Arquitectura

Eduardo Souto de Moura, Sergio Fernandez, Teresa Calix, Ana Sofia Silva e Carlos Machado juntos em apresentação de livro na FAUP

“Anonimato e Banalidade, Arquitectura Popular e Arquitectura Erudita na Segunda Metade do Século XX em Portugal”, corresponde à tese de Doutoramento de Carlos Machado, apresentado esta 4ª feira, às 18h30, no Auditório Fernando Távora

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Eduardo Souto de Moura, Sergio Fernandez, Teresa Calix, Ana Sofia Silva e Carlos Machado juntos em apresentação de livro na FAUP

“Anonimato e Banalidade, Arquitectura Popular e Arquitectura Erudita na Segunda Metade do Século XX em Portugal”, corresponde à tese de Doutoramento de Carlos Machado, apresentado esta 4ª feira, às 18h30, no Auditório Fernando Távora

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Eduardo Souto de Moura, Sergio Fernandez, Teresa Calix, Ana Sofia Silva e Carlos Machado são os convidados para apresentar o novo livro ‘Anonimato e Banalidade, Arquitectura Popular e Arquitectura Erudita na Segunda Metade do Século XX em Portugal’.  Da autoria de Carlos Machado, arquitecto, professor e investigador da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto (FAUP), o evento terá lugar esta quarta-feira, dia 30 de Março, às 18h30, no Auditório Fernando Távora.

Editado pela FAUPpublicações, o livro corresponde, no essencial, à Tese de Doutoramento de Carlos Machado apresentada na FAUP, com o mesmo título, orientada pelos professores Carlos Martí Arís (1948-2020) e Sergio Fernandez.

Nas palavras de Carlos Martí Arís, o autor aborda “um tema complexo e essencial”, ainda que “hoje bastante desconsiderado, inclusive ignorado, a saber: o estudo daqueles elementos que fazem da arquitectura uma arte colectiva que, para lá da sua dimensão pessoal, se transmite no decorrer do tempo e se desenvolve segundo uma tradição viva e continuamente renovada”.

Através do livro, o autor aplica este conceito de tradição à arquitectura portuguesa da segunda metade do século XX e analisa como casos exemplares o Mercado Municipal de Vila da Feira (1953-59), de Fernando Távora; Conjunto Habitacional da Bouça, SAAL (1973-77), de Álvaro Siza; Pólo da Mitra – Universidade de Évora (1990-96), de Vítor Figueiredo; e Casas-pátio em Matosinhos e na Senhora da Hora (1993-98 e 1995), de Eduardo Souto de Moura.

Carlos Machado concluiu o curso de Arquitectura na Escola Superior de Belas Artes do Porto em 1987 e o Doutoramento em Arquitectura pela Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto em 2006, com uma tese dedicada à Arquitectura Portuguesa Contemporânea. É docente da FAUP desde 1988. Desenvolve projectos de arquitectura como profissional liberal a partir de 1983 e foi colaborador no escritório do arquitecto Eduardo Souto de Moura em 1990/91.

Participou em congressos e ciclos de conferências sobre arquitectura e fotografia de arquitectura. Foi um dos organizadores do Ciclo de Conferências Discursos de Arquitectura realizado na ESPAP em 1990/1. Publicou artigos sobre arquitectura e ensino da arquitectura em revistas, catálogos e monografias nacionais e internacionais. Enquanto Professor Auxiliar lecciona as Unidades Curriculares “História da Arquitectura Contemporânea” (MIArq) e “Teoria da Arquitectura Contemporânea” (PDA) na FAUP, instituição na qual desenvolve actividade como investigador.

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Castellana Properties adquire Forum Madeira; carteira acumulada atinge 1,7 MM€

A aquisição do centro comercial Forum Madeira por um total de 63,3 milhões de euros apresenta uma rentabilidade de entrada sobre o rendimento líquido operacional (NOI) de 9,5%, estando o fecho efectivo da mesma previsto para 30 de Abril

A Castellana Properties adquiriu o centro comercial Forum Madeira por um total de 63,3 milhões de euros à DWS. A transacção apresenta uma rentabilidade de entrada sobre o rendimento líquido operacional (NOI) de 9,5%, estando o fecho efectivo da mesma previsto para 30 de Abril.

Esta operação, que representa a quinta aquisição da empresa em Portugal desde a sua entrada em Outubro de 2024, reforça o compromisso da Castellana Properties, cotada em Espanha, com o mercado português e a sua estratégia de expansão e diversificação geográfica com activos importantes nas suas áreas de influência.

Incluindo agora o Forum Madeira, o valor da carteira (GAV) da Castellana Properties situa-se em torno dos 1.700 milhões de euros, com 21 activos.

Em Outubro de 2024, a Castellana iniciou a sua actividade em Portugal com a aquisição de três centros comerciais, o RioSul Shopping, LoureShopping e 8ª Avenida, numa operação avaliada em 176,5 milhões de euros. Mais recentemente, em Dezembro do ano passado, a empresa adicionou o Alegro Sintra à sua carteira, consolidando a sua posição no setor imobiliário comercial português.

“A incorporação do Forum Madeira no nosso portefólio reafirma o nosso caminho de crescimento e a aposta no mercado português. Este activo não só reforça a nossa estratégia de diversificação geográfica e expansão internacional, mas também reflecte a nossa visão a longo prazo e o nosso compromisso com um crescimento sólido e sustentável. Continuamos a apostar em mercados dinâmicos e promissores como o português, onde queremos continuar a gerar valor e construir o futuro”, considera Alfonso Brunet, CEO de Castellana Properties.

