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    Fusão da Audax Energia com Audax Renováveis cria novo projecto energético

    A fusão significa o nascimento de “um grande grupo energético, que combina a geração de energia eléctrica e a comercialização de luz e gás”

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    A Audax Energia juntou-se à Audax Renováveis, numa fusão que significa o nascimento de “um grande grupo energético, muito mais forte, dando lugar a um grande projecto empresarial que combina a geração de energia eléctrica e a comercialização de luz e gás”.

    Segundo nota de imprensa enviada ao CONSTRUIR por a Audax Energia, “o objectivo da fusão é potenciar o crescimento, aproveitando as sinergias e a complementaridade das suas actividades para continuar a empreender novos projectos e continuar a crescer. Esta fusão irá impulsionar a trajectória do Grupo Audax cujas aspirações passam por consolidar e crescer em todas as linhas de negócio tanto a nível nacional como internacional”.

    A mesma fonte adianta também que, a intenção do novo Grupo Audax é “apostar na diversificação em tecnologias renováveis”, nomeadamente aumentando a capacidade instalada noutras tecnologias, como a geração fotovoltaica. “Esta diversificação permitirá fechar novos acordos PPAs (Power Purchase Agreement), o que dará uma posição vantajosa em relação aos preços do mercado energético e fortalecerá a sua posição no mercado energético”.

    Actualmente a Audax Renováveis gere uma carteira total de 185 MW em Espanha, França e Polónia, dos quais 1 MW é fotovoltaico e o restante eólico. A empresa participa também na construção de um parque eólico no Panamá de 66 MW.

    José Elias, CEO da Audax Energia, assegura que enfrenta a fusão sabendo que lidera um grande grupo empresarial que viu crescer desde cedo, partindo de uma pequena comercializadora de luz em 2009. Hoje em dia converteu-se num grande grupo energético que superou os 1.000 milhões de facturação, com presença em 8 países e mais de 350.000 clientes. A sólida posição financeira do grupo resultante Audax facilitará um melhor acesso ao financiamento para lidar com novos projectos. Em Maio passado, a Audax Energia revalidou a qualificação creditícia BBB- com tendência estável.

    José Elias consolidará a sua posição de accionista maioritário da empresa resultante e o seu compromisso com o Grupo Audax, é, por isso, indiscutível. “O meu compromisso com a empresa é de assumir a responsabilidade de liderar um grande projecto empresarial, com uma grande implicação pessoal no que para mim supõe um grande projecto vital em que estou firmemente focado”, afirma.

    Junto a José Elias estarão à frente do projecto o resto da equipa de direcção actual. “A minha intenção é manter a minha posição na empresa, sempre respeitando as condições estabelecidas por o regulador, e trabalhar para devolver o dividendo no menor prazo possível, para que os accionistas vejam sua participação num grande grupo empresarial recompensado, com uma forte posição financeira e de mercado e importantes perspectivas de crescimento futuro “, comenta José Elias.

    A fusão levará à integração das actividades de geração de energia renovável desenvolvidas pela Absorbing Company (Audax Renováveis), e às actividades de comercialização de energia desenvolvidas pela Absorbed Company (Audax Energía).

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    LNEG e IGTL avaliam potencial mineral de Timor-Leste

    Cooperação internacional entre os Serviços Geológicos de Portugal e Timor-Leste procura inventariar potencial mineral de Timor Leste. Já identificado potencial para crómio, níquel, cobre e ouro 

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    O LNEG, enquanto Serviço Geológico de Portugal está a colaborar com o Instituto de Geociências de Timor-Leste (IGTL) na avaliação do potencial mineral do país. O trabalho é liderado por Igor Morais, da Unidade de Recursos Minerais e Geofísica do LNEG, e pretende dar um contributo decisivo na inventariação e estudo sistemático das verdadeiras potencialidades de Timor-Leste.

    A indústria extractiva, em particular a dos recursos minerais metálicos, apresenta um factor decisivo no desenvolvimento sustentável das sociedades modernas. A crescente procura por matérias- primas “metálicas” resulta, principalmente, do crescimento da população mundial, aliado ao anseio de muitos de querer atingir um melhor nível e qualidade de vida.

