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    Yard Properties investe 7 M€ em projecto residencial de luxo no Funchal

    O arquipélago da Madeira continua a atrair investidores portugueses e estrangeiros e o empreendimento “Ferreiros Residences” atrair esse segmento

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    Após ter concluído com sucesso o “Outubro 355”, na zona de Entrecampos, em Lisboa, a Yard Properties inicia um novo projecto residencial no centro do Funchal, na Região Autónoma da Madeira. O “Ferreiros Residences” deverá estar concluído em dois anos, com entregas de apartamentos planeadas entre o final de 2026 e o início de 2027. Os preços de comercialização começam nos 385 mil euros.

    A solução arquitetónica do projecto passa pela “harmoniosa coexistência” entre a reabilitação das históricas fachadas do edificado pré-existente e a “modernidade contemporânea” bem patentes no design dos interiores dos apartamentos.

    Ao todo são 14 apartamentos de um e dois quartos, com áreas de construção generosas para as suas tipologias, entre os 70,90 e 85,90 m2 para os T1 e os 118,30 e os 208,85 para os T2.

    As “Ferreiros Residences” também oferece comodidades como uma piscina privada, estacionamento privativo e áreas públicas para os residentes, tudo a uma curta distância a pé dos restaurantes, cafés e da orla marítima do Funchal.

    A comercialização oficial do projecto arranca a 15 de Janeiro próximo, mas seis apartamentos já se encontram reservados por “clientes fiéis da Yard Properties, familiarizados com os nossos padrões, o que lhes permite beneficiar dos melhores preços de pré-venda disponíveis”,  afirma David Rabi, CEO da Yard Properties.

    Para o fundador e gestor da empresa, o projecto ‘Ferreiros Residences’ sublinha o “compromisso” da Yard Properties em “explorar mercados de elevada procura e potencial”. “O crescimento constante do valor do imobiliário na Madeira e a sua atracção como destino de estilo de vida têm atraído a atenção de investidores locais e internacionais. E apesar das flutuações económicas mais amplas, a procura de espaços residenciais de primeira linha no Funchal mantém-se robusta”, sublinha.

    O novo empreendimento conta com o investimento do BPI.

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    Norte americana Dextall entra no mercado ibérico

    Portugal e Espanha são os pontos de entrada da norte americana Dextall Inc na Europa. Em Portugal, enquanto prepara a homologação do seu produto às regras europeias, a empresa que se dedica ao desenvolvimento, concepção e produção de fachadas industrializadas, irá começar a produzir já a partir de Janeiro para as obras que tem contratadas no mercado norte americano

    Portugal é mercado chave para a empresa especializada em soluções de fachadas industrializadas Dextall Inc. A empresa nasceu há cinco anos e actua, em especial, no estado de Nova Iorque. Com uma facturação na ordem dos 150 milhões de euros, perspectiva alcançar a meta dos mil milhões de euros até 2030. Uma projecção que tem em conta, sobretudo, o crescimento do mercado norte americano, em especial na vertente reabilitação.

    Portugal surgiu no radar da empresa, que já tem na Lituânia a sua equipa de desenvolvimento, primeiramente enquanto local potencial de produção. A Dextall Inc concebe, desenvolve e produz soluções de fachadas industrializadas. Para a fase de produção a empresa recorre a “production partners”, seleccionados e certificados pela empresa. Ricardo Viera, ex-director geral da Reyners Aluminium em Portugal, ficou encarregue do desafio de procurar “production partners” no país, os primeiros fora dos Estados Unidos da América. As oportunidades dos dois países ibéricos e o potencial de expansão e crescimento para outros mercados europeus ditaram um novo rumo à estratégia e levaram à criação da Dextall Ibérica que tem como representantes os empresários Ricardo Vieira (Portugal) e Carles Moliner (Espanha).

    “A Dextall Inc é uma empresa relativamente recente no mercado, cinco anos, e tem por base o desenvolvimento de uma solução inovadora de fachadas modulares. Desenvolveram um produto único, uma solução em light stell frame aplicada a fachadas modulares, cujas principais características têm a ver com uma alta-eficiência em termos de instalação. Estamos a falar de um rácio que pode ir até 20 vezes menos em termos de tempo de obra, face à construção convencional, sendo 20% mais barato”, refere Ricardo Vieira. “É um sistema patenteado, que tem como suporte um software próprio. Esse software, do meu ponto de vista, é o segredo, é a melhor característica deste sistema, porque permite ao arquitecto desenhar o sistema e ao desenhar o sistema está a definir todos os detalhes até à sua instalação. Ou seja, o software permite com o design fazer esquemas de produção, fichas de produtos, shop drawings, instruções de instalação, tudo. Ou seja, todo aquele ciclo que vai desde o projecto até à instalação em termos de coordenação, é feito com esse software. No limite, a Dextall consegue começar a produzir fachadas 15 dias após o projectista definir a solução. Uma coisa impensável no panorama de construção que temos hoje em Portugal”, avança o representante para o mercado português da Dextall Ibéria.

    Ricardo Viera ficou encarregue do desafio de procurar “production partners” no país, os primeiros fora dos Estados Unidos da América. As oportunidades dos dois países ibéricos e o potencial de expansão e crescimento para outros mercados europeus ditaram um novo rumo à estratégia e levaram à criação da Dextall Ibérica

    Serralharia Cunha primeiro “production partner” fora dos EUA

    Foram estas as características que convenceram, rapidamente, o empresário a trazer a Dextall Inc para Portugal. A Serralharia Cunha foi o “production partner” seleccionado para produzir as fachadas da Dextall e irá fazê-lo já a partir de Janeiro. A empresa sedeada em Braga, associou-se ao projecto tendo concluído recentemente o investimento de 10 milhões de euros na construção de uma nova unidade produtiva. Isto depois de um longo processo de certificação por parte da marca norte americana e que durou mais de um ano. A nova fábrica irá criar 60 postos de trabalho e arrancará com duas equipas para uma linha de montagem que, de acordo com o plano traçado, irá progressivamente crescer terminando o ano de 2025 com quatro linhas de montagens. Daqui sairão, para já, as fachadas para os projectos que a empresa está a desenvolver para as obras em curso nos Estados Unidos. Esta é a primeira experiência da Dextall Inc. com um “production partner” fora do mercado norte-americano.

    Produção para o mercado nacional poderá acelerar

    Segundo Ricardo Vieira, neste momento está já a decorrer o processo de certificação do produto para o mercado europeu, com o apoio do ITCONS, enquanto começam a abordar os players (arquitectos, construtoras, promotores) do mercado sobre as vantagens e características do produto.

