Paulo Jervell, founding partner Openbook Group, Tiago Falcão, managing partner Openbook Real Estate, Diana Noronha Feio, managing partner Openbook Studio e Pedro Pires, founding partner Openbook Group Sentados, da esquerda para a direita: Marianne Caupers, managing partner Openbook Design, Rodrigo Sampayo: founding partner Openbook Group e João Cortes, founding partner Openbook Group
Arquitectura

Openbook: A reestruturação da Firma

Fruto de um processo de reestruturação e rebranding nasce o Grupo Openbook, o qual integra agora cinco entidades: Architecture; Real Estate; Design; Studio e Engineering. Uma transformação que evidencia, desde logo, crescimento do volume de negócios, dos projecto e das geografias onde actua. Paulo Jervell, um dos sócios fundadores do Grupo explica-nos o processo de transformação do escritório, o âmbito de actuação das novas entidades e o seu impacto na arquitectura que praticam e nos valores que defendem

Manuela Sousa Guerreiro
Paulo Jervell, founding partner Openbook Group, Tiago Falcão, managing partner Openbook Real Estate, Diana Noronha Feio, managing partner Openbook Studio e Pedro Pires, founding partner Openbook Group Sentados, da esquerda para a direita: Marianne Caupers, managing partner Openbook Design, Rodrigo Sampayo: founding partner Openbook Group e João Cortes, founding partner Openbook Group
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Openbook: A reestruturação da Firma

Fruto de um processo de reestruturação e rebranding nasce o Grupo Openbook, o qual integra agora cinco entidades: Architecture; Real Estate; Design; Studio e Engineering. Uma transformação que evidencia, desde logo, crescimento do volume de negócios, dos projecto e das geografias onde actua. Paulo Jervell, um dos sócios fundadores do Grupo explica-nos o processo de transformação do escritório, o âmbito de actuação das novas entidades e o seu impacto na arquitectura que praticam e nos valores que defendem

Sobre o autor
Manuela Sousa Guerreiro
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“Pretendemos reforçar o posicionamento do grupo como líder em inovação, com uma oferta integrada ao cliente. Este é o grande motor desta reestruturação”, afirma à Traço Paulo Jervell, um dos sócios fundadores da Openbook. A firma deu lugar a um grupo, que compreende cinco entidades, e que emprega mais 90 colaboradores. No centro de tudo está a arquitectura e a defesa das premissas e dos valores que nos acompanharam a actividade da Openbook ao longo dos anos: “rigor, qualidade, obsessão pelo detalhe e pela funcionalidade”

Paulo Jervell, um dos sócios fundadores a Openbook

Esta apresentação recente que fizeram ao mercado é o resultado de um trabalho que vem sendo feito há pelo menos uns dois anos. Correcto?
São áreas que já trabalhávamos e que criaram universos diferentes. Mas 2024 foi um ano marcante para a Openbook, em que consolidámos o nosso reposicionamento como grupo multidisciplinar. Este movimento estratégico impulsionou o crescimento financeiro – no final de 2024 a Openbook vai ultrapassar os 10 milhões de euros em facturação – a expansão da equipa e a entrada em novos mercados. Com o rebranding lançado este ano pretendemos reforçar o posicionamento do grupo como líder em inovação, com uma oferta integrada ao cliente. Este é o grande motor desta reestruturação.

O que vem mudar este rebranding?
No que diz respeito à evolução das áreas de negócio, este rebranding ou esta reestruturação, aliás, são as duas coisas em simultâneo, surge para clarificar a nossa estratégia de crescimento. Vamos passar a adoptar uma nomenclatura de grupo, grupo esse que vai ter cinco empresas: Openbook Architecture, Openbook Real Estate, Openbook Studio, Openbook Engineering e Openbook Design. Algumas destas empresas são lideradas por parceiros que já colaboravam com a Openbook mas que agora assumem estas áreas de negócio de uma forma independente, mas sempre sob uma visão de grupo. O que queremos é que estas empresas possam desenvolver-se nos segmentos onde são especializadas, com estratégias e objectivos de negócios bem definidos, consolidando o nosso posicionamento enquanto grupo multidisciplinar.

Como é que estas entidades vão operar?
Sempre sob o chapéu do grupo Openbook, no universo de serviços que o grupo presta, mas para um conjunto de áreas de actuação muito mais diversifica daquele que o grupo actuava actualmente. Falando um pouco sobre cada uma destas entidades: A Openbook Architecture, que é, como vocês sabem, é uma empresa fundada em 2007, muito focada na concepção de espaços, muito alicerçada na criatividade e no padrão de qualidade que oferecemos aos clientes e que fomos, ao longo dos anos, expandindo em termos de actuação. Mantemos sempre as premissas e os valores que nos acompanharam ao longo destes anos – rigor, qualidade, obsessão pelo detalhe e pela funcionalidade – valores que, de alguma forma, pautam o crescimento da área da arquitectura. Dada a nossa estratégia de diversificação, o peso dos projectos corporativos foi-se equilibrando com o crescimento de projectos em áreas como saúde, residencial e de hotelaria, que acabaram por assumir, eu diria, uma fatia do bolo muito relevante e neste momento conseguimos inverter a balança. Estávamos muito alicerçados em projectos corporativos, agora temos uma balança muito mais equilibrada e mais diversificada.
No que diz respeito ao Openbook Real Estate, o que é que pretendemos com a criação desta empresa? Oferecer uma experiência global que permite proporcionar aos clientes serviços de análise financeira e planeamento estratégico, orientar os clientes para novas oportunidades de investimento e criar soluções personalizadas que combinem uma visão independente com profundo conhecimento no sector, seja através de mercado de capitais, consultoria imobiliária, estruturação de operações de investimento e mesmo gestão de activos.

O que vos leva a passar da arquitectura para a consultoria em real estate?
Não estamos a passar da arquitectura para a real estate. Desde a criação da Openbook nunca nos revimos como um ateliê de arquitectura. eu costumo dizer que somos uma empresa, neste momento um grupo de empresas, mas éramos uma empresa com um ateliê de arquitectura. Esta sempre foi a nossa estratégia. A consultoria em real estate, como diz e bem, surge também pela mesma razão da criação de outras empresas, aproveitar oportunidades. Através da relação que todas as empresas que hoje em dia fazem parte do grupo, surge um conjunto de oportunidades que, tendo um acompanhamento integral com as várias expertises que existem, permite-nos oferecer um serviço de maior de abrangência, diversidade e qualidade. Isso é a grande, eu diria, atractividade do grupo em ter todas estas empresas. Consoante as necessidades do cliente, conseguimos dar-lhe uma resposta e uma solução final.

O que nos leva então à Openbook Studio. Que serviços oferece esta empresa?
Openbook Studio surge potenciada por um histórico que tínhamos com uma parceira nossa nesta área de interior design. Adquirimos a empresa, na qual temos uma participação maioritária, e assim nasceu a Studio, que está muito focada em hospitality, hotelaria e residencial. A Openbook Studio está já a fazer o novo Choupana Hills, um hotel de cinco estrelas na Madeira, um projecto que teve vários momentos, mas que agora está a todo o vapor. Tem também em curso um projecto de mais de dois mil apartamentos em Hanói, no Vietnam. São quatro torres residenciais e o interior design foi entregue à Openbook Studio.