    Aliados a este crescimento na procura, estão os crescentes riscos no seu suprimento, nomeadamente na União Europeia, cuja economia é altamente deficitária para um grande conjunto destas substâncias. Conflitos armados, tensões políticas e geopolíticas, como a que vivemos actualmente, colocam uma pressão cada vez maior na comunidade científica, em particular na área da Geologia, para a descoberta de novos depósitos minerais.

    É neste contexto e pelo fato de os recursos minerais serem um fator preponderante no desenvolvimento de um país, que surge a cooperação entre o LNEG, enquanto Serviço Geológico de Portugal e o IGTL. Esta é uma área o LNEG tem larga experiência, tanto em projectos nacionais como internacionais (África e América do Sul).

    “Numa primeira abordagem, existe a necessidade de ser feita a inventariação de qual ou quais as principais “commodities” existem no território. Esta inventariação está a ser feita por equipas do IGTL e do LNEG através de extensas campanhas de reconhecimento de campo. Existe depois a necessidade de colocar toda essa informação em mapas de escalas adequadas como já foi feito com a publicação preliminar dos três primeiros mapas de Ocorrências Minerais. Numa segunda fase estudos detalhados devem ser realizados em áreas de maior detalhe aplicando todo o “know-how” das equipas através de técnicas inovadoras”, explica Igor Morais. Segundo o investigador, “existe potencial já identificado para crómio, níquel, cobre e ouro”.

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    Mammoet apoia obra de renovação de telhado do estádio olímpico de Montreal

    A Mammoet, com outros parceiros da GCPC, levará a cabo este “arrojado” projecto de engenharia através do fornecimento de gruas móveis para apoiar a demolição do telhado antigo, que será substituído por uma nova estrutura fixa, com vidro transparente

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    A Mammoet ganhou o contrato para dar apoio ao Groupe Construction Pomerleau-Canam (GCPC), um consórcio de empresas constituído pela Pomerleau e pela Canam Group, com a renovação do novo telhado do estádio olímpico de Montreal, no Canadá.

    A Mammoet, com outros parceiros da GCPC, levará a cabo este “arrojado” projecto de engenharia através do fornecimento de gruas móveis para apoiar a demolição do telhado antigo, que será substituído por uma nova estrutura fixa, com vidro transparente para permitir a entrada da luz natural no estádio.

    Grande parte desta operação será gerida pela subsidiária da Mammoet no Canadá Oriental, em Ontário e no Quebeque e que emprega cerca de 500 especialistas em transporte e elevação de cargas pesadas. De facto, um número significativo da sua força de trabalho operacional e frota de equipamentos de gruas estão actualmente no local, removendo painéis de telhado antigos.

    A nova cobertura será construída no interior do estádio sobre suportes temporários. Quando estiver concluída, a Mammoet utilizará o seu sistema Mega Jack 5200 para elevar a estrutura a 50 metros no ar e colocá-la no lugar.

    O Mega Jack é um grande sistema de elevação que utiliza vigas carregadas ao nível do solo para elevar algumas das cargas mais pesadas do mundo. Seis torres Mega Jack serão utilizadas para realizar o içamento.

    Além do sistema Mega Jack, serão utilizados macacos de vertente para estabilizar o telhado enquanto este é levantado.

    A Mammoet também concebeu dispositivos especiais de ajuste final para ficarem no topo de cada torre de elevação. Assumindo a forma de carris de deslizamento em miniatura, permitem o posicionamento preciso do telhado quando este atinge a altura necessária.

    O tecto permanecerá elevado nos sistemas de elevação por um período de dois meses. Isto permitirá que o trabalho de instalação final aconteça, como a fixação com cabos à famosa torre inclinada de 550 pés do estádio (La Tour de Montréal).

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    OERS debate projectos de biocombustíveis e hidrogénio verde para Sines

    Os projectos de HVO (Óleo Vegetal Hidrotratado) e de Hidrogénio Verde da Refinaria de Sines da Galp, que pertencem à ZIL de Sines e representam um investimento total de 650 milhões de euros. A iniciativa terá lugar esta quinta-feira, dia 27 de Fevereiro, no Sines Sea View & Leisure Hotel

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    A Ordem dos Engenheiros Região Sul (OERS) traz a debate os projectos biocombustíveis e de hidrogénio previstos para Sines. A iniciativa terá lugar esta quinta-feira, dia 27 de Fevereiro, no Sines Sea View & Leisure Hotel.

