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    2018 será o ano da construção nova

    Consciente de que o mercado está a atravessar uma das suas melhores fases, João Sousa, CEO da JPS Group aposta numa nova área – o Real Estate Investments. Uma mais valia para os investidores já que o objectivo é trabalhar com projectos chave-na-mão. Com provas dadas no residencial, o grupo prepara-se também para entrar em 2018 no mercado de comércio e serviços, em parceria com um investidor nacional

    Cidália Lopes
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    2018 será o ano da construção nova

    Consciente de que o mercado está a atravessar uma das suas melhores fases, João Sousa, CEO da JPS Group aposta numa nova área – o Real Estate Investments. Uma mais valia para os investidores já que o objectivo é trabalhar com projectos chave-na-mão. Com provas dadas no residencial, o grupo prepara-se também para entrar em 2018 no mercado de comércio e serviços, em parceria com um investidor nacional

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    Em entrevista ao CONSTRUIR, João Sousa, CEO do JPS Group reafirma a sua aposta na construção nova para as famílias portuguesas, mas não descarta outros nichos de mercado, nomeadamente os escritórios e comércio. 2018 vai trazer novidades nesse sentido.

    Texto: Cidália Lopes (clopes@construir,pt)

    Quando foi criada a JPS Group?

    A empresa surgiu em finais de 2014, embora já estivesse a ser pensado há algum tempo. Este projecto é fruto de uma acumulação de experiencias que eu próprio enquanto fundador da empresa vim a adquirir ao longo dos últimos anos, tendo estado sempre ligado à parte financeira e imobiliária.

    Ou seja, tirei Direito e exerci durante alguns, mas suspendi para me dedicar inteiramente à parte dos investimentos imobiliários, onde fazia o acompanhamento de alguns investimentos, não só em Portugal mas também na América do Sul, nomeadamente no Brasil. Depois o Brasil entrou em crise, os investidores viraram-se mais para a Europa. Depois com a crise na Europa estive fora nomeadamente em África e na Ásia (Dubai) onde acumulei experiencia.

    Dessa experiencia acumulada surge este projecto que quis que fosse, desde o início mais do que chegar, comprar um prédio ou um lote de terreno, e construir. Achei que havia uma oportunidade de mercado, por isso é nós nos estruturamos de forma diferente e hoje podemos dizer que somos uma empresa diferente e as nossas diferenças não só numa parte, só porque termos uma equipa de arquitectura. Somos uma empresa diferente porque conseguimos abranger de A a Z, fazer um projecto desde o estudo prévio até à venda e a estratégia da empresa foi sempre essa.

    Mas só recentemente é que avançaram com a oferta de um conjunto mais alargado de serviços…

    Sim porque não conseguimos de um dia para o outro por no mercado uma empresa com cerca de 40 trabalhadores. Isto leva tempo. À medida que os projectos vão aparecendo vamos fazendo a captação de capital humano para conseguir estruturar a empresa. Todas as empresas têm um início e hoje quase quatro anos depois foi de forma gradual e sustentada que conseguimos atingir este patamar.

    Neste momento são promotores, mas acabam por ser muito mais do que isso…

    Exacto, neste momento continuamos a ser um promotor e continuamos com os nossos próprios projectos e qualquer valência que seja necessária para concretizar esse projecto, desde engenharia, arquitectura, parte financeira, marketing ou vendas, nós não fazemos nada em outsourcing já que temos uma equipa que abrange todas estas áreas. Essa sempre foi a nossa forma de trabalhar. O que mudou agora é que passamos a disponibilizar esses serviços também para outros investidores com o JPSREI Investments.

    Torna-se mais rentável?

    Muito mais. Em termos de capacidade de respostas os nossos engenheiros, os nossos arquitectos, o nosso marketing está focado nos nossos projectos. Se contratarmos uma empresa que nos preste estes serviços nós somos mais um cliente e não existe esta comunicação e facilidade de termos os diferentes departamentos na sala ao lado. É uma mais valia. São custos acrescidos para a empresa, mas a médio e longo prazo vamos perceber que são apostas ganhas. E foi essa a filosofia que queremos disponibilizar para outros projectos que não sejam só os nossos.

    Como é que surgem então a JPS REI?

    Nós não queremos ser apenas uma empresa que faz os projectos de arquitectura para uma construtora ou para um investidor. Não queremos apenas vender serviços mas um conjunto de serviços, que no fundo possibilite uma operação na sua totalidade – chave-na-mão. Ou seja, queremos fazer com que alguns investimentos que estejam parados neste momento, seja a nível particular, institucional de bancos, fundos ou outros que olhem para a nossa empresa e vejam que se nós entregarmos o nosso projecto imobiliário que ainda precisa de ser desenvolvido, vendido, precisa de ser licenciado, esta empresa vai-nos resolver tudo. Ou seja, ir a um único sitio, entrar dentro de uma única empresa que consiga comunicar internamente com todos os departamentos e que consiga fazer uma operação de sucesso e não apenas vender um projecto.

    Por exemplo, se alguém nos pedir uma proposta para um projecto de arquitectura, nós temos toda a capacidade para o fazer mas não aceitamos. Ou vendemos um serviço integrado ou não aceitamos situações pontuais, isto porque nós temos felizmente muito trabalho o que não nos permite ‘desfocar’ só para fazer um projecto de arquitectura. Os nossos projectos são de alguma dimensão e em 2018 iremos também lançar outros projectos com uma dimensão considerável. Para nós só faz sentido aceitar um projecto se todos os departamentos a trabalharem em torno desse projecto.

    Pela experiência que tem no sector considera que o facto de a maior parte das empresas recorrerem ao outsourcing para os seus projectos poderá ter contribuído para acentuar a crise que ocorreu?

    Eu não tenho dados concretos, mas acredito que cerca de 95% dos promotores faziam tudo em outsourcing, com custos muito mais elevados. Além disso quando iniciavam o projecto não sabiam quando é que ia terminar porque as várias empresas não comunicavam entre si e, por vezes, iam dando prioridades a outros projectos e muitas vezes as próprias empresas acabavam por desaparecer, fossem gabinetes de arquitectura ou empresas de engenharia. Não estavam próximos dos projectos e não havia um controlo efectivo de todo o processo. Isso fez com houvessem muitos projectos que não se concretizassem por esse motivo.