    “As regras para os Estados Unidos são ligeiramente diferentes das regras para a União Europeia. Em termos de resistência ao vento, por exemplo, nos EUA as fachadas têm que ir preparadas para resistência a furacões, as exigências térmicas também são diferentes. Portanto, aqui há alguns ajustes a fazer. Temos uma expectativa conservadora em que consideramos o prazo de um e meio a dois anos para iniciar a produção para o mercado português, mas a realidade é que já estamos envolvidos em dois projectos e se algum deles avançar então iniciaremos a produção ainda em 2025”, refere o responsável. A partir do arranque o potencial de crescimento será “exponencial. Acreditamos que será bastante significativo”.

    O mesmo para o mercado espanhol, sob coordenação de Carles Moliner. “O plano para o mercado espanhol é semelhante, tem uma diferença de seis meses, com lançamento primeiro em Portugal, ditado pela proximidade ao centro de produção e ao próprio ITCONS com quem estamos a trabalhar para adaptar o produto às regras e exigências do mercado europeu”, sublinha Ricardo Veira.

    Ricardo Vieira e Carles Moliner poderão não ficar pela Península Ibérica, já que uma vez lançada a Dextall Ibéria, os dois empresários não escondem o interesse em abordar outros países europeus.

    Simultaneamente com o processo de entrada na Europa, decorre a constituição da Dextall na Austrália, um processo facilitado pelo facto deste mercado ser muito semelhante ao norte americano, no que a regras de construção diz respeito.

    A nova fábrica irá criar 60 postos de trabalho e arrancará com duas equipas para uma linha de montagem que, de acordo com o plano traçado, irá progressivamente crescer terminando o ano de 2025 com quatro linhas de montagens. Daqui sairão, para já, as fachadas para os projectos que a empresa está a desenvolver para as obras em curso nos Estados Unidos. Esta é a primeira experiência da Dextall Inc. com um “production partner” fora do mercado norte-americano

    O sistema de fachadas industrializadas

    À medida que a construção urbana evolui é exigido aos edifícios modernos que adoptem materiais mais seguros, duráveis e sustentáveis, acresce a pressão sobre o preço e a rapidez de instalação. E aqui que, segundo Ricardo Vieira, o sistema de parede pré-fabricada da Dextall se destaca no mercado de soluções industrializadas. “Temos um conjunto de valências que permite termos um produto diferenciador e competitivo. São duas coisas difíceis muitas vezes de conjugar, mas neste caso acho que é possível”, sublinha o empresário. Entre estas destacam-se a “não combustibilidade, a Dextall usa materiais que se enquadram na classificação A1 e A2 EN 13501-1 que descreve a não combustibilidade dos materiais; durabilidade, materiais como alumínio, fibrocimento, cerâmicos ou pedra garantem um desempenho a longo prazo com manutenção mínima; eficiência de instalação; sustentabilidade, graças à utilização de materiais recicláveis e de necessidades de manutenção reduzidas; e eficiência energética, atingindo um desempenho térmico e a estanquidade ao ar compatível com os padrões da Passive House.

    O sistema patenteado de montagem por encaixe, tem a vantagem de poder ser usado quer em construção nova quer em reabilitações, embora no mercado português a ideia será avançar para projectos de construção nova.

    Sobre o autorManuela Sousa Guerreiro

    Manuela Sousa Guerreiro

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    Manuel Perestrelo e Miguel Freitas

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    A aposta no segmento Premium

    Nasceram em 2023 com foco no segmento premium do dinâmico e competitivo eixo imobiliário Comporta, Cascais e Lisboa. Em 2024 cresceram e reforçaram o posicionamento, graças à conquista de projectos chave. Falamos da Match Real Estate, uma “agência boutique” fundada por Miguel Freitas e Manuel Perestrelo

    tagsMatch

    Com pouco mais de ano e meio de actividade a Match Real Estate é uma agência boutique que apostou no segmento residencial prime no eixo Cascais, Lisboa e Comporta. Nasceram com a vontade de “preencher lacunas e superar as fragilidades” num “mercado altamente competitivo”, assumem os seus fundadores Miguel Freitas e Manuel Perestrelo, ambos com um background em marketing e gestão e com os últimos anos dedicados ao Real Estate na parte da mediação e investimento. Hoje, empregam mais de duas mãos cheias de consultores imobiliários divididos pelas várias geografias onde operam.

    “A Match tem como principal foco a comercialização de imoveis no segmento premium e activos de rendimento, em zonas consolidadas e com forte procura por parte de classe média alta, nacional e internacional. Se é certo que estas três zonas do país fazem parte do top 5 das zonas mais premium do país e, por isso, são muito interessantes para uma agência como a Match que se posiciona neste segmento, ora é também certo que o mercado de real estate é, em grande parte, fruto de uma forte rede de contactos e que é aqui que a Match se diferencia, fazendo uso da forte e sólida rede de contactos que tem nestas regiões, algo que a diferencia no mercado”, sublinha Miguel Freitas.

    Ainda que posicionados no mesmo segmento, estas são localidades que atraem diferentes tipos de clientes e nacionalidades. Assim, enquanto “na zona de Cascais os compradores são maioritariamente estrangeiros e procuram essencialmente primeiras habitações, na Comporta a maioria dos clientes são internacionais, mas procuram segundas casas, casas de férias”, refere Manuel Perestrelo. Já no mercado de Oeiras e Lisboa “os portugueses representam a fatia maior de transacções sendo predominante a compra de imoveis para 1ª habitação. O valor médio das transacções, o tipo de imóvel e a nacionalidade dos nossos clientes estão directamente ligados ao mercado onde acontece a transacção”, acrescenta o mesmo responsável.

    Exemplo disso é uma das angariações mais recentes da Match: o ”One Lush”, promovido pela Noronha Sanches em Caxias, concelho de Oeiras. Este “é um projeto único, com uma arquitectura muito diferenciada numa zona, Caxias, que começa agora a ser uma referência e uma alternativa muito interessante para quem quer estar perto de Lisboa, mas junto ao mar. Tem sido um enorme sucesso de vendas, tendo no seu mês de lançamento 60% das unidades vendidas”, afirma Manuel Perestrelo.

    Outra característica sublinha pelo co-fundador da Match é que não obstante a dinâmica forte do mercado ainda se continuar a evidenciar, já se começa a sentir algum arrefecimento.  “No entanto, estimamos que os preços continuem a aumentar uma vez que a curva da procura continua bastante mais acentuada que a curva da oferta. Em suma, sentimos que existe uma enorme procura por imobiliário high end, que em Portugal continua com uma oferta muito reduzida”, analisa Manuel Perestrelo.

