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    Engenharia

    Prospectiva e Sondeos fiscalizam construção de dessalinizadora no Algarve

    A futura dessalinizadora do Algarve deverá estar construída no final de 2026 ou início de 2027, depois de a obra ter sido adjudicada a um consórcio luso-espanhol de empresas, anunciou a Águas do Algarve

    Ricardo Batista

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    Prospectiva e Sondeos fiscalizam construção de dessalinizadora no Algarve

    A futura dessalinizadora do Algarve deverá estar construída no final de 2026 ou início de 2027, depois de a obra ter sido adjudicada a um consórcio luso-espanhol de empresas, anunciou a Águas do Algarve

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    A Prospectiva e a Sondeos vão ser responsáveis pelos trabalhos de fiscalização, gestão de qualidade, coordenação de segurança em obra, gestão ambiental e acompanhamento arqueológico das empreitadas de concepção-construção do Sistema de Dessalinização na região do Algarve (edam) e da central fotovoltaica para autoconsumo (upac), com um prazo previsível de 1.245 dias, pelo valor de 2,9 milhões de euros.

    A adjudicação agora revelada faz parte de um conjunto de trabalhos promovidos pela Águas do Algarve avaliados globalmente em 108 milhões de euros e que têm como principal objectivo dotar o Sistema Municipal de Abastecimento de Água e de Saneamento do Algarve de uma maior resiliência, ao adoptar uma nova origem de água para abastecimento de agua para consumo humano a agua do mar, origem de agua robusta, que não se encontra dependente de situações de escassez hídrica, considerando-se uma fonte inesgotável.

    O objectivo único do projecto baseia-se na necessidade de uma solução integrada que garanta, de forma sustentada, o abastecimento público de água na região do Algarve, necessidade já há muito identificada

    Solução integrada e sustentada de abastecimento

    O objectivo único do projecto baseia-se na necessidade de uma solução integrada que garanta, de forma sustentada, o abastecimento público de água na região do Algarve, necessidade já há muito identificada. A principal razão para a concretização deste projecto é, segundo a Águas do Algarve, a necessidade de criar uma alternativa capaz de garantir a resiliência do abastecimento público à população da região, mesmo em períodos de seca prolongada. A construção de uma dessalinizadora no concelho de Albufeira é uma das medidas de resposta à seca que afecta a região sul de Portugal. A infra-estrutura terá como capacidade inicial 16 milhões de metros cúbicos (m3), mas a empresa está a projectá-la para que tenha capacidade para tratar até três vezes mais do que esse volume, ou seja até aos 24 milhões m3 de água.

    A região do Algarve sofre, ao longo dos últimos anos, ciclos de seca prolongada associada a uma situação de escassez hídrica já considerada estrutural, resultando numa diminuição dos volumes de água armazenada nas várias origens disponíveis. O Sistema de Dessalinização a implementar na Fase 1 (Ano 0, ou Ano de Arranque da instalação) permitirá a produção de 500 Us = 1800 m3/h = 43.200 m3/dia = 16 hm3/ano de água potável.  O sistema ficará preparado para ser ampliado no futuro (Fase 2 – Ano Horizonte), através da instalação dos equipamentos necessários na estacão elevatória de água bruta (EE1) e Estacão de Dessalinização de Água do Mar (EDAM), para a produção de 750 Us = 2.700 m3/h = 64.800 m3/dia = 24 hm3/ano de água potável.

    Toda a construção civil, captação, condutas de água bruta e água tratada e restantes infraestruturas serão desde ja executadas para a Fase 2. O sistema de captação e transporte de água bruta compreende duas estruturas de tomada de água, situadas no mar, a cerca de 2 km da costa, protegidas com grelhas contra a entrada de corpos de grande dimensão e por duas condutas em PEAD, com diâmetros DN1000 e DN1200, entre as tomadas de água e a estação elevatória de água bruta (EE1) situada a curta distância da praia. O transporte da salmoura até ao mar será feito por uma conduta (emissário) com origem no reservatório de salmoura na EDAM com diâmetro DN 1200 na zona terrestre e DN 1000, no troço offshore, com um comprimento de 2,130 km de extensão.  A conduta de ligação de água tratada ao SMAAAA será executada em ferro fundido DN700, com um comprimento estimado de 250 metros.