    O jantar organizado pelo Polo de Sines da OERS que visa aprofundar o conhecimento sobre os projectos de HVO (Óleo Vegetal Hidrotratado) e de Hidrogénio Verde da Refinaria de Sines da Galp, que pertencem à Zona Industrial e Logística de Sines, e representam um investimento total de 650 milhões de euros.
    Com foco no contributo para a descarbonização do sector energético e dos transportes, este jantar-debate conta com a presença de André Vilelas, delegado distrital de Setúbal e coordenador do Polo de Sines da Ordem dos Engenheiros Região Sul e de porta-vozes da Galp estreitamente ligados a estes projectos, tais como Hugo Carabineiro, head of Refining Technology, Ivo Santos, head of Renewables Technology ou Fernando Naves, head of Startup Readiness Team, entre outros.
    O projecto HVO Galp tem como objectivo construir uma instalação industrial inovadora para produzir biocombustíveis – designadamente gasóleo renovável, jet renovável e bionafta – para utilizar na descarbonização do transporte rodoviário e aéreo.
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    Antigo bastonário da Ordem dos Engenheiros, Carlos Matias Ramos e o actual bastonário Fernando de Almeida Santos
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    Carlos Matias Ramos homenageado pelo seu percurso “profissional e cívico”

    Carlos Matias Ramos, foi distinguido pelo seu percurso “notável”, que inclui a presidência do LNEC, o exercício do cargo de Bastonário da OE entre 2010 e 2016, assim como pelo seu papel activo na defesa do aeroporto em Alcochete

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    A Ordem dos Engenheiros (OE), a Câmara Municipal do Seixal e a Plataforma Cívica “Aeroporto BA6 Montijo Não!”, prestaram homenagem ao anterior Bastonário, o engenheiro Carlos Matias Ramos, por ocasião do seu 80º aniversário, numa cerimónia que decorreu na Sociedade Filarmónica União Seixalense.

    Carlos Matias Ramos, uma personalidade “marcante” na engenharia em Portugal, foi distinguido pelo seu percurso notável, que inclui a presidência do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) e o exercício do cargo de Bastonário da Ordem dos Engenheiros entre 2010 e 2016, período em que se destacou pela “promoção da ética” e pelo “fortalecimento” da profissão.

    O evento, intitulado “Uma vida ao serviço da técnica, da ciência, do interesse público e da cidadania”, contou com a presença de Fernando de Almeida Santos, actual bastonário da OE e dos anteriores bastonários, Carlos Mineiro Aires e Fernando Santo, bem como dos também anteriores vice-presidentes nacionais, Victor Gonçalves de Brito, José Vieira e Carlos Loureiro, com quem o Matias Ramos partilhou a direcção da Ordem, bem como com outras figuras de relevo da engenharia e da sociedade civil.

    Durante a cerimónia, foram recordadas as inúmeras contribuições para o desenvolvimento técnico e científico do País, bem como a sua dedicação à defesa do interesse público e ao bem-estar social, onde se destaca o seu papel activo na defesa da solução para a construção de um novo Aeroporto de Lisboa, em Alcochete.

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    Projecto de obra ESECS
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    Politécnico de Leiria investe cerca de 3 M€ em novo revestimento

    A empreitada de substituição do revestimento em fibrocimento da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais (ESECS) compreende a retirada do amianto e substituição integral do revestimento, quer da cobertura, quer das fachadas, e de todos os vãos envidraçados, numa área total de 7.700 m2

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    A empreitada de substituição do revestimento em fibrocimento da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais (ESECS) do Instituto Politécnico de Leiria (IPLeiria) vai permitir transformar aquela escola num espaço “moderno” e adaptado às actuais necessidades, “disponibilizando maior conforto para todos os seus utilizadores”, afirmou Carlos Rabadão, presidente da instituição, durante a cerimónia de consignação da obra, que decorreu esta segunda-feira, dia 17 de Fevereiro, em Leiria.

    A intervenção, com uma duração prevista de quatro meses, representa um investimento de cerca de três milhões de euros, financiados através do Fundo de Reabilitação e Conservação Patrimonial, e ainda de receitas próprias do Politécnico de Leiria.

    A obra incide em todo o Edifício A, construído na década de 80, que apresenta hoje “várias fragilidades”. “Nos últimos anos, o edifício tem vindo a revelar vários problemas de deterioração, pelo que, apesar da manutenção realizada, era urgente e inadiável efetuar esta intervenção”, salientou Carlos Rabadão, destacando que o arranque do ano letivo 2025/2026 decorrerá já com as instalações totalmente renovadas.