    “2024 é o ano de consolidação e afirmação da Match no mercado residencial português”, fruto da “angariação de empreendimentos imobiliários exclusivos, consolidação da equipa comercial e word of mouth”, factores que “estão a contribuir para um ano memorável da nossa jovem marca”

    Crescimento em 2024 supera 2023

    Naquele que foi o seu ano de arranque a Match fechou 2023 com um volume de
    negócios na ordem dos 19M€, que deverá ser superado no final deste ano. Mas 2024 não se vislumbrou um ano fácil

    “Depois de um primeiro ano, 2023, em que foram superadas todas as expectativas e em que os resultados foram excelentes, sentimos que o ano 2024 arrancou de forma mais lenta, fruto provavelmente de alguma desconfiança motivada por incertezas relacionadas com as eleições legislativas. Após as eleições, o mercado animou e as transacções voltaram ao ritmo de 2023. Estamos a poucos meses do final do ano e as perspectivas são bastante positivas com 2024 a superar já 2023”, avança Miguel Freitas. Para este responsável 2024 é o ano de consolidação e afirmação da Match no mercado residencial português”, fruto da “angariação de empreendimentos imobiliários exclusivos, consolidação da equipa comercial e word of mouth”, factores que “estão a contribuir para um ano memorável da nossa jovem marca. Actualmente começamos a ver o nome da Match ao lado dos players de referência do mercado de mediação imobiliária português, e isso é algo que nos enche de orgulho”, consubstancia Miguel Freitas.

    A alavancar a actividade da Match está a aposta no digital.” Um sofisticado sistema de geração e tratamento de leads permite-nos chegar a compradores e vendedores de forma mais rápida e eficiente e confere-nos enormes vantagens competitivas face à concorrência. E é isso que nos permite fazer o “match” perfeito”, explica Miguel Freitas.

    Já em 2025 essa aposta leva a imobiliária a prever “ter o nosso primeiro empreendimento com recurso a visitas virtuais e realidade aumentada, tecnologia que permite que os potenciais compradores façam visitas virtuais a imóveis, melhorando a experiência de compra e reduzindo a incerteza para quem está longe”, avança Manuel Perestrelo.

    Sobre o autorManuela Sousa Guerreiro

    Manuela Sousa Guerreiro

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    La Nena Home inaugura showroom em Matosinhos

    A multinacional espanhola, dedicada a decoração e remodelação de interiores, chega a Portugal através de um showroom que é também um laboratório criativo

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    Matosinhos foi a localização escolhida para acolher a chegada da marca La Nena a Portugal. O showroom será, ainda, laboratório criativo, onde arquitectos e designers de interiores podem explorar as várias opções de personalização para projectos comerciais e residenciais.

    Além disso, o showroom é a casa do estúdio AniStudio, fundado por Ana Pinto, responsável pela expansão da La Nena em Portugal. Este estúdio é especializado em telas com ambientes abstractos feitas por encomenda, concebidas para projectos de decoração. Através deste estúdio, o espaço abrirá portas à comunidade, disponibilizando workshops de arte, pintura, fotografia e outros temas.

    A La Nena Home é uma marca internacional de revestimentos, mobiliário e decoração, fundada na Galiza, em Espanha, que se distingue pelo design sofisticado, criativo e natural. Recorrendo a produção própria e totalmente autónoma para qualquer tipo de desenvolvimentos ou acabamentos, a La Nena combina técnica inovadoras e artesanais. Cada peça e espaço criado pela marca reflecte um equilíbrio único entre “estética, funcionalidade e personalização”, atendendo às necessidades e preferências de cada cliente.

    A marca utiliza uma combinação entre tecnologia e artesanato para moldar materiais em formas orgânicas, que são revestidas com microcimento ou transformadas em peças de cerâmica, barro ou mesmo cimento. Este processo versátil permite criar tanto mobiliário exclusivo como revestimentos arquitectónicos contínuos. Além disso, a iluminação é uma componente central em cada projecto, concebida para realçar a estética e a funcionalidade de cada espaço.

    Nesse sentido, a La Nena Home oferece uma ampla gama de produtos e serviços personalizados que se destacam pela qualidade e exclusividade. Desde peças decorativas com elementos únicos que combinam diferentes materiais, a soluções de iluminação pensadas ao detalhe, até à realização de projectos completos de revestimentos em espaços residenciais, como salas de estar e quartos, e espaços comerciais, como lojas, restaurantes, hotéis e bares, de acordo com a visão do cliente.

    A sustentabilidade é um dos pilares fundamentais da marca. Neste sentido, trabalha em proximidade com fornecedores locais em todos os países onde opera, promovendo economias locais e reduzindo a pegada ecológica. Em Portugal, dispõe já de parcerias com produtores e fornecedores portugueses que produzem nacionalmente ou para outros países, caso não exista um produtor local mais próximo para algo em concreto nesse país. “Estas sinergias são estratégicas e procuram dar oportunidade aos produtores nacionais de poderem escalar a sua produção nacional e internacionalmente através da nossa rede de lojas e o mesmo acontece com outras sociedades do grupo noutros países”, explica Ana Pinto.

    Além disso, a marca mantém um compromisso com a gestão responsável de materiais, minimizando desperdícios e reutilizando recursos sempre que possível. “Os nossos microcimentos têm uma mistura que utiliza resíduos naturais, que podem ser desperdícios de matérias-primas anteriormente utilizadas na produção de peças decorativas ou revestimentos, ou o aproveitamento de elementos naturais, como areia da praia ou conchas, que permite chegarmos a acabamentos com uma estética o mais orgânica possível”, refere Ana. “Os acabamentos possíveis são infinitos uma vez que podemos personalizar os tons, texturas ou materiais a utilizar, com fibras recicladas, conchas, moluscos marinhos, areias, terras, restos de vidros, borrachas, reutilizando materiais em fim de vida. Grande parte do nosso processo é manual, desde a criação da matéria-prima até à aplicação, abraçando a imperfeição”.

    A La Nena está presente em cidades como Madrid, Xangai, Dubai, Amesterdão e Milão, com aberturas previstas em Punta Cana e Miami. Em cada mercado, a marca procura adaptar-se às necessidades locais, oferecendo conceitos exclusivos.

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    Sector PBSA continua atractivo para investidores

    O número crescente de estudantes do ensino superior, combinado com a oferta limitada de PBSA (Purpose Built Student Accomodation), posiciona Portugal como um mercado atractivo para operar e investir em activos de alojamento para estudantes

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    Segundo o estudo The Portuguese Momentum on Student Housing sobre o sector das residências de estudantes, divulgado hoje pela CBRE Portugal, o mercado português tem vindo a registar um crescimento significativo e oferece ainda inúmeras oportunidades de negócio.