    Também a questão dos custos foi determinante. Muitos promotores iniciavam um projecto com um business plan com determinados custos e quando colocavam o seu produto no mercado os custos de comercialização e a forma como o mercado estava a responder já eram outros o que fez com que o retorno não fosse o esperado. A verdade é que alguns projectos caíram por falta de estrutura desses promotores.

    Como tem sido a recepção do mercado em relação à vossa empresa?

    Acho que tem sido realmente boa. Nos abrirmos há cerca de três meses com esta valência, por isso não podemos esperar que uma solução nova no mercado seja logo acolhida e tenha um sucesso estonteante. Mas acreditamos que 2018 vai trazer algo muito positivo e vai haver uma aceitação grande.

    No fundo o que queremos é que um investidor ou um promotor venha ter connosco e nos diga que tem um determinado projecto que quer que nos façamos todo o desenvolvimento, porque no fundo o que os investidores querem é saber quanto vão ganhar e quando e se puder centralizar todo o trabalho numa só empresa é muito fácil e económico. Acredito que este é um conceito que vai vingar, não tenho dúvidas.

    Este é um conceito único no mercado e entrar numa única empresa que tem por trás de si todos os serviços, que conseguem fazer a construção e a promoção imobiliária numa única empresa vai ser seguramente uma mais – valia.

    Quando aparece um conceito novo as pessoas tendem a demorar um pouco mais tempo a aceitar e a perceber se faz sentido, mas irao perceber que faz muito mais sentido o promotor / investidor ficar só focado no investimento e terem apenas uma empresa a fazer todo o trabalho.

    Como têm desenvolvido essa informação para o mercado?

    A nossa principal preocupação é que este tipo de investimento fosse o front office da empresa e das capacidades da empresa. Nos temos abordado alguns investidores, sendo que é muito recente a abertura e por isso 2018 vai ser um para reforçar este conceito.

    A JPS REI surge efetivamente na altura ideal para papel junto dos investidores…

    Exactamente junto dos investidores estrangeiros. Não há muito tempo em conversa com um desses investidores, ele não entendia muitos dos processos e passos necessários para avançar com um projecto porque vinha de uma cultura completamente diferente e isso é algo difícil de perceber. Quando um investidor pretende aplicar alguns milhões em Portugal, há situações burocráticas que podem levar aos investidores estrangeiros a desistir. E por isso é muito mais fácil se existir um parceiro local que me entregasse o produto chave-na-mão.  E é esse o caminho que queremos seguir e pelo qual vamos lutar.

    O foco da JPS REI será apenas na habitação ou estão preparados para acompanhar todo o tipo de projectos?

    Até agora o nosso foco tem sido a parte residencial, até por conta dos nossos próprios projectos. Mas vamos também olhar para outro tipo de projectos, nomeadamente, na área do comércio, escritórios. Neste caso, tem havido um grande crescimento já que com a retoma da economia vão ser necessários mais espaços e mais lojas. Existe pouca oferta para a procura e nós estamos atentos a esse mercado. Aliás, ainda no primeiro trimestre de 2018 iremos lançar a componente de comércio e serviços.

    Posso adiantar que até ao primeiro semestre de 2018 iremos lançar um projecto residencial que tem também a componente de comércio e serviços. Ou seja, não nos vamos focar só no residencial até porque há nichos de mercado muito interessantes: residências seniores, clinicas e residências para estudantes. É nestas áreas que os investidores estão mais atentos. Este vai ser um projecto nosso em parceria com um investidor nacional, a outra empresa tem uma parte residencial e nós vamos desenvolver a parte correspondente ao comercio e serviços (2 mil m2).

    Há também outros nichos de mercado muito interessantes e nos quais também temos interesse, tais como as residências de estudantes, residências seniores, clinicas.

    Quais as perspectivas para 2018?

    Acabamos o 2017 que foi um excelente. Terminados o Lux Residence que foi todo vendido em planta. Lançamos os Sky City, que deverá estar concluído entre 2020 e 2021 e acabamos de lançar o The Village, na Malveira, que acaba por ser um relançamento já que foi um projecto que ficou parado com a crise. Portanto, em termos de número podemos estar a falar de algumas dezenas de milhões de euros no que diz respeito a parte imobiliária. Por exemplo, o Sky City é um projecto que tem um investimento avultado pela sua dimensão. Os projectos que ai veem também tem alguma expressão e cujo investimento vai ser aplicado de forma faseada e também, como é normal com o apoio da banca.

    O porquê da construção nova e não a reabilitação?

    Desde 2015 e ano após ano tem existido realmente um foco muito grande na parte da reabilitação. Nós sentimos isso, tanto que o nosso primeiro projecto foi na reabilitação. Felizmente já se começa a estender além das principais artérias da cidade, mas existe aqui uma procura muito grande e não existe oferta em quantidade suficiente que é a parte da construção nova para famílias portuguesas. Nós percebemos que esse tinha que ser o nosso caminho, porque neste momento existe realmente o mercado estrangeiro que aposta muito nas áreas nobres de Lisboa, dai se falar muito da reabilitação. E onde é que está a oferta para as famílias portuguesas? As famílias portuguesas que compram casas nas zonas históricas das cidades é um numero residual e dai a nossa aposta na construção nova. Percebemos claramente que foi uma aposta ganha e vai ser claramente o nosso foco durante os próximos anos.

    Ainda assim, a reabilitação não está posta de parte e, neste momento, estamos a analisar alguns projectos. Mas terá que ser algo muito bem estudado e estruturado, porque de momento existem já muitos produtos e muita oferta e o mercado está a atingir valores que, há cerca de um ano, todos pensávamos que seria impossível.

    A nossa aposta vai ser portanto na construção nova onde existe um desequilíbrio muito grande entre a oferta e a procura. Os produtos que haviam estão desactualizados, tendo em conta as actuais necessidades dos clientes e um jovem casal não se identifica com uma construção de há 20 anos. Estes projectos fazem falta porque durante muitos anos não se investiu em novos projectos e 2018 vai trazer muitos mais desenvolvimentos nessa área.