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    Mafra lança concurso de 7,5M€ para reabilitar habitações municipais

    A Câmara Municipal de Mafra vai lançar concurso público para a reabilitação de 99 habitações municipais visando melhorar as condições de habitabilidade e conforto térmico das mesmas. O valor estimado para a empreitada é de cerca de 7,5 milhões de euros

    O Município de Mafra vai reabilitar 99 habitações municipais, distribuídas pelas localidades de Mafra, Malveira, Enxara do Bispo e Santo Isidoro. Para a execução deste projecto o município aprovou a abertura de um concurso público. O valor estimado para a empreitada é de cerca de 7,5 milhões de euros.

    Este projecto será financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), e tem por objectivo apoiar agregados familiares que enfrentam dificuldades em aceder ou manter uma habitação condigna.

    O principal objectivo desta empreitada é melhorar as condições de habitabilidade e conforto térmico das habitações municipais, que são propriedade do município. A reabilitação visa proporcionar um ambiente mais seguro e confortável para os residentes, abordando questões como a eficiência energética, a salubridade e a acessibilidade das habitações.

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    Município de Tavira avança para construção de Centro de Saúde

    A autarquia liderada por Ana Paula Martins explica, em comunicado, que se trata de uma unidade de consultas externas de alta resolução e diagnóstico ambulatório. Investimento ascende a 9,9M€

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    A Câmara de Tavira acaba de lançar um procedimento concursal com vista à execução da empreitada de execução de edifícios de serviços de saúde naquela cidade algarvia, num investimento estimado em 9,9 milhões de euros.

    A autarquia liderada por Ana Paula Martins explica, em comunicado, que se trata de uma unidade de consultas externas de alta resolução e diagnóstico ambulatório e sede do ACES do Sotavento, num espaço que procura resolver carências de serviços no atual Centro de Saúde de Tavira.

    A unidade de saúde, além de responder às necessidades em termos de consultas externas de especialidades, exames e medicina dentária, vai também permitir cirurgias de ambulatório, TAC, raio X, análises laboratoriais e fisioterapia.

    No sentido de dotar toda esta zona com acessibilidades, será criada uma plataforma que incorporará as circulações viárias, pedonais e estacionamentos.

    A todos estes espaços juntam-se as dependências complementares como vestiários, salas de recobro, instalações sanitárias e material de limpeza. A par destas, estão previstas salas polivalentes/biblioteca/formação/reuniões.

    A aposta na construção de infraestruturas na área saúde é vital para garantir o acesso das populações a cuidados diários e essenciais, assim como na prevenção de doenças

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    Grupo Greenvolt garante tarifa de longo prazo para projecto agrovoltaico em França

    Grupo Greenvolt assegura tarifa de 20 anos atribuída pela Comissão Reguladora de Energia de França para um projecto agrovoltaico de 26,8 MWp, que contará com cerca de 40.000 painéis bifaciais, capazes de gerar 40,67 GWh anuais, o equivalente ao consumo eléctrico de aproximadamente 10.000 famílias francesas

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    O Grupo Greenvolt, através da Greenvolt Power, empresa especializada em projectos eólicos, solares fotovoltaicos de Utility-Scale e de armazenamento de energia, foi um dos vencedores das mais recentes licenças atribuídas pela Comissão Reguladora de Energia de França (CRE – Commission de Régulation de L’Énergie), tendo assegurado uma tarifa de 20 anos para um dos seus projectos mais inovadores em França, uma central agrovoltaica que compatibiliza a produção de energia solar com as melhores práticas agrícolas e agropecuárias.