    Actualmente, o revestimento é integralmente composto por chapas de fibrocimento que contêm partículas de amianto, ao passo que os vãos envidraçados possuem janelas e portas de alumínio com vidro simples, sendo completamente ineficientes do ponto de vista energético e acústico. Neste sentido, a intervenção compreende a retirada do amianto e substituição integral do revestimento, quer da cobertura, quer das fachadas, e de todos os vãos envidraçados, numa área total de 7.700 metros quadrados (m2). Estão ainda previstos trabalhos de melhoria em infraestruturas existentes, nomeadamente nos sistemas de drenagem de águas pluviais, contribuindo para uma maior eficiência energética do edifício, além do reforço da segurança.

    A nova solução arquitectónica, materializada por uma malha metálica distendida, a ser implementada tem em consideração o cariz do edifício, ligado à educação, formação, conhecimento, investigação e inovação, assentando no conceito de “teia do conhecimento”.

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    Um teste à renovação de edifícios

    Durante os últimos quatro anos um projecto piloto europeu procurou abrir caminho e comprovar que a renovação rápida de edifícios domésticos existentes, integrando tecnologias pré-fabricadas inovadoras, económicas e sustentáveis é possível. O resultado é um roteiro valioso para o futuro das renovações de edifícios na Europa

    O SUREFIT arrancou no segundo semestre de 2020 e tem a sua conclusão neste mês Fevereiro. Com um financiamento de quatro milhões de euros, o projecto piloto, coordenado pelo Instituto de Soldadura e Qualidade (ISQ), juntou onze parceiros, entre universidades, empresas e instituições, de oito países europeus, que desenvolveram tecnologias e soluções, que visam atingir a meta de energia quase nula reduzindo as perdas de calor da envolvente do edifício e do seu consumo de energia através do aquecimento, arrefecimento, ventilação e iluminação, que depois foram testadas em diferentes edifícios já existentes, localizados em vários países europeus e, por isso, sujeitos a diferentes climas e temperaturas.

    Para compreender a importância e o impacto do projecto importa relembrar que a União Europeia tem como meta ser o primeiro continente com impacto neutro no clima até 2050. Este objectivo levou a um aumento de iniciativas de construção ecológica e de incentivos à modernização do parque habitacional. A modernização dos edifícios é, aliás, fundamental para este objectivo. O sector da construção na UE é responsável por cerca de 36% das emissões de dióxido de carbono. A maioria dos edifícios da EU, cerca de 66%, foi construída antes da década de 1970, pelo que a sua modernização e a sua transformação em edifícios eficientes são um factor crucial para atingir as metas traçadas. Os números são conhecidos da indústria: cerca de ¾ dos edifícios residenciais europeus tem um mau desempenho energético, e a taxa de renovação é baixa. Um cenário que não é estranho a Portugal.

    Neste contexto percebe-se a urgência de programas e iniciativas que acelerem e incentivem a modernização dos edifícios e imprimam maior sustentabilidade ao sector da construção, como o SUREFIT que agora termina e está pronto para lançar no mercado novos produtos que ajudam a tornar as nossas velhas casas em casas eficientes, com maior conforto e segurança para quem nelas habitam, porque a par das metas europeias, nunca é demais recordar, que em Portugal ainda se morre por causa do frio e do calor.

    Tecnologia de ponta para edifícios antigos
    “O programa SUREFIT realizou com sucesso uma série de modernizações energéticas em vários edifícios na Europa, mostrando o potencial dos sistemas inteligentes de edifícios, a integração de energias renováveis e as soluções avançadas de isolamento. Estes projectos piloto estabeleceram um novo padrão para a habitação sustentável e forneceram insights valiosos sobre como edifícios mais antigos podem ser modernizados para atender às exigências de um futuro mais verde”, referem as conclusões do SUREFIT.
    A tecnologia foi instalada em edifícios em Portugal (o município de Mafra associou-se ao projecto), Espanha, Grécia e Finlândia. Os diferentes projectos piloto registaram uma significativa redução no consumo de energia e nas emissões de CO2, devido à integração de tecnologias de ponta, como sejam vidros a vácuo fotovoltaicos, sistemas solares térmicos, bombas de calor, acoplados a sistemas de controlo inteligente. O seu impacto permitiu a uma redução entre os 54 e 61% no uso de energia e nas emissões de CO2 em todas as instalações. “Esta redução não só melhora a sustentabilidade ambiental, como proporciona economias significativas aos seus proprietários, ao reduzir as contas de energia”.