    Os valores na habitação nova também estão inflacionados? Mais construção vai equilibrar esses valores?

    Os valores cresceram face à oferta e procura mas mesmo com o aumento da oferta não acredito que os valores por metro quadrado desçam. Estamos a falar de cidades que têm valores muito dispares em relação as outras cidades e onde teria que haver muitos projectos para os valores descerem.

    Além da grande Lisboa ponderam investir em alguma outra cidade?

    Como tem vindo a ser normal, Lisboa é onde acontecem a maioria dos grandes projectos e logo em seguida há o Porto e por isso, de uma forma normal, prevemos apostar também nesta cidade, embora neste momento não haja nada em concreto. Isto porque nós temos um conceito diferente e antes de replicá-lo há que o consolidar e fazê-lo antes poderia trazer risco desnecessários.

    E relativamente ao crowfunding, em que fase está o projecto da plataforma?

    Ainda estamos a desenvolver a plataforma, dado que ainda estamos na fase de análise dos projectos que vamos inserir. Estamos a falar de uma situação também nova em Portugal. Nós queremos acrescentar ao mercado segurança e não incerteza e estas plataformas, que em Portugal são uma novidade, só foram regulamentadas quanto às medidas sancionatórias há cerca de dois meses e só faz sentido termos uma plataforma aberta ao público com projectos que sejam sólidos.

    Mas acreditam que, embora o crowfunding tenha certas especificidades, poderá afirmar-se como uma forma de investimento alternativo?

    Sim claro. Na nossa opinião e de acordo com a nossa estratégia esses projectos fazem mais sentido para quem quer fazer pequenos investimentos e para quem quer ter varias fontes de rendimento que não as tradicionais. Se noutros países funciona porque não funcionar em Portugal.

    Contudo, é natural a desconfiança. O mundo digital veio mudar todo o mundo, onde tudo é online. Mas também aqui queremos inovar já que em conjunto com a componente da plataforma online, queremos ser também porta de entrada da nossa empresa e onde também podemos dar a cara e aliar a parte visual ao digital por forma a transmitir mais confiança.

    Os projectos que iremos colocar na plataforma não serão da nossa carteira de projectos exatamente para que ambas áreas não entrem em conflito e para que não haja a ideia de que estamosa utilizar a plataforma para financiar os nossos projectos. Pretendemos que sejam projectos externos e como tal terão que ser bem avaliados, o que será feito por entidade externa. Queremos que haja essa distinção e essa transparência.

    Como tem estado a reagir a banca no que toca ao crescimento da nova construção, na medida em que são uma peça essencial para os vossos clientes?

    A verdade é que, com a crise, a banca fechou praticamente 100% do credito à habitação. Cometeram-se erros que ainda hoje se estão a pagar. Por outro lado, a banca hoje percebeu que existe uma nova procura e abriu novamente o credito à habitação e isso é fundamental para a construção nova. O conceito de sermos proprietários está muito enraizado na cultura dos portugueses. Em cada 10 pessoas, 7 a 8 são proprietários. Mas para comprar uma casa de 200 mil, 300 mil ou 400 mil euros, um jovem casal necessita de financiamento. Mais de metade dos proprietários têm crédito à habitação. A banca percebeu esta necessidade mas percebeu também que tinha que ter novos critérios para que não se cometessem os mesmos erros antes da crise. Até porque esta crise foi superior à crise na década de 80 e veio devastar quase por completo um sector.

    A banca está mais cautelosa em termos de produtos que estão a disponibilizar?

    Sim completamente. Existem novos critérios em termos de avaliação de risco, muito embora o Banco de Portugal já tenha anunciado que gostaria que fossem colocados mais limites ao credito a habitação exactamente para acautelar possíveis problemas. Por exemplo, não existe um limite de concessão de créditos às famílias.

    Tem que se perceber quais foram os erros cometidos anteriormente, para que não voltem a acontecer. Mesmo que hoje se fale da recuperação económica e que o país viva um novo fôlego, não podemos esquecer que Portugal passou um período muito complicado.

    Tem que haver essa preocupação de quem está no mercado de actuar de forma consciente. Não vale a pena queremos fazer tudo hoje porque amanha as situações podem-se complicar, tanto da parte dos promotores como da parte financeira.

    É preferível ter um mercado sólido do que um mercado que não exista, de especulação. Se as bases forem sólidas o mercado estará para durar muito. Caso contrário os preços vão voltar a subir e os mercados a cair e voltaremos a um período negro.

    Tendo em conta que sabemos que as crises neste mercado são cíclicas, como é que uma empresa como a JPS Group se defende de uma situação dessas?

    Tendo em conta o mercado actualmente, não se perspectiva uma crise tão cedo, contudo temos que estar obviamente preparados. Se o mercado estiver bem preparado, se não se cometer os erros do passado, o mercado vai estar para durar e não vai haver crise tão acentuada, mesmo que a haja. O que pode haver é o equilíbrio entre a oferta e a procura e onde sobrevivem de forma natural a melhor oferta, o melhor preço, a melhor qualidade. No nosso caso em particular, por termos tantas valências tocamos em todos os sectores do imobiliário e recolhemos diariamente índices de todos os sectores: quais são as dinâmicas que a arquitectura está a ter, quais os novos processos da engenharia, o nosso departamento jurídico sabe que a parte burocrática dos licenciamentos. Não é que tenhamos criado uma empresa anti-crise mas estamos mais bem preparados pelo facto de termos estas valências e por percebermos de forma muito clara como é que o mercado está a reagir. E este conhecimento permite-nos adequar às necessidades do mercado e a forma como estamos estruturados vai fazer toda a diferença. Temos também que perceber que hoje muda tudo muito rápido. E basta acontecer algo inesperado que a mudança torna-se algo efectivo. As necessidades de hoje não serão as necessidades daqui a cinco anos. E neste aspecto as redes sociais foram as grandes responsáveis. Deu-se uma inovação tremenda no sector imobiliário. Desde 2014, 2015 existem novos players no mercado, com novas estratégias. Mas por outro lado, temos que nos questionar: será que havia uma estratégia? Construía-se e procurava-se saber se havia procura para essa construção? Hoje antes de lançarmos um projecto fazemo um estudo de mercado, uma analise da procura e eu acho que os novos players trazem novas ideias e estão muito mais bem preparados.

