Architects@Wicanders reúne arquitectos de 16 nacionalidades no Porto
A iniciativa da Amorim Revestimentos com curadoria do arquitecto Nuno Grande teve entre os seus objectivos, o de promover a credibilização da cortiça, do Porto e de Portugal
Ana Rita Sevilha
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50 arquitectos, 16 nacionalidades, um leque de oradores que se estendeu do lado técnico ao criativo e um roteiro pelas mais incríveis obras de arquitectura do Porto, assinadas por três Prémios Pritzker. Estes foram os ingredientes do primeiro Architects@Wicanders, uma iniciativa da Amorim Revestimentos, organizada com a curadoria do arquitecto Nuno Grande, que teve como propósitos alargar o conhecimento do potencial dos pavimentos com incorporação de cortiça, criar um fórum de discussão e partilha e ainda promover a credibilização da cortiça, do Porto e de Portugal.
Entre a sede da Amorim Revestimentos e a cidade do Porto, durante dois dias – 11 e 12 de Setembro -, o programa foi amplo e desenvolveu-se em torno de três painéis principais: “Jornada pela Wicanders” – com a apresentação da marca premium de pavimentos da Amorim Revestimentos (Hydrocork), incluindo portefólio, obras de referência e vectores diferenciadores deste tipo de pavimentos; “Jornada pela Cortiça” – onde se falou sobre a Importância do material no desempenho técnico dos pavimentos e as suas características de sustentabilidade; e “Jornada pela Arquitectura Contemporânea do Porto”, guiada por Nuno Grande, que levou todos os participantes a obras de referência, nomeadamente a Casa das Artes, primeira obra pública de Eduardo Souto Moura, e o Edifício Burgo, umas das obras mais recentes do mesmo arquitecto. Bem como as duas obras notáveis de Álvaro Siza Vieira: a Piscina das Marés e a Casa de Chá da Boa Nova, em Leça da Palmeira. O programa abrangeu também a visita à Casa da Música, de Rem Koolhaas, e a Fundação de Serralves, de Álvaro Siza Vieira.
Guta Moura Guedes e Miguel Arruda foram dois dos oradores que apresentaram as potencialidades do material em peças específicas, atestando a versatilidade do mesmo através da apresentação dos mais variados projectos, do design, à escultura, passando, obviamente, pela arquitectura.
Em declarações ao CONSTRUIR, Pedro Maria Pinho, Director de Marketing da Amorim Revestimentos e líder da equipa que organizou o evento, explicou que o Programa surgiu na sequência de, em conversa com vários arquitectos, terem percebido a importância dos fóruns de discussão e da partilha de experiências. “No fundo, conjugámos o nosso interesse em divulgar a nossa mensagem com a necessidade deles de poderem, nestes dois dias, trocar ideias e experiências, bem como partilhar projectos, com pessoas que embora não conheçam, têm interesses comuns”.
Sobre a escolha dos oradores, Pedro Maria Pinho explicou que o objectivo foi o de “partilhar aquilo que somos e para isso tivemos oradores internos do Grupo Amorim”, mas também “apresentar a nossa visão ao nível da arquitectura, trazendo arquitectos autores de projectos em que foram utilizados os nossos produtos, para que mostrem a versatilidade e a importância que podem ter nos mais diversos ambientes”.
Com uma implementação forte no Norte da Europa, “provavelmente pela maior preocupação com a sustentabilidade e por ser um produto de tacto e visual acolhedor e quente”, Portugal também se tem vindo a deixar seduzir, principalmente pelo novo produto, o Hydrocork – o primeiro pavimento de cortiça totalmente à prova de água e cujas características o tornam ideal para projectos de renovação.
“A aceitação tem sido excelente, o Hydrocork tem sido muito procurado para projectos de reabilitação e entre eles com particular incidência na hotelaria”, sublinhou o Director de Marketing da Amorim Revestimentos.
Ao CONSTRUIR, António Rios de Amorim, Presidente da Corticeira Amorim, garantiu que o Architects@Wicanders cumpriu os três grandes objectivos inicialmente preconizados. “O primeiro foi dar a conhecer a cortiça – um material fantástico e único mas relativamente pouco conhecido no mundo -, a líderes de opinião de dezasseis países, sendo nossa missão como líderes desta indústria e desta empresa, dar a conhecer o material, neste caso específico como revestimento para pavimentos; o segundo foi o de criar um fórum de networking, potenciando a troca de experiências e as visões sobre as diferentes possibilidades de utilização da cortiça; e o terceiro, utilizar as nossas melhores referências na arquitectura e as suas obras mais antigas, como uma forma de credibilizar a cortiça, o Porto e Portugal”.
Ao longo dos dois dias o Presidente da Corticeira Amorim constatou que “os arquitectos mostraram interesse em aprofundar o conhecimento sobre esta matéria-prima e ficaram surpreendidos com a qualidade dos produtos, designadamente do novo pavimento Hydrocork”.
Ao CONSTRUIR, António Rios de Amorim referiu ainda que “o evento permitiu criar um capital de conhecimento que vai servir muito de futuro, porque o nosso objectivo é converter estes 50 arquitectos em embaixadores da cortiça”.
Para Nuno Grande, que liderou o painel “Jornada pela Arquitectura Contemporânea do Porto”, o evento revelou-se “muito interessante”, nomeadamente por transformar “uma iniciativa de índole empresarial num evento de índole cultural”.
“A cortiça possui uma forte ligação a Portugal e à tradição da indústria nacional, o que fez com que este evento tenha ultrapassado a apresentação de produto e tenha estabelecido uma ligação genuína com diferentes geografias e culturas”. Segundo o arquitecto, “uma componente obtida graças à excelente combinação entre as palestras e as visitas às diferentes obras arquitectónicas que complementaram o programa.”
À margem do evento, o Presidente da Corticeira Amorim falou ao CONSTRUIR sobre o futuro, garantindo que podemos esperar “muito mais inovação”. “Pretendemos claramente fazer com que os nossos produtos se tornem não só de nicho, mas que sejam considerados por um público alvo maior. Para isso, temos um aumento de capacidade de produção em marcha e a partir deste novo conceito de produto que é o Hydrocork podemos desenvolver muitíssimo mais todo o portfólio de produtos que temos”. “Sabemos que temos características absolutamente únicas só que pouca gente pensa no nosso material quando está a prescrever uma obra. Com este evento tentámos atalhar caminho nessa matéria”.