Avenue pretende investir mais 100M€ até 2020
Com seis projectos em desenvolvimento em Lisboa e Porto, a promotora imobiliária Avenue já investiu cerca de 100 milhões de euros e prevê investir outro tanto até 2020. Com core business na habitação, não descarta a possibilidade de investir também no segmento de escritórios
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Em entrevista ao jornal CONSTRUIR, Aniceto Viegas, director-geral da Avenue, fala sobre os projectos da empresa. Consciente do optimismo que o sector está a atravessar, este responsável considera que o crescimento do imobiliário tem que ser sustentado.
O core business da Avenue é, essencialmente, a reabilitação para habitação, mas também tem projectos com construção nova. Como se posicionam no mercado neste sentido?
Até ao momento, todos os nossos projectos, já finalizados ou em curso, resultam de um trabalho de reabilitação de edifícios históricos para habitação. No entanto, dado o nível de intervenção de alguns deles, nos quais apenas preservamos a fachada, podemos considerar que também promovemos a construção nova. Mas, até ao momento, não temos nenhum projeto de construção nova de raiz.
Além da habitação ponderam investir noutros segmentos?
O segmento da habitação tem sido o nosso foco nestes primeiros anos de actividade, em resposta à procura. No entanto, o segmento de escritórios também representa uma oportunidade de negócio à qual estamos atentos e no qual prevemos investir num futuro próximo.
Até ao momento qual o montante investido nos projectos que já desenvolveram?
O orçamento da AVENUE para o primeiro triénio de actividade, 2015 a 2017, foi de 100 milhões de euros de capitais próprios do accionista, 75% deste montante foi investido nos vários projectos que temos em curso – Liberdade 203 (o primeiro projecto a ser finalizado), o Liberdade 40, o 266 Liberdade, o Orpheu XI, o The Cordon e o The Mulberry Hill, em Lisboa, e o Aliados 107, no Porto.
Qual o orçamento previsto para 2018?
Para o próximo triénio, 2018 a 2020, prevemos investir um valor semelhante, na ordem dos 100 milhões de euros. Este valor poderá ser aumentado, em função das oportunidades que serão identificadas no mercado no período referido.
Quais os projectos actualmente em desenvolvimento?
Neste momento temos em desenvolvimento seis projectos em diferentes fases, quer construção, comercialização ou licenciamento: Liberdade 40, o 266 Liberdade, o Orpheu XI, o The Cordon e o The Mulberry Hill, em Lisboa, e o Aliados 107, no Porto.
Deram início à comercialização do The Cordon. Algum outro que prevejam também dar inicio a curto prazo?
Até ao final do ano contamos dar início à comercialização de um outro projecto em Lisboa, situado na Artilharia I, o Mulberry Hill, cujo projecto arquitectónico é da responsabilidade do arquitecto Frederico Valssasina.
Como analisam actualmente o mercado imobiliário tendo em conta o boom de reabilitação que tem surgido?
O sector imobiliário vive por ciclos e neste momento estamos a viver uma fase favorável, muito dinâmica. Depois de alguns anos de estagnação ao nível da construção nova ou reabilitação, o optimismo está instalado, os novos projectos surgem diariamente e o investimento com retorno em imobiliário é novamente uma boa aposta. O mercado tem vindo a valorizar nos últimos anos, nota-se uma procura equilibrada tanto por investidores estrangeiros quer por investidores nacionais, o que é positivo. Mas, é importante não esquecer que este crescimento tem que ser sustentado e que a atual fase que estamos a viver tem de ser preservada.
Consideram que no âmbito da reabilitação há ainda muito espaço para crescer?
Muito tem sido feito nos últimos três a quatro anos, mas muito mais há ainda por fazer. O boom turístico, a nova lei do arrendamento, a estabilidade que vivemos actualmente têm contribuído para este fenómeno, e é importante que se mantenham estes pressupostos para que os investidores reforcem a confiança e investimento em Portugal. Ao passearmos pelas principais ruas das cidades de Lisboa ou Porto percebemos a diferença. Existem artérias que estão totalmente reabilitadas e novamente habitadas, o que tem permitido devolver a vida e alma a estas cidades. Este optimismo que sentimos é corroborado diariamente com as notícias que vemos sobre novos projectos, novos investimentos, um pouco por todo o Portugal
Caixa
Os projectos:
Orpheu XI – Em fase de obra e em comercialização. Investimento total de aproximadamente 12 milhões de euros. Projecto de Arquitectura: Frederico Valssasina;
Liberdade 40 – Em fase de obra e 100% comercializado. Serão investidos aproximadamente 15 milhões de euros. Projecto de Arquitectura: Contacto Atlântico;
Aliados 107 – Em fase de obra e prevê-se que esteja concluída em Janeiro de 2018. Encontra-se em comercialização. No total deverão ser investidos cerca de 20 milhões de euros. Projecto de Arquitectura: Arnaldo Brito;
Liberdade 203 – Projecto concluído e 100% comercializado. Actualmente, na fase de escrituras. No total foram investidos cerca 60 milhões de euro. Projecto de Arquitectura: Frederico Valssasina;
266 Liberdade – Em processo de licenciamento. Foram investidos 20 milhões na compra do edifício. Projecto de Arquitectura. Contacto Atlântico;
Mulberry Hill – Irá iniciar em breve a comercialização. O investimento feito na aquisição Mulberry Hill do edifício foi superior a 6 milhões de euros. Projecto de Arquitectura: Frederico Valssasina.