    Para 2018 que outras novidades?

    Além dos novos empreendimentos, obviamente, estamos neste momento a preparar o novo showroom, que irá funcionar em Lisboa e que deverá estar pronto ainda no primeiro semestre. E este showroom tem a particularidade de permitir ao cliente escolher os materiais para o seu apartamento e onde estão presentes sempre arquitectos e designer da nossa equipa. Em vez de verem o projecto apenas em planta têm a possibilidade de verem em tamanho real as áreas dos apartamentos.

    Sobre o autorCidália Lopes

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    Legendre e Tecnibuild apresentam nova marca para promoção imobiliária

    Solive, a nova joint venture luso-francesa, resulta da experiência internacional de ambas as empresas nos sectores do imobiliário e da construção

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    Da parceria estabelecida entre os grupos Legendre e Tecnibuild, ambos dedicados às áreas da construção e do imobiliário, nasce a Solive, com o objectivo de desenvolver projectos imobiliários. A joint venture, com a assinatura “construir cidades, criar futuros”, culmina, assim, a experiência internacional de ambos em vários segmentos do sector imobiliário e construção.

    Com décadas de experiência combinada, este consórcio luso-francês permite controlar todo o processo desde o desenvolvimento até à conclusão dos projectos, desde as áreas de prospecção, selecção e aquisição de terrenos; estratégia e gestão de projectos; consultoria para identificação de oportunidades e parceiras; coordenação e análise financeira de projectos; execução de projectos de construção chave-na-mão; e gestão de activos com acompanhamento na venda e pós-venda.

    Numa “busca constante por novas tecnologias e metodologias de construção”, assegurando que cada estrutura seja executada com os mais “altos padrões de excelência”, a Solive pretende ser uma referência de “qualidade e confiança” no desenvolvimento urbano e na promoção imobiliária.

    Nos portfolios Legendre e Tecnibuild surgem diversos projectos para fins de habitação, comércio e hotelaria, em que ambos já haviam sido parceiros, nomeadamente, os empreendimentos Antasbuilb e Alameda de Cartes, bem como o hotel Júpiter, também no Porto, e o empreendimento L’Urbain, em Lisboa.

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    Três novos projectos da Krest representam investimento superior a 150 M€

    Alvôr The Breeze, no Algarve, e Formoso Marvila, em Lisboa, e Arcoverde, em Oeiras, são os três próximos lançamentos em Portugal dos belgas Krest e que vão estar em destaque no SIL

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    A promotora Krest Real Estate Investments escolheu como palco para o lançamento de três novos projectos, o Salão Imobiliário de Portugal (SIL), que decorre de 2 a 5 de Maio na FIL, no Parque das Nações, em Lisboa.

    Estes projectos representam um investimento total de 153 milhões de euros, correspondendo a uma área de 63.400 metros quadrados (m2) de construção e que vão envolver mais de 500 postos de trabalho nas áreas da construção, concepção e gestão futura dos edifícios e respectivas estruturas.

    “Aguardamos com expectativa o decorrer deste ano de 2024 e a evolução do mercado imobiliário português, no qual estamos cada vez mais envolvidos, através da nossa interacção com parceiros locais de arquitectura, engenharia e construção, bem como com as autoridades e comunidades locais”, afirma Claude Kandiyoti, chief servant officer da Krest.

    E acrescenta: “Estamos a apresentar os nossos novos projectos que representam um investimento importante, criam valor em Lisboa, Paço de Arcos e Alvor e contribuem para a sustentabilidade destas localidades em Portugal. Não só atraem e servem os novos moradores, mas também a comunidade local, através de serviços, zonas de lazer, espaços para desfrutar a natureza, integrando assim uma forte componente de sustentabilidade ambiental, mas também de sustentabilidade social”.

    O Alvôr The Breeze, é um desses empreendimentos e localiza-se em Alvor, no Algarve, conta com um investimento de 18 milhões de euros. Com arquitectura do atelier Costa Lima, o projecto consiste num condomínio fechado privado, com 24 apartamentos únicos e exclusivos de tipologia T2 e T3, distribuídos por dois edifícios de três pisos cada. Uma piscina comum, jardins privados, um ginásio e estúdio de yoga privados e uma recepção principal oferecem um conjunto de comodidades exclusivas adaptadas para que os residentes possam desfrutar de momentos de lazer, em família ou com amigos, ou de trabalho, em ambientes ideais para relaxamento e produtividade.

    No 3º andar de cada edifício, oito penthouses beneficiam de amplos rooftops, com piscina e cozinhas, garantindo aos moradores a máxima privacidade nos seus espaços de lazer.

    A construção terá início em Julho, com conclusão prevista para o terceiro trimestre de 2026.

    Na Grande Lisboa, a Krest prepara o lançamento de outros dois projectos. O Formoso Marvila, na zona mais oriental da cidade de Lisboa. Com um investimento de 30 milhões de euros e projectado pelo arquitecto Ricardo Bak Gordon, o projecto surge da renovação de um histórico armazém de vinhos, espelhando a transformação em curso desta zona dinâmica da cidade.

    O Formoso Marvila é composto por 50 apartamentos entre T1 a T3 duplex, com vista para o Rio Tejo, aliando a inovação à tradição, preservando o carácter industrial do armazém, através de estruturas em betão e aço. Esta renovação homenageia os principais elementos arquitetónicos do passado, incluindo a fachada, o telhado inclinado, o pátio e 11 barris de vinho em betão.

    O lançamento comercial está previsto para Julho de 2024 e a sua construção começa em no último trimestre do ano, com conclusão prevista para o final de 2026.

    Já em Oeiras, nasce o Arcoverde, o maior dos três, com uma área de 45 mil m2 e um investimento de 105 milhões de euros. Este empreendimento de grande dimensão está no epicentro de uma iniciativa de reabilitação do município de Oeiras e pretende promover a sua biodiversidade e natureza. O empreendimento é composto por oito edifícios com apartamentos de um a quatro quartos, totalizando 199 unidades com estacionamento subterrâneo e unidades comerciais. Estão previstas uma série de comodidades para os residentes e comunidade local.