Temos ainda a Openbook Design…
Openbook Design, à semelhança da Studio, também era uma área de negócio onde já actuávamos com parceiros e, mais uma vez, o que fizemos foi adquirir esta empresa com integração no grupo. A Openbook Design faz única e exclusivamente trabalho de design em termos de wayfinding, sinalética e branding. E é uma área de negócio que acompanha muito a Openbook Architecture e o Openbook Studio. Por exemplo, num projecto corporativo do Openbook Architecture, toda a componente de sinalética, de nomenclatura das salas, de wayfinding em termos de sinalética, naming do edifício, é realizada pela Openbook Design.

Por fim, temos a Openbook Engineering.
Que vem transformar esta visão em realidade na componente técnica, através da gestão do projecto para o cliente. Esta entidade trabalha única e exclusivamente para projectos do grupo. Esta sim, foi criada sem nenhuma aquisição orgânica, foi criada internamente do zero. Obviamente, para efeitos de expertise, fomos buscar ao mercado o responsável desta área, que vem do mundo da engenharia.

Em termos de peso dentro do grupo qual a área que terá maior peso?
Neste momento, a Openbook Architecture continua a ter um peso muito destacado e significativo no que diz respeito ao volume de negócios. No entanto, é expectável, e isso tem vindo já a concretizar-se que a Openbook Real Estate tenha no futuro um peso muito considerável no volume de facturação do grupo e depois todas as outras áreas, afinal, são empresas startup e que obviamente estão a fazer o seu percurso. Não obstante, é importante referir que todas elas, na data zero de criação, sendo todas elas startups, vão ter resultados positivos no final do ano.

Mantêm-se os quatro partners, mas agora temos outros responsáveis. Como está organizado o grupo?
Os quatro partners mantêm-se como os partners da holding do grupo, depois a Openbook Real Estate, a Openbook Studio e a Openbook Design, uma vez que foram adquiridas, são geridas por sócios, managing partners, que têm uma parte do capital de cada empresa. A Openbook Engineering é a única que ainda é detida a 100% pela Holding.

Em que é que se traduz este crescimento em termos orgânicos?
Hoje temos 90 colaboradores, reforçámos as áreas de suporte, da arquitectura, do design e real estate. E depois, como último, daria nota deste reconhecimento internacional, que obviamente é alicerçado no portfólio da empresa e no track record de grande relevância que temos vindo a conseguir e que despoletaram uma série de oportunidades internacionais em várias geografias.

Maior projecção internacional e projectos com impacto

Essa maior projecção internacional vai levar a Openbook para que mercados? A base permanece em Portugal?
Em termos físicos, mantemo-nos com base em Portugal. Ainda estamos no mesmo escritório, mas tivemos que obviamente expandir, neste momento já temos mais um piso aqui no edifício onde estamos. Neste momento, produzimos de Portugal para todas as geografias onde estamos envolvidos. Mantemos o escritório do Brasil em São Paulo e estamos, neste momento, a arrancar, com o escritório no Dubai. Contamos a partir de Janeiro já ter uma presença no Dubai.

Porquê Dubai?
Estamos sempre atentos a novas oportunidades. Tivemos um conjunto de desafios por parte de alguns clientes, internacionais, para desenvolver alguns projectos no Dubai e depois resultado de uma análise estratégica de prospecção de mercado, entendemos que o Dubai é uma excelente base para todo o mercado do Médio Oriente, não só Dubai, mas Arábia Saudita e Qatar. Este é um mercado que está em forte crescimento, valoriza muito os parâmetros de qualidade e de inovação que o grupo detém e entendemos que era um momento para dar o salto

Qual o peso dos diferentes mercados para o grupo?
Diria que neste momento o mercado internacional já poderá representar cerca de 30% do volume de facturação do grupo, com tendência a crescer bastante.

Que projectos destacaria? No panorama nacional este ano têm sido destacados a “nova cidade” para o Novo Banco e a Sede da Galp…
Adicionaria a esses o campus do BNP Paribas, que compreende mais de 30 mil m2, que é um projecto que está em construção. Fora do mercado corporativo destacaria, por exemplo, o projecto do Lote 10 em Alcântara, que é um projeto de um edifício de uso misto, cuja construção irá arrancar no início de 2025, terá mais de 20 mil m2 e vai ser também um projecto muito, eu diria, inovador, quer através das suas técnicas construtivas quer através das soluções que introduzimos no edifício em termos de soluções bioclimáticas, de toda a componente de sustentabilidade. Vai ser adoptada uma solução construtiva metálica, portanto, muito descarbonizada, se assim lhe posso dizer, com uma componente de pré-fabricação, pré modelação para, obviamente, fazer face a grandes problemas que temos hoje em dia no mercado, que é a mão de obra. E essa falta de mão de obra exige quer dos promotores, dos construtores, dos arquitectos e dos engenheiros novas soluções construtivas que permitam de alguma forma colmatar estes aspectos. Estamos ainda a desenvolver os projectos para dois novos hospitais, o Hospital da Luz de Setúbal e o Hospital da Luz do Porto.

E em termos internacionais?
No Luxemburgo estamos a desenvolver um projecto de um novo edifício de escritórios para uma empresa luxemburguesa. Estamos a desenvolver vários projectos em Luanda, que vão ser projectos com uma referência muito forte, e já temos oportunidades concretas em várias geografias, nomeadamente no Dubai, na Indonésia, onde estamos também a explorar um conjunto de projectos em Jakarta.

Pode especificar um pouco o que está a ser feito em Angola?
São três projectos grandes em Luanda. Dois são edifícios de escritórios, entre os 10 a 15 mil metros quadrados, para dois operadores angolanos diferentes. E depois estamos a fazer o masterplan para uma entidade internacional, que vai ser um projeto muito grande, são mais de 160 mil metros quadrados e vai ser um projeto de uso misto, habitação, escritórios, leisure, landscape.

A escolha do momento e o impacto na arquitectura

Este é o timing certo para esta restruturação?
Pensamos que sim, é um culminar de um ano muito forte de grandes transformações e que faz sentido ser agora e faz sentido clarificar esta estratégia, faz sentido dar e começar a trabalhar também numa estratégia de comunicação e de marca para cada uma destas empresas, que têm targets específicos, que vão ser autónomas nas suas áreas e, portanto, precisam também de adequar a sua comunicação aos segmentos onde são especialistas.

Qual foi o investimento realizado?
É muito elevado. Ou seja, há aqui uma grande preocupação do grupo em ter um crescimento sustentado, sempre o tivemos, aliás. Este crescimento prossupõe um investimento numa estrutura local, estabelecermos nestas geografias, e neste caso específico no Dubai, mas passa também por um fortíssimo investimento em termos de crescimento e de consolidação de algumas áreas de suporte, quer na área financeira quer na área dos recursos humanos, quer na comunicação, comercial. Um investimento que o grupo tem vindo a fazer, de forma muito sustentada, sempre recorrendo a capitais próprios.

