Arquitectos vão pensar a pedra portuguesa na Bienal de Veneza
Álvaro Siza, Amanda Levete, Alejandro Aravena, Bijoy Jain e Mia Hägg foram os cinco arquitectos desafiados pela experimentadesign a a explorar as características fisico-mecânicas de uma selecção de mármores e calcários portugueses
Ana Rita Sevilha
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RESISTANCE marca o início do programa PRIMEIRA PEDRA, dando especial enfoque à enorme resistência de determinadas pedras portuguesas como factor diferenciador no projecto. O seu desenvolvimento divide-se em duas fases, com duas apresentações internacionais distintas, sendo a primeira na 15ª Exposição Internacional de Arquitectura da Bienal de Veneza, inaugurando já dia 25 de Maio, com projectos do português, e representante oficial de Portugal, Álvaro Siza; da britânica Amanda Levete; do estúdio chileno Elemental, dirigido por Alejandro Aravena; do indiano Bijoy Jain, director do Studio Mumbai; e da sueca Mia Hägg.
Segundo a experimentadesign, os cinco arquitectos foram desafiados a explorar as características fisico-mecânicas de uma selecção de mármores e calcários portugueses durante esta fase. As pedras escolhidas para iniciar o projecto são o mármore e o calcário portugueses. Os mármores seleccionados são originários de uma única região do país, o Alentejo, e na sua maioria provenientes do Anticlinal de Estremoz, um dos principais centros mundiais de extracção de mármores. Os calcários usados no projecto vêm da região centro de Portugal.
A experimentadesign recorda que “a ideia de resistência está também presente no texto curatorial de Alejandro Aravena para a Bienal de Veneza, principalmente quando fala da necessidade de expandir os territórios de actuação da arquitectura, através da criatividade e do bom senso, adoptando novas perspectivas, sejam elas em que campo forem, como forma de combater uma certa banalização e redução da qualidade visíveis em tantas frentes na arquitectura contemporânea”.
É também neste sentido que, sublinha a mesma fonte, o desafio lançado solicita “um forte empenho na dimensão criativa e na capacidade de inovar, de criar propostas diferentes. Ou porque os projectos trazem um novo valor acrescentado à sociedade ou porque exploram a matéria – o mármore e o calcário – de um modo inovador”. Os projectos propostos são equipamentos utilitários, de uso público ou comunitário em contexto urbano, e estão dentro da escala do mobiliário.
Na segunda fase de projecto consolidam-se ideias, desenvolvendo os conceitos propostos na primeira fase pelos cinco arquitectos. Um novo grupo de sete arquitectos junta-se ao anterior, trabalhando em novos projectos, utilizando outros tipos de pedras portuguesas, com semelhante grau de resistência técnica. Esta fase será apresentada durante a Art Basel em Junho de 2017.
Recorde-se que o projecto PRIMEIRA PEDRA, tem como objectivo internacionalizar a pedra portuguesa e sensibilizar para as suas especificidades e para a indústria que lhe está associada. O projecto, financiado através do Sistema de Apoio a Acções Colectivas – Internacionalização Compete 2020, “é ambicioso e de design estratégico elaborado”, como frisou Guta Moura Guedes na apresentação do mesmo, tem 18 meses para acontecer e concilia industria, design e arquitectura, através do desenvolvimento de novas aplicações da pedra portuguesa e indo ao encontro da inovação em algumas frentes deste cluster. A experimentadesign é a responsável pela estratégia de posicionamento e comunicação do cluster da pedra portuguesa, liderado pela Assimagra.
fotografia: Pedro Sadio