    O lançamento comercial está previsto, também, para Julho de 2024, com a conclusão dos primeiros edifícios até 2026.

    Para a Krest Real Estate Investments e a Revive, o projeto representa a primeira parceria em Portugal entre os dois promotores imobiliários belgas.

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    SRS Legal assessora venda dos ginásios Fitness Hut

    A operação do Grupo VivaGym, detida pela Bridges Fund Management, uma sociedade gestora de um fundo de investimento de sustentabilidade e impacto foi vendida à gestora de fundos Providence Equity Partners, O valor da transacção não foi revelado

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    A SRS Legal prestou assessoria jurídica à Bridges Fund Management, uma sociedade gestora de um fundo de investimento de sustentabilidade e impacto, na operação de venda do Grupo VivaGym, detentor dos ginásios Fitness Hut, à Providence Equity Partners, uma gestora de fundos de capital de risco especializada em investimentos nos sectores dos media, comunicações, educação e tecnologia. O valor da transacção não foi divulgado.

    A equipa da SRS Legal foi liderada por Nuno Miguel Prata (sócio) e contou com a participação de Andreia Rodrigues Lopes (associada), bem como de uma equipa multidisciplinar que envolveu equipa das áreas Laboral, Imobiliário e Cibersegurança e Proteção de Dados, na realização da vendors due diligence e na elaboração de documentos da transacção.

    Nesta operação foram, igualmente, vendidos os ginásios em Espanha – com o nome Viva Gym – o que implicou a coordenação com outras jurisdições, nomeadamente Espanha e Reino Unido, num acordo que está sujeito às condições habituais e regulamentares.

    A conclusão da operação está prevista para antes do final do segundo trimestre de 2024.

    Em nota de imprensa, James Hurrell, partner da Bridges Fund Management, afirma que “tem sido extremamente gratificante ver o crescimento do VivaGym, de apenas 15 ginásios quando investimos para mais de 100 actualmente”.

    “Durante esse período, a empresa alargou o acesso a instalações de fitness de elevada qualidade e contribuiu para melhorar a saúde de centenas de milhares de pessoas. Acreditamos que o VivaGym construiu uma das melhores plataformas do setor. Sob a liderança inspiradora de Juan del Río Nieto, não temos dúvidas de que o VivaGym irá crescer nos próximos anos e continuará a atingir os seus objetivos ambiciosos”, acrescentou James Hurrell.

    O grupo VivaGym gere, actualmente, 104 ginásios com mais de 315 mil membros em Portugal e Espanha.

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    Habitação em destaque na 27º edição do Salão Imobiliário

    Exposição, conferências e prémios SIL do imobiliário estarão em destaque naquele que é o espaço de encontro do sector privado e público

    CONSTRUIR
    tagsFILSIL

    A 27ª edição do Salão Imobiliário de Portugal (SIL), regressa à FIL, no Parque das Nações, já esta quinta-feira dia 2 até 5 de Maio. Naquele que pretende ser o “marketplace” do imobiliário, ponto de encontro dos investidores, empresários, técnicos, organismos públicos e público potencial comprador, o SIL conta com a participação dos principais promotores e mediadores imobiliários, assim como com uma ampla diversidade de serviços associados ao sector imobiliário, entre os quais se destaca a tendência de crescimento das tecnologias associadas ao imobiliário – Proptech.

    Os visitantes irão encontrar o “SIL Cidades”, onde se reflecte a importância dos municípios na política habitacional, numa exposição em que estará representada a Região Autónoma da Madeira, através, da Invest Madeira, assim como cidades de Norte a Sul de Portugal, entre Lisboa, Porto, Gaia, Seixal, Santarém e outras.

    O objectivo passa por dar a conhecer o seu “potencial de investimento, os seus ativos imobiliários, infraestruturas, acessibilidades e condições para uma boa qualidade de vida” que poderão atrair novos habitantes, investidores e tecido empresarial.

    Uma das referências do SIL são as conferências que abordam os mais variados temas da actualidade e são palco de debate e de apresentação de novidades para o sector.

    A dar início ao Salão, na manhã do dia 2 de Maio, tem lugar o CNN Summit – Portugal Habita, uma conferência que focará temas como a habitação, a reabilitação urbana, o futuro do mercado imobiliário e as politicas de habitação pública, onde será abordado o papel fundamental das autarquias. Esta conferência conta com a participação de Rui Moreira, presidente da Câmara Municipal do Porto e Isaltino Morais, presidente da Câmara Municipal de Oeiras.

    No dia 3 durante a conferência SIL Investment Pro, uma organização em colaboração com a APPII, serão abordados temas como a inteligência artificial ao serviço do imobiliário e as novas técnicas construtivas, sustentabilidade e eficiência energética.

    No mesmo espaço estão, ainda, previstas mais duas iniciativas. Uma Ted Talk organizada pela Unlockit e que conta com Tiago Dias, fundador da Unlockit.io, assim como uma conferência sobre sustentabilidade e inovação, organizada pela Bondstone e onde será apresentado, também, o novo projecto da promotora para Vilamoura, com a presença da equipa de arquitectura responsável.

    Em paralelo, a Câmara Municipal de Lisboa apresenta diferentes palestras sobre as iniciativas públicas que tem levado a cabo em termos de habitação.

    Também, a ERA Portugal debate, no dia 2, a promoção da habitação nova, com o foco nos desafios e nos segredos desta temática.

    Outros dos parceiros do SIL, a Remax Siimgroup, fará, ao longo dos quatro dias de feira, a apresentação de diversos empreendimentos que comercializa.

    É também no dia 2 de Maio que serão conhecidos os vencedores da 15ª edição dos Prémios SIL do Imobiliário, numa cerimónia a ter lugar no SIL Village (Pavilhão 2 da FIL).

    As categorias a considerar são – Melhor Empreendimento Imobiliário – Construção Nova e Reabilitação Urbana, nas subcategorias de Habitação, Turismo, Comércio, Serviços e Escritórios, Melhor Campanha de Lançamento, Responsabilidade Social, Inovação e Construção Sustentável.