Qual o impacto deste processo transformador na arquitectura que praticam?
A arquitectura que praticamos será focada nos mesmos valores de sempre: elevada qualidade e rigor com foco no cliente e sempre procurando exceder as expectativas, inovando nas soluções apresentadas. Com esta nova nomenclatura, vamos consolidar um posicionamento multidisciplinar que nos vai permitir ser mais competitivos noutros os segmentos e mercados bem como oferecer uma proposta serviços integrados sempre que faça sentido, mas o ADN com que desenvolvemos os projectos, esse será o de sempre: qualidade, criatividade, inovação e uma grande responsabilidade para com as necessidades e aspirações dos nossos clientes. Queremos estar à frente do mercado e consolidar a nossa liderança no sector.

A nível pessoal, para o Paulo, arquitectura é algo que já só consegue acompanhar à distância?
Somos quatro sócios, três dos quais arquitectos e um financeiro, cada um de nós tem a sua expertise muito própria e às vezes acumulamos responsabilidades, mas cada um tem as suas áreas também bastante bem definidas.
A título pessoal, a arquitectura continua a ser a minha paixão, e mesmo se hoje em dia tenho uma componente muito forte ou relevante em termos de exigência na gestão do grupo, sem a paixão pela arquitectura é difícil incutir toda esta componente de inovação e de transformação do talento interno que temos na empresa, se não estivermos envolvidos nos projectos. O crescimento da empresa para 90 colaboradores, por mais asset que estes colaboradores já o sejam, toda a cultura, e agora vou-me desfocar dos valores do grupo, mas focar-me nos valores da arquitectura, todo o ADN da arquitectura do grupo, linguagem arquitectónica que nós defendemos esta preocupação pelo detalhe, pela qualidade, pela funcionalidade, se isto tudo não é passado e incutido na equipa, o grupo não consegue crescer de forma sustentada mantendo este foco.

 

Sobre o autorManuela Sousa Guerreiro

Manuela Sousa Guerreiro

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Investimento imobiliário deverá beneficiar da estabilização das condições macroeconómicas e políticas, voltando a superar os 2.000 milhões de euros em 2025, estima a Prime Yield no estudo “Guia de Investimento Imobiliário na Ibéria 2025”. Para o corrente ano a estimativa é que a actividade possa superar o valor atingido em 2024 em cerca de 10% a 15%

A continuidade das políticas monetárias, com redução das taxas de juro e controlo da inflação, e a estabilização da conjuntura política nacional, com as eleições desta semana, deverão ter um efeito positivo sobre a confiança dos investidores. Assim, depois da recuperação de 40% em 2024, para cerca de 2.400 milhões de euros transaccionados, o mercado português de investimento imobiliário tem condições para voltar a atingir esta marca, prevê a Prime Yield, que divulgou o estudo “Guia de Investimento Imobiliário na Ibéria 2025”.

O Guia dá a conhecer os principais traços da actividade imobiliária no último ano em Portugal e Espanha, disponibilizando ainda um enquadramento legal comparativo focado nos REIT’s e nas SIC’s. O enquadramento económico para ambos o país dá o pontapé de saída nesta ferramenta essencial para os investidores que olham ou que já estão activos neste mercado.

“O imobiliário ibérico continua no radar dos investidores, para quem é essencial estar informado sobre o desempenho do mercado em Portugal e Espanha. Esse é o ponto de partida para este research, onde fornecemos uma visão actualizada do desempenho ocupacional e da dinâmica de investimento dos segmentos de escritórios, residencial, logística, retalho e hotelaria, com um olhar mais atento a Madrid e Barcelona, em Espanha, e Lisboa e Porto, em Portugal. O estudo disponibiliza ainda um enquadramento legal comparativo focado nos REIT’s e nas SIC’s, afirmando-se como um roteiro essencial para os investidores que já estão presentes ou pretendem investir no mercado imobiliário ibérico”, explica Francisco Virgolino, managing director da Prime Yield.

A componente jurídica é desenvolvida em parceria com a Pares Advogados. “O investimento imobiliário em Portugal registou um crescimento significativo nos últimos anos, impulsionado por factores como o forte crescimento da actividade turística do país, os incentivos ao investimento estrangeiro (Golden Visa e programas de residentes não habituais) e taxas de juro historicamente baixas. Neste contexto, os Organismos de Investimento Colectivo desempenham um papel fundamental, permitindo a vários investidores reunir capital para investir em carteiras diversificadas de imóveis, geridas por entidades profissionais, bem como a investidores institucionais, para investir no mercado imobiliário português”, considera Tiago Gama, sócio da Pares Advogados. “Estes veículos oferecem uma via mais acessível e económica para o investimento imobiliário, com um tratamento fiscal claramente mais favorável, especialmente para os investidores estrangeiros. Tendo em conta a crescente necessidade de imóveis a preços acessíveis aos cidadãos portugueses, acreditamos que os Organismos de Investimento Coletivo desempenharão um papel fundamental na resolução deste problema num futuro próximo”, continua o advogado.

Relativamente ao mercado imobiliário português, a Prime Yield realça as boas perspectivas para o investimento em imobiliário comercial ao longo deste ano, estimando que a actividade possa, pelo menos, sustentar o nível de transacções registado em 2024, da ordem dos 2.400 milhões de euros, ou até superar este patamar em cerca de 10% a 15%. Recorde-se que o investimento em imobiliário recuperou cerca de 40% em 2024, com o forte contributo do último trimestre do ano, o qual concentrou quase metade da actividade anual e assinalou o regresso dos negócios de grande dimensão, com relevo para o segmento de retalho. Este ano deverá dar continuidade a esta tendência, beneficiando adicionalmente de condições macroeconómicas mais favoráveis e do aumento de liquidez a nível global.

Francisco Virgolino explica que “Portugal tem uma posição consolidada no mapa internacional do investimento imobiliário. Estamos inquestionavelmente no radar dos investidores, com um imobiliário de qualidade e bons indicadores de desempenho a nível de ocupação, disponibilidade e rendas nos diversos segmentos. A quebra a que assistimos em 2023 foi fruto da adversidade das condições macroeconómicas globais, marcadas pela pressão inflacionista e o forte aumento das taxas de juro, o que afectou a liquidez e capacidade de alavancagem dos investidores, além da sua confiança. No ano passado, com a melhoria deste quadro, a actividade retomou e Portugal, mantendo fundamentais sólidos, recuperou, numa trajectória comum a tantos outros mercados europeus.”

