Economistas da Católica antecipam “oscilações importantes” no crescimento de 2010
“O resultado do primeiro trimestre deve ser encarado com bastante prudência como indicador do ritmo de recuperação”, considera o Núcleo de Estudos de Conjuntura sobre a Economia Portuguesa (NECEP)
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O desempenho da economia deverá, em 2010, conhecer “oscilações importantes, pelo que o resultado do primeiro trimestre deve ser encarado com bastante prudência como indicador do ritmo de recuperação”, considera o Núcleo de Estudos de Conjuntura sobre a Economia Portuguesa (NECEP).
O crescimento de um por cento nos primeiros três meses deste ano, diz a unidade da Universidade Católica coordenada por João Borges de Assunção, deve ser olhado com prudência, que “adquire mais força com o agravamento recente do contexto orçamental e também com o desempenho, ainda modesto, da economia europeia”, que acelerou 0,2 por cento no primeiro trimestre face à estagnação do último trimestre do ano passado.
Estes valores, sublinha o comentário, “confirmam a trajectória de melhoria relativa da situação económica, que se verifica desde meados de 2009”.
A análise feita trimestralmente às contas nacionais pela equipa de economistas do NECEP “confirma que o crescimento observado no início de 2010 superou de forma muito significativa a dinâmica recente do produto interno bruto (PIB), sugerindo uma aceleração no ritmo de recuperação da economia”, mas salienta que “há aspectos que relativizam esta leitura positiva”.
Entre eles, os economistas liderados por João Borges Assunção sublinham que o crescimento de 1,7 por cento face ao período homólogo, o primeiro desde o terceiro trimestre de 2008, assentou em “algumas variáveis, nomeadamente as vendas de automóveis, que terão influenciado de forma decisiva este crescimento do PIB”.
A economia portuguesa cresceu 1,7 por cento no primeiro trimestre do ano em relação ao período homólogo e avançou 1 por cento face aos três meses anteriores, segundo dados hoje divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Este desempenho ficou bem acima das previsões dos analistas ouvidos pela Lusa, que esperavam uma evolução do PIB nos primeiros três meses do ano, com a recuperação de todos os sectores, à excepção da construção, mas não superior aos 0,4 por cento em cadeia.
No quarto trimestre de 2009, o PIB tinha diminuído 1 por cento em termos homólogos e recuado 0,2 por cento em cadeia. De acordo com a estimativa rápida do INE, em termos homólogos o primeiro trimestre de 2010 esteve “parcialmente associado a um efeito de base”, uma vez que o PIB no primeiro trimestre de 2009 diminuiu 3,7 por cento. Verificou-se ainda uma “melhoria dos contributos da procura interna e da procura externa líquida, mais intensa no primeiro caso”, acrescenta.
De acordo com o INE, esta estimativa rápida incorpora revisões na informação base utilizada, destacando-se a inclusão das despesas de consumo final das administrações públicas implícitas no último procedimento dos défices excessivos. Inclui igualmente “os dados mais recentes para o comércio internacional de bens, nomeadamente ao nível dos deflatores, com impacto nas variações do PIB nos trimestres anteriormente disponibilizados”.