Actividade na construção caiu 9,4% em 2011
A DBK estima que, no final deste ano, se assista a uma descida nominal da actividade no sector de cerca de 9%
Pedro Cristino
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O Estudo Sectorial DBK sobre o sector da construção conclui que, no ano passado, “acentuou-se a deterioração da actividade” na construção em Portugal, com uma descida de 9,4% na produção.
No seu comunicado de imprensa, a consultora acrescenta que, no biénio 2012-2013 “manter-se-á a tendência de baixa, não se esperando uma recuperação antes de 2014”.
A DBK explica que, na contracção de 9,4%, em termos reais, destaca-se a quebra de 17% no segmento residencial. “Em valores correntes, a produção situou-se nos 16.057 milhões de euros, menos 6,7% do que no ano anterior”, explica a empresa, referindo que o segmento de engenharia civil foi o que verificou uma quebra menor, de 2,2% em termos nominais, “aproximando-se dos 7.700 milhões de euros”.
O pior comportamento corresponde ao segmento da construção de edifícios, que registou uma descida nominal de 10,5%, devido à performance da construção residencial que, com uma produção de 4.326 milhões de euros reduziu a sua quota em 26,9% sobre o total.
Por sua vez, a produção na construção de edifícios públicos aumentou 4% durante o ano transacto, “destacando-se o dinamismo das obras de modernização e ampliação do parque escolar”. Já a actividade no segmento da construção não residencial privada evoluiu “no sentido oposto, registando uma descida de 11,4%”.
De acordo com a consultora, “a reactividação do investimento em alguns dos mercados externos nos quais as construtoras portuguesas operam permitiu que a facturação no estrangeiro crescesse significativamente em 2011, atingindo cerca de 4.500 milhões de euros”.
O ano passado foi também testemunha de uma redução do número de empresas com actividade neste sector. Neste sentido, as empresas detentoras de alvará passaram de 23.859, em Dezembro de 2010, para 23.555 no mesmo mês de 2011, uma tendência que se “acentuou nos primeiros meses de 2012, e que representou uma descida de 1,3%”.
A DBK estima que, no final deste ano, se assista a uma descida nominal da actividade no sector de cerca de 9%. “A quebra no número de licenças concedidas para a construção de novos fogos verificada em 2011 e nos primeiros meses de 2012 permite antecipar uma contracção significativa da actividade no mercado da construção residencial”, explica a consultora.
De acordo com a informação avançada pela DBK, a actividade das obras de engenharia civil será penalizada “pelos ajustamentos orçamentais da administração pública” e assistir-se-á, “a curto e médio prazo”, à intensificação da tendência de internacionalização do sector, na medida em que “o défice de infra-estruturas em países em desenvolvimento constitui uma oportunidade para as construtoras portugueas”.