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O gabinete de arquitectura do Porto, OODA, apresentou o seu novo projecto na Albânia. Desta vez a OODA saí de Tirana, a capital, para a Riviera Albanesa é lá que o “The Concave”, um hotel boutique, ganha formas num exercício pleno de adaptação e imersão com a natureza e topografia locais

“The Concave”, com assinatura do Oporto Office for Design and Architecture, OODA, é o novo projecto concebido pelo gabinete de arquitectura portuguesa para a Albânia. Desta vez, a OODA saí de Tirana, a capital, para “explorar” a bela costa albanesa. É lá, mais precisamente na praia de Llamani, um conhecido, mas pouco explorado, destino turístico, que nasce “The Concave”, um projecto para um hotel boutique premium, assim baptizado pela sua forma concava, que respeita os contornos da escarpa rochosa que abriga a praia. Neste projecto a abordagem primeira da arquitectura foi assumidamente a de se adaptar e não se impor à natureza e topografia do local.

Implantado num terreno de 56.000 m², o empreendimento abrange 10.835 m² e contará com 63 quartos, um centro de bem-estar de 460 m², piscinas, coberta e ao ar livre, áreas de lazer, restaurantes e bares, além de estacionamento interno privativo com espaços externos adicionais para acesso à praia. Um programa intenso que obrigou ao que o gabinete chama de “exercício de precisão”, onde “forma, sombra e materialidade respondem ao ambiente, absorvendo e reflectindo a paisagem circundante”, ao mesmo tempo que garante um “diálogo fluído entre os elementos construídos e naturais”.

“Como parte de um plano director mais amplo, a intervenção redefine a orla, estabelecendo uma identidade arquitectónica coesa que respeita a autenticidade bruta do local. Um sistema de estacionamento cuidadosamente projectado melhora a funcionalidade e a continuidade da paisagem, oferecendo espaços adaptáveis para interacção cultural e social”.

O projecto prioriza a sustentabilidade, incorporando “energia solar, estratégias de conservação de água e a preservação da flora nativa”, alinhando-o com as necessidades contemporâneas do ecoturismo e o desenvolvimento de baixo impacto, como forma de preservar o frágil ecossistema da Riviera Albanesa. “A topografia ousada e escultural exige uma arquitectura que seja ao mesmo tempo adaptável e respeitosa. Ecoturismo, desenvolvimento de baixo impacto e uma profunda imersão na paisagem definem a abordagem de design aqui. Em vez de dominar a cena, a arquitectura a enquadra e amplifica”, defende o gabinete português.

A 5ª fachada

Neste exercício de integração, a assunção do telhado é feita como se de uma quinta fachada se tratasse. Uma opção explicada pelo facto do hotel e seu plano director serem vistos inicialmente de cima. “Assim, o telhado torna-se a quinta fachada, onde a arquitectura se dissolve no terreno. Essa perspectiva aérea guia as escolhas de materiais e a composição volumétrica, assegurando uma integração total com a paisagem”.

O projecto dialoga com as várias camadas de história que caracterizam o local – desde fortificações venezianas, relíquias otomanas e intervenções moderna – sem, todavia, as replicar propondo uma narrativa contemporânea que respeita o passado, mas olha para o futuro.

Ficha técnica

  • Data: 2025
  • Localização: Llaman Beach, Albania
  • Área: 5.832 m2
  • Arquitectura: OODA
  • Engenharia: LA-III

 

Sobre o autorManuela Sousa Guerreiro

Manuela Sousa Guerreiro

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Muitos chavões, poucas medidas. Programas eleitorais para todos os gostos

A habitação domina or programas eleitorais, como seria de esperar, mas estranhamente não há muitos números para apresentar, com metas e orçamentos estimados. A simplificação administrativa também domina os programas para as legislativas de 202

Ricardo Batista

Duas moções de censura rejeitadas, o sinal de desconfiança numa moção de confiança, os avanços e recuos em torno dos esclarecimentos sobre a Spinumviva e voilá. Estão reunidos os ingredientes perfeitos para as terceiras eleições legislativas no espaço de três anos. Nesta fase, pouco caberá discutir se havia ou não razões para chegarmos a este ponto. As eleições estão agendadas e os partidos com assento parlamentar apresentaram os programas eleitorais que vão sujeitar ao escrutínio dos portugueses no próximo dia 18 de Maio. Pelo meio, os entraves próprios de um executivo em gestão e a forma como lida com investimento publico que fica congelado e com a execução do Plano de Recuperação e Resiliência que, antes da queda do Governo já estava com os prazos esmagados e melhor não ficou com a dissolução da Assembleia.

AD
PSD e CDS voltam a concorrer coligados, agora sem a companhia do Partido Popular Monárquico e, no essencial, mantêm a linha que vinham seguindo e que já tinham proposto nas últimas eleições. Desde logo a aposta num país mais competitivo, moderno e atractivo, apostando “na construção de mais habitação, flexibilizando regras e incentivando a reabilitação urbana, com mais casas públicas e financiamento municipal”. “Investi¬mos em infraestruturas estratégicas, como o grande programa de gestão de água, essencial para o consumo, agricultura e indústria”, pode ler-se. A Aliança Democrática propõe-se execu¬tar 59 mil casas públicas a preços acessíveis e disponibilizar financiamento para mais projectos municipais, num universo global não quantificado. O programa eleitoral da AD tem a particularidade de reassumir algumas das linhas que o Governo vinha assumindo, não sendo por isso de estranhar que, em muitas das alíneas que constam no documento, o tempo verbal usado seja o pretérito perfeito e não o futuro. Falamos, nomeadamente, da “flexibilização das limitações de ocupação dos solos, densidades urbanísticas (incluin¬do construção em altura) e exigências e requisitos construtivos, bem como a possi¬bilidade de aumento dos perímetros urbanos, garantindo uma utilização do território de forma sustentável e socialmente coesa e harmoniosa para garantir acesso à ha¬bitação” ou mesmo na área da coesão do território, onde a AD recorda que “assinámos contratos para construção de 124 novos centros de saúde e requalificá¬mos 347 unidades já existentes, com investimentos de 272,8M€ e de 274,9M€, respe¬ctivamente” ou as “26 escolas no Norte e Algarve através do PRR”. Pelo meio, a AD reitera a importância da “aplicação de IVA à taxa mínima de 6% nas obras e serviços de construção e reabilitação, com limite de incidência no valor final dos imóveis, e alargamento da dedutibilidade. Na agenda, consta também “continuar o investimento público directo na criação e requalificação de alojamento para os estudantes do Ensino Superior, através da construção de novas residências (utilizando o Plano de Recuperação e Resiliência e o PT 2030), bem como realocando e recuperando para esta função edifícios devolutos do Estado” ou “contratualizar com autarquias locais, instituições sociais e investidores privados a construção de residências estudantis, com custos acessíveis para os Estudantes”.

