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Lusa
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O número de fogos licenciados para habitação cairá este ano para o valor mais baixo desde que há estatísticas e é ainda “difícil descortinar a luz ao fundo do túnel”, alertou a Associação de Empresas de Construção e Obras Públicas (AECOPS).
“No final do ano, o total de fogos para habitação licenciados rondará os 23.500 o que, a confirmar-se, será o número mais baixo de sempre desde que existe esta série do INE (1994) e desde que a AECOPS tem registo”, afirmou o director-geral daquela associação em declarações à agência Lusa.
Paes Afonso comentava assim os indicadores divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) relativos às obras licenciadas e concluídas no 2.º trimestre deste ano, que dão conta de uma quebra de 12,9 por cento nos edifícios licenciados, para 7,1 mil, face ao mesmo período de 2009.
Sem manifestar qualquer surpresa com a quebra registada nos edifícios licenciados, o responsável da AECOPS afirmou que “inscreve-se dentro da tendência muito negativa que se vem registando há muito tempo no que diz respeito à habitação”.
“Este decréscimo é sistemático e vem já desde 2002. Todos os anos tem-se registado uma redução do número de licenças, num reflexo da crise económica, e estamos, neste momento, nos valores mais baixos desde que o INE publica estes dados”, afirmou.
Segundo salientou Paes Afonso, “esta quebra é maior no mercado de imóveis para habitação”, mas “desde 2008 também se verifica uma quebra significativa nos edifícios não residenciais”.
“As razões para isto têm a ver com o enquadramento macroeconómico e com a quebra da confiança dos consumidores e, infelizmente, é difícil descortinar a luz ao fundo do túnel”, sustentou.
De acordo com o director-geral, no caso da habitação a actual situação resulta também “do paradigma que esteve em vigor na sociedade portuguesa, que era a lógica de que o que importava era que os portugueses comprassem casa, pelo que estava tudo orientado para o mercado de compra e venda”.
“Há muito tempo que se discute o problema da inexistência do mercado de arrendamento, o que conduz a uma situação absolutamente paradoxal em que houve uma grande expansão das malhas urbanas para fora dos centros, porque as pessoas precisam de casa para habitação, e os ‘stocks’ [de imóveis] existentes nos grandes centros urbanos ficaram vazios”, disse.
Os edifícios licenciados no 2.º trimestre caíram 12,9 por cento face a 2009 e os edifícios concluídos aumentaram 3,7 por cento, mantendo-se “a trajetória descendente dos últimos trimestres, embora com menor amplitude nas variações negativas”, anunciou o INE.
Segundo os indicadores do INE relativos ao sector da construção em Portugal, de Abril a Junho foram licenciados 7,1 mil edifícios e concluídos 10,2 mil edifícios.
Face ao trimestre anterior, o número de edifícios licenciados registou um aumento de 1,5 por cento, enquanto que nos edifícios concluídos o instituto aponta para uma quebra de quatro por cento.