    O número crescente de estudantes do ensino superior, nomeadamente internacionais, atraídos pelo estilo de vida, clima favorável e universidades de prestígio, combinado com a oferta limitada de PBSA (Purpose Built Student Accomodation), posiciona Portugal como um mercado atractivo para operar e investir em activos de alojamento para estudantes.

    Analisando o detalhe da Taxa de Crescimento Anual Média (CAGR) desde 2020, verificamos que o número total de estudantes internacionais aumentou 9.5% e o de estudantes nacionais 1.6%. As nacionalidades dos estudantes internacionais que ocupam o top 5 são a brasileira, a angolana, a guineense, a cabo verdiana e a francesa, sendo que deste ranking e quando comparado com 2023 saíram Alemanha e Itália.

    José Maria Moutinho, head of research na CBRE Portugal, comenta que “Lisboa é uma das cidades com menor oferta de PBSA em relação à procura na Europa, com uma taxa de aprovisionamento de 3,7% já considerando o pipeline previsto para os próximos dois anos. Por outro lado, o Porto, apesar de mais consolidado, apresenta também uma taxa de aprovisionamento de cerca de 6,6%, o que é ainda é uma percentagem muito baixa quando comparada com mercados mais maduros, nomeadamente, Amesterdão que regista 22%, Londres com 14,3% ou Dublin com uma taxa de aprovisionamento de 13,1%”. O mesmo responsável acrescenta ainda que “neste momento, Portugal tem 11.250 camas operacionais e é esperado que nos próximos dois anos abram projectos de residências de estudantes que trarão mais 2.600 camas ao mercado. Este é ainda um sector com imensas oportunidades.”

    Apesar da taxa de aprovisionamento nacional (incluindo o pipeline para os próximos dois anos) ser de 3.1%, regionalmente encontramos algumas discrepâncias, onde as cidades de Aveiro, Braga e Coimbra são as que apresentam uma maior escassez de oferta e, por essa mesma razão, tornam-se polos de oportunidade, sendo que, actualmente, 82% do total da oferta se concentra em Lisboa e Porto.

    As rendas têm também registado um aumento consistente sendo que no Porto um estúdio varia entre os 450€ e os 900€ e em Lisboa a renda desse mesmo estúdio começa nos 650€ e pode ascender aos 1.600€. A taxa de ocupação situa-se em torno a 98%, o que em parte justifica as rendas acima descritas.

    Para 2024 está previsto um investimento estrangeiro de 200 milhões de euros e neste valor considera-se já o processo de venda concluído da Home & Co. Campo Pequeno pela TPG/Round Hill Capital à Xior Student Housing. Esta operação assessorada pela CBRE foi uma transacção icónica, pois representou um novo recorde em termos de preço por cama (152.000€).

    Além da Xior Student Housing que detém uma elevada fatia do mercado português (1.700 camas) o sector de PBSA conta ainda com outros cinco operadores principais que em conjunto com a Xior representam 77% da oferta total: Livensa Living (2.500 camas), Nido (1.500 camas), LIV Student (1.200 camas), Micampus (1.000 camas) e Odalys Campus (700 camas).

     

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    Alenquer recebe novo empreendimento na Quinta do Bravo

    Com arranque da construção a partir de 2025, da responsabilidade da Funny Perception, o novo empreendimento habitacional pretende “responder às necessidades das famílias na região”. A comercialização está a cargo da Ma Properties

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    A partir de 2025, Alenquer vai receber um novo empreendimento habitacional projectado para “responder às necessidades das famílias na região”. Com início da construção e pré-vendas previstas para o início do próximo ano, a construção do empreendimento está a cargo da Funny Perception e comercializado pela Ma Properties.

    Localizado na urbanização Quinta do Bravo, o projecto será composto por quatro edifícios de quatro pisos com cave, oferecendo um total de 26 apartamentos T3 e oito lojas comerciais com áreas que variam entre os 124 m² e os 144 m².

    Os apartamentos, de tipologia T3, apresentarão uma área bruta de cerca de 135 m², distribuída entre uma sala espaçosa, cozinha, três quartos, duas casas de banho e varandas. Cada unidade incluirá ainda garagem privativa e arrecadação.

    Cada lote contará com uma área de construção de aproximadamente 1115 m², e os edifícios serão estruturados com dois espaços comerciais no rés do chão, três pisos residenciais, uma cave para estacionamento, e serão equipados com elevador, oferecendo acessibilidade aos futuros habitantes.

    A Quinta do Bravo usufrui da proximidade a infraestruturas essenciais como supermercados, escolas, o pavilhão municipal, a rodoviária e o Centro de Saúde de Alenquer. Espaços de lazer, como campos de futebol e áreas públicas, estão igualmente a curta distância, assim como a proximidade às autoestradas A1 e A10 garante um rápido acesso a Lisboa e a outras regiões.

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    Turismo residencial gera 15 mil milhões de euros em receitas fiscais

    Portugal é o país que, em 2024, apresenta os maiores encargos fiscais sobre a aquisição de um imóvel residencial de segunda habitação revelam dois estudos realizados pela Nova School of Business and Economics e pela Associação Portuguesa do Turismo Residencial e Resorts

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    A Nova School of Business and Economics em parceria com a Associação Portuguesa do Turismo Residencial e Resorts realizou os estudos “Turismo Residencial: Impacto Macroeconómico” e “Turismo Residencial: Benchmarking fiscal” com o objectivo de estimar a contribuição do sector para a economia portuguesa no período entre 2014 e 2023 e verificar como se compara Portugal em 2024, nos vários regimes fiscais que incidem sobre imóveis residenciais de segunda habitação com os seus demais concorrentes directos. Entre as principais conclusões destacam-se os 15 mil milhões de euros em receitas fiscais para o Estado que o sector gerou entre 2014 e 2023 e o facto de Portugal ser o país que em 2024 apresenta os maiores encargos fiscais sobre a aquisição de um imóvel residencial de segunda habitação entre os mercados analisados.

    Entre 2014 e 2023 o turismo residencial destacou-se em Portugal gerando 130 milhões de dormidas e contribuindo com um impacto económico total de 184,5 mil milhões de euros. O sector gerou ainda 15 mil milhões de euros em receitas fiscais, dos quais 11 mil milhões de euros são provenientes de IVA. De destacar ainda os 96,9 mil milhões de euros em Valor Acrescentado Bruto (VAB), dos quais cerca de metade, 43.8 mil milhões, foram destinados a remunerações, reflectindo a riqueza gerada pelo sector na economia e no emprego. Entre 2014 e 2023 foram criados uma média anual de 284.584 empregos a tempo completo. O estudo apurou ainda o impacto dos não-residentes que, ao utilizarem a sua propriedade em Portugal, contribuíram com 672 milhões de euros para a produção total da economia nacional tendo ajudado à criação, em média, de 906 empregos e de 129 milhões de euros em remunerações, por ano.