PS
Em relação ao Partido Socialista, o contexto em que decorrem estas eleições tem a particularidade de colocar os partidos a apresentar medidas ou a inaugurar obras propostas pelo executivo anterior. Veja-se, por exemplo, a área dos transportes, onde o PS propõe “o planeamento de longo prazo nas infraestruturas de transportes como essencial, desde logo, pelo tempo que demora entre o momento da decisão e a conclusão das obras, e pelos avultados investimentos que lhes estão associados. Além da rede ferroviária pesada, os sistemas de transporte metropolitano, os Metros, integram o primeiro nível de estruturação da rede de transportes nas Áreas Metropolitanas de Lisboa e Porto (AML) e (AMP). Tanto o Metropolitano de Lisboa como o Metro do Porto têm em curso obras de construção de novas linhas ou prolongamento das existentes. Em Lisboa, o Metro vai chegar à Estrela, a Santos, a Campo de Ourique e a Alcântara. Para Odivelas e Loures, está prevista uma nova linha de Metro Ligeiro. A sul do Tejo, planeia-se o alargamento do Metro Ligeiro até à Costa da Caparica e Trafaria. Todas estas linhas e prolongamentos têm sido, no entanto, planeadas de forma isolada, sem uma visão de rede para a AML. “Isto contrasta com o que se passa na AMP. No caso do Metro do Porto, estão em construção novas linhas na Baixa do Porto e entre o Porto e Gaia que estavam planeadas desde o início do sistema, que incluía também os outros prolongamentos que já estão em estudo”, lê-se. A habitação é também uma das prioridades do Partido Socialista, que se propõe a “criar instrumentos permanentes de financiamento da construção de habitação pública, especialmente dirigida à classe média, jovens, trabalhadores deslocados e estudantes do ensino superior, ampliando as soluções já postas em prática pelo Partido Socialista, criando uma dotação anual, financiada por parte dos dividendos da CGD, destinada à promoção e manutenção de habitação pelas autarquias”. “Não há soluções únicas nem milagrosas para responder à crise da habitação, mas há um caminho claro: assumir a habitação como desígnio colectivo, com contributo do Estado, sector privado e cooperativo; assumir que é um direito de todos – não só dos mais carenciados, mas também da classe média, hoje igualmente excluída. Cabe ao Estado agir com coragem, escala e visão de futuro para responder àquele que é hoje o maior desafio nacional”, pode ler-se no documento que propõe “o reforço do parque habitacional público é a medida mais importante para ultrapassar a crise da habitação, não só para assegurar respostas acessíveis, mas também para, no conjunto da oferta, contribuir para a regulação dos preços”. Neste domínio, o PS propõe igualmente promover “a reorientação das entidades promotoras de políticas de habitação, nomeadamente o IHRU e a Construção Pública, no que respeita à respectiva autonomia e à valorização dos recursos humanos”. “O País já construiu mais de 120 mil casas por ano”, recorda o partido liderado por Pedro Nuno Santos, que sublinha, de igual modo que “actualmente, constrói cerca de 30 mil. Portugal tem capacidade para fazer mais apostando também na industrialização e em métodos construtivos mais rápidos e sustentáveis. Para reforçar o sector da construção, o PS vai assegurar a integração de soluções de habitação acessível no licenciamento de novos projectos, nomeadamente através do aumento da capacidade construtiva e da introdução, em articulação com as autarquias, de uma quota mínima de fogos a afectar a arrendamento habitacional a custos acessíveis ou habitação a custos controlados nos novos projectos. O PS propõe também promover a industrialização do sector da construção e a construção verde, sustentável e projectos de eco-design, através de um quadro legal e concursal capaz de dinamizar o sector; estimular a digitalização dos sectores da Arquitectura, Engenharia, Construção e de Gestão ao longo do ciclo de vida de um Projecto ou, com data definida, concretizar até 2026 o Código da Construção.

Chega
Dos últimos a apresentar ao seu programa eleitoral, o Chega mantém incontornável a orientação em torno da habitação, defendendo a adaptação do Programa Nacional de acesso à primeira Habitação Jovem, ultrapassando as actuais limitações tais como: que sejam elegíveis ao apoio casais com um adulto com mais de 35 anos, que seja financiada a aquisição de terrenos mistos (urbano e rústico) e contemplado o investimento extra para requalificação de imóveis devolutos. O partido de André Ventura propõe Incentivar a construção e reforma urbana, promovendo-se o aumento significativo da oferta, que passa não só pela construção de novos imóveis e reabilitação do edificado existente, mas também pela resolução de desafios estruturais como a falta de mão-de-obra qualificada e a elevada burocracia nos processos de licenciamento e urbanismo, do mesmo modo que pretende proceder a uma reforma legislativa que assegure estabilidade e segurança jurídica, garantindo um quadro normativo claro e coerente, que permita uma resposta eficiente às necessidades habitacionais do país, nomeadamente, a implementação de políticas consistentes e de longo prazo para atrair capital nacional e estrangeiro, essencial para dinamizar o sector e aumentar a oferta habitacional. Não é, igualmente, de estranhar que a questão imigratória tenha uma linha no capítulo da habitação, naquela que é uma tónica da acção ideológica do Chega. Segundo o partido de André Ventura, “a política de imigração descontrolada agravou significativamente a crise habitacional, contribuiu para um aumento exponencial da procura, para a sobrelotação de habitações e consequentemente para o aumento desproporcional dos custos no mercado”. Pelo meio, o Chega propõe “estimular e incentivar a construção de habitação acessível por meio de parcerias entre o sector público e privado, utilizando terrenos públicos com concessão de 90 anos e estabelecendo rendas a custos controlados”.

IL
Tirando raras excepções, o que em muitos casos sobra em ideias genéricas falta em medidas mais concretas. É, de certa forma, o caso da Iniciativa Liberal que, no programa que preparou para as legislativas de 2025, espera “recuperar a confiança no mercado de arrendamento” e “aumentar a oferta de construção”. Para isso, o partido liderado por Rui Rocha defende que para aumentar a oferta de habitação, “é essencial disponibilizar mais terrenos para construção e maximizar a sua utilização, nomeadamente através da construção em altura, sempre em respeito pelos Planos Directores Municipais (PDM). Esta abordagem deve não só ser contemplada, como também incentivada na redacção deste Código”, sendo que para isso é importante promover “parcerias público-privadas com projectos habitacionais mistos (arrendamento acessível e mercado livre)”. A Iniciativa Liberal, ao contrário daquelas que têm sido as posições assumidas pelos Governos nos últimos anos, acredita que o mercado de arrendamento impulsiona-se com medidas de índole positiva e incentivadoras da disponibilização do património e não com medidas impositivas ou castradoras de oferta nas suas diferentes gamas. De resto, a IL pretende criar um regime de pré-licenciamento urbanístico automático para projectos de construção em áreas de elevada procura definidas no PDM, com requisitos pré-definidos e fiscalização rigorosa, simplificar a legislação de arrendamento e os processos de licenciamentos municipais e simplificar o quadro regulamentar e eliminar normas desnecessárias que encarecem a construção e facilitam a corrupção. O partido de Rui Rocha propõe igualmente Reformar a Agência Portuguesa do Ambiente e o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, assim como “adoptar um modelo digital de submissão e avaliação de pedidos, com prazos vinculativos para resposta, para evitar atrasos injustificados”.