    As medidas avançadas de isolamento, incluindo a instalação de painéis térmicos, persianas de luz natural e melhorias nas fachadas, ajudaram a melhorar o desempenho térmico dos edifícios, criando ambientes de vida mais confortáveis e, simultaneamente, reduzindo a necessidade de aquecimento e arrefecimento. A introdução de sistemas inteligentes de edifícios garantiu que o uso de energia fosse optimizado em tempo real, tornando o aquecimento, o arrefecimento e o consumo de electricidade mais eficientes.

    Outro dos objectivos dos projectos SUREFIT era melhorar o conforto térmico dos residentes. Nessa perspectiva, os edifícios intervencionados “registaram uma redução notável nas variações de temperatura ao longo das estações. Os residentes relataram uma mudança de Invernos frios e Verões excessivamente quentes para condições interiores mais estáveis e confortáveis. O desempenho do aquecimento e do arrefecimento melhorou significativamente, com os tempos de aquecimento a tornarem-se mais rápidos e mais eficientes”, referem as conclusões.

    Além do controlo de temperatura, a qualidade do ar interior também registou melhorias consideráveis graças à “instalação de sistemas de recuperação de calor nas janelas e as capacidades melhoradas de ventilação ajudaram a criar ambientes interiores mais frescos e saudáveis, melhorando o bem-estar geral dos residentes”.
    O SUREFIT também se concentrou na integração de soluções de energias renováveis no design dos edifícios. “A instalação de sistemas solares térmicos ajudou a gerar electricidade e água quente doméstica, reduzindo a dependência de fontes de energia convencionais. Em alguns casos, também foram introduzidos painéis fotovoltaicos, contribuindo ainda mais para as economias de energia. A combinação de geração de energia solar e sistemas térmicos não só reduziu a pegada de carbono dos edifícios, como também tornou essas casas auto-suficientes e resilientes às oscilações dos preços da energia”.

    Oportunidades para a indústria
    Uma das preocupações do programa, a par da sustentabilidade ambiental, é o impacto económico que toda esta nova tecnologia terá. Algo que não pode ser medido a curto prazo. “Embora algumas das tecnologias, como o vidro a vácuo PV e os painéis de isolamento prefabricados, tenham custos iniciais mais elevados, evidenciou-se que, a longo prazo, são financeiramente vantajosas, com um período de retorno de cerca de cinco a dez anos. Para sistemas mais convencionais, como membranas respiráveis e soluções solares térmicas, o período de retorno foi ainda mais curto. Uma análise de custos ao longo do ciclo de vida demonstrou que, com o tempo, estas tecnologias de eficiência energética são altamente competitivas com os sistemas de construção tradicionais”.

    O impacto económico será a médio/longo prazo, à medida que haja também um maior envolvimento da indústria que garanta uma maior disseminação das soluções, mas os seus impactos medem-se no imediato para os residentes das habitações que fizeram parte do projecto: “Muitos relataram que as suas casas se tornaram significativamente mais confortáveis, com melhor regulação térmica, eficiência optimizada de aquecimento e arrefecimento e redução do ruído externo. Ao longo da renovação, os residentes também notaram uma melhoria substancial na sua qualidade de vida, já que as casas modernizadas proporcionaram não apenas economias de energia, mas também um ambiente mais saudável e confortável”.

    Para os responsáveis pelo SUREFIT, este é “uma demonstração clara de como as tecnologias modernas e as estratégias de modernização podem dar nova vida a edifícios mais antigos, tornando-os eficientes em termos energéticos, confortáveis e sustentáveis. Estes projectos fornecem um roteiro valioso para o futuro das renovações de edifícios, oferecendo uma solução adaptável para as comunidades que procuram alcançar as metas de eficiência energética e reduzir as suas pegadas de carbono”, atestam.

