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BUPi: conhecer o território que temos é valorizá-lo

Paulo Madeira é o coordenador-adjunto da eBUPi, estrutura que tem por missão a expansão do Balcão Único do Prédio (BUPi). Hoje, com cerca de 2,2 milhões de propriedades identificadas (cerca de 26% da meta estipulada) e 154 municípios aderentes ao BUPi existe um caminho a percorrer que será facilitado graças à tecnologia

Manuela Sousa Guerreiro
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BUPi: conhecer o território que temos é valorizá-lo

Paulo Madeira é o coordenador-adjunto da eBUPi, estrutura que tem por missão a expansão do Balcão Único do Prédio (BUPi). Hoje, com cerca de 2,2 milhões de propriedades identificadas (cerca de 26% da meta estipulada) e 154 municípios aderentes ao BUPi existe um caminho a percorrer que será facilitado graças à tecnologia

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Manuela Sousa Guerreiro
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Recentemente distinguido com o Special Achievement in GIS Award, prémio internacional, que reconhece práticas de excelência na utilização de Sistemas de Informação Geográfica (SIG), pela ESRI Internacional, o BUPi (Balcão Único do Prédio) é uma plataforma que permite mapear, entender e valorizar o território português, de forma simples e gratuita. O projecto piloto arrancou em 2017 em apenas 10 municípios e desde 2020 que está em fase de expansão no país. A 31 de Dezembro de 2023 o BUPi fechava o ano com mais de dois milhões de propriedades identificadas e este ano prepara-se para acelerar a missão de identificar, localizar e registar propriedades.

Ao CONSTRUIR Paulo Madeira, coordenador-adjunto da eBUPi, Estrutura de Missão para a Expansão do Sistema de Informação Cadastral Simplificado, a quem compete expandir a actividade do BUPi, falou sobre os desafios e o impacto de um trabalho que concorre para uma maior coesão e desenvolvimento territorial.

2023 foi um ano de forte crescimento no número de propriedades identificadas. Que factores motivaram este crescimento?
O BUPi terminou o ano de 2023 com cerca de dois milhões de propriedades identificadas, um aumento de 100% em relação a 2022. Esse crescimento só foi possível com a mobilização dos cidadãos para o projecto e com o empenho dos mais de 960 técnicos habilitados dos 145 municípios que integraram o BUPi até ao final do ano passado, sendo que actualmente são já 154 dos quais 5 na Região Autónoma da Madeira. Foi graças ao seu sentido de propósito, profissionalismo, motivação e à sua excepcional capacidade de trabalho que foi possível cumprir o objectivo de 30% de área de matrizes georreferenciadas e o marco de conhecer 90% da área dos municípios sem cadastro quanto ao tipo de propriedade (pública, privada ou comunitária), ao seu uso e ocupação.
Por outro lado, houve um importante contributo da abordagem inovadora do projecto e da tecnologia, que permitiu implementar incrementalmente melhorias, e naturalmente, dos cidadãos, tanto os enquanto proprietários como no papel de promotores, que aumentaram o conhecimento sobre o projecto nas comunidades.

Em 2024 haverá novo crescimento?
Em 2024, já foram identificadas mais de 220 mil propriedades e este número tenderá a crescer a um ritmo mais acelerado até ao fim do ano, graças a várias inovações tecnológicas que foram, e serão, disponibilizadas, bem como ao reforço das várias acções de comunicação para mobilizar os cidadãos, bem como à aposta dos municípios no projecto.