Bloco de Esquerda
Invariavelmente, o Bloco de Esquerda também aponta baterias à questão da habitação, mas numa perspectiva algo distinta. Para este colectivo, tão importante quanto a construção de habitação pública é o limite de rendas no património que existe. “Temos sido o país da zona euro com maior aumento de preços da habitação e somos um dos países do mundo onde as casas são mais caras. O preço da habitação é uma condenação dos jovens e uma angús¬tia para os mais velhos e está a empobrecer a maioria”, pode ler-se no programa do Bloco, para quem “mudar de vida é ter uma casa decente e que o salário a possa pagar. Vamos estabelecer um tecto nas rendas, ou seja, valores máximos de acordo com a localização e as características dos imóveis; parar a construção de hotéis; reduzir o alojamento local onde o turismo é excessivo; acabar com os vistos gold e construir casas públicas para baixar os preços”. “O Bloco luta para garantir serviços públicos de qualidade na habitação, saúde, educação, transportes, transição energética e combate à poluição fóssil”, pode ler-se no programa do Bloco que será sufragado a 18 de Maio.

PCP
O caminho da alternativa que é definido pelo PCP traça-se não apenas ao nível da primeira habitação como para o alojamento. No programa pode ler-se que “no Ensino Superior e na Ciência é decisivo garantir o acesso de todos os estudantes, eliminando as propinas de todos os ciclos e reforçando a acção social escolar, designadamente no alojamento, concretizando, a partir de edifícios públicos já existentes e de construção nova, a abertura de 30 mil novas camas públicas nos próximos 3 anos. Para os comunistas, o direito à habitação está hoje comprometido. A resposta a esta necessidade exige um forte e permanente investimento em habitação pública, concretizado com a mobilização de fundos públicos, com o valor anual de 1% do PIB, canalizado para as necessidades de construção, reabilitação e manutenção a concretizar no quadro de um Programa Nacional de Habitação, a criar, que contribua para alargar o arrendamento de carácter social e a custos acessíveis dirigido a diversas camadas da população. Entretanto são necessárias medidas imediatas para fazer baixar o valor das rendas – com a fixação de valores máximos das rendas em contratos em vigor e novos contratos, a revogação da “Lei dos Despejos”, a estabilidade dos contratos fixando em 10 anos o período mínimo para a sua duração. Os comunistas procuram alargar a oferta de habitação pública e de habitação a custos controlados mobilizando património público para fins habitacionais, apoiando o movimento cooperativo; criando programas de residências universitárias com construção a custos controlados de acesso gratuito, dotar o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) de meios necessários e equipas técnicas, bem como requalificar o parque habitacional que é sua propriedade. A questão do modelo em que a construção deve ser desenvolvida está também nas linhas programáticas do PCP, nomeadamente ao nível das grandes infraestruturas, que para os comunistas “têm de ser integradas, garantindo a sua natureza e gestão públicas, numa visão de médio e longo prazo do desenvolvimento e incorporação de produção nacional. O Plano Nacional de Investimentos PNI2030 deve ser redefinido para dele excluir em definitivo o recurso ao modelo das PPP”

Livre
Do lado do Livre, liderado por Rui Tavares, surge a intenção de garantir o direito à habitação (prioridade à publica e cooperativa), criando o serviço nacional de habitação, estipulando o objectivo de alcançar 10% de habitação pública até 2040, constituindo um fundo para as políticas para a habitação pública (atribuir 1.000 milhões de euros anuais para a habitação pública para alcançar 600 mil fogos de habitação social e arrendamento acessível), implementando e alargando a Nova Geração de Cooperativismo para a Promoção de Habitação Acessível, reabilitando o parque imobiliário público, aumentando as vagas em residências de estudantes, criando o Balcão da Habitação e reforçando o IHRU. O Livre defende igualmente o combate à especulação imobiliária, revogando as alterações ao Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial (RJIGT) – a chamada lei dos solos-, implementando uma política fiscal na habitação (através do aumento do imposto sobre mais-valias considerando 100% do valor para englobamento para venda de segundas habitações por mais de 250 mil euros e ainda através da proibição de compra de casas de férias por cidadãos não residentes em Portugal durante cinco anos). Neste ponto, o Livre quer ainda restringir e limitar a renovação de licenças de Alojamento Local (AL) em áreas com forte pressão turística, rever o estatuto de benefícios fiscais para imóveis e reformular o cálculo do IMI reduzindo para habitação permanente e aumentando para imóveis devolutos;

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Ricardo Batista

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“Fiasco”, um dos mais recentes projectos de Diogo Aguiar Studio é um dos cinco finalistas da categoria de Interiorismo
Arquitectura

Quatro finalistas portugueses na 67ª edição dos Prémios FAD

Os 23 finalistas da edição de 2025 dos Prémios de Arquitectura e Design de Interiores FAD são conhecidos e quatro são portugueses. O prémio reúne os projectos arquitectónicos mais destacados da Espanha e de Portugal e é dividido em quatro categorias: Arquitectura, Design de Interiores, Cidade e Paisagem e Intervenções Temporárias

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Os Prémios de Arquitectura e Design de Interiores FAD, atribuídos pela associação espanhola Arquinfad, destacam projectos arquitectónicos mais destacados da Espanha e de Portugal. Na sua 67ª edição, são 23 os finalistas, escolhidos de entre as mais de 450 candidaturas. Quatro são portugueses.

Localizado na Avenida Rodrigues de Freitas, 133, no Porto, “Fiasco”, um dos mais recentes projectos de Diogo Aguiar Studio é um dos cinco finalistas da categoria de Interiorismo. “Fiasco” combina, simultaneamente, espaço de refeições (dia), bar cocktails (noite) e loja de vinis (dia e noite).  O projecto, visitado pelo júri internacional em Abril, foi valorizado pela sua relação exposta ao contexto urbano, pela coerência estética e unitária do desenho espacial e pela pertinente versatilidade funcional, que respondem a um programa múltiplo e ecléctico de forma fluída, coesa e original, criando uma experiência imersiva que mistura som, gastronomia e convívio.

A “Casa em Olhão”, de Marlene dos Santos e Bruno Oliveira é finalista na categoria Arquitectura. Neste projecto de conversão de uma parte de uma antiga fábrica de bacalhau em uma casa de férias unifamiliar centrada em torno de um pátio, o júri valorizou a restauração de uma estrutura preexistente, apesar de sua falta de valor patrimonial, com o objectivo de preservar a memória do bairro. A estratégia de conversão é sincera na diferenciação de materiais entre o novo e o pré-existente, através do uso de materiais sem revestimentos ou adições. Os espaços de estar que giram em torno do pátio são habilmente resolvidos, criando um diálogo entre as paredes da antiga fábrica e as da nova casa, através de caminhos que as conectam.

Na categoria Cidade e Paisagem a Estufa Pedagógica da Quinta de Serralves está entre os finalistas. O projecto da autoria de Carlos Azevedo, Luís Sobral, João Crisóstomo, depA architects, é um espaço multifuncional dedicado a actividades educativas na Quinta de Serralves, caracterizado por uma estrutura de duas partes: a parede e a cobertura que formam a estufa. O júri elogiou a integração da estrutura no declive natural do prado e a flexibilidade dos grandes blocos de granito local, aliados à cobertura aberta de madeira, que se deixa preencher e contaminar pela vegetação plantada, criando um espaço educativo ligado ao parque da Quinta de Serralves.