    Os Prémios SIL do Imobiliário são um dos pontos altos do Salão, pois das mais de quarenta candidaturas, serão premiadas personalidades, empresas, soluções, entidades e projectos que se destacaram pela sua competência, inovação e excelência no sector imobiliário.

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    Luís Augusto, presidente da Associação Portuguesa de Leasing, Factoring e Renting

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    Financiamento especializado atinge máximo histórico

    Desempenho em 2023 dos três sectores representados pela Associação Portuguesa de Leasing, Factoring e Renting foi o mais alto de sempre, o único sinal negativo surgiu na locação financeira imobiliária

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    A Associação Portuguesa de Leasing, Factoring e Renting (ALF) acaba de divulgar as estatísticas de 2023 dos três sectores em que representa mais de 90% do mercado português, revelando um crescimento homólogo de 5,9% no apoio dado à economia nacional. O somatório de 47,8 mil milhões de euros é equivalente a cerca de 20% do PIB português em 2023.

    Num movimento uniforme, os três sectores representados pela ALF fecharam o ano de 2023 com ganhos, desde os 5% do valor de créditos tomados do Factoring aos expressivos 53% do valor das viaturas novas contratadas em Renting, passando ainda pelos 8,5% do reforço do valor dos investimentos em Leasing. Os 47,8 mil milhões de euros resultantes da soma dos contratos de Leasing e Renting, juntamente com as facturas adquiridas pelas Factors em 2023, representa um aumento de quase 2,7 mil milhões de euros, face a 2022. Este aumento é composto por um crescimento de 350 milhões de euros na produção de Renting, 200 milhões no Leasing e uns expressivos 2,1 mil milhões de euros no Factoring.

    “O ano 2023 desafiou todas as previsões, conjugando um segundo conflito com impacto na Europa, a incerteza na política monetária do BCE, e, em Portugal, a queda de um Governo com maioria e convocação de eleições antecipadas. Apesar de tudo, o financiamento especializado revelou um crescimento robusto, contribuindo para o crescimento da economia portuguesa”, destaca Luís Augusto, presidente da ALF, concluindo: “Os dados de 2023 contrariam eventuais visões pessimistas e as projeções da ALF para 2024, o ano do nosso 40.º aniversário, reforçam o papel do financiamento especializado no apoio à formação do PIB”.

    Em claro crescimento estão o Factoring e o Renting. O Factoring, que em 2021 valia 34,5 mil milhões de euros e no ano seguinte atingiu os 42 mil milhões de euros, encerrou o ano de 2023 com um total de 44,2 mil milhões de euros em facturas tomadas. Em apenas dois anos, o desempenho do factoring aumentou em 18%, equivalente a cerca de 10 mil milhões de euros. Destaque para o confirming (gestão dos pagamentos das empresas junto dos seus fornecedores), que registou um crescimento de 7,4%, correspondendo a um acréscimo de 1.370 milhões de euros em relação ao ano anterior, e para o factoring internacional. O factoring à importação, que consiste no apoio ao pagamento de facturas de um cliente nacional ao seu fornecedor estrangeiro, assume o maior protagonismo, superando o valor de 2022 em 51%, num salto de 360 milhões de euros para os 544,6 milhões de euros. Quanto ao factoring à exportação, que proporciona apoio no recebimento de facturas de clientes localizados no estrangeiro, registou um crescimento de apenas 2,4%, em torno dos 121 milhões de euros a mais que no ano anterior, totalizando 5,15 mil milhões de euros, muito relevante no apoio às exportações nacionais. No factoring doméstico, a modalidade com recurso manteve-se estável, face a um crescimento de 4,3% da modalidade sem recurso.
    Por sua vez, o Renting prossegue o seu caminho de consolidação enquanto solução para gestão de frotas de empresas e também de particulares. Durante 2023, o renting colocou 36 mil viaturas novas em circulação nas estradas portuguesas, num valor que superou os mil milhões de euros, uma expressiva evolução de 53% face aos 667 milhões de euros de contratos novos em 2022. Esta subida resulta também do crescimento do valor médio por viatura, impulsionado pela crescente contratação de veículos electrificados, e pela inflacção verificada no sector automóvel. Tal como acontece no leasing verde – em que se beneficia a aquisição de equipamentos com menor pegada carbónica – o renting de viaturas híbridas plug-in e eléctricas reforça o papel deste sector na descarbonização nacional da mobilidade.

    Leasing mobiliário cresce e compensa imobiliário
    Durante 2023, o único sinal negativo surgiu na locação financeira imobiliária, embora o crescimento de 20,5% no leasing mobiliário mais que tenha compensado esse decréscimo. Face a 2022, a locação financeira imobiliária teve uma quebra de 14,7%, totalizando 686 milhões de euros. A perturbar o desempenho deste produto estão constrangimentos no enquadramento fiscal do produto que afastam os locadores do mesmo e, naturalmente, o aumento das taxas de juro de referência do Banco Central Europeu.
    Já o leasing mobiliário, ao registar um crescimento de 20,5%, alcança uma produção de 1,87 mil milhões de euros. As viaturas contribuem com a maior parte deste valor, com 24 533 viaturas ligeiras, para um valor de 777 milhões de euros, e 5 520 pesadas, no valor de 491 milhões de euros. As viaturas têm um peso de 68% do volume do leasing mobiliário, enquanto os equipamentos atingiram os 602 milhões de euros.

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    Greens Vilamoura assinala cerimónia de Pau de Fileira com 70% já comercializado

    O projecto, que compreende a construção de perto de 90 apartamentos, já atingiu 70% de comercialização, estando prevista a conclusão das vendas até ao final da construção, no primeiro semestre de 2025

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    O Greens Vilamoura celebra a cerimónia de Pau de Fileira, antiga tradição que assinala a conclusão da estrutura da empreitada, dando agora início à terceira fase de comercialização, numa altura em que 70% já está comercializado. A comercialização do projecto está a cargo das consultoras Portugal Sotheby’s Realty e Garvertur International.