O impacto tecnológico

Este trabalho começou com um projecto piloto em 2017. Como é que a tecnologia que lhe serve de base, bem como os recursos que lhe são afectos, foram evoluindo e se adaptando (e crescendo) ao longo destes anos?
A base do nosso trabalho passa pela procura incessante de meios para conjugar eficácia e desempenho ágil, por parte da tecnologia e dos técnicos habilitados, com a elevada comodidade para os cidadãos, num processo que se mantenha simples, centrado nas suas necessidades, e que é gratuito e sem qualquer aumento de impostos sobre a propriedade até Dezembro de 2025.
Desde a fase piloto do projecto, entre 2017 e 2018, o BUPi inovou com metodologia de desenho de serviços para construir as soluções centradas nas pessoas e nos utilizadores da plataforma, mas também com o desenvolvimento e disponibilização de uma versão inicial de um algoritmo de dedução de localização das propriedades a partir de informação da Autoridade Tributária carregada na plataforma. Estas ferramentas agilizaram o conhecimento do território e permitiram um resultado de mais de 50% de área conhecida dos dez municípios piloto.
A partir de 2020, data em que se iniciou a fase de expansão do projecto, manteve-se a aposta na tecnologia e na inovação incremental como meios para superar os desafios do conhecimento do território. Essa aposta foi essencial sobretudo para acelerar o projecto considerando que nos anos de 2020 e 2021 o arranque desta nova fase foi marcada pela pandemia da doença COVID-19. Nesse sentido foi desenvolvida uma versão melhorada do algoritmo de dedução de localização das propriedades que já permitiu deduzir a localização mais de seis milhões de prédios, foi disponibilizada uma camada de propriedades sugeridas que usando informação de várias fontes disponíveis no BUPi aceleram a identificação ao evitar em muitos casos o desenho da propriedade pelo proprietário. Em 2022, a eBUPi lançou uma app móvel gratuita e de simples utilização para apoiar os cidadãos que pretendiam identificar e a localizar as suas propriedades directamente no terreno, especialmente em áreas muito arborizadas, utilizando o receptor GPS existente nos telemóveis.

Quantos utilizadores tem actualmente a app móvel?
A app BUPi já conta com cerca de 160 mil downloads e revelou-se, dada a sua simplicidade e eficácia, num instrumento muito utilizado por cidadãos de todas as idades contrariando o preconceito de que as pessoas de mais idade não recorreriam a esta solução.
Entretanto, já em 2024, foi lançado um novo Visualizador do BUPi, que foi desenvolvido numa lógica de co-criação com os técnicos habilitados (desde a fase de levantamento de requisitos ao desenvolvimento e testes). Inclui um cronograma dinâmico (time slider) que permite consultar as várias versões históricas de uma determinada camada de informação geográfica e alternar entre a visualização 2D e 3D, facilitando a utilização das memórias dos cidadãos sobre os limites das propriedades, tal permite por exemplo, verificar como estava o território antes e após certos incêndios, ou antes e após a construção de grandes infraestruturas como estradas, linhas de comboio e barragens o que é muito útil para ajudar na identificação das propriedades.
Ainda durante este ano, surgirão outras novidades, tais como uma nova versão da app BUPi, melhorias ao visualizador do BUPi e outras, que tornarão mais imediato e completo o acesso dos técnicos habilitados e dos cidadãos a todos os dados que dizem respeito às suas propriedades. A forma de comunicar com os cidadãos também conhecerá novidades, com três projectos-piloto: Comunicações Pro-ativas, Consulta pública e “Prédios sem dono conhecido”.