Desde a sua inauguração em 2005, o Forum Madeira tem-se consolidado como o principal destino de moda da ilha e conta com uma Área Bruta Locável (SBA) de 21.472 metros quadrados (m2) distribuída por três níveis, atraindo anualmente cerca de 5,4 milhões de visitas, das quais mais de 33% são de turistas internacionais.

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Em Oeiras faz-se “revolução” nos transportes

O relançamento do SATUO está em marcha e o projecto está agora numa fase decisiva. Nesta entrevista, Rui Rei, presidente da Parques Tejo explica o ponto de situação actual do projecto, as mudanças face ao plano original concebido nos anos 90 e como este sistema se integra agora numa visão mais ampla e outras soluções de transporte, como a LIOS e a BRT da A5

Os planos de reactivação do SATUO estão em marcha e, no papel, o projecto está pronto para avançar para o lançamento do concurso de concepção-construção, tão logo esteja resolvida a solução de financiamento. O custo do projecto deverá rondar os 100 a 110 milhões de euros, mas as contas não estão fechadas por precaução. Rui Rei, presidente da Parques Tejo, garante que “estamos a ser rigorosos e conservadores para garantir que, quando lançarmos o concurso, haja interessados, e que o concurso, uma vez lançado, não fique deserto”. O percurso com 9,7 km, inicia em Paço d’Arcos e terá 15 paragens até chegar à estação de Tercena-Massamá, fazendo a ligação com a linha de Sintra.
O novo SATUO é pensado num sistema de Bus Rapid Transit (BRT), e utilizará autocarros eléctricos que circularão por via dedicada, uma solução eficiente, com uma implementação mais rápida e com um custo mais reduzido, assegura Rui Rei.
Mas a “revolução” nos sistemas de transporte público do concelho tem outras frentes: a Linha Intermodal Ocidental Sustentável, cujos estudos estão em marcha acelerada e deverão resultar numa revisão do projecto que poderá agora ir até à Amadora e chegar a Lisboa via Reboleira/Colégio Militar, ao invés de Alcântara. Abandonando está também o uso de carris, sendo a nova versão também em autocarro em sítio próprio.
Numa outra vertente está a ser trabalhado o projecto de Bus Rapid Transit na A5. A auto-estrada que liga Lisboa a Cascais é o corredor ideal para a criação de um sistema de BRT, com o objectivo de criar uma alternativa sustentável aos movimentos pendulares que actualmente percorrem a A5 e que usam, na sua grande maioria o automóvel particular. Este projecto, ainda sem estudos que o suportem, será apresentado no final de Abril em conferência.

Rui Rei, presidente Parques Tejo

Qual é o ponto de situação actual do relançamento do projecto SATUO?
Terminámos todos os estudos, que já foram entregues à Câmara. Na verdade, esses estudos foram realizados em conjunto entre a Parques Tejo e a Câmara Municipal de Oeiras, que é a detentora do projecto e que tem defendido ao longo destes anos a necessidade deste projecto, que hoje conta também com o apoio de todas as entidades da Área Metropolitana de Lisboa e do Governo. Tanto a AML (Área Metropolitana de Lisboa), a TML (Transportes Metropolitanos de Lisboa) como o próprio Governo consideram este um projecto estratégico para a região, especialmente pela sua ligação entre Paço de Arcos e Sintra, atravessando pontos importantes do concelho de Oeiras e conectando-se à Linha de Sintra. Estes são factores geradores de emprego e, consequentemente, de muito tráfego e movimento. Com todos os estudos concluídos — como o estudo de inserção, a viabilidade dos viadutos existentes, a alteração do projecto e os estudos sísmicos — e entregues ao Governo, o que falta agora é garantir as condições de financiamento. Só assim o projecto poderá estar concluído entre o final de 2028 e 2029, dependendo da data em que recebamos luz verde para lançar o concurso de concepção e construção.

Quais são as maiores alterações entre o plano inicial, que não se chegou a concretizar, e o que se pretende implementar agora?
É preciso contextualizar o projecto. Porque é um projecto que nasceu no final dos anos 90 como algo inovador, chamado SATUO — Sistema Automático de Transporte Urbano de Oeiras. Na época, já se falava de transportes autónomos, e o SATU funcionava sem condutor, com programação e videovigilância para monitorização. Hoje, evoluímos para um sistema não ferroviário, que se adequa perfeitamente à oferta e à procura desta área. Esta solução custa menos de um terço do que custaria outro sistema, oferecendo previsibilidade, qualidade, conforto e segurança. Não temos nenhum problema com a solução adoptada, que é flexível e permite integração com a futuro BRT [Bus Rapid Transit na designação em inglês] da A5, com a LIOS, Linha Intermodal Ocidental Sustentável] (no outro lado do concelho), e até com variantes futuras como a VLN (Via Longitudinal Norte) e a VLIS (Via Longitudinal Sul).
A estratégia continua actual e adequada ao presente e ao futuro e será integrada na lógica dos Transportes Metropolitanos de Lisboa.