    O projecto, desenvolvido em parceria com a NovaFrance Energy, especialista em bem-estar animal, terá uma capacidade instalada de 26,8 MWp, compatibilizando a produção de energia solar com a actividade agropecuária, especificamente a criação de 500 ovelhas de raça Romane. A central solar contará com 39 400 painéis fotovoltaicos bifaciais, instalados em estruturas metálicas reguláveis que seguem a trajectória do sol, maximizando assim a produção de energia que será de 40,67 GWh por ano, o equivalente ao consumo eléctrico de cerca de 10.000 famílias francesas.

    A exploração está situada numa área de 25,25 hectares em Montesquieu-Volvestre, a sul de Toulouse, na região francesa de Ocitânia e distingue-se pela capacidade de adaptar a produção de energia aos pastos extensivos de ovinos.

    “Este projecto, um dos últimos a ser licenciado pelas autoridades francesas, destaca-se pela sua total compatibilidade entre a produção de energia renovável, a preservação da biodiversidade e as actividades agrícolas e pecuárias. Assegurar uma tarifa de longo prazo para um dos maiores projectos a concurso é extremamente positivo, pois garante previsibilidade e estabilidade de receitas para este ativo”, adiantou o CEO do Grupo Greenvolt, João Manso Neto.

    O projecto integra um sistema inovador de pastagem rotativa, ajustável em função das variações sazonais, estando ainda equipado com um sistema de abastecimento de água.

    Esta gestão optimizada dos recursos contribui para o bem-estar animal, para a melhoria da qualidade e quantidade da produção de forragem, para a extensão do período de coberto vegetal e, por conseguinte, para a preservação da integridade das terras agrícolas, com as estruturas fotovoltaicas a proporcionar ainda sombra e protecção ao pastoreio.

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    Alberto Couto Alves assegura construção de novo Hotel Radisson em Gaia

    A ACA Engenharia e Construção tem um prazo de 20 meses para concluir a obra, “garantindo os mais altos padrões de qualidade e eficiência”

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    A Alberto Couto Alves vai ser responsável pelos trabalhos de construção de uma nova unidade hoteleira da cadeia Radisson em Vila Nova de Gaia.

    Em comunicado, a construtora adianta que o novo Three Star Hotel Radisson Red Gaia, que conta com projecto de arquitectura da equipa da Saraiva + Associados, terá 250 quartos, distribuídos por oito pisos acima do solo, ocupando uma área bruta de construção superior a 12.200 metros quadrado. As especialidades ficam a cargo da Enes – Consulting Engineering.

    A ACA Engenharia e Construção tem um prazo de 20 meses para concluir a obra, “garantindo os mais altos padrões de qualidade e eficiência”. Esta obra “destaca-se pela sua escala, inovação e impacto económico, sendo mais um exemplo da confiança que investidores internacionais depositam na ACA para materializar projetos estratégicos”, detalha a empresa famalicense.

    Esta empreitada vem, assim, reforçar “a capacidade de executar empreitadas de grande dimensão e complexidade, em prazos curtos, contribuindo para o desenvolvimento da infraestrutura turística da região do Porto”, completa na mesma nota.

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    Grupo VGP investe em quarto projecto em Portugal

    O quarto parque logístico e industrial do Grupo VGP em Portugal ficará localizado, em São Pedro de Penaferrim, em Sintra. O VGP Park Sintra terá uma área de implantação com 59.178 m2 e uma área locável de 30.040. O projecto está em fase de licenciamento

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    De acordo com a informação disponibilizada no site do grupo, a nova plataforma ficará localizado em São Pedro de Penaferrim, Mem Martins, no concelho de Sintra, tem uma uma superfície total de construção de 30.040 m² dividida em duas unidades, sendo o seu fim adequado para logística e industrial tipo 3. No site o promotor realça a proximidade às auto-estradas A16 e A37, vias que servem de ligação à cidade de Lisboa, ao aeroporto, e ao porto marítimo, para além de uma boa conectividade com os transportes públicos à cidade de Sintra e envolventes, e uma grande oferta de mão-de-obra.