    No estudo foram considerados os aldeamentos turísticos, apartamentos turísticos e hotéis-apartamentos que se encontrem integrados em empreendimentos turísticos. Estimaram-se os efeitos gerados pelo investimento na construção de novas unidades de alojamento, venda de novas unidades de alojamento, revenda de unidades de alojamento já existentes, turismo receptor e interno no território económico e uso da propriedade pelo proprietário não-residente.

    Relativamente à “Análise comparativa da carga fiscal em 2024 para aquisição de imóvel residencial de segunda habitação” comparou-se a carga fiscal total, vigente em 2024, para aquisição de imóveis residenciais de segunda habitação em Portugal e nos seus concorrentes directos do Mediterrâneo (Espanha, França, Itália, Grécia, Croácia, Chipre e Montenegro). O estudo concluiu que Portugal apresenta a maior carga fiscal total na aquisição de imóvel residencial de segunda habitação nova (25,4%) entre os países analisados. Portugal tem também os maiores encargos fiscais sobre a aquisição de um imóvel residencial de segunda habitação usado com encargos fiscais a rondar os 37 mil euros para um valor de venda 500 mil euros.
    Do grupo de oito países analisados, apenas três – Portugal, Espanha e França – cobram imposto sobre patrimónios imobiliários de elevado valor e pelo total do património agregado. Os limites mínimos de isenção são menores em Portugal (600 000€) depois Espanha (700 000€) e finalmente França (1 300 000€).
    Relativamente à carga fiscal sobre as mais valias na óptica do investimento, Portugal é o segundo país da amostra com a carga fiscal mais elevada, logo a seguir à França, e, por consequência, o que apresenta a segunda menor rendibilidade quando consideramos o valor investido.

    Segundo Pedro Fontainhas, director executivo da Associação Portuguesa do Turismo Residencial e Resorts “os estudos agora apresentados relevam, por um lado, o enorme potencial do Turismo Residencial, o seu impacto positivo e o efeito multiplicador que o sector tem na economia, tanto a nível da atracção de investimento e residentes estrangeiros, como a nível da criação de emprego. Por outro, relevam a enorme carga fiscal a que está sujeita a compra de imóveis de segunda habitação em Portugal, esta elevada tributação pode desencorajar os investidores e reduzir o potencial de crescimento do sector”, considera o responsável. Segundo o mesmo responsável “Portugal tem todas as condições para ser um dos destinos líderes a nível mundial em turismo residencial, mas a competitividade fiscal é um factor que não pode ser ignorado. Reduzir os encargos na aquisição pode atrair mais investimento e alavancar ainda mais a nossa economia. A comparação com outros países mediterrânicos, como a Grécia, Itália e França, evidencia a necessidade de políticas fiscais mais competitivas. A Grécia, por exemplo, implementou a suspensão do IVA em novos imóveis para impulsionar as vendas, enquanto Itália oferece benefícios fiscais para imóveis detidos por não-residentes”, refere.

     

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    Câmara de Lagos lança concurso para ampliação e requalificação da Escola das Naus

    O objetivo da intervenção é, por um lado, resolver os graves problemas estruturais deste edifício escolar, e, por outro lado, ampliar a sua capacidade, adequando as salas de aula e espaços de valências específicas às necessidades atuais e melhorando as condições de ensino e aprendizagem, com benefícios para toda a comunidade escolar servida pelo estabelecimento

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    A Câmara Municipal de Lagos aprovou a abertura de concurso para a empreitada de ampliação e requalificação da Escola Básica 2,3 das Naus. A intervenção, que representa um investimento de 12 milhões de euros, está prevista na Carta Educativa e consta do Acordo Sectorial de Compromisso subscrito entre o Governo e a Associação Nacional de Municípios Portugueses, sendo cofinanciada pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

    O objetivo da intervenção é, por um lado, resolver os graves problemas estruturais deste edifício escolar, e, por outro lado, ampliar a sua capacidade, adequando as salas de aula e espaços de valências específicas às necessidades atuais e melhorando as condições de ensino e aprendizagem, com benefícios para toda a comunidade escolar servida pelo estabelecimento.

    A operação de reabilitação da Escola das Naus prevê, entre outros, a requalificação do edificado existente, ampliando-o através da construção de um novo edifício destinado a complementar a prática da atividade letiva bem como dotar este equipamento escolar com um Auditório. Está também prevista a adequação funcional do edifício principal, com a ampliação do refeitório e a ampliação e reestruturação total da cozinha, e do pavilhão polidesportivo.

    De modo a garantir a continuidade do funcionamento do equipamento escolar, a empreitada será executada de forma faseada e encadeada, iniciando-se com a construção do edifício novo (B) e espaços exteriores adjacentes, permitindo que a atividade letiva continue a desenvolver-se normalmente no edifício principal (A), nos monoblocos e no pavilhão coberto (edifício C) já existentes. Numa segunda fase serão intervencionados (requalificados e ampliados) os edifícios A e C e construída a nova Portaria (edifício D), o que obrigará ao funcionamento em instalações provisórias de monoblocos a instalar na área de estacionamento contígua ao recinto escolar em quantidade que permita, com o apoio do edifício novo (B), assegurar as atividades letivas, com as atividades desportivas a serem realizadas em equipamentos desportivos na proximidade e refeições asseguradas em serviço de catering. A terceira e última fase consistirá na construção do campo de jogos descoberto, estacionamento e envolvente exterior ao equipamento escolar.

    A Escola EB 2,3 das Naus entrou em funcionamento em 1997, estando inserida em zona urbana nas imediações da Marina de Lagos e da estação de comboios. Os problemas de conservação dos seus edifícios e a falta de espaço agudizaram-se nos últimos anos, obrigando o município a colmatar a situação com recurso à colocação de monoblocos provisórios que aumentaram a sua capacidade em mais oito salas de aulas, embora com prejuízo para os espaços comuns, que ficaram ainda mais sobrecarregados.

    Para além deste investimento, em matéria de rede escolar está prevista a ampliação da Escola EB 2,3 Tecnopolis de Lagos, conforme projeto atualmente já em elaboração.

