portugal, nomeadamente americanos, britânicos, franceses e portugueses. As vendas da consultora nos Alpes Franceses cresceram 110% em 2024, com um volume transaccionado superior a 140 milhões de euros

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    Embora a Serra da Estrela ofereça paisagens deslumbrantes e uma leve experiência na prática de esqui, está longe de ser suficiente para o nível de exigência da crescente comunidade de esquiadores que está a fixar-se em Portugal, particularmente em Lisboa. Razão pela qual destinos de esqui, como os Alpes franceses, a um curto voo de distância, estão a emergir como opções interessantes para os investidores imobiliários estabelecidos em Portugal.

    A consultora imobiliária Athena Advisers conhece bem este mercado. Em 2024 a consultora registou um crescimento de 40% na procura de imóveis nos Alpes franceses por parte da população residente em Portugal, considerando um conjunto de nacionalidades que inclui maioritariamente americanos, britânicos, franceses e portugueses. De acordo com dados do Banco Central Europeu, o património líquido das famílias portuguesas atingiu 855 mil milhões de euros em 2023, um aumento de 6% em relação a 2022 e de 28% face a 2019, o que explica que os portugueses com maior capacidade financeira estejam a criar novas tendências de investimento.
    “A crescente prosperidade de Lisboa está a redefinir o mapa do investiment

    o imobiliário na Europa”, comenta David Moura-George, director-geral da Athena Advisers Portugal. “O sol e a neve podem parecer mundos diferentes, mas a vida alpina e o surf, por exemplo, têm muito em comum: a ligação com a natureza, a emoção da aventura, a vontade de criar memórias, a paixão pela gastronomia, entre outras semelhanças. Esta tendência reflecte, por um lado, a aspiração a um determinado estilo de vida e, por outro, um planeamento financeiro estratégico, reforçando o papel de Portugal como um player central no panorama de investimento europeu”, destaca David Moura-George.

    Nos últimos anos, Portugal tem-se destacado como um destino preferencial da vaga de emigração norte-americana para a Europa, cuja afluência registou um aumento de 239% entre 2017 e 2022, resultando numa população de aproximadamente 10.000 residentes, de acordo com dados da Global Citizen Solutions. Embora o encanto solarengo de Lisboa seja um forte atractivo, muitos destes expatriados desejam continuar a praticar esqui e as estâncias francesas oferecem essa possibilidade a um preço muito mais competitivo.

    “Um passe de esqui diário nas principais estâncias norte-americanas pode custar mais de 300 dólares, enquanto em França, mesmo nas principais estâncias, um passe diário raramente excede os 70 euros”, acrescenta Moura-George. “A qualidade e diversidade da gastronomia europeia também é um factor pertinente”, realça.

    Os preços dos imóveis nas regiões alpinas, seja em França ou na América do Norte, ultrapassam, com frequência, os 40.000 euros por metro quadrado, mas a maior diversidade de estâncias e regiões de esqui, torna a oferta francesa muito mais ampla no que toca a oportunidades de investimento. “Cada estância é um micromercado, onde os preços podem variar muito de rua para rua”, acrescenta Moura-George. “Já ajudámos pessoas a investir até 60 milhões de euros num chalé em Val d’Isère e este nível de preços é bastante comum em toda a região dos Alpes franceses. Contudo, existe também muito valor e um forte potencial de investimento noutras estâncias, onde os preços de imóveis novos e bem localizados em vilas muito conceituadas podem começar em cerca de 7.000 euros por metro quadrado.”

    Vendas da Athena Advisers nos Alpes Franceses cresceram 110%

    Em 2024, a Athena Advisers registou um volume de vendas superior a 140 milhões de euros nos Alpes Franceses, o que representa um crescimento de 110% em comparação com 2023.

    A nível global, o turismo de Inverno gera aproximadamente 180 mil milhões de euros por ano, e apenas em França, esta indústria foi avaliada em 71 mil milhões de euros em 2024, de acordo com o ministério do Turismo Francês.

    O número de transacções também aumentou, crescendo 30% em relação ao ano anterior. Este acréscimo foi acompanhado por um aumento no valor médio das propriedades, reflectindo uma maior procura por chalés e apartamentos de luxo na região.

    O preço médio por unidade subiu de aproximadamente 2,2 milhões de euros em 2023 para 3,6 milhões de euros em 2024, um crescimento substancial que demonstra uma tendência para investimentos de valor mais elevado nos Alpes Franceses, consolidando ainda mais o posicionamento da região como um hub de imóveis premium.