Esse era um dos problemas anteriores, não é? Era um sistema fora do sistema?
Sim, de Oeiras para a frente o SATUO não estava integrado no sistema metropolitano. Havia vários sistemas desconexos. Agora, todos os sistemas de transporte que estamos a desenvolver são parte integrante do sistema metropolitano. Quando falamos em criar um BRT, estamos a ampliar a oferta dos Transportes Metropolitanos de Lisboa, não a criar um subsistema isolado. Usamos autocarros com portas à direita, semelhantes aos convencionais, mas com um design que faz as pessoas pensarem num metro ligeiro de superfície — tudo isso a menos de um terço do custo de um LRT (Light Rail Transit). É uma solução adaptada à realidade local, sem exigir investimentos exorbitantes. Não há razão para não avançar com um projecto destes, que oferece um nível de serviço essencial à população de Oeiras, conectando parques de serviços e zonas habitacionais. Não podemos esquecer que Oeiras é a segunda maior economia do país, logo a seguir a Lisboa. É o único concelho da Área Metropolitana que não é apenas suburbano de Lisboa: tem tantos movimentos de Oeiras para Lisboa como de Lisboa para Oeiras. Para materializar isso na oferta de transportes públicos, precisamos de uma frequência que responda a essa necessidade. Caso contrário, as pessoas continuarão a usar o automóvel.

Os eixos estratégicos

Esta nova linha terá quantos quilómetros?
A linha tem 9,7 quilómetros e conta com 15 paragens, incluindo as três já existentes: Paço de Arcos, Tapada e a estação do centro comercial Oeiras Parque. Depois, temos paragens, por exemplo, em Lagoas Parque, Porto Salvo, Tagus Parque, uma intermédia entre o Tagus Parque e a estação da linha de Sintra (que será terminal), além de outras distribuídas ao longo do trajecto para servir empresas e populações. Precisamos de atender tanto as zonas empresariais como as residenciais de Oeiras. Paralelamente, no futuro, o BRT da A5 cruzará este sistema permitindo que haja uma ligação.

Estamos a falar do “cardinal” que condensa a visão estratégica dos transportes públicos do concelho?
Exactamente, interligações estratégicas e que compreende o SATUO e a LIOS, enquanto eixos longitudinais a ferrovia e o BRT da A5, com capilaridade para as restantes soluções. Se olharmos para este “cardinal” e para a distribuição dos transportes em Lisboa, percebemos que isto não é uma excentricidade: está tudo ligado. A LIOS ligará directamente ao centro de Lisboa, o BRT também, e o SATUO fará esta ligação longitudinal.

Mas para que isso funcione é preciso que tudo esteja pronto e a funcionar?
Exacto. Só assim conseguiremos uma solução de transportes que responda às necessidades das pessoas, permitindo-lhes deslocar-se de forma eficiente. É assim que atingiremos os nossos objectivos. Felizmente, o Governo partilha desta visão e considera o SATUO e a LIOS como prioridades, porque Oeiras tem sido historicamente preterida nas soluções de mobilidade da Área Metropolitana.

Sim, muitas linhas de BRT no país avançam lentamente e outrem nem avançam.
Não, não é bem assim. A Linha do Mondego, por exemplo, está praticamente a abrir e já funciona. O único BRT com problemas foi o do Porto, devido a questões no projecto e atrasos na encomenda dos autocarros. Braga também está a avançar. O caso do Porto ganhou mais destaque na comunicação social, mas o do Mondego está operacional. Depois de muitas indecisões — se seria com carris ou não —, tomaram a decisão certa, na minha opinião. Já visitei a solução duas vezes e acredito que será um sucesso para a região de Coimbra. É algo simples, ágil e económico, muito semelhante ao que defendemos aqui.

Portanto, o SATUO irá correr em canal dedicado.
Sim, sempre em canal dedicado, sem interferência de veículos automóveis. Isso garante comunidade, previsibilidade e conforto, permitindo cumprir horários. É a única forma de assegurarmos isso.

Os inconvenientes, financiamento e o lançamento do concurso

Numa zona com tanto tráfego, prevê que a construção do canal vá gerar constrangimentos?
Toda a obra gera constrangimentos, mas não serão extraordinários. Aqui na travessia da Avenida da Europa [junto ao centro comercial Oeiras Parque], por exemplo, construiremos como se faz um viaduto: o tráfego continuará a circular por baixo. Obras como as do Metro de Lisboa causam muito mais impacto. O maior viaduto será o que liga à estação de Tercena-Massamá, linha de Sintra, mas, em termos de engenharia, está tudo planeado. Serão cerca de cinco viadutos, que terão um custo estimado de 25 a 26 milhões de euros, dentro de um orçamento total de 100 a 110 milhões de euros.

Esse será o valor final da obra? Já está fechado?
Cerca de 100 milhões de euros, mas ainda não fechámos o valor exacto. Há muitos concursos públicos no país que estão a ficar desertos, porque há algum receio com os custos estimados. Por isso, estamos a ser rigorosos e conservadores para garantir que, quando lançarmos o concurso, haja interessados, e que o concurso não fique deserto. Queremos que a obra tenha interessados para que a possamos executar assim que tenhamos os fundos comunitários.

Que população será servida pelo SATUO?
Estimamos até 30 mil passageiros por dia, com dois terços da procura vindo de Sintra. Avaliámos tudo: desde os escritórios existentes, a ampliação dos parques empresariais, a segunda fase do Tagus Park, os futuros projectos de habitação e serviços ao longo de todo o eixo. Só assim conseguimos prever o aumento da população e aumento do número de passageiros.

