Túnel do Marão: Sindicato da Construção defende demissão do ministro da Economia
“O senhor Álvaro (ministro da Economia) não está a ter respeito, quer pelas famílias, quer pelos trabalhadores, quer pelos milhões que estão aqui investidos do Estado”, sublinhou Albano Ribeiro
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O presidente do Sindicato da Construção de Portugal, Albano Ribeiro, defendeu esta quinta-feira a demissão do ministro da Economia, graças ao que considera ser um “desrespeito” pelas partes envolvidas e sobretudo “pela incapacidade negocial que já evidenciou” no processo do Túnel do Marão, sem data prevista para a retoma dos trabalhos.
De acordo com aquele responsável, já passou mais de meio ano e não há previsões para o recomeço dos trabalhos nem explicações para esta suspensão, criticando o papel do Governo em todo o processo. Albano Ribeiro considera que Álvaro Santos Pereira “não recebe nem houve ninguém”. O presidente do sindicato acusou o ministro de “falta de capacidade negocial”, de “não saber conviver democraticamente” e de nem sequer responder aos pedidos de audiência feitos pelo sindicato”. “Acho que é uma brincadeira de mau gosto o que ele está a fazer a esta instituição”, frisou.
Instituição essa que, segundo o sindicalista, apenas quer evitar que os túneis se “transformem numa habitação de luxo para raposas ou coelhos”.
“O senhor Álvaro (ministro da Economia) não está a ter respeito, quer pelas famílias, quer pelos trabalhadores, quer pelos milhões que estão aqui investidos do Estado”, sublinhou. Albano Ribeiro acrescenta ainda que perante o atraso das obras e a pressão a que os trabalhadores estarão sujeitos quando estas forem retomadas, nomeadamente pressão pelo encurtar do prazo de conclusão, o ministro da Economia será responsabilizado por eventuais acidentes que possam ocorrer.
A construção da Auto-estrada do Marão, que inclui o maior túnel rodoviário da Península Ibérica, não tem sido um processo pacífico. Duas providências cautelares interpostas pela empresa Águas do Marão ditaram as duas primeiras suspensões na escavação do túnel. Esta terá sido a primeira causa dos problemas que estão a afectar o projecto.
A isto juntou-se o corte de financiamento por parte do sindicato bancário que financia a obra. O fundo de risco é outra das questões que está, agora, a travar o acordo entre a concessionária e o Governo.
Trata-se de um fundo que visa compensar a exploração por eventuais perdas na procura de tráfego. A concessionária teme que possa haver menos trânsito nesta via do que o inicialmente previsto.