    A Athena Advisers tem actualmente em venda propriedades no Alpes Franceses com preços desde 500.000 euros até mais de 30 milhões de euros.

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    JLL: Absorção de escritórios em 2024 quebra recorde no Porto e Lisboa tem um dos seus melhores anos

    Em termos anuais, o mercado cresceu 53% no Porto, com 76.600 m2 ocupados, e 84% em Lisboa, onde a ocupação superou os 207.000 m2, um dos três melhores resultados dos últimos 20 anos, sublinha a consultora JLL

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    (notícia actualizada)

    O ano de 2024 foi de forte crescimento na ocupação de escritórios, com o take-up a aumentar 53% no Porto e 84% em Lisboa face ao ano anterior. No total, as empresas absorveram 76.600 m2 de área de escritórios no Porto, tornando 2024 um ano recorde para a actividade neste mercado, ao passo que em Lisboa, o take-up ascendeu a 206.950 m2, um dos melhores registos anuais dos últimos 20 anos.

    Os dados são revelados pela JLL no âmbito do relatório mensal Office Flashpoint, no qual a consultora analisa o desempenho ocupacional do mercado de escritórios.

    No Porto, o take-up de 2024 alinhou-se ao anterior pico de mercado, registado em 2018, com aproximadamente 76.200 m2 de absorção. Em Lisboa, a ocupação de 2024 é apenas superada pelo pico de 272.000 m2, tomados em 2022, e pelos 232.600 m2 ocupados em 2008, constituindo-se, assim, como um dos únicos anos dos últimos 20 em que o mercado da capital superou a marca dos 200.000 m2 de take-up.

    Sofia Tavares, head of markets advisory da JLL, afirma que “o forte crescimento da actividade no mercado de escritórios em Lisboa e no Porto foi sobretudo influenciado pela reactivação das operações de grande dimensão, num contexto especialmente dinâmico na procura de espaços novos, mais qualificados em termos de ESG e que sejam mais adequados às suas novas estratégias e formas de trabalhar. Além disso, a melhoria das condições macroeconómicas também deu um contributo positivo para a actividade, estimulando a confiança das empresas e levando muitas entidades a investir em novos escritórios”.

    A reactivação das operações de grande dimensão é visível nos indicadores de área média e também no peso que as três maiores transacções tiveram nos respectivos mercados. Em Lisboa, a área média por operação em 2024 foi de 1.189 m2, ou seja, mais 61% do que em 2023, enquanto no Porto este indicador atingiu os 1.021 m2, ou seja, crescendo 31% face à dimensão média dos escritórios contratados no ano anterior. No que concerne as três maiores operações, no caso de Lisboa, somaram 59.550 m2, o equivalente a 29% de toda a área absorvida no mercado ao longo do ano, ao passo que no Porto geraram 26% do volume ocupado, uma quota correspondente a 20.100 m2.

    Segmentando geograficamente, em Lisboa, o Parque das Nações (zona 5) foi o destino de maior dinamismo ao longo do ano, com 35% do take-up anual, evidenciando-se ainda as Novas Áreas de Escritórios (zona 3), com uma quota de 23%. No Porto, o eixo CBD-Boavista (zona 1) foi o mais procurado pelas empresas, agregando 30% de toda a área ocupada ao longo de 2024, seguida por Matosinhos (zona 6), onde a quota foi de 17%, e por CBD Baixa (zona 2), com outros 16% do take-up, mostrando, assim, a crescente atractividade destes eixos junto da procura.

    No que concerne os sectores de actividade com maior dinâmica na ocupação de espaço, no Porto foram as TMT’s & Utilities, com uma quota de 31%, e os Consultores & Advogados, com 28%, que mais contribuíram para a actividade registada no mercado em 2024. Em Lisboa, evidenciaram-se as empresas de Serviços Financeiros, gerando 27% da absorção, mas merecem também referência as TMT’s & Utilities, com uma quota de 18%.

    Relativamente a 2025, Sofia Tavares, antecipa “um ano de boa dinâmica no mercado de escritórios, sustentado por uma procura que permanece focada em qualificar os seus escritórios, incluindo a nível de ESG; e em implementar novas estratégias de workplace, com as áreas de grande dimensão e as localizações centrais no topo da lista de preferências. Dado o ainda limitado fluxo de nova oferta com estas características e disponibilidade imediata, vamos continuar a assistir a muitas operações de pré-arrendamento e também a que muitas empresas optem por desenvolver as suas próprias instalações, em regime de auto-promoção”.