O que falta para lançar o concurso de concepção construção?
Está tudo pronto. Falta apenas o Governo formalizar o financiamento. Com luz verde até ao Verão, lançaríamos o concurso ainda este ano, 2026 adjudicaríamos e iniciaríamos a obra, que duraria cerca de dois anos, terminando em 2028 e entrando em operação em 2029.

As eleições atrasaram o calendário previsto.
Obviamente, mas ainda na semana passada, o Primeiro-Ministro e o ministro das Infraestruturas reforçaram que o SATU, o LIOS e a quarta travessia do Tejo em Algés são prioridades. [durante a apresentação do Parque Cidades Tejo]

LIOS: de projecto esquecido a projecto essencial

E este é um dos projectos que está na estratégia do Concelho.
Oeiras planeia a 30 ou 40 anos. Este projecto, por exemplo, está no Plano de Mobilidade Sustentável do concelho. A Parques Tejo apenas executa a estratégia da Câmara. Além desta linha, também estamos a trabalhar na LIOS, em parceria com a Câmara de Oeiras, a Câmara de Lisboa, a Câmara da Amadora, porque uma parte da LIOS pode chegar à Amadora, com a Carris, e outros parceiros.

Qual é o ponto de situação da LIOS?
Está a avançar a bom ritmo. Há seis ou sete meses, a situação era diferente, mas hoje temos uma parceria sólida com a CARRIS, a Câmara de Lisboa, a TML e a Câmara da Amadora. Estamos a fechar os estudos e a preparar uma solução ligeiramente diferente da original, mas que servirá bem Oeiras, Lisboa e Amadora. Será revolucionário: imagine sair de Algés, Linda-a-Velha ou Miraflores e estar no centro de Lisboa em 10 ou 15 minutos. Será uma solução absolutamente transformadora. É a mesma coisa que estar na Avenida da República e apanhar o metro para o Rossio. Você sabe quanto tempo irá demorar. Aqui será a mesma coisa. As pessoas saem de casa em Miraflores e sabem que daí a 10 minutos estão no centro de Lisboa

Qual o investimento previsto?
O investimento previsto é de cerca de 150 milhões de euros, tem financiamento, a LIOS deverá estar concluída até 2030, em canal dedicado com autocarros, mas adaptável a outras soluções no futuro.

Quais são os próximos passos para a LIOS?
É preciso concluirmos todos os estudos. Uma boa parte dos estudos em Oeiras estarão concluídos na primeira ou segunda semana de Abril. Incluindo uma parte do estudo de tráfego que nos faltava, e que é importante para percebermos a forma de inserir o traçado em sítio próprio, porque partimos de uma zona densamente povoada, Algés, e estamos a fechar esse processo. Lisboa também tem a sua parte já feita. Iremos fechar este processo com o chamado programa base.
A LIOS tem duas opções em estudo: Algés-Reboleira e depois tem outra ligação via Alto do Duque a Alcântara. Mais do que esta última, consideramos vital para Oeiras a ligação ao Colégio Militar. A que está mais avançada em termos de estudo é o projecto original via Alcântara, mas rapidamente estará tudo ao mesmo nível.
A CARRIS, que é quem lidera este processo, deverá lançará em Abril o concurso para o programa base, que definirá o projecto. Depois, virá o concurso de concepção e construção. O projecto tem alguns atrasos, mas temos aqui uma folga até 2030.

Qual é o papel da Parques Tejo no desenvolvimento destes projectos?
A Parques Tejo gere a mobilidade em Oeiras. Há três anos, era focada em estacionamento, mas hoje virou-se para a mobilidade e sustentabilidade. O estacionamento é a base — sem ele, não há mobilidade —, mas usamo-lo para alavancar projectos como o SATU e o LIOS. Somos um instrumento da Câmara, que detém 100% da empresa, e trabalhamos com parceiros internos e externos para executar a estratégia municipal.

Sobre o autorManuela Sousa Guerreiro

Manuela Sousa Guerreiro

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Governo apresenta projecto de cidade que transformará as cidades na AML

Montenegro apresenta projecto “que pretende transformar o arco ribeirinho numa grande metrópole, em que o rio funciona como elo de ligação dos territórios em vez de os separar”, contempla cerca de 4500 hectares de área de intervenção urbanística e infraestruturas

Pouco mais se sabe do que o conceito teórico, mas os dados conhecidos até agora do designado Parque Cidades do Tejo representam, seguramente, uma das maiores operações urbanísticas dos tempos modernos. Maior que o Eixo do Arco Ribeirinho Sul que António Costa, então primeiro-ministro, apresentou há aproximadamente dois anos.
Desta feita, numa sessão presidida por Luís Montenegro, o Governo apresentou aos presidentes dos 18 municípios da Área Metropolitana de Lisboa (AML) – e ao presidente da Câmara de Benavente-, o Parque Cidades do Tejo, um projecto que, segundo o executivo, “pretende transformar o arco ribeirinho numa grande metrópole em que o rio funciona como elo de ligação dos territórios em vez de os separar”.

De acordo com a proposta agora apresentada, falamos de duas margens centradas no Tejo e quatro projectos de âmbito nacional que se traduzirão numa operação única, de coordenação centralizada, em cooperação com o Estado Central e os Municípios directamente envolvidos. Ao todo, são 4 500 hectares de área de intervenção urbanística e infraestruturas, o equivalente a 55 vezes a Parque Expo, onde se prevê a construção de mais de 25 mil habitações.