    O VGP Park Sintra é o quarto investimento do grupo VGP em Portugal, depois de Santa Maria da Feira em 2019, arrendado à Radio Popular, do VGP Park Loures, projecto 100% dedicado à logística de last mile, arrendado à DPD e DHL e do VGP Park Montijo que deverá estar concluído no segundo semestre deste ano e que já está totalmente arrendado.

    O novo parque oferece áreas que podem ir dos 5.500 m² (superfície mínima) até à totalidade do parque para soluções personalizadas às grandes operações. As instalações proporcionam condições adequadas, e de elevada qualidade, para os serviços de logística, armazenagem, actividade comercial e indústria ligeira.

    A VGP opera com cerca de 370 funcionários a tempo inteiro em 17 países europeus, directamente e através de várias joint ventures 50:50. Em Junho de 2024, o valor bruto dos activos da VGP, incluindo as joint ventures a 100%, ascendia a 7,4 mil milhões de euros e a empresa tinha um valor líquido dos activos de 2,3 mil milhões de euros.

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    Terminal Intermodal Campanhã (foto retirada do site da CMP)

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    Terminal Intermodal de Campanhã recebe primeira certificação ambiental Ouro

    O TIC obteve o nível de Certificação LEED, com 60 pontos, o que corresponde ao grau Gold, num núcleo de quatro níveis possíveis (Certified, Silver, Gold e Platina), tornando-se, assim, no primeiro edifício público a obter este nível de certificação no País

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    O Terminal Intermodal de Campanhã (TIC) obteve o nível de Certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), com 60 pontos, o que corresponde ao grau Gold, num núcleo de quatro níveis possíveis (Certified, Silver, Gold e Platina). O hub de ligações de transportes torna-se, assim, o primeiro edifício público a obter este nível de certificação no País.

    A certificação LEED é o sistema de avaliação de mérito ambiental de edifícios com maior reconhecimento internacional, actualmente em aplicação em mais de 150 países.

    Inaugurado a 20 de julho de 2022, o TIC transformou-se num importante hub de ligações de transportes, com um grande impacto na cidade do Porto e na região Norte, dando origem à primeira infraestrutura em Portugal a ligar todos os meios de transporte de forma simples e eficiente.

    Situado na zona oriental da cidade, todos aqueles que chegam à cidade do Porto através do TIC podem ligar-se rapidamente a qualquer lugar da cidade, utilizando o metro, comboio ou autocarro urbano. O espaço não se limita a ser um equipamento sustentável, promotor de mais e melhor mobilidade. A funcionalidade é outra chave mestra deste projeto. No TIC, não existem cais de embarque pré-definidos para os diferentes operadores. Sempre que um autocarro chega, o sistema de gestão lê a sua matrícula e atribui um posto.

    Desta forma, todos os passageiros podem ver, em tempo real, o cais atribuído à viagem que pretendem fazer. Todos as plataformas têm sensores que permitem monitorizar os espaços disponíveis e optimizar a sua utilização.

    Do ponto de vista arquitectónico e de engenharia, o TIC, com 24 mil metros quadrados de área bruta total de construção, é, ainda, transformador no campo da sustentabilidade ambiental, ao albergar um parque urbano com 4,6 hectares. Na verdade, está localizado por baixo da maior cobertura verde alguma vez implantada num edifício público da cidade, ajudando à absorção da poluição do ar e minimizando o impacto visual do terminal.

    Estima-se que o TIC contribua para uma redução significativa dos gases com efeito de estufa no centro do Porto. A estimativa aponta para que, num período de cinco anos, haja uma diminuição de cerca de 5,2 toneladas de dióxido de carbono (CO2) saídas dos tubes de escape.

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    Preços das casas e rendimentos baixos travam aquisição de casa por jovens

    A Century 21 lança o seu “Observatório do Imobiliário”.  A edição de 2025 o foco centrou-se naqueles que maior dificuldade têm de adquirir um imóvel: os jovens. Para estes a conjuntura marcada pela alta dos preços das casas e por rendimentos baixos travam a primeira aquisição. Apenas 1 em cada 3 jovens acredita que vai comprar casa nos próximos anos

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    O estudo “Habitação para jovens em Portugal: desafios e tendências actuais”, desenvolvido pela Century 21, revela que a independência habitacional em Portugal varia consideravelmente consoante a faixa etária e que os jovens portugueses precisam de mais anos para se conseguirem emancipar.

