Manifesto aponta custos excessivos às energias eólica e fotovoltaica
“Nós não estamos contra as energias renováveis, o que nos concentrámos neste manifesto foi no excesso que está a haver com a energia eólica e com a energia eólica”, afirmou Mira Amaral
Pedro Cristino
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Os custos da aposta nas energias eólica e fotovoltaica são excessivos e acabarão por ser pagos pelos contribuintes, de acordo com um manifesto subscrito por um grupo de engenheiros, economistas e empresários.
“Nós não estamos contra as energias renováveis, o que nos concentrámos neste manifesto foi no excesso que está a haver com a energia eólica e com a energia fotovoltaica”, afirmou o engenheiro e ex-ministro da Indústria e Energia, Luís Mira Amaral à Lusa, na apresentação pública do manifesta na Associação Comercial de Lisboa.
Este documento critica a actual política energética portuguesa, apostada no incentivo às energias renováveis, e apresenta-se como ponto de partida para uma discussão em torno do assunto, não apresentando, contudo, alternativas ao modelo actual.
Mira Amaral alertou para o défice tarifário criado pelos elevados custos de produção das energias renováveis, uma vez que a energia é depois vendida à rede a preços “a excessivamente elevados”, sendo expectável, de acordo com o engenheiro, que a factura dos sobrecustos venha a ser paga nos próximos anos pelos consumidores.
“O valor do défice tarifário já atingiu os 2 mil milhões de euros. O Governo abateu uma parte, mas isto é uma bola de neve, que vai continuar a aumentar nos próximos anos”, referiu o ex-ministro, acrescentando que, se os consumidores não quiserem pagar, ou se o Governo achar demasiado elevado o preço das energias consumidas, a dívida pública será elevada.
“O que está aqui em causa é que, ou vamos pagar como consumidores, ou iremos depois pagar como contribuintes”, revelou.
Citando dados da Direcção Geral de Energia e Geologia referentes a 2008, o manifesto ressalva que, no quadro do consumo total de energia em Portugal, as renováveis representam apenas 2,11% do total, não contribuindo para combater a dependência energética externa.
Questionado sobre a opção pelo nuclear, Mira Amaral mencionou que todas as hipóteses devem estar em aberto, sublinhando que não devem ser admitidos condicionamentos à discussão.