Requalificação e regeneração
Nos quatro eixos – Arco Ribeirinho Sul, Ocean Campus, Aeroporto Humberto Delgado e Cidade Aeroportuária – “requalificam-se e regeneram-se territórios, fomenta-se cidades em rede e promove-se a economia circular, a habitação, o emprego e o aumento dos transportes públicos através do reforço das infraestruturas”. Na apresentação, o Governo explica que os novos equipamentos “darão uso, vida e futuro a terrenos públicos nas margens do Tejo que há muitos anos estão totalmente desaproveitados”. O Parque Cidades do Tejo integra também espaços habitacionais, de lazer, de investigação e de cultura, como a Ópera Tejo, um Centro de Congressos Internacional e a Cidade Aeroportuária. Ao nível de infraestruturas, estão previstas duas novas travessias do Tejo: a Terceira Travessia do Tejo (TTT) e o túnel Algés-Trafaria; um aeroporto único de cariz expansível, com capacidade para mais de 100 milhões de passageiros e investimento na ferrovia de alta velocidade. Estima-se que estes investimentos criem mais de 200 mil postos de trabalho.

O projecto contempla 1 10 000 m2 destinados a equipamentos e 2 500 000 m2 a actividades económicas, sem ter em conta o espaço da Cidade Aeroportuária. Pretende-se aumentar a quota modal de transporte público de 24% para 35%, e para isso, será importante o reforço do investimento de mais 3,8 mil milhões de euros – sendo que o apoio ao transporte público e à política tarifária se prevê de 328 milhões de euros/ano. Na AML vive mais de um quarto da população total do País – 28% da população nacional e 48% da população activa. É também aqui que se prevê um aumento de 7% de habitantes até 2080. Além da reabilitação de terrenos, de criar soluções de mobilidade – tendo em conta, nomeadamente a construção da nova cidade aeroportuária (Benavente e Montijo) – é necessário criar ofertas habitacionais que respondam às necessidades da população. A Parque Cidades do Tejo – interligada em quatro eixos – pretende assim equilibrar a densidade urbana e concretizar políticas públicas de habitação. Ao mesmo tempo, reduz o tempo gasto entre casa e o trabalho e cria emprego qualificado com o reforço de infraestruturas, aumenta rede de transportes e promove a transferência modal, beneficiando a qualidade de vida de quem habita ou trabalha nesta região.

A proposta agora conhecida nasce depois de uma miríade de outros (inúmeros) projectos desenhados ou, pelo menos, pensados, sobretudo para a baía do Tejo. Em Março de 2023, o primeiro-ministro António Costa apresentava, no final do Conselho de Ministros, os trabalhos da regeneração e selagem de solos contaminados, da infraestruturação do território com a expansão do transporte público, em especial do metro do sul do Tejo, da instalação de um novo terminal fluvial na Moita e da construção do passeio ribeirinho de 38 quilómetros entre Alcochete e Almada. O líder do executivo acrescentou, na altura, que era fundamental que a região voltasse “a ser uma fortíssima área de actividade económica, geradora de emprego qualificado, já não com as indústrias do passado mas com as do futuro, com os serviços do presente e do futuro”. “Às vezes os projectos levam tempo, mas o mais importante de tudo na política é sermos persistentes», afirmou, elogiando os presidentes de câmaras da margem sul do Tejo «por se terem unido e desbloqueado» vários projectos”, referiu António Costa. Mas não foi o único. Em 2019 era apresentada a “Cidade da Água”.

O projecto de requalificação da Margueira, onde funcionaram os antigos estaleiros navais da Lisnave, naquela que era, então, “a maior intervenção de requalificação urbana em Portugal após a Expo-98”. A ‘Cidade da Água’ tinha prevista uma área de construção de 630.000 m2 e, além do parque habitacional, estava prevista a instalação de um hotel, uma marina, um terminal fluvial de passageiros, um museu e um centro de congressos, ligados entre si por praças e canais, dando origem a um conjunto de espaços públicos únicos.

Parque Cidades do Tejo em números

Eixo Arco Ribeirinho Sul (Almada, Seixal e Barreiro)
• 519 hectares de área de intervenção
• 15 km frente de rio
• 8 000 novas habitações, de acordo com PDM vigentes
• Mais 20 000 novas habitações (exercício prospectivo)
• 800 000 m2 de equipamentos
• 2 300 000 m2 destinados ao sector terciário/actividades económicas
• 94 000 empregos gerados
Almada (ex-Estaleiros da Lisnave)
• 58 hectares área de intervenção
• Habitação
• Comércio e serviços
• Equipamentos públicos de cultura, preservação da memória industrial naval e Ópera Tejo
Barreiro – Ex-Quimiparque
• 214 hectares de área de intervenção
• Habitação
• Comércio e serviços
• Turismo
• Cluster de atividades económicas – indústria naval
• Centro de Congressos Internacional
• Espaços Verdes
Seixal – Ex-Siderurgia Nacional
• 247 hectares de área de intervenção
• Sector terciário
• Parque Empresarial Ecológico
• Actividades de recreio e lazer
Eixo Ocean Campus (Oeiras e Lisboa)
• 90 hectares de área de intervenção
• 180 000 m2 terciário
• 181 000 m2 equipamentos
• 15 000 empregos gerados
• Parque urbano
• Espaço para grandes eventos
• Cluster de inovação, investigação e desenvolvimento
Eixo Aeroporto Humberto Delgado (Lisboa e Loures)
• Mais de 400 hectares de área de intervenção
• 3 600 novas habitações (PDM vigente)
• Mais de 6 200 novas habitações (exercício prospectivo)
• 119 000 m2 equipamentos
• 559 000 m2 para o sector terciário/actividades económicas
Eixo Benavente-Montijo – Cidade Aeroportuária
• Mais de 3 000 hectares de intervenção
• Fica a 30 minutos de Lisboa
• Ligação directa através da ferrovia de alta velocidade e das principais rodovias para Norte e Sul
• Nova cidade aeroportuária
• Ciência e indústria náutica

