FEPICOP fala em sufoco às empresas pelos atrasos nos pagamentos e problemas de acesso a crédito
O pessimismo dos empresários acentuou-se (-15% no trimestre terminado em Julho), o número de desempregados oriundos do Sector inscritos nos centros de emprego acendia a 70,8 mil em Junho, representando 14,7% do total de desempregados

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“O persistente atraso nos pagamentos de que são credoras e as crescentes dificuldades de acesso ao crédito bancário estão a sufocar as empresas do sector da Construção”. A garantia foi dada esta quarta-feira pela Federação Portuguesa da Indústria da Construção e Obras Públicas (FEPICOP) que na análise de conjuntura de Agosto sublinha também que “a estes constrangimentos, acrescem os problemas associados à procura, também eles agravados pelas restrições impostas pelas instituições financeiras aos empréstimos para a aquisição de habitação, e a falta de investimento dirigida ao Sector, em parte devida à inexistência de medidas políticas que abram alternativas capazes de travar a queda da carteira de encomendas das construtoras e do desemprego”. Na análise , a Federação, que recorreu a dados veiculados pelo Banco de Portugal, garante que a tendência é para o agravamento da situação, “seja pela deterioração nas condições de acesso dos próprios bancos ao financiamento, seja pelo aumento do custo do capital ou ainda por maiores exigências ao nível da liquidez das entidades bancárias, o facto é que a concessão de crédito à economia é agora menor e, segundo as perspectivas dos próprios bancos, a restrição na concessão de crédito vai ainda aumentar, de forma expressiva nalguns casos, nos próximos meses”.
Menos crédito e mais incobrável
Num quadro em que o crédito às construtoras caiu 3,4%, entre os primeiros cinco meses de 2010 e o mesmo período de 2011, e a parcela do mesmo classificado como sendo de cobrança duvidosa cresceu de 6,9% para 8,9%, e em que o montante do crédito concedido a particulares para compra de casa baixou, até Maio último, 34%, os indicadores de conjuntura utilizados pela FEPICOP acusam as dificuldades vividas pelas empresas. O pessimismo dos empresários acentuou-se (-15% no trimestre terminado em Julho), o número de desempregados oriundos do Sector inscritos nos centros de emprego acendia a 70,8 mil em Junho, representando 14,7% do total de desempregados, e o consumo de cimento registou o nível mais baixo desde 1991, tendo caído 12,7% nos primeiros seis meses do ano. Por outro lado, entre os meses de Junho de 2010 e 2011, também o licenciamento de fogos novos para habitação caiu 31%, o que permite “avaliar as grandes dificuldades sentidas no mercado residencial”, salienta a FEPICOP.