    O Greens Vilamoura deverá estar concluído no primeiro semestre de 2025, com o integral cumprimento dos prazos previstos. Localizado no Algarve, em Vilamoura, o condomínio situa-se entre o Pinhal Velho Vilamoura Condominium e o Anantara Vilamoura Algarve Resort, estando rodeado pelo parque ambiental, uma área protegida de 170 hectares, pelo Vitoria Golfe Course, o campo de golf flagship da Dom Pedro Golf e o Vilamoura Equestrian Centre.

    Este projecto tem aspectos únicos que o diferenciam, com características de sustentabilidade e excelência de construção que são fundamentais para quem procura um projecto diferenciador e uma experiência mais enriquecedora e envolvente. A localização conjuga o cosmopolitismo da proximidade ao centro de Vilamoura com um enquadramento natural único que tem levado a uma forte procura por parte de potenciais clientes. A nossa expectativa, face aos contactos que temos recebido, é que também esta terceira fase venha a ter uma forte adesão por parte dos interessados em usufruir da experiência de viver num local único”, afirma em comunicado o promotor.

    O projecto, da autoria do atelier Ventura + Partners, conjuga “as mais avançadas técnicas de arquitectura e engenharia sustentável, com uma criteriosa selecção dos materiais utilizados, para proporcionar uma experiência residencial de proximidade a todos os serviços essenciais, mas também com a natureza, que faz parte integrante de Vilamoura”. Nesse sentido, escolha dos materiais obedeceu aos mais exigentes critérios de sustentabilidade, por forma a optimizar a eficiência e minimizar a sua pegada de carbono.

    Entre as características de sustentabilidade deste empreendimento contam-se a utilização de painéis fotovoltaicos para iluminação das zonas comuns, alimentar o sistema de rega e a estação de tratamento de águas existente, a disponibilidade alargada de carregamento eléctrico para cada uma das fracções, a criação de jardins verticais que reflectem a ligação com a natureza que o rodeia e permitem uma melhor eficiência térmica.

     

     

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    Preços das casas aceleram nos primeiros meses de 2024

    Os preços de venda das casas em Portugal Continental aumentaram 2,2% no 1º trimestre do ano, face ao período homólogo. Sinal de uma reversão do padrão de suavização das subidas de preços sentido ao longo do último ano, a qual, a confirmar-se, contraria a expectativa dominante no mercado

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    Os preços de venda das casas em Portugal Continental aumentaram 2,2% no 1º trimestre deste ano, em relação ao trimestre anterior. Um valor que representa uma aceleração face aos 1,6% registados no 4º trimestre de 2023. Os dados resultam do Índice de Preços Residenciais apurado pela Confidencial Imobiliário.

    Sem prejuízo de se tratar de uma variação trimestral bastante inferior à exibida um ano antes, no 1º trimestre de 2023 (+4,3%), o indicador agora atingido sinaliza uma reversão do padrão de suavização das subidas de preços sentido ao longo do último ano, a qual, a confirmar-se, contraria a expectativa dominante no mercado.

    De qualquer forma, em reflexo do comportamento acumulado dos preços ao longo do último ano, a valorização homóloga voltou a reduzir o ritmo, atingindo 9,6% em Março de 2024. Este indicador fica 7,6 pontos percentuais abaixo da taxa de variação homóloga de 17,2% registada no 1º trimestre do ano passado.

    “Nos últimos três meses, o índice inverteu a trajectória de curto-prazo, alcançando uma variação trimestral de +2,2%, depois de ter este indicador em 1,6% em Dezembro. Estes números confirmam os últimos resultados do Portuguese Housing Market Survey, reflectindo um comportamento mais positivo da procura e trazendo as expectativas de vendas para terreno positivo. Espera-se que as taxas de juro comecem a cair nos próximos meses, e isso está a melhorar a confiança dos compradores, o que acaba por colocar pressão adicional sobre os preços”, explica Ricardo Guimarães, director da Confidencial Imobiliário.

    De acordo com as projecções realizadas a partir das vendas reportadas ao Sistema de Informação Residencial, SIR, no 1º trimestre deste ano terão sido transaccionados cerca de 34.300 fogos em Portugal Continental. Este volume supera em cerca de 5% a média de 32.800 vendas por trimestre registada em 2023, confirmando a trajectória de recuperação, lenta, mas consistente, da actividade que se faz sentir desde a segunda metade do ano passado.

    Em termos de preços, as vendas residenciais no território Continental realizaram-se por um valor médio de 2.447euros/m2 no 1º trimestre deste ano, posicionando-se em 3.413euros/m2 na habitação nova e em 2.326euros/m2 na habitação usada.

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    Sierra renova espaço de restauração no Centro Vasco da Gama

    Projeto River Deck conta com um investimento de 9 milhões de euros e terá a assinatura da Reify

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    A Sonae Sierra, em parceria com a CBRE Investment Management, anuncia a implementação de um “novo e inovador” projecto de restauração no Centro Vasco da Gama. O River Deck, nome dado ao projecto, terá como inspiração as mais recentes tendências europeias ao nível de zonas de restauração e contará com 15 novos espaços que darão resposta a um vasto conjunto de opções gastronómicas nacionais e internacionais.

    Com um investimento que rondará os 9 milhões de euros, as primeiras intervenções tiveram início em Setembro de 2023, com a instalação das escadas de emergência no exterior do edifício e neste momento já são visíveis as primeiras alterações no espaço.

    Ricardo Vilaça, director de Asset Management da Sierra em Portugal e Roménia expressa o seu entusiasmo quanto ao futuro do River Deck: “Estamos confiantes de que o River Deck será um marco na experiência dos visitantes do Centro Vasco da Gama. Procurámos dotar este activo de referência com um espaço moderno, com uma oferta gastronómica diversificada e de elevada qualidade, em linha com o que podemos encontrar nas principais capitais europeias, e à semelhança do que temos vindo a fazer noutros centros do nosso portfólio. Temos a certeza de que, uma vez aberto, este novo espaço irá elevar a experiência de visitantes e de lojistas”.

    Com o River Deck, a Sierra mantém a sua aposta ao nível da sustentabilidade, garantindo que as intervenções vão de encontro das directivas impostas pela certificação BREEAM. O novo espaço alia, assim, um design “moderno”, gastronomia diversificada e preocupação ambiental com o objectivo de “dotar o Centro Vasco da Gama com um projecto de referência ao nível da restauração”.