Infraestruturas e mobilidade: Expansão das redes de transportes públicos
Metro de Lisboa

• Mais 30 km de linhas
• Mais 35 estações
• 1 524 milhões de investimento em curso
• 31 000 toneladas/ano CO2 reduzido
• 46 milhões de novos pax/ano
LIOS – Linha Intermodal Sustentável
• LIOS Ocidental
• LIOS Oriental
• Mais 24 km de linhas
• Mais 37 estações
• Cerca de 490 milhões (referência indicativa do investimento)
SATUO
(Fase pré-concursal)

• Mais 9 km de linhas
• Mais 14 estações
• 112 milhões de investimento
Metro Sul do Tejo
• Lado Poente
• Lado Nascente
• Mais 50 Km de linhas
• 350 milhões de euros (investimento lado Poente)
Transtejo Soflusa
• Novas rotas e novos terminais
• 96 milhões para navios e sistemas de carregamento
• 14 milhões para renovação de terminais e estações
Linha de Alta Velocidade Lisboa-Madrid
(Fase 2 -Lisboa > Évora)

• 2 800 milhões de investimento
Duas novas travessias do Tejo
• 3 000 milhões de investimento na TTT Chelas Barreiro
• 1 500 milhões de investimento no Túnel Algés-Trafaria

Sobre o autorRicardo Batista

Ricardo Batista

Director Editorial
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Câmara de Aveiro adjudicou conclusão da obra da Escola de Solposto

A obra de reabilitação e ampliação da Escola Básica de Solposto, que está parada há um ano e meio devido à falência do anterior empreiteiro

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A Câmara de Aveiro adjudicou na sexta-feira por 3,2 milhões de euros a conclusão da obra de reabilitação e ampliação da Escola Básica de Solposto, que está parada há um ano e meio devido à falência do anterior empreiteiro.

“É com muita alegria que trazemos esta notícia, porque à terceira tentativa conseguimos ter empreiteiro para acabar a escola e o jardim-de-infância da Escola do Solposto”, disse o presidente da Câmara, Ribau Esteves, durante a reunião pública do executivo municipal.

A segunda fase da obra de reabilitação e ampliação da Escola Básica de Solposto, com um prazo de execução de um ano, foi adjudicada por 3.254.156,07 euros, um valor “ligeiramente acima do valor base do segundo concurso”, referiu o autarca.

Esta foi a terceira tentativa da autarquia para adjudicar a obra, depois de dois concursos que não tiveram interessados.

Ribau Esteves referiu ainda que a Câmara vai pagar muito mais pela empreitada, uma vez que quando a obra foi suspensa faltavam apenas realizar cerca de 1,7 milhões de euros em trabalhos, para além dos prejuízos para os alunos e docentes que têm estado instalados em contentores, enquanto a obra não termina.

“Os contentores têm condições excelentes, mas são instalações provisórias e custam, uma fortuna à câmara”, afirmou o autarca.

A obra foi adjudicada em julho de 2021, por 2,8 milhões de euros, mas só viria a começar um ano mais tarde, em julho de 2022. Quase dois anos depois, a Câmara rescindiu o contrato com a empresa que ganhou o concurso, em virtude de ter sido declarada insolvente, a que acresceram os sucessivos e recorrentes incumprimentos na execução dos planos de trabalho previstos.

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Castelo Branco acolhe Observatório sobre futuro da habitação no interior de Portugal

Intitulado “Que futuro para a habitação no interior”, o Observatório tem como objectivo “fomentar a reflexão e a troca de ideias” entre os principais agentes do sector público e privado. O evento é promovido pela Century 21 Diamond, com o apoio da Century 21 Portugal

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No próximo dia 15 de Abril, o Cine-Teatro Avenida, em Castelo Branco, será palco do evento de debate sobre o futuro da habitação no interior do País. Intitulado “Que futuro para a habitação no interior”, o Observatório é promovido pela Century 21 Diamond, com o apoio da Century 21 Portugal, e tem como objectivo “fomentar a reflexão e a troca de ideias” entre os principais agentes do sector público e privado.

Além disso, promove o diálogo directo entre os territórios do interior, as entidades públicas e os setores financeiro e imobiliário, assim como servirá para lançar pistas concretas para políticas que promovam mais equidade territorial e melhores condições de vida nas regiões do interior.

A iniciativa conta com a presença de representantes de oito municípios da Beira Baixa, da Comunidade Intermunicipal da região e de várias entidades nacionais com responsabilidade directa no planeamento e desenvolvimento territorial. Estarão em destaque temas como o acesso à habitação, o arrendamento, o rendimento das famílias, o custo e tipologia dos imóveis, o crédito à habitação, a nova Lei dos Solos e o impacto da reclassificação de terrenos rústicos em urbanos.