    Numa altura em que os dados do Banco de Portugal referem que há pelo menos uma década que não havia tantos novos créditos para a compra de casa feitos por jovens, as conclusões desta análise profunda revelam que, ainda assim, ter casa em Portugal continua a ser um percurso cheio de obstáculos.

    Os dados apresentados mostram que os jovens dos 36 aos 40 anos, 88,6% vivem de forma independente, enquanto esse número desce para 76,3% entre os 28 e os 35 anos. No entanto, entre os jovens dos 20 aos 27 anos, 49,5% ainda vivem com os pais.

    Habitação: o sonho da independência dos jovens esbarra nos desafios financeiros
    Entre os jovens que já se emanciparam, 74,8% dos que têm entre 36 e 40 anos alcançaram essa condição há mais de cinco anos. No entanto, para os que ainda não são independentes, o caminho para a emancipação está repleto de desafios.

    Quase 65% dos jovens não independentes planeiam emancipar-se no próximo ano ou no seguinte, e outros 45,4% deste grupo atribuem a pontuação máxima (10 numa escala de 0 a 10) ao desejo de independência, com uma média geral de 8,5 pontos.

    Os principais obstáculos à independência são os preços elevados das habitações (43%) e os rendimentos insuficientes (30%). Entre os jovens de 36 a 40 anos, 31% acreditam que só conseguirão comprar casa dentro de 5 a 10 anos, o que reflecte as dificuldades do mercado imobiliário actual.

    Este desafio é agravado pela forte concentração da oferta de imóveis em valores superiores a 300.000€, que representam a maior parte das casas disponíveis no mercado. Em Lisboa, essa tendência é ainda mais acentuada, com 59% da oferta nessa faixa de preço, enquanto no Porto o valor é de 56%. No segmento acima dos 300.000€, a tipologia disponível no Porto é o T2 (25%), e em Lisboa, o T3 (26%).

    A baixa disponibilidade de imóveis acessíveis é, aliás, um dos factores críticos. Apenas 1% da oferta em Lisboa está disponível abaixo dos 100.000€, e mesmo na faixa até 125.000€, a disponibilidade é praticamente inexistente (1% em Lisboa e 1% no Porto). Essa escassez restringe significativamente as opções para jovens com menor capacidade de financiamento, reforçando a necessidade de políticas públicas que ampliem a oferta de habitação a preços acessíveis.

    “Para muitos jovens, sair de casa dos pais significa dar início a uma vida a dois, mas a verdadeira dificuldade não está na vontade de emancipação e sim na conjugação de rendimentos baixos com a instabilidade profissional. Ter uma casa própria e construir um futuro continua a ser um grande sonho para a maioria dos jovens portugueses. No entanto, para muitos, esse sonho tem sido adiado indefinidamente. Este estudo apresenta uma realidade inquestionável: os jovens não desistiram de sair de casa, mas o sistema tem dificultado que consigam atingir esse objetivo de vida”, afirma Ricardo Sousa, CEO da Century 21 Portugal.

    Expectativas vs. realidade: o preço da independência habitacional
    Entre os jovens que já são independentes, 59% vivem em arrendamento, enquanto 34% possuem casa com hipoteca. Quase 90% destinam menos de 50% do seu rendimento ao pagamento da habitação, sendo que 42,4% gastam entre 30% e 40% do seu ordenado.

    A independência foi alcançada principalmente através de poupanças próprias (49%), mas 22% receberam ajuda dos pais e 23% recorreram a apoios públicos. No entanto, importa ainda sublinhar que 35% dos jovens que tentaram aceder a apoios públicos foram excluídos por não cumprirem os critérios exigidos.