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    Mundicenter adquire Alto das Amoreiras

    A dona do Amoreiras Shopping Center, Edifício Amoreiras Square e da Torre 1 das Amoreiras adquiriu o edifício Alto das Amoreiras, consolidando a sua presença nesta localização da capital portuguesa. O negócio foi apoiado pelas consultoras JLL e Cushman & Wakefield, em representação da Tristan e a Norfin Serviços 

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    O mercado de escritórios de Lisboa reafirma a sua atractividade com a transacção do edifício Alto das Amoreiras, localizado numa das áreas mais privilegiadas da cidade. O fundo CCP 5 Long-Life, gerido pela Tristan Capital Partners e cujo gestão estava entregue à Norfin Serviços, conclui assim a segunda operação num espaço de duas semanas, representado em regime de co- exclusividade pelas consultoras imobiliárias JLL e Cushman & Wakefield.

    O activo foi vendido à Mundicenter, uma empresa detida maioritariamente pelo Grupo Alves Ribeiro, consolidando a sua presença nesta localização, onde já conta com outros edifícios de carácter comercial como o Amoreiras Shopping Center, o Edifício Amoreiras Square e a Torre 1 das Amoreiras.

    “Este edifício pertencia ao portefólio Vision Escritórios que sofreu uma enorme transformação ao longo destes últimos anos. Tratando-se de um edifício que conta com a presença de muitos inquilinos em simultâneo, a realização de várias intervenções ao longo dos últimos anos só foi possível graças à excelente relação que fomentámos com todos eles ao longo deste tempo. Desde a renovação total das zonas comuns à realização da certificação BREEAM Very Good, foram vários os trabalhos que nos permitiram tornar este edifício num dos mais carismáticos edifícios de escritórios na zona das Amoreiras e do qual estamos muito orgulhosos por todo o trabalho desenvolvido”, explica Daniel Lopes, senior manager da Norfin Serviços.

    Com uma área de 5.821 m², o Alto das Amoreiras distingue-se pela certificação ESG BREEAM In-Use “Very Good”, posicionando-se como referência no mercado de escritórios sustentáveis em Lisboa. Essa característica, aliada à proximidade ao Amoreiras Shopping Center, visibilidade elevada e fácil acesso a transportes e amenidades, foi determinante para atrair investidores focados na valorização a longo prazo.

    Para José Maria Sampaio Nunes, Senior Consultant Capital Markets na JLL “esta transacção reflecte uma tendência clara do mercado: os investidores estão cada vez mais interessados em edifícios que conjugam localização central com elevados padrões de sustentabilidade. O Alto das Amoreiras é um exemplo perfeito dessa combinação destacando-se como um activo único no coração de Lisboa, muito atractivo para o mercado internacional”, considera o responsável.

    “O Alto das Amoreiras é um activo de referência, com uma visibilidade ímpar junto ao centro comercial das Amoreiras e acessos directos à A5 e ao centro da cidade. Estes fatores, aliados à sua certificação ESG, tornam este edifício numa escolha estratégica para investidores que valorizam qualidade e sustentabilidade”, acrescenta Cristina Machado, Associate e Head of Office Investment na Cushman & Wakefield.

     

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    Openbook Partners 2024

    Arquitectura

    Openbook: A reestruturação da Firma

    Fruto de um processo de reestruturação e rebranding nasce o Grupo Openbook, o qual integra agora cinco entidades: Architecture; Real Estate; Design; Studio e Engineering. Uma transformação que evidencia, desde logo, crescimento do volume de negócios, dos projecto e das geografias onde actua. Paulo Jervell, um dos sócios fundadores do Grupo explica-nos o processo de transformação do escritório, o âmbito de actuação das novas entidades e o seu impacto na arquitectura que praticam e nos valores que defendem

     

    “Pretendemos reforçar o posicionamento do grupo como líder em inovação, com uma oferta integrada ao cliente. Este é o grande motor desta reestruturação”, afirma à Traço Paulo Jervell, um dos sócios fundadores da Openbook. A firma deu lugar a um grupo, que compreende cinco entidades, e que emprega mais 90 colaboradores. No centro de tudo está a arquitectura e a defesa das premissas e dos valores que nos acompanharam a actividade da Openbook ao longo dos anos: “rigor, qualidade, obsessão pelo detalhe e pela funcionalidade”

    Paulo Jervell, um dos sócios fundadores a Openbook

    Esta apresentação recente que fizeram ao mercado é o resultado de um trabalho que vem sendo feito há pelo menos uns dois anos. Correcto?
    São áreas que já trabalhávamos e que criaram universos diferentes. Mas 2024 foi um ano marcante para a Openbook, em que consolidámos o nosso reposicionamento como grupo multidisciplinar. Este movimento estratégico impulsionou o crescimento financeiro – no final de 2024 a Openbook vai ultrapassar os 10 milhões de euros em facturação – a expansão da equipa e a entrada em novos mercados. Com o rebranding lançado este ano pretendemos reforçar o posicionamento do grupo como líder em inovação, com uma oferta integrada ao cliente. Este é o grande motor desta reestruturação.

    O que vem mudar este rebranding?
    No que diz respeito à evolução das áreas de negócio, este rebranding ou esta reestruturação, aliás, são as duas coisas em simultâneo, surge para clarificar a nossa estratégia de crescimento. Vamos passar a adoptar uma nomenclatura de grupo, grupo esse que vai ter cinco empresas: Openbook Architecture, Openbook Real Estate, Openbook Studio, Openbook Engineering e Openbook Design. Algumas destas empresas são lideradas por parceiros que já colaboravam com a Openbook mas que agora assumem estas áreas de negócio de uma forma independente, mas sempre sob uma visão de grupo. O que queremos é que estas empresas possam desenvolver-se nos segmentos onde são especializadas, com estratégias e objectivos de negócios bem definidos, consolidando o nosso posicionamento enquanto grupo multidisciplinar.

    Como é que estas entidades vão operar?
    Sempre sob o chapéu do grupo Openbook, no universo de serviços que o grupo presta, mas para um conjunto de áreas de actuação muito mais diversifica daquele que o grupo actuava actualmente. Falando um pouco sobre cada uma destas entidades: A Openbook Architecture, que é, como vocês sabem, é uma empresa fundada em 2007, muito focada na concepção de espaços, muito alicerçada na criatividade e no padrão de qualidade que oferecemos aos clientes e que fomos, ao longo dos anos, expandindo em termos de actuação. Mantemos sempre as premissas e os valores que nos acompanharam ao longo destes anos – rigor, qualidade, obsessão pelo detalhe e pela funcionalidade – valores que, de alguma forma, pautam o crescimento da área da arquitectura. Dada a nossa estratégia de diversificação, o peso dos projectos corporativos foi-se equilibrando com o crescimento de projectos em áreas como saúde, residencial e de hotelaria, que acabaram por assumir, eu diria, uma fatia do bolo muito relevante e neste momento conseguimos inverter a balança. Estávamos muito alicerçados em projectos corporativos, agora temos uma balança muito mais equilibrada e mais diversificada.
    No que diz respeito ao Openbook Real Estate, o que é que pretendemos com a criação desta empresa? Oferecer uma experiência global que permite proporcionar aos clientes serviços de análise financeira e planeamento estratégico, orientar os clientes para novas oportunidades de investimento e criar soluções personalizadas que combinem uma visão independente com profundo conhecimento no sector, seja através de mercado de capitais, consultoria imobiliária, estruturação de operações de investimento e mesmo gestão de activos.