Em linha com as metas do PRR

Relativamente aos números e metas que tinham sido definidas para a Missão, como estamos no cumprimento desses objectivos? O BUPi Já abrange todo o país?
Uma vez que se trata de um projecto cujo financiamento actual resulta de uma candidatura ao Plano de Recuperação e Resiliência, apraz-nos partilhar que as duas metas de desembolso do PRR já se encontram cumpridas e registamos uma taxa de execução de cerca de 20% que está em linha com a média dos projectos financiados.
No que respeita a números operacionais, o balanço é francamente positivo. Estão identificadas, até ao momento, 2 230 999 de 8 627 062 existentes em Portugal Continental, que se encontravam por identificar, isto é, 26%. Sobre a área em hectares, esta é um pouco mais elevada, cerca de 30% do total. O que nos permite perceber que a média de áreas das propriedades é de 0,57 hectares. No caso da Região Autónoma da Madeira, a adesão ao projecto é ainda recente para se poder medir face aos objectivos, mas apresenta números normais para a fase inicial em que se encontra.
Quanto à abrangência nacional, é relevante clarificar qual a área geográfica de actuação do BUPi. A missão da eBUPi é a expansão do processo de alargamento do Sistema de Informação Cadastral Simplificado e do Balcão Único do Prédio (BUPi) aos 172 municípios que não têm Cadastro Predial. Nos restantes, uma vez que existe cadastro predial a componente de georreferenciação não é efectuada pelo BUPi, ainda que sejam aplicáveis os procedimentos simplificados e gratuitos de registo predial. Até ao momento, temos 154 municípios aderentes em Portugal Continental, dos quais cinco pertencem à Região Autónoma da Madeira. Há ainda 14 municípios da Região Autónoma dos Açores que se encontram em fase de adesão.

Que municípios estão mais avançados no processo de conhecimento do seu território?
Essa é uma realidade dinâmica, como se pode observar nos dashboards públicos na área de indicadores do sítio do BUPi na internet, onde é possível consultar a evolução de cada município. Em destaque, em dois gráficos, colocámos um Top 10 dos municípios que mais propriedades, por um lado, e percentagem de área, pelo outro, identificaram. É uma informação que vale a pena consultar regularmente e onde se torna claro que o ritmo de cada município pode variar ao longo do tempo, de acordo com factores tão dispares como campanhas dinamizadas, capacidade de técnicos afectos ao projecto, ou a maior ou menor afluência de cidadãos aos balcões.
Por outro lado, existem também dashboards na área privada de cada município na plataforma BUPi que estão disponíveis para estes e para os Técnicos Habilitados, onde é possível monitorizar o projecto como um todo, bem como a componente do PRR. Estes elementos permitem aos municípios e aos seus técnicos, de forma visualmente clara e apelativa, ter o conhecimento exacto do momento em que se encontram no projecto através de várias métricas, tais como o número de processos por técnico, a média diária, semanal e mensal de propriedades identificadas e quantas faltam georreferenciar.

Quantos proprietários já fizeram o registo das suas propriedades nesta plataforma?
Até à data de realização desta entrevista, contamos mais de 338 mil proprietários que utilizaram o BUPi. As vantagens de que cada um destes cidadãos, hoje, beneficia, são múltiplas, destacando-se que todos os procedimentos e a documentação necessária são gratuitos até final de 2025 e que não existe qualquer aumento de impostos. Por outro lado, o valor inerente ao facto de a propriedade ficar georreferenciada permite que as gerações futuras continuem a conhecer a localização e os limites da propriedade e evita disputas futuras, situação que hoje não é acautelada dado que o conhecimento é passado na maioria dos casos de pais para filhos de forma oral, o que leva a que muitas pessoas saibam que têm as propriedades, mas desconheçam onde elas se localizam. O processo é simples, acessível, sendo que os proprietários podem localizar e indicar os limites das suas propriedades directamente na plataforma BUPi, em bupi.gov.pt, ou, caso pretendam em alternativa um atendimento presencial para esclarecer dúvidas ou pelo simples facto de não disporem de meios informáticos, podem dirigir-se aos balcões físicos BUPi que funcionam nos municípios onde serão apoiados por técnicos especialmente habilitados para esse atendimento. Outro grande benefício para os cidadãos é a protecção dos seus direitos de propriedade para si e para os seus descendentes, dado que o mero registo das propriedades nas Finanças não é suficiente.
Em muitos dos municípios este apoio dos balcões é realizado não apenas na sede do Concelho, mas também através de soluções deslocalizadas com balcões móveis que se deslocam às localidades, balcões nas freguesias, e até mesmo deslocações a casa dos cidadãos, ou seja, não há motivo para que os proprietários não identifiquem e registem as suas propriedades.