Entre os oradores confirmados, contam-se os presidentes de Câmara de Castelo Branco, Fundão, Penamacor, Oleiros, Vila de Rei, Proença-a-Nova, Vila Velha de Ródão e Idanha-a-Nova. o presidente da Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa, representantes do IHRU e da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional e do Turismo do Centro, entre outros. A sessão de abertura ficará a cargo de Patrícia Gonçalves Costa, secretária de Estado da Habitação.

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Herdade do Canhão
Empresas

Herdade em Mourão vai a leilão por 2,8 M€

Com 430 hectares, a Herdade do Canhão caracteriza-se por vinha, olival, cereais, azinhal e duas albufeiras. As licitações podem ser enviadas até 22 de Abril

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A Herdade do Canhão, em Mourão, junto ao Alqueva, encontra-se em leilão electrónico, no âmbito do Processo Especial de Revitalização (PER) da Farmácia Alcântara Guerreiro. A Leilosoc.com está a recepcionar licitações até 22 de Abril deste ano. A propriedade, composta por um lote único com nove artigos rústicos e um artigo urbano, contíguos entre si, está avaliada em 2.800.000 euros.

A Herdade do Canhão estende-se por 430 hectares de terreno, caracterizados por vinha, olival, cereais, azinhal e duas albufeiras, cuja captação e uso dos recursos hídricos está atribuída pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo.

O imóvel situa-se no Alqueva, numa das zonas mais valorizadas do território alentejano, cuja localização é reforçada pela proximidade à fronteira com Espanha, a apenas 15 minutos do acesso rodoviário ao país vizinho.

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Construção

Metropolitano de Lisboa lança novo concurso para a construção da Linha Violeta

O Metropolitano de Lisboa lança no dia 15 de Abril novo concurso para a construção do metro ligeiro de superfície Odivelas-Loures, também designado por Linha Violeta

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A sessão de lançamento no novo concurso para a construção do metro ligeiro de superfície Odivelas-Loures está agendada para 15 de Abril e contará com a presença do Ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz.

A linha Violeta resulta de um protocolo de colaboração assinado pelo Metropolitano de Lisboa, a Câmara Municipal de Loures e a Câmara Municipal de Odivelas para o estudo, planeamento e concretização de um projecto de expansão da cobertura intermodal da actual linha Amarela do Metropolitano de Lisboa.

Recorde-se que o primeiro concurso lançado a 15 de Março do ano passado não teve resposta por parte das empresas. Já em Março deste ano o Governo autorizou novo aumento de 150 milhões de euros para a empreitada, face ao investimento previsto, que era de 527 milhões de euros. O custo da linha deverá ascender, assim, a 677 milhões de euros.

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Imobiliário

Krest investe 120 M€ no novo empreendimento Arcoverde

O Arcoverde deverá começar a ser construído ainda este ano e arranca, numa primeira fase, com 175 apartamentos, aos quais se juntam mais 45, numa fase posterior

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Entre Quinta da Fonte e Paço de Arcos vai nascer o mais recente projecto da Krest. O Arcoverde deverá começar a ser construído ainda este ano e arranca, numa primeira fase, com 175 apartamentos, aos quais se juntam mais 45, numa fase posterior. O investimento total é de 120 milhões de euros.

Promovido em conjunto com a belga Revive, o Arcoverde tem assinatura do gabinete Saraiva + Associados e pretende dar resposta à “grande falta de habitação” que existe naquela zona.

Pela sua localização, o projecto tem despertado “grande interesse”, revela Claude Kandyoti, CEO da Krest, estando em lista de espera largas centenas de pessoas. O lançamento no Salão Imobiliário de Portugal, que se encontra a decorrer na FIL, em Lisboa, marca, também, o início da comercialização. Logo no primeiro dia, foram assinaladas 15 reservas, revelou Claude Kandyoti.

O projecto será desenvolvido numa área exclusiva de 34 mil m2, dos quais 25 mil correspondem aos espaços residenciais e comerciais, rodeados por zonas verdes e áreas comuns, assim como piscinas comuns, jacuzzis privados, áreas desportivas e de fitness, comércio e lazer, parque infantil, estacionamento e arrecadações e, ainda, serviços de mobilidade eléctrica e partilhada.

Os apartamentos são construídos de acordo com mais “elevados” padrões ecológicos e económicos, utilizando materiais locais, de forma a que cada residência mantenha custos de energia baixos e uma pegada de emissões quase nula.

O corredor verde que se desenvolve ao longo da encosta onde o projecto será construído, estratégias de redução de tráfego que minimizam o uso de carros, com uma rua interna apenas acessível a veículos de emergência, recurso a energia renovável, percursos pedonais, iniciativas de envolvimento social, entre os quais agricultura urbana e arte local, assim como uma gestão da água que asseguram a sustentabilidade deste projecto.

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Construção

Consórcio do TGV equaciona construção de duas novas pontes sobre o Douro

Quanto à travessia do Rio Douro, “a solução agora apresentada volta a separar, em duas pontes distintas, o modo ferroviário e o modo rodoviário”, pode ler-se em documentos municipais agora conhecidos

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O consórcio LusoLav, responsável pela linha de alta velocidade entre Porto e Oiã, quer mudar em dois quilómetros a localização da estação de Gaia e fazer duas pontes sobre o Douro em vez de uma rodoferroviária.

A proposta consta de um conjunto de documentos que serão apresentados e votados junto das Câmaras de Gaia e Porto, com esta última a manifestar surpresa e desconhecimento sobre qualquer intenção do consórcio.