    O que vos leva a passar da arquitectura para a consultoria em real estate?
    Não estamos a passar da arquitectura para a real estate. Desde a criação da Openbook nunca nos revimos como um ateliê de arquitectura. eu costumo dizer que somos uma empresa, neste momento um grupo de empresas, mas éramos uma empresa com um ateliê de arquitectura. Esta sempre foi a nossa estratégia. A consultoria em real estate, como diz e bem, surge também pela mesma razão da criação de outras empresas, aproveitar oportunidades. Através da relação que todas as empresas que hoje em dia fazem parte do grupo, surge um conjunto de oportunidades que, tendo um acompanhamento integral com as várias expertises que existem, permite-nos oferecer um serviço de maior de abrangência, diversidade e qualidade. Isso é a grande, eu diria, atractividade do grupo em ter todas estas empresas. Consoante as necessidades do cliente, conseguimos dar-lhe uma resposta e uma solução final.

    O que nos leva então à Openbook Studio. Que serviços oferece esta empresa?
    Openbook Studio surge potenciada por um histórico que tínhamos com uma parceira nossa nesta área de interior design. Adquirimos a empresa, na qual temos uma participação maioritária, e assim nasceu a Studio, que está muito focada em hospitality, hotelaria e residencial. A Openbook Studio está já a fazer o novo Choupana Hills, um hotel de cinco estrelas na Madeira, um projecto que teve vários momentos, mas que agora está a todo o vapor. Tem também em curso um projecto de mais de dois mil apartamentos em Hanói, no Vietnam. São quatro torres residenciais e o interior design foi entregue à Openbook Studio.

    Temos ainda a Openbook Design…
    Openbook Design, à semelhança da Studio, também era uma área de negócio onde já actuávamos com parceiros e, mais uma vez, o que fizemos foi adquirir esta empresa com integração no grupo. A Openbook Design faz única e exclusivamente trabalho de design em termos de wayfinding, sinalética e branding. E é uma área de negócio que acompanha muito a Openbook Architecture e o Openbook Studio. Por exemplo, num projecto corporativo do Openbook Architecture, toda a componente de sinalética, de nomenclatura das salas, de wayfinding em termos de sinalética, naming do edifício, é realizada pela Openbook Design.

    Por fim, temos a Openbook Engineering.
    Que vem transformar esta visão em realidade na componente técnica, através da gestão do projecto para o cliente. Esta entidade trabalha única e exclusivamente para projectos do grupo. Esta sim, foi criada sem nenhuma aquisição orgânica, foi criada internamente do zero. Obviamente, para efeitos de expertise, fomos buscar ao mercado o responsável desta área, que vem do mundo da engenharia.

    Em termos de peso dentro do grupo qual a área que terá maior peso?
    Neste momento, a Openbook Architecture continua a ter um peso muito destacado e significativo no que diz respeito ao volume de negócios. No entanto, é expectável, e isso tem vindo já a concretizar-se que a Openbook Real Estate tenha no futuro um peso muito considerável no volume de facturação do grupo e depois todas as outras áreas, afinal, são empresas startup e que obviamente estão a fazer o seu percurso. Não obstante, é importante referir que todas elas, na data zero de criação, sendo todas elas startups, vão ter resultados positivos no final do ano.

    Mantêm-se os quatro partners, mas agora temos outros responsáveis. Como está organizado o grupo?
    Os quatro partners mantêm-se como os partners da holding do grupo, depois a Openbook Real Estate, a Openbook Studio e a Openbook Design, uma vez que foram adquiridas, são geridas por sócios, managing partners, que têm uma parte do capital de cada empresa. A Openbook Engineering é a única que ainda é detida a 100% pela Holding.

    Em que é que se traduz este crescimento em termos orgânicos?
    Hoje temos 90 colaboradores, reforçámos as áreas de suporte, da arquitectura, do design e real estate. E depois, como último, daria nota deste reconhecimento internacional, que obviamente é alicerçado no portfólio da empresa e no track record de grande relevância que temos vindo a conseguir e que despoletaram uma série de oportunidades internacionais em várias geografias.

    Maior projecção internacional e projectos com impacto

    Essa maior projecção internacional vai levar a Openbook para que mercados? A base permanece em Portugal?
    Em termos físicos, mantemo-nos com base em Portugal. Ainda estamos no mesmo escritório, mas tivemos que obviamente expandir, neste momento já temos mais um piso aqui no edifício onde estamos. Neste momento, produzimos de Portugal para todas as geografias onde estamos envolvidos. Mantemos o escritório do Brasil em São Paulo e estamos, neste momento, a arrancar, com o escritório no Dubai. Contamos a partir de Janeiro já ter uma presença no Dubai.

    Porquê Dubai?
    Estamos sempre atentos a novas oportunidades. Tivemos um conjunto de desafios por parte de alguns clientes, internacionais, para desenvolver alguns projectos no Dubai e depois resultado de uma análise estratégica de prospecção de mercado, entendemos que o Dubai é uma excelente base para todo o mercado do Médio Oriente, não só Dubai, mas Arábia Saudita e Qatar. Este é um mercado que está em forte crescimento, valoriza muito os parâmetros de qualidade e de inovação que o grupo detém e entendemos que era um momento para dar o salto

    Qual o peso dos diferentes mercados para o grupo?
    Diria que neste momento o mercado internacional já poderá representar cerca de 30% do volume de facturação do grupo, com tendência a crescer bastante.