O que irá acontecer ao projecto após 2025?
Quanto à Estrutura de Missão a legislação em vigor é muito clara: o limite temporal da sua existência, à data de hoje, é até 31 de Dezembro de 2025. Caberá ao poder político avaliar os resultados atingidos e tomar as decisões de política pública que considere melhores para o BUPi e para o país. De momento, estamos muito focados em entregar os resultados de que o país precisa até final de 2025, acreditando no impacto transformador do trabalho realizado e do movimento nacional gerado pelo BUPi que está a permitir conhecermos o nosso território, identificando e registando as propriedades, e transformar esse conhecimento em valor para Portugal contribuindo para o desenvolvimento económico, social e ambiental com um forte impacto positivo nas gerações futuras.

Os impactos do BUPi sobre a valorização do território
Pergunta inevitável a fazer é: qual o impacto da georreferenciação na adopção de políticas públicas de ordenamento do território?
Paulo Madeira classifica-as do ponto de vista micro e macro. Sobre as primeiras o coordenador adjunto da EBUPi salienta que “o conhecimento do território adquirido através do BUPi já permitiu, do ponto de vista do ordenamento do território e da sua valorização, que os municípios passassem a dispor de informação sobre o território de que não dispunham anteriormente acelerando a sua própria base de conhecimento e permitindo que o processo de decisão em vários domínios passe a ser assente em dados reais, temos ainda exemplos de outras entidades públicas que já estão a utilizar serviços partilhados pelo BUPi para internalizar nas suas actividades e com isso criar valor. São o caso do IFAP que está a utilizar essa informação para permitir desde logo uma melhor gestão e atribuição de apoios aos agricultores, ou do ICNF (Instituto da Conservação da Natureza) que dispõe de um projecto de 120 milhões de euros para construir faixas de gestão de combustível para prevenção de incêndios rurais e que beneficia da informação disponível no BUPi para acelerar o processo de conhecimento das áreas a intervencionar e nas servidões administrativas a constituir. Em ambos os casos o BUPi permite a estas entidades uma actuação mais focada e eficaz e ainda mais eficiente com uma poupança significativa de recursos financeiros aos contribuintes”.
Já numa perspectiva macro o responsável salienta que o BUPi “permite o conhecimento e actualização de informação da propriedade e dos proprietários o que constitui um valor inestimável para o país poder modelar novas medidas de política pública com base em dados e numa lógica de tomada de decisão data driven.”
Em breve serão apresentados resultados de um estudo sobre os benefícios económicos gerados pelo BUPi para o cidadão, por forma para tornar evidente que as mais valias do projecto não se cingem apenas ao sector público e que são, já hoje, uma realidade para os cidadãos e empresas.

 

Sobre o autorManuela Sousa Guerreiro

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França, Brasil e Suíça lideram procura estrangeira por imóveis no 1º trimestre de 2025

Sylvia Bozzo, marketing manager do Imovirtual, reforças que “a procura internacional não se limita apenas a reformados ou investidores. Uma parte significativa das visualizações vem de utilizadores em idade activa, o que indica um interesse crescente em residir ou trabalhar em Portugal”

O mercado imobiliário português continua a atrair o interesse de utilizadores internacionais, sobretudo de países com forte ligação à diáspora portuguesa.

De acordo com dados do Imovirtual, no primeiro trimestre de 2025, em especial no segmento de arrendamento e nas faixas etárias mais jovens, os dados revelam que a procura imobiliária continua a ser fortemente impulsionada por países como França e Brasil, com uma média de procura de 16% e 15%, respectivamente. Também a Suíça (11%) e Espanha(10%)  mantêm um interesse significativo, reflectindo o papel ativo da comunidade portuguesa e de perfis de investimento nestes mercados.