Por fim na categoria “Pensamento e Crítica”, surge o livro “Aprender a Desaprender”, coordenado por Paulo Moreira. O qual é um convite a pensar o papel da arquitectura nos debates e práticas actuais relacionados aos processos de colonização.

A cerimónia de entrega dos prémios e a revelação dos vencedores ocorrerá no Teatre Lliure em Barcelona, Espanha, a 10 de Junho.

Os Prémios FAD de Arquitectura e Design de Interiores reúnem os projectos arquitectónicos mais destacados da Espanha e de Portugal e são divididos em quatro categorias: Arquitectura, Design de Interiores, Cidade e Paisagem e Intervenções Temporárias. Este foco na arquitectura mediterrânica e atlântica faz destes prémios um indicador anual do estado da disciplina, permitindo-lhes também antecipar tendências futuras.

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Obras ferroviárias na Beira Alta concluídas até ao final de Junho

Um responsável da Infraestutura de Portugal (IP) disse hoje no Porto que as obras ferroviárias na Linha da Beira Alta vão acabar no final do semestre, havendo depois lugar à certificação, com uma calendarização mais incerta

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“Temos previsto acabar as obras ferroviárias no final deste semestre, final de junho/princípios de julho, e depois entra-se na fase de certificação, e a fase de certificação é uma fase que nós não sabemos quanto tempo é que vai durar, porque depende de entidades independentes sobre as quais a IP não tem qualquer controlo”, disse hoje Henrique Teles.

O responsável da IP falava durante o Seminário de Transporte Ferroviário organizado pelo Transportes & Negócios, que decorre hoje num hotel no Porto.

“Esperamos que no segundo semestre estejam as certificações completas. O senhor ministro [das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz] já disse que [a certificação] ia sair no verão, portanto é essa a nossa expectativa, de termos no verão a certificação concluída” referiu.

No dia 31 de março, o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Miguel Pinto Luz, disse que a obra de construção civil da Linha da Beira Alta estava concluída, mas lembrou que o período de certificação deverá demorar “alguns meses” e condicionar a sua reabertura.

“Ficou hoje claro que no primeiro trimestre de 2025 ficou concluída a obra de construção civil e agora vamos iniciar os passos para a certificação para a abertura comercial”, informou Miguel Pinto Luz, na ocasião.

O ministro das Infraestruturas e Habitação realizou naquele dia uma visita técnica à linha ferroviária da Beira Alta, entre as estações ferroviárias de Mortágua e de Pampilhosa.

No final do percurso, na estação de Pampilhosa, Pinto Luz disse aos jornalistas que o processo de certificação é longo e “vai demorar seguramente alguns meses”. Por isso, não avançou qualquer data para a sua reabertura.

A Linha da Beira Alta encerrou em abril de 2022 para ser alvo de obras de modernização, por um período previsto de nove meses.

Em novembro de 2024 reabriu o troço entre a Guarda e Celorico da Beira, enquanto o troço entre Celorico da Beira e Mangualde acabou por abrir ao serviço comercial no dia 06 de abril.

De acordo com Pinto Luz, a estratégia que o Governo delineou no ano passado com a Infraestruturas de Portugal (IP), de abertura parcial de cada um dos troços, “é uma estratégia vencedora”, porque foi “permitindo aos concidadãos a utilização desta linha”.

Aos jornalistas realçou que o investimento numa obra “desta magnitude e complexidade” ficou abaixo dos 675 milhões de euros, financiada a quase 50% com fundos comunitários.

“Esta obra é de relevantíssima importância, nomeadamente a Concordância da Mealhada. Nós não podemos trabalhar rodovia, ferrovia, separado daquilo que é a política dos portos nacionais, aquilo que é a política de logística”, afirmou.

Para o ministro, o investimento em ferrovia deve ser uma prioridade, uma vez que “Portugal está muito à frente da média europeia em termos de rodovia, mas está muito atrás da média europeia em termos de ferrovia”.

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França financia reabilitação de infra-estruturas na Guiné-Bissau com 4M€

A França doou à Guiné-Bissau quatro milhões de euros para reabilitar um liceu e construir, de raiz, um pavilhão multiusos

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A Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) disponibilizou ao Governo da Guiné-Bissau quatro milhões de euros para a construção de um pavilhão desportivo e a reabilitação de um liceu em Bissau, num projecto que irá beneficiar 6.500 alunos.

“É um projecto que nos vai ajudar a ter boas escolas” na capital guineense, defendeu um dos directores gerais do ministério da Educação guineense, Idrissa Camará.

Idrissa Camará apresentou, no Centro Cultural Franco-Guineense, em Bissau, o projecto gerido pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).

O responsável disse que o apoio da AFD vai ajudar o sistema educativo, em Bissau, a recuperar o número de alunos nas escolas.

No entanto, diz a Lusa, Camará referiu que o projecto contempla a reabilitação de 37 salas de aulas do Liceu Agostinho Neto, em avançado estado de degradação, o que fará com que o estabelecimento passe dos actuais cerca de dois mil alunos para quatro mil alunos.

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Efacec assina maior contrato da empresa em Portugal

A Efacec foi seleccionada para desenvolver e fornecer soluções para a Linha Vermelha do Metro de Lisboa. Este é o maior contrato da empresa no mercado nacional, no sector da ferrovia e metro 

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A Efacec foi selecionada para o desenvolvimento e fornecimento de soluções chave na mão no sector do metro pesado, no âmbito da extensão da Linha Vermelha do Metro de Lisboa entre São Sebastião e Alcântara.
O contrato agora adjudicado, o maior da Efacec no sector da ferrovia e metro em Portugal, inclui a concepção e construção dos sistemas de energia de tracção, baixa tensão, ventilação, bombagem, SSIT e CCTV.

O ACE, constituído pela Mota-Engil e pela Spie Batignolles, responsável pela empreitada geral de construção da extensão da Linha Vermelha “depositou a sua confiança na Efacec para esta importante subempreitada, reforçando a participação da empresa na expansão do Metro de Lisboa, cliente que conta com produtos e soluções Efacec nas mais diversas áreas tecnológicas”, refere nota enviada à comunicação social.
A relação da Efacec com a Mota-Engil e com o Metro de Lisboa remonta já a várias décadas, tendo a empresa sediada na Arroteia, em Matosinhos, sido responsável pela construção de todas as subestações de tracção em serviço. Destaca-se ainda o sistema de telecomando de energia de toda a rede do metropolitano que, a par de diversos outros sistemas, têm vindo a ser fornecidos e instalados pela empresa, tanto no âmbito das expansões da rede como nas intervenções de renovação e melhoria dos sistemas em operação.

 

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“ZEB: Arquitectura para um Futuro com Balanço Energético Zero”

O evento organizado pela marcas Zehnder, Griesser e Knauf Insulation, em parceria com a Ordem dos Arquitectos, pretende capacitar os profissionais para o novo cenário regulamentar e construtivo associado ao padrão ZEB (Zero Emissions Building)

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A transição para edifícios com balanço energético zero (ZEB) é um dos grandes desafios e uma oportunidade transformadora para a arquitectura contemporânea. A pensar nisso, as marcas Zehnder, Griesser e Knauf Insulation, em parceria com a Ordem dos Arquitectos, organizam no próximo dia 27 de Maio, em Lisboa, o evento “Habitação 360º: ZEB – Arquitectura para um Futuro com Balanço Energético Zero”.