    Que projectos destacaria? No panorama nacional este ano têm sido destacados a “nova cidade” para o Novo Banco e a Sede da Galp…
    Adicionaria a esses o campus do BNP Paribas, que compreende mais de 30 mil m2, que é um projecto que está em construção. Fora do mercado corporativo destacaria, por exemplo, o projecto do Lote 10 em Alcântara, que é um projeto de um edifício de uso misto, cuja construção irá arrancar no início de 2025, terá mais de 20 mil m2 e vai ser também um projecto muito, eu diria, inovador, quer através das suas técnicas construtivas quer através das soluções que introduzimos no edifício em termos de soluções bioclimáticas, de toda a componente de sustentabilidade. Vai ser adoptada uma solução construtiva metálica, portanto, muito descarbonizada, se assim lhe posso dizer, com uma componente de pré-fabricação, pré modelação para, obviamente, fazer face a grandes problemas que temos hoje em dia no mercado, que é a mão de obra. E essa falta de mão de obra exige quer dos promotores, dos construtores, dos arquitectos e dos engenheiros novas soluções construtivas que permitam de alguma forma colmatar estes aspectos. Estamos ainda a desenvolver os projectos para dois novos hospitais, o Hospital da Luz de Setúbal e o Hospital da Luz do Porto.

    E em termos internacionais?
    No Luxemburgo estamos a desenvolver um projecto de um novo edifício de escritórios para uma empresa luxemburguesa. Estamos a desenvolver vários projectos em Luanda, que vão ser projectos com uma referência muito forte, e já temos oportunidades concretas em várias geografias, nomeadamente no Dubai, na Indonésia, onde estamos também a explorar um conjunto de projectos em Jakarta.

    Pode especificar um pouco o que está a ser feito em Angola?
    São três projectos grandes em Luanda. Dois são edifícios de escritórios, entre os 10 a 15 mil metros quadrados, para dois operadores angolanos diferentes. E depois estamos a fazer o masterplan para uma entidade internacional, que vai ser um projeto muito grande, são mais de 160 mil metros quadrados e vai ser um projeto de uso misto, habitação, escritórios, leisure, landscape.

    A escolha do momento e o impacto na arquitectura

    Este é o timing certo para esta restruturação?
    Pensamos que sim, é um culminar de um ano muito forte de grandes transformações e que faz sentido ser agora e faz sentido clarificar esta estratégia, faz sentido dar e começar a trabalhar também numa estratégia de comunicação e de marca para cada uma destas empresas, que têm targets específicos, que vão ser autónomas nas suas áreas e, portanto, precisam também de adequar a sua comunicação aos segmentos onde são especialistas.

    Qual foi o investimento realizado?
    É muito elevado. Ou seja, há aqui uma grande preocupação do grupo em ter um crescimento sustentado, sempre o tivemos, aliás. Este crescimento prossupõe um investimento numa estrutura local, estabelecermos nestas geografias, e neste caso específico no Dubai, mas passa também por um fortíssimo investimento em termos de crescimento e de consolidação de algumas áreas de suporte, quer na área financeira quer na área dos recursos humanos, quer na comunicação, comercial. Um investimento que o grupo tem vindo a fazer, de forma muito sustentada, sempre recorrendo a capitais próprios.

    Qual o impacto deste processo transformador na arquitectura que praticam?
    A arquitectura que praticamos será focada nos mesmos valores de sempre: elevada qualidade e rigor com foco no cliente e sempre procurando exceder as expectativas, inovando nas soluções apresentadas. Com esta nova nomenclatura, vamos consolidar um posicionamento multidisciplinar que nos vai permitir ser mais competitivos noutros os segmentos e mercados bem como oferecer uma proposta serviços integrados sempre que faça sentido, mas o ADN com que desenvolvemos os projectos, esse será o de sempre: qualidade, criatividade, inovação e uma grande responsabilidade para com as necessidades e aspirações dos nossos clientes. Queremos estar à frente do mercado e consolidar a nossa liderança no sector.

    A nível pessoal, para o Paulo, arquitectura é algo que já só consegue acompanhar à distância?
    Somos quatro sócios, três dos quais arquitectos e um financeiro, cada um de nós tem a sua expertise muito própria e às vezes acumulamos responsabilidades, mas cada um tem as suas áreas também bastante bem definidas.
    A título pessoal, a arquitectura continua a ser a minha paixão, e mesmo se hoje em dia tenho uma componente muito forte ou relevante em termos de exigência na gestão do grupo, sem a paixão pela arquitectura é difícil incutir toda esta componente de inovação e de transformação do talento interno que temos na empresa, se não estivermos envolvidos nos projectos. O crescimento da empresa para 90 colaboradores, por mais asset que estes colaboradores já o sejam, toda a cultura, e agora vou-me desfocar dos valores do grupo, mas focar-me nos valores da arquitectura, todo o ADN da arquitectura do grupo, linguagem arquitectónica que nós defendemos esta preocupação pelo detalhe, pela qualidade, pela funcionalidade, se isto tudo não é passado e incutido na equipa, o grupo não consegue crescer de forma sustentada mantendo este foco.

     

    Sobre o autorManuela Sousa Guerreiro

    Manuela Sousa Guerreiro

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    Oeiras aprova orçamento de 335M€ para 2025 com foco na Habitação

    Habitação pública é bandeira do município para 2025, estando prevista a construção de 756 casas, dando continuidade à Estratégia de Local de Habitação

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    A Câmara Municipal de Oeiras aprovou o orçamento municipal para 2025 no valor de 335 milhões de euros, que corresponde a um crescimento de 22,6% em relação ao orçamento aprovado para 2024 (cerca 273 milhões de euros).
    A Habitação Pública continua a ser a maior prioridade, estando prevista a construção de 746 casas, assumindo que 2025 será um ano de continuidade no trabalho que tem vindo a ser desenvolvido na concretização da Estratégia Local de Habitação.

    Neste sentido, a somar aos três projectos cujas obras estão praticamente concluídas – empreendimentos do Alto da Montanha, Quinta dos Aciprestes e Parque da Junça – e que contabilizam um total de 92 apartamentos, soma-se o arranque de novas obras, num total de 654 apartamentos, distribuídos por 11 empreendimentos habitacionais.
    Estes programas são financiados no âmbito do 1º Direito, PRR, tendo o município garantido a submissão das suas candidaturas num total de aproximadamente 150 milhões de euros. À data, contam-se vinte e três candidaturas aprovadas, num total de 109 milhões de euros, e as restantes em análise pelo Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU).

    Neste âmbito, insere-se o Programa de Renda Acessível tendo sido assinado o protocolo com o IHRU para a concretização de 770 casas.

    A requalificação está também presente na Estratégia Habitacional de Oeiras, neste âmbito o município irá intervir em 19 parques de habitação municipal em 2025, estimando ainda que no próximo ano sejam lançadas mais obras de intervenção, totalizando a requalificação de 203 edifícios de habitação municipal, num investimento de 31 milhões de euros. Também neste programa as candidaturas estão submetidas ao IHRU aguardando a sua aprovação.

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