Relativamente à estação, “é proposta uma alteração da localização anteriormente prevista – Santo Ovídio -, que constava dos estudos elaborados pela IP e que serviram de base ao concurso, deslocando a estação cerca de 2km para sul”.

“A nova localização proposta para a Estação de Vila Nova de Gaia fica compreendida entre a Rua da Junqueira de Cima (a norte e poente), a Rua e Travessa do Guardal de Cima (a sul) e a Travessa de Belo Horizonte (a nascente)”, na zona de São Caetano, em Vilar do Paraíso.

Além de um conjunto de acessbilidades rodoviárias a construir, a proposta inclui “o prolongamento da linha Rubi, desde Santo Ovídio até à Estação de Alta Velocidade (lado poente)”, com custos repartidos entre o consórcio (obra pesada) e a Metro do Porto (instalação da linha e dos respectivos equipamentos).

“Relativamente ao prolongamento da Linha Rubi desde a Estação de Santo Ovídio, importa referir que, dada a elevada densidade e sobreposição de infraestruturas neste local, esta obra afigura-se bastante complexa, obrigando a desviar o acesso rodoviário para poente, sobre um talude ajardinado, adivinhando-se impacto negativo, face à proximidade aos edifícios de habitação existentes”, aponta.

Os serviços municipais dizem ainda que, apesar da estação poder ser retirada de Santo Ovídio, entre as atuais estações de metro Santo Ovídio e D. João II, “o município deverá dar continuidade ao Plano de Pormenor que está em elaboração para o local”.

Quanto à travessia do Rio Douro, “a solução agora apresentada volta a separar, em duas pontes distintas, o modo ferroviário e o modo rodoviário”, pode ler-se em documentos municipais agora conhecidos.

Os mesmos apontam que “o consórcio sustenta essa opção na necessidade de redução do risco de financiamento, redução do risco de incumprimento do prazo e na clara separação das futuras responsabilidades de manutenção de cada uma das pontes”.

A proposta do consórcio implica ainda menos construção em túnel, pois “no projeto que consta do Estudo Prévio, a maior parte da extensão da linha no concelho de Vila Nova de Gaia encontra-se prevista em túnel, feito em escavação subterrânea, com menor impacto à superfície”, com 9,2 quilómetros em túnel do total de 12 quilómetros percorridos no concelho.

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Construção

Governo aprova resposta às tarifas com pacote de medidas de volume “superior a 10MM€”

Numa declaração sem direito a perguntas, Luís Montenegro defendeu que “não é tempo de aventuras” e que “nunca a estabilidade, a experiência, a prudência e a maturidade política foram tão decisivas”

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O Governo preparou um conjunto de medidas “com um volume superior a dez mil milhões de euros” para responder às tarifas aduaneiras aplicadas pelos Estados Unidos, anunciou esta quinta-feira o primeiro-ministro.

Luís Montenegro falava na conferência de imprensa após a reunião do Conselho de Ministros dedicada às tarifas aduaneiras aplicadas pelo presidente norte-americano, para explicar que “Portugal está ligado aos Estados Unidos da América por uma sólida amizade e uma intensa relação política e económica (…) Mas, por vezes, é preciso assumi-lo, até com os nossos grandes amigos temos algumas divergências”.

O primeiro-ministro defendeu que “a prioridade absoluta passa pela negociação com os Estados Unidos” e assegurou que Portugal está completamente alinhado com as posições tomadas pela Comissão Europeia.

A diversificação de mercados e a concretização rápida do acordo já assinado entre a UE e o Mercosul foram outras das prioridades defendidas pelo primeiro-ministro português, que saudou a pausa de 90 dias nas tarifas anunciada na terça-feira pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

O primeiro-ministro defende que o quadro de atual incerteza mundial agravado pela crise das tarifas “é mesmo o momento de ter adultos na sala”, avisando para a “impreparação e precipitação de alguns agentes nacionais”.

Numa declaração sem direito a perguntas, Luís Montenegro defendeu que “não é tempo de aventuras” e que “nunca a estabilidade, a experiência, a prudência e a maturidade política foram tão decisivas”.

“Como diz o povo, é mesmo o momento de ter adultos na sala. Sem alarmismos, sem precipitações, estamos preparados e tomaremos as decisões necessárias para lidarmos o melhor possível com esta situação desafiante”, afirmou o primeiro-ministro.

Entre as medidas está uma “nova linha de 3500 milhões de euros” para investimento a 4 e a 12 anos, com período de carência, e que tem a novidade de parte dela poder ser convertida em fundo perdido e subvenções”. Nas palavras do ministro da Economia, Pedro Reis, uma parte deste financiamento “pode ser convertido em fundo perdido, ou seja balanço da empresa”.

Num outro eixo, referente a seguros de crédito, o ministro disse que durante muitos anos as empresas e associações apelaram a que algum governo reforçasse os seguros de crédito, para avançarem na internacionalização sem medo. “E é isso que queremos fazer”. “O BPF e o Ministério da Economia vai reforçar o plafond na ordem dos 1200 milhões de euros”.

Afirmou que esses seguros de crédito não abrangem só os mercados emergentes, mas também mercados mais tradicionais. “O que ouvimos nas empresa e associações é que muita da compensação da perda do mercado EUA pode passar por mercados europeus ou asiáticos” outros mais tradicionais, disse.

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