    Todo o conceito de arquitectura, planeamento e obra está a cargo da Reify. que se destaca pela utilização de elementos “distintivos” e que respondem aos mais elevados padrões internacionais, através de um desempenho ambiental e energético de “excelência”. A conclusão da obra está prevista para o último trimestre de 2024.

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    Coldwell Banker Portugal com cinco anos de actividade em Portugal

    Coldwell Banker Portugal já fez mais de 2500 transacções e atingiu os 400 milhões de euros de volume de negócios. Frederico Abecassis, CEO da empresa em Portugal, destaca o sucesso alcançado nos últimos cinco anos “apesar das diversas circunstâncias desafiadoras”

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    Cinco anos depois de ter entrado no país, a Coldwell Banker totaliza as 2500 transacções. Estas vendas totalizaram 400 milhões de euros de volume de negócios, com operações que envolvem propriedades como quintas seculares e moradias particulares em localizações premium como a Quinta da Marinha e Quinta Patino, em Cascais.

    Entre os negócios já concretizados a imobiliária destaca a venda de um apartamento no Chiado por 27.000 euros/m2 e um hotel de 10 milhões de euros. No seu portefólio conta actualmente com uma moradia na Quinta Patino, que está à venda por 15 milhões de euros.
    Desde que iniciou as suas actividades em Portugal, em 2019, pouco tempo antes do início da pandemia, a Coldwell Banker já recrutou e formou 500 consultores imobiliários e abriu 14 agências. Dedicou 2000 horas à formação dos seus colaboradores.

    Frederico Abecassis, CEO da empresa em Portugal, destaca o sucesso alcançado nos últimos cinco anos “apesar das diversas circunstâncias desafiadoras, incluindo o confinamento, a instabilidade geopolítica, as mudanças políticas nacionais e decisões que não beneficiaram a dinâmica do mercado imobiliário, como foi o caso do fim dos vistos gold”, afirma.

    “Apesar de todos os constrangimentos, os resultados obtidos foram muito interessantes e com as intenções já anunciadas por este Governo para o mercado imobiliário, acreditamos que podemos ter desenvolvimentos positivos no mercado”, sublinha Frederico Abecassis.
    A marca juntou perto de 80 colaboradores num evento que trouxe a Portugal Kaitlin McMurdo, senior director da Anywhere Real Estate, empresa mãe da Coldwell Banker.

    No primeiro trimestre de 2024, a Coldwell Banker abriu 3 novas agências em Portugal e 35 agências em 10 países. Em termos globais, a Coldwell Banker conta com 100.000 colaboradores e 3.000 agências espalhadas por 41 países.

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    Round Hill Capital vende portfólio da Nido Living por 27M€

    Tendo adquirido a Nido Living em 2012, a Round Hill Capital transformou “com sucesso” o negócio num dos principais fornecedores europeus de alojamento para estudantes que começou com três activos no Reino Unido e chegou às 18 mil camas sob gestão da empresa em toda a Europa (entre Portugal, Espanha, Reino Unido, Irlanda, Alemanha, Dinamarca e Países Baixos), num total de 34 activos

    Cidália Lopes

    A Round Hill Capital (RHC) vendeu toda a operação das residências de estudantes Nido Living aos canadianos CPP Investments (Canada Pension Plan Investment Board), onde se inclui, também, a sua participação na joint venture, criada em 2021 pelas duas empresas para o segmento das residências de estudante e que compreende mais de cinco mil camas em 15 activos europeus.

    Fonte oficial da RHC a nível internacional, confirmou ao CONSTRUIR que o negócio envolveu um investimento na ordem dos 40 milhões de dólares canadianos (aproximadamente 27,2 milhões de euros à taxa de câmbio actual).

    Tendo adquirido a Nido Living em 2012, a Round Hill Capital transformou “com sucesso” o negócio num dos principais fornecedores europeus de alojamento para estudantes que começou com três activos no Reino Unido e chegou às 18 mil camas sob gestão da empresa em toda a Europa (entre Portugal, Espanha, Reino Unido, Irlanda, Alemanha, Dinamarca e Países Baixos), num total de 34 activos. A transacção envolveu, ainda, toda a operação futura prevista pela RHC.
    Não obstante, a transferência das unidades para a CPP Investments, a Nido vai continuar na operação das residências de estudantes. “As residências e os residentes não vão sentir qualquer impacto com a mudança de proprietário”, acrescentou a mesma fonte.

    Já em comunicado, a gestora de investimentos imobiliários havia dado conta de que esta transacção era “uma prova do valor” que o negócio que construíram ao longo dos últimos 12 anos com a Nido Living representava e que, por isso, se trata de uma “conclusão bem-sucedida deste investimento”.
    Como gestora de investimentos, a Round Hill Capital continua a ver um valor significativo nos sectores estudantil e outros sectores residenciais, que continuam a ser “parte integrante da nossa estratégia de investimento no futuro”, em toda a Europa, incluindo Portugal, confirmou a RHC.

    Previstas 1380 camas em Portugal
    A entrada da Nido Living em Portugal aconteceu depois da aquisição do portefólio da Smart Studios pela RHC em 2022. Desta forma, a gestora de residências de estudantes ficou com um total de 1280 camas em Portugal, em seis localizações, incluindo as 380 do último projecto a ser inaugurado, o Nido Campo Pequeno, em Lisboa. Além destas, a marca tinha previsto, ainda, a abertura de mais quatro residências até 2025 em Lisboa e no Porto, traduzindo-se em mais 1100 novas camas, ou seja, novas 634 novas camas na Alta de Lisboa, depois da aquisição de dois lotes para construção, 274 ‘studios’ no Casal Vistoso, na freguesia do Areeiro e a exploração de uma nova residência universitária, cujo concurso público foi lançado pela Universidade de Lisboa. No Porto, uma nova residência, cujo localização não foi ainda revelada, irá juntar-se à já existente na zona da Asprela e onde já estão a funcionar 243 ‘studios’.

    Sobre o autorCidália Lopes

    Cidália Lopes

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