Estudo: Venda portfólios de NPL acelera em Portugal e Espanha
Segundo Nelson Rêgo, da Prime Yield, o mercado ibérico de NPL poderá trazer quase 94 mil milhões de euros de vendas
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Sendo Portugal e Espanha dois dos países europeus ainda fortemente penalizados pela questão da resolução de Non-Performing Loans (NPL), exibindo, respectivamente, um dos maiores rácios (11,7%) e um dos maiores stocks (74.8 mil milhões de euros) são actualmente dois dos principais destinos para os investidores em 2018.
Um dinamismo confirmado pela Prime Yield no seu último estudo, intitulado “Investing in NPL in Iberia: a two-way opportunity market”, no qual prevê que só na Península Ibérica sejam transacionados portfólios no valor de quase 94 mil milhões de euros este ano.
Oferecendo um retrato actual e inédito do mercado ibérico de NPL, e enquadrando-o no contexto europeu, o estudo agora apresentado apresenta as perspectivas da Prime Yield relativamente ao potencial de negócios de venda de NPL em Portugal e Espanha em 2018, identificando também alguns dos principais desafios que se colocam ao mercado em ambos os países.
O documento analisa ainda os últimos desenvolvimentos económicos e imobiliários em cada um destes mercados. O estudo foi, esta terça-feira, divulgado durante um dos mais importantes eventos sobre este mercado, a NPL Iberia Conference, que se realiza em Madrid e no qual a Prime Yield participa com intervenientes nas sessões de debate dedicadas a Portugal e à América Latina. Na ocasião, a Prime Yield lançou ainda um flash informativo sobre o mercado de NPL na Grécia.
“O mercado ibérico de NPL apresenta dois tipos de oportunidade muito interessantes para os investidores, com diferentes fases de desenvolvimento, retornos e competitividade de bidding. Enquanto Espanha é um mercado mais maduro, onde a transacção de portfólios deste tipo de activos deverá continuar a disparar, Portugal tem vindo a emergir no mapa Europeu de forma mais lenta, mas está agora preparado para descolar em força. E com o crescente interesse dos investidores globais quer por este tipo de activos quer pelas geografias do Sul da Europa, 2018 poderá trazer quase 94 mil milhões de euros de vendas de NPL. E no próximo ano devemos assistir ao acelerar quer no ritmo das vendas quer do volume dos portfólios transaccionados”, comenta Nelson Rêgo, CEO da Prime Yield.
“Além disso, e atendendo ao facto de Espanha ser um mercado mais maduro que Portugal neste campo, fazendo com que por um lado as rentabilidades devolvidas aos investidores sejam hoje mais moderadas e que, por outro lado, a concorrência pelos melhores activos também seja mais forte; é expectável que um número crescente de players especializados comece a desviar as suas atenções para o nosso País, impulsionando fortemente a venda deste tipo de carteiras até ao final do próximo ano”, acrescenta Nelson Rêgo.