    Para alcançar a independência, 84% dos jovens tiveram de renunciar a algo, destacando-se as poupanças para o futuro (42%) e as viagens (37%). Apenas 18% dos jovens independentes consideram que a habitação actual cumpriu totalmente as suas expectativas, sendo o tamanho (30,9%) a principal fonte de insatisfação.

    No futuro, 64% dos jovens independentes planeiam mudar de habitação, principalmente os que estão em arrendamento (80%). Destes, 63% preferem mudar-se dentro da mesma cidade, enquanto 25% consideram uma mudança de cidade ou país.

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    IP Engenharia assina memorando de cooperação com Infraestruturas de Cabo Verde

    Em 2025, como primeira acção, o Grupo IP irá desenvolver um “Programa de Capacitação” que terá como enfoque principal a transferência de conhecimento técnico nas áreas de gestão de activos e gestão da manutenção

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    A IP Engenharia formalizou um Memorando de Entendimento para cooperação técnica com Infraestruturas de Cabo Verde (ICV). Esta acção enquadra-se nas actividades do Programa Estratégico de Cooperação Portugal – Cabo Verde (2022-2026), que prevê o desenvolvimento de acções de capacitação na área da gestão da rede de estradas e de transportes.

    A cooperação entre o Grupo IP e a ICV centra-se na troca de experiências mútuas, incluindo boas práticas em planeamento, gestão de infraestruturas, soluções para infraestruturas secundárias, adaptação às alterações climáticas, e envolvimento da sociedade, entre outras áreas, tendo como propósito “reforçar a sustentabilidade e a resiliência” das infraestruturas em Portugal e em Cabo Verde.

    Em 2025, como primeira acção, o Grupo IP irá desenvolver um “Programa de Capacitação para o Aumento da Sustentabilidade das Infraestruturas de Cabo Verde”, que terá como enfoque principal a transferência de conhecimento técnico nas áreas de gestão de activos e gestão da manutenção, aproveitando a vasta experiência acumulada.

    A parceria, celebrada no contexto da VII Cimeira Portugal – Cabo Verde, foi também subscrita por Miguel Pinto Luz, ministro das Infraestruturas de Habitação de Portugal, e Eunice Spencer Lopes, ministra das Infraestruturas, Ordenamento do Território e Habitação de Cabo Verde.

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    Governo trabalha em modelo de “Affordable housing”

    O Governo está a trabalhar num conceito de “affordable housing” acessível à realidade portuguesa sublinhou esta manhã, 6 de Fevereiro, Patrícia Gonçalves Costa, secretário de Estado da Habitação na apresentação do observatório do imobiliário 2025, da Century 21. Eliminar barreiras e bloqueios à concretização deste segmento é uma prioridade

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    “Este bem universal que é a casa, antes de o ser, ela é um projecto, um orçamento, uma construção, é um produto que tem que efectivamente cumprir requisitos técnicos, ter segurança jurídica, mas ter também segurança financeira. A secretária de Estado da Habitação, Patrícia Gonçalves Costa, que fez a sua intervenção na “Apresentação do Observatório do Imobiliário 2025”, da Century 21 afirmou que é preciso “desconstruir” e reflectir sobre o tema. “Trago aqui esta dimensão do projecto da construção para reflectirmos de que maneira é que conseguimos transformar este paradigma da casa numa resposta de massa. Porque é disto que estamos a falar. Temos que concretizar uma resposta que seja sustentável, num curto espaço de tempo, para muitas famílias”, defendeu Patrícia Gonçalves Costa.

    “Affordable housing” acima de tudo, têm que ser casas que as pessoas possam pagar casas a preços acessíveis e esta noção do preço acessível é completamente diferente em Portugal do que é, por exemplo, noutros estados no norte da Europa, tem que estar linkado aquilo que são os rendimentos nacionais. E para o conseguirmos temos que ser criativos para conseguir entregar um produto de qualidade, mas com um preço compatível com aquilo que são os rendimentos das famílias para quem estamos a trabalhar”, defendeu Patrícia Gonçalves Costa.