    Sobre o autorManuela Sousa Guerreiro

    Manuela Sousa Guerreiro

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    OERS: Mandato 2025-2028
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    António Carias de Sousa reeleito presidente da OERS

    A equipa liderada por Carias de Sousa, conta, ainda, com Elisa Maria Silva como vice-presidente, Rita Moura como secretário e Pedro Coelho como tesoureiro. Carla Melfe, Daniel Silva e Susana Serôdio vão desempenhar cargo de vogais, no Conselho Directivo

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    António Carias de Sousa foi reeleito presidente do Conselho Directivo da Ordem dos Engenheiros Região Sul (OERS) para o mandato 2025-2028. A Lista RA, presidida por Carias de Sousa venceu as eleições com uma estratégia assente em quatro vectores principais: Valorizar, Prestigiar, Atrair e Agilizar e reafirma a confiança dos engenheiros inscritos na Região Sul.

    A equipa liderada por António Carias de Sousa, conta, ainda, com Elisa Maria Silva como vice-presidente, Rita Moura como secretário e Pedro Coelho como tesoureiro. Carla Melfe, Daniel Silva e Susana Serôdio vão desempenhar cargo de vogais, no Conselho Directivo. A Assembleia Regional será presidida por Lídia Santiago, acompanhada por António André e João Almeida Fernandes, como secretários.

    Foram, ainda, eleitos os representantes da seis delegações distritais que integram a OERS, entre os quais os Jacinto Franco, por Beja, Nazaré Toureiro por Évora, António Mortal, por Faro, Cristina Pascoal Milheiro, por Portalegre, Ana Luís, por Santarém e André Vilelas, por Setúbal.

    António Carias de Sousa, presidente da Ordem dos Engenheiros Região Sul reforça que, a missão de ‘Valorizar Engenheiros para Valorizar Portugal’ se mantém, e adianta, ainda, que “a confiança demonstrada pelos nossos colegas reforça o compromisso desta equipa em liderar a OERS, enfrentando os desafios do futuro – da transformação digital à sustentabilidade – com a experiência e conhecimento que nos caracterizam”.

    Para prestigiar a engenharia, a equipa aposta na criação de parcerias estratégicas e na valorização da experiência dos engenheiros seniores. A atracção de novos talentos será promovida através de programas de mentoria, iniciativas de acolhimento para novos membros e a promoção da igualdade de oportunidades e inclusão. Finalmente, para agilizar os procedimentos da OERS, a lista defende a simplificação e modernização de processos, a desburocratização e descentralização, apostando na transparência e na delegação de competências.

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    Fernando de Almeida Santos, bastonário da Ordem dos Engenheiros
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    Engenheiros: Fernando Almeida Santos reeleito bastonário

    Dos principais desígnios que o bastonário reeleito definiu para os próximos três anos de exercício, consta a concretização do que se encontra previsto na Lei-quadro das Associações Públicas Profissionais (APP)

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    Fernando de Almeida Santos foi reeleito bastonário da Ordem dos Engenheiros para o triénio 2025-2028, com 83% dos votos apurados, avançando assim, para o seu segundo mandato à frente da Ordem dos Engenheiros determinado a “Valorizar os engenheiros para valorizar Portugal”. A acompanhá-lo nesta sua missão estão Dina Dimas e Jorge Liça, eleitos para a vice-presidência nacional.

    Dos principais desígnios que o bastonário reeleito definiu para os próximos três anos de exercício, consta a concretização do que se encontra previsto na Lei-quadro das Associações Públicas Profissionais (APP), ou seja, a imposição legal da existência de uma única APP por profissão, neste caso, a de engenheiro.

    Relativamente aos restantes órgãos da Ordem, para o Conselho de Supervisão foram eleitos três candidatos integrantes da Lista B, encabeçada por José Vieira, que arrecadou a maioria dos votos, contra apenas um membro eleito pela Lista C.

    Carlos Mineiro Aires ganha a presidência da Assembleia de Representantes, António Laranjo torna-se presidente do Conselho Fiscal Nacional e a lista liderada por Carlos Loureiro ganha a maioria dos lugares no Conselho Jurisdicional.

    Quanto às estruturas regionais, o Norte elegeu Bento Aires para a presidência do Conselho Diretivo, no Centro do país foi eleita Isabel Lança, enquanto os engenheiros do Sul votaram, maioritariamente, em António Carias de Sousa, candidato da lista RA. Nos Açores e na Madeira foram eleitas, respetivamente, Teresa Soares Costa e Beatriz Jardim.