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    Addsolid inicia comercialização de investimento de 4,5 M€ em Setúbal

    O ‘Jardins de Santiago’ é composto por 12 moradias em banda de tipologias V3 e V4. Disponíveis a partir de 495 mil euros, as moradias têm conclusão prevista para Abril de 2025

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    A Addsolid, especializada na promoção e investimento imobiliário, anuncia a comercialização do empreendimento ‘Jardins de Santiago’, um projecto que promete “redefinir o conceito de habitação residencial” na região de Setúbal.

    Representando um investimento de 4,5 milhões de euros, o empreendimento é composto por 12 moradias em banda de tipologias V3 e V4, projectadas para oferecer um equilíbrio entre “conforto, sofisticação e sustentabilidade”.

    “Acreditamos que este empreendimento reflecte o nosso compromisso com a criação de espaços que oferecem não apenas qualidade de vida, mas também um excelente potencial de valorização para investidores e compradores,” afirma Tiago Cerdeira Pinto, chief operating officer (COO) da Addsolid.

    “Setúbal combina um ambiente natural deslumbrante com infraestrutura urbana em crescimento, tornando-se uma escolha natural para o desenvolvimento deste projecto”, rematou o responsável.

    Cada moradia possui áreas que variam entre 162 metros quadrados (m2) e 199 m², com acabamentos modernos, cozinhas abertas ou integradas e amplos vãos que conectam os interiores a alpendres e terraços exteriores. As propriedades contam, ainda, com garagens privativas, varandas e espaços exteriores exclusivos, além de um jardim com piscina de uso restrito, oferecendo um ambiente tranquilo e seguro para os residentes. As moradias estão disponíveis a partir de 495 mil euros e têm conclusão prevista para Abril de 2025.

    O ‘Jardins de Santiago’ foi pensado para atrair uma ampla gama de compradores, onde se incluem as famílias, casais jovens e profissionais, mas, também, investidores nacionais e internacionais que pretendem imóveis com “forte potencial de valorização”, atraídos pelo “crescimento sustentável” e pela “procura crescente por habitação na região”.

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    Legendre dá por concluída a construção do empreendimento Parque Atlântico

    Legendre e Arqsize dão por concluído o projecto Parque Atlântico, no município de Cascais. Ocupando uma área de 8.000 m2 o empreendimento é composto por 42 apartamentos premium e representou um investimento de 28 milhões de euros

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    O grupo francês Legendre deu por concluída a construção do condomínio Parque Atlântico, localizado na Parede, em Cascais. O empreendimento, dirigido ao segmento premium, é um projecto conjunto do Grupo Legendre e da portuguesa Arqsize, tem uma superfície total de 8.000 m2 e é composto por 42 apartamentos, que já tinham sido vendidos na totalidade meses antes da conclusão da construção. O Parque Atlântico envolveu um investimento de 28 milhões de euros.

    A antiga Quinta da Corriola dá assim lugar a um condomínio exclusivo, com cinco pisos e com tipologias de apartamentos de T1 a T4 e Penthouse. A arquitectura tem a assinatura da Arqsize, que tem como fundadores os arquitectos Alexandre Codina e Luís Teles , e destaca-se por ser um projecto contemporâneo e pelas linhas elegantes dos apartamentos. O condomínio tem piscina, ginásio, solário, centro SPA e jardim infantil. O estacionamento tem pré-instalação para carregadores eléctricos. O Parque Atlântico está localizado perto da praia e envolvido por espaços verdes, privilegiando desta forma a qualidade de vida.

    “O nosso objectivo foi criar um empreendimento que fosse mais do que um espaço para viver. É um condomínio premium pautado pelo conforto e que vem preencher uma lacuna de falta de produto novo na zona onde está localizado, sendo que a localização é uma parte bastante significativa do apelo do Parque Atlântico. A praia está muito perto e potencia uma ligação forte à natureza”, afirma Telmo Carriço, director da Legendre em Portugal. “É um projecto que ajuda a consolidar a presença do Grupo Legendre em Portugal”, sustenta.

    O Grupo Legendre está actualmente presente em território português e no estrangeiro através das suas três actividades principais: Construção, Imobiliário e Energia. Esta empresa familiar com sede em Rennes, com mais de 2.400 colaboradores, registou em 2023 um volume de negócios de 1.000 milhões de euros.

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