    Nas medidas que o Governo tem estado a trabalhar enquadram-se as recentes alterações ao regime jurídico dos instrumentos de gestão territorial, em que o “que se fez foi uma alteração num procedimento administrativo que permite reclassificação de terrenos rústicos em urbanos desde que 70% sejam para a concretização de soluções habitacionais e 30% para o que se entender necessário para ‘se fazer’ cidade”. Uma alteração à legislação que a responsável política lembrou ser “um regime excepcional”, que permite ultrapassar barreiras e acelerar os tempos de construção.

    “O Governo já investiu cerca de 2.8 mil milhões no reforço deste parque público desde logo por assumir um financiamento de 60% de todas as respostas que foram contratualizadas no âmbito do PRR e que não terminem a tempo, e reforçamos também na subvenção de 10 000 casas para além daquelas que já estavam financiadas pelo PRR”. Mas este é um esforço ainda insuficiente para reverter um problema provocado, em larga medida, por várias décadas de parco investimento, quer público quer privado. Mesmo que o plano de construção de 59 mil habitações se concretize, tal significa um acréscimo de 2 ou 3% do parque habitacional público. “É insignificante e muito abaixo daquilo que os estudos nos indicam que é razoável”, afirmou Patrícia Gonçalves Costa.

    Urge, por isso, “conseguir criar alternativas para uma diversidade de soluções de casas”. Num esforço ao qual é preciso juntar o sector privado. “Cada um tem a sua vocação. O sector público centra-se na resposta as famílias que podem pagar entre 5 e os 300€ de renda e o sector privado terá que agarrar as outras pessoas”.

    Mas para isso é preciso dar segurança a quem investe, “eliminar todos os bloqueios e a fazer as alterações necessárias para que todos os projectos tenham uma concretização clara, não passem de projectos, de diplomas fantásticos, que no papel correm bem, mas que depois na prática têm grandes entraves na sua operacionalização”, afirmou Patrícia Gonçalves Costa. “ O foco é este”, concluiu a secretária de Estado da Habitação “ para conseguirmos construir depressa, para conseguirmos transformar este desafio numa oportunidade é preciso uma revolução, um ‘fazer de novo’ e conseguirmos eliminar todas as barreiras, que todos nós sabemos que existem, naquilo que são a concretização de habitações a preços acessíveis”, defendeu.

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    Taga Urbanic anuncia quinto edifício do Sal D’Ouro Collection

    O empreendimento Sal D’Ouro Collection, localizado na zona da Foz-Gaia, terá ao todo seis edifícios, num total de 250 apartamentos e um investimento de 70 M€. A conclusão desta quinta unidade está prevista para o segundo semestre de 2026

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    A Taga Urbanic entrega o primeiro edifício do empreendimento Sal D’Ouro Collection, localizado na zona da Foz-Gaia, e anuncia a quinta unidade do projecto, que no seu todo terá seis edifícios, num total de 250 apartamentos. Trata-se de um projecto estratégico para a Taga Urbanic, que envolveu um investimento de cerca de 70 milhões de euros.

    “O Sal D’Ouro Collection é um dos nossos projectos mais interessantes e um verdadeiro sucesso e qu corresponde à estratégia da Taga Urbanic de fazer empreendimentos em localizações privilegiadas, com elevada qualidade de construção e acabamentos. Logo na abertura das vendas do edifício, já atingimos a venda de quase 30% dos apartamentos do novo edifício, tendo sido vendidos já mais de 120 apartamentos em todo o projecto”, afirma Tzafrir Fiks, director de Marketing da Taga Urganic.

    Com assinatura do atelier Ventura + Partners, cada unidade é construída com materiais de “alta qualidade” e “acabamentos modernos”. As fachadas de vidro características do projeto, presentes em parte do edifício, maximizam a luz natural. O novo edifício tem uma grande diversidade de tipologias, com 62 unidades que variam os 79 e 335 m2, criando soluções ideais para diferentes necessidades. As comodidades de estilo resort melhoram a experiência de luxo, incluindo alguns apartamentos com piscina privada aquecida, jardim e área de fitness privada. A conclusão desta unidade está prevista para o segundo semestre de 2026.

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