Destinado a arquitectos, projectistas e profissionais do sector da construção, o encontro propõe uma tarde intensiva de conteúdos técnicos e partilhas práticas, com o objectivo de capacitar os profissionais para o novo cenário regulamentar e construtivo associado ao padrão ZEB (Zero Emissions Building).

O programa tem início com a intervenção de Marlene Roque, representante da Ordem dos Arquitectos, que abordará os requisitos técnicos e normativos exigidos para projectos que pretendam cumprir (e superar) os objectivos ZEB.
Segue-se uma demonstração teórica e prática de soluções 360º, com maquetas expositivas das três marcas organizadoras, focadas em estratégias integradas de isolamento térmico e acústico, ventilação mecânica controlada e sombreamento inteligente, componentes fundamentais para garantir conforto e desempenho em edifícios de nova geração.

A tarde termina com um momento de cocktail e networking informal, pensado para a partilha de ideias e construção de novas ligações profissionais.

A participação é gratuita, mas sujeita a inscrição obrigatória.

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Ricardo Marques é o novo CEO-Adjunto da iad Portugal

No ano em que celebra 10 anos de presença no mercado português, a rede de consultores imobiliários independentes da Europa reforça a sua estrutura de gestão com a integração de Ricardo Marques

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Ao longo da última década, a iad Portugal tem vindo a construir um percurso de crescimento a nível nacional, através de um modelo de negócio inovador e 100% desmaterializado, promotor do empreendedorismo. Hoje com 1000 consultores independentes em todo o país, a rede reforça a sua ambição de crescimento no mercado português. É em linha com esta visão de crescimento que Ricardo Marques assume o cargo de CEO-adjunto da iad Portugal, no âmbito do qual trabalhará de perto com o CEO da rede, Alfredo Valente.

Com um percurso profissional diversificado, Ricardo Marques iniciou a sua carreira em empresas como a BOSCH e o Grupo Ramos Catarino, onde exerceu funções de liderança, incluindo director geral adjunto (2010) e presidente da comissão executiva (2011). Em 2014 ingressa no sector imobiliário, na RE/MAX, onde permaneceu durante uma década, tendo colaborado RE/MAX Alemanha durante cinco anos, na formação e desenvolvimento da equipa de business development. Mais recentemente, em 2024, assumiu a direcção geral da MELOM Obras.

“No momento em que se comemoram 10 anos de actividade da iad Portugal, posicionamo-nos para a próxima década. Somos já um player incontornável da mediação imobiliária em Portugal e fomos, arrisco dizê-lo, fundamentais na mudança e modernização do sector. Mas queremos mais, queremos chegar muito mais longe, razão pela qual precisamos de nos rodear das pessoas certas para enfrentar os desafios que o futuro nos reserva. E é neste contexto que acolhemos o Ricardo Marques como CEO-Adjunto da iad Portugal. Com uma década de experiência na mediação imobiliária, em funções de topo, o Ricardo reúne todas as condições para ajudar a iad a caminhar no sentido de ajudar cada vez mais portugueses a concretizar os seus projectos imobiliários e contribuir para levar a iad à liderança de mercado”, sublinha Alfredo Valente, CEO da iad Portugal.

Ricardo Marques, por seu turno, revela “entusiasmo por integrar a equipa da iad Portugal”, explicando que acredita que “o modelo da iad, assente numa estrutura digital, flexível e centrada no consultor, está perfeitamente alinhado com as novas exigências do mercado e com o perfil do profissional de mediação do presente e do futuro”. “Reconheço na iad uma visão verdadeiramente inovadora que responde com eficácia à crescente procura dos consultores imobiliários por mais autonomia, apoio especializado, humano e tecnológico, e uma remuneração justa”, acrescenta.
Sedeada na cidade do Porto, a iad Portugal conta actualmente com 34 profissionais especializados em áreas como comunicação, marketing, vendas, recursos humanos, economia, contabilidade, programação ou direito, nos seus serviços centrais, e 27 polos de formação em todo o país. Enquanto parte integrante da rede europeia de consultores imobiliários independentes, a sede nacional da iad disponibiliza apoio a 1000 consultores independentes em Portugal Continental, Madeira e Açores.

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Rain Bird Portugal realiza primeiro ‘Green Spec Forum’

O primeiro ‘Green Spec Forum’ tem data marcada para o dia 28 de Maio, no Hotel Júpiter, em Lisboa, com o objectivo de responder ao “crescente” interesse por soluções de rega especificas para coberturas ajardinadas em contexto urbano

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De forma a responder ao “crescente” interesse por soluções de rega especificas para coberturas ajardinadas em contexto urbano, a Rain Bird Portugal vai realizar o primeiro ‘Green Spec Forum’, um evento que tem data marcada para o dia 28 de Maio, no Hotel Júpiter, em Lisboa.

“À medida que as cidades procuram tornar-se mais sustentáveis e resilientes, as coberturas verdes ganham protagonismo pela sua capacidade de reduzir o efeito de ilha de calor, melhorar o isolamento térmico dos edifícios e contribuir para a retenção e gestão da água da chuva”, explica Luís Duarte, Landscape Specification sales manager da Rain Bird Portugal.

Por isso, “há uma clara tendência do setor para integrar soluções de rega automatizadas, com sensores e programadores inteligentes”.

Com soluções técnicas pensadas para responder aos desafios das coberturas ajardinadas, tanto extensivas como intensivas, a organização deste primeiro Fórum pretende ser “o primeiro passo” no sentido de uma melhor comunicação da marca, assim como alertar para “o crescimento das necessidades de espaços verdes nas cidades”. De igual forma, pretende-se destacar o “importante” papel que os projectistas de espaços verdes têm nesta transformação.

Além da apresentação das ferramentas que a marca dispõe, o evento divide-se em três momentos principais. Por um lado, a importância das soluções baseadas na natureza para as cidades, no controlo das ilhas de calor, mas também na resiliência face aos eventos de chuvadas extremas, através do contributo do engenheiro Paulo Palha.

Depois a importância de um projecto de rega bem executado, seja no traçado, seja no correcto dimensionamento hidráulico, mas também na escolha dos melhores emissores. Tema sobre o qual o engenheiro Miguel Tavares fará uma apresentação sobre como evitar os principais erros cometidos em projecto.

Por fim, caberá a Nuno Simões, professor na Universidade de Coimbra, mostrar que os espaços verdes não estão resignados aos tradicionais parques/espaços verdes, havendo actualmente diversos estudos que mostram os benefícios de paredes e coberturas verdes, tanto a nível térmico como de segurança contra incêndios.

A moderação estará a cargo de Pedro Batalha, arquitecto paisagista em representação da Associação Portuguesa de Arquitectos Paisagistas (APAP).

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