    O ato eleitoral que hoje terminou, num processo que engloba a totalidade da eleição dos Órgãos Nacionais, Regionais e Locais, num total de mais de quatro centenas de lugares eleitos, foi realizado, pela primeira vez, de forma totalmente eletrónica. Este feito constitui o culminar de um caminho iniciado em 2013 com a implementação da primeira votação mista (em papel e eletrónica), no contexto das associações profissionais portuguesas, e que surgiu com o objetivo de fazer da Ordem do Engenheiros um exemplo de inovação e vanguarda tecnológica.

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    IP Engenharia assina memorando de cooperação com Infraestruturas de Cabo Verde

    Em 2025, como primeira acção, o Grupo IP irá desenvolver um “Programa de Capacitação” que terá como enfoque principal a transferência de conhecimento técnico nas áreas de gestão de activos e gestão da manutenção

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    A IP Engenharia formalizou um Memorando de Entendimento para cooperação técnica com Infraestruturas de Cabo Verde (ICV). Esta acção enquadra-se nas actividades do Programa Estratégico de Cooperação Portugal – Cabo Verde (2022-2026), que prevê o desenvolvimento de acções de capacitação na área da gestão da rede de estradas e de transportes.

    A cooperação entre o Grupo IP e a ICV centra-se na troca de experiências mútuas, incluindo boas práticas em planeamento, gestão de infraestruturas, soluções para infraestruturas secundárias, adaptação às alterações climáticas, e envolvimento da sociedade, entre outras áreas, tendo como propósito “reforçar a sustentabilidade e a resiliência” das infraestruturas em Portugal e em Cabo Verde.

    Em 2025, como primeira acção, o Grupo IP irá desenvolver um “Programa de Capacitação para o Aumento da Sustentabilidade das Infraestruturas de Cabo Verde”, que terá como enfoque principal a transferência de conhecimento técnico nas áreas de gestão de activos e gestão da manutenção, aproveitando a vasta experiência acumulada.

    A parceria, celebrada no contexto da VII Cimeira Portugal – Cabo Verde, foi também subscrita por Miguel Pinto Luz, ministro das Infraestruturas de Habitação de Portugal, e Eunice Spencer Lopes, ministra das Infraestruturas, Ordenamento do Território e Habitação de Cabo Verde.

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    LNEG disponibiliza primeira calculadora de custos de hidrogénio portuguesa 

    A primeira calculadora para obtenção de, “forma rápida e fácil”, do custo do hidrogénio verde em toda a sua cadeia valor, ou seja, desde a sua produção até à sua distribuição para o sector dos transportes em estações de abastecimento está disponível desde Dezembro

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    O hidrogénio verde é indispensável quer como matéria-prima quer como vector energético para a descarbonização de nossa sociedade. As metas nacionais e europeias para 2050 visam reduzir as emissões nas indústrias de descarbonização mais difícil, como é o caso da indústria do cimento, vidro, química, aço, entre outras, no transporte rodoviário de mercadorias e de passageiros, no transporte marítimo e no transporte aéreo.

    O custo do hidrogénio verde, desde a sua produção até às estações de abastecimento para os transportes em Portugal, poderá estar entre 7 e 12 €/kg em 2030, segundo estimativas recentes do Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG).

    Na realidade, “o custo associado é, actualmente, um dos grandes problemas que impede o seu uso extensivo no nosso mix energético”, indica o LNEG, que disponibilizou, no passado mês de Dezembro, a primeira calculadora para obtenção, de “forma rápida e fácil”, do custo do hidrogénio verde em toda a sua cadeia valor, ou seja, desde a sua produção até à sua distribuição para o sector dos transportes em estações de abastecimento. Esta ferramenta encontra-se disponível no site do LNEG em português e em inglês.

    O custo do hidrogénio é expresso como um custo nivelado (em €/kg H2 considerando o tempo útil de um projecto) para facilitar a comparação de diferentes projectos e países.

    Existem algumas calculadoras deste tipo para outros países da União Europeia, alguns com detalhe para a produção do hidrogénio por eletrólise. No entanto, esta é a primeira vez que é disponibilizada uma calculadora para toda a cadeia de valor e desenhada especificamente para a realidade de Portugal.

    Esta calculadora é interactiva e permite aos utilizadores fazerem as suas próprias estimativas modificando os valores de base considerados como default. Os valores de base, para já, referem- se ao ano de 2025, sendo possível calcular valores para o futuro, considerando a evolução de custos expectável.

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