“Os dados mostram que a procura internacional não se limita apenas a reformados ou investidores. Uma parte significativa das visualizações vem de utilizadores em idade activa, o que indica um interesse crescente em residir ou trabalhar em Portugal de forma estável, reforçando o país como destino de vida e não apenas de lazer ou investimento”, destaca Sylvia Bozzo, marketing manager do Imovirtual.

Relativamente à faixa etária mais activa na procura internacional foi a dos 25 aos 34 anos, representando cerca de 31% das pesquisas, seguida pelos utilizadores dos 35 aos 44 anos, com 23%.

Quanto à finalidade da pesquisa por utilizadores internacionais, a compra continua a representar a maioria das visualizações (67,83%), face aos 32,12% da procura para arrendamento. Entre estes utilizadores, este padrão repete-se, com a compra a registar um peso ligeiramente superior (+2%), demonstrando o contínuo interesse do público estrangeiro em investir no mercado português.

Em termos de tipologias mais procuradas pelos estrangeiros os T2 continuam a liderar com 32,38% das visualizações, seguidos dos T3 (22,56%) e T1 (19,08%), reforçando a preferência por casas com dimensões equilibradas. Esta distribuição mantém-se praticamente inalterada quando analisada a procura nacional.

Com base nestes indicadores, o Imovirtual destaca o crescente papel do público internacional no dinamismo do mercado nacional, tanto no segmento de compra como no de arrendamento. Esta tendência reflete não apenas o interesse em investir em Portugal, mas também pode indicar o regresso de portugueses emigrados que procuram habitação no seu país de origem.

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Quatro cenários para o BRT da A5

As autarquias de Cascais e Oeiras querem criar um Bus Rapid Transit (BRT) que ligue ambas as autarquias ao centro de Lisboa. A ideia não é nova, mas o primeiro estudo está concluído apontando quatro opções de percurso

Ao longo dos últimos meses a hipótese de construção de um Bus Rapid Transit, ou BRT, que ligue os municípios de Cascais e Oeiras ao centro da cidade de Lisboa, tem sido apontado como uma solução para contornar os problemas de tráfego que milhares de pessoas sofrem diariamente sem outra solução que não seja a A5, a marginal ou a linha de caminho de ferro da CP.

Mais do que uma ideia, a infraestrutura integra as diferentes estratégias de mobilidade urbana de ambos os concelhos da área metropolitana de Lisboa. De acordo com uma publicação do município de Cascais “os estudos já realizados, enquanto solução de transporte mais próximo das residências dos cidadãos e com um acesso directo ao centro de Lisboa, a criação dos BRT seria uma forma de responder às necessidades proporcionando um aumento da oferta do transporte público e, ao mesmo tempo retirando pressão às actuais ligações a Lisboa (A5, marginal e linha de comboio)”.

Numa conferência sobre mobilidade realizada no final de Abril o presidente do munício de Cascais, Carlos Carreiras, sublinhou que “Cascais e Oeiras estão alinhados numa estratégia comum, que é a solução BRT na A5”, sublinhando que a solução iria resolver o problema de coesão do território e os congestionamentos na A5, principal acesso rodoviário que mantém as características iniciais, não obstante o crescimento da população nos dois concelhos. Por dia perto de 100 mil veículos usam esta via, sendo uma das que regista maior tráfego a nível nacional.

As vias para chegar a Lisboa
Um estudo de viabilidade preliminar para introduzir um corredor de BRT entre Cascais e Lisboa, atravessando o município de Oeiras, considerou quatro cenários, os quais acompanham os dois traçados já existentes e que fazem a ligação a Lisboa: a A5 e a linha de caminho de ferro, junto à costa.

O primeiro cenário proposto não é bem um BRT mas considera “a oferta de transporte público rodoviário em torno do corredor da Linha de Cascais, com paragens junto às estações de comboio”. Num segundo cenário, foi estudada a viabilidade de criação de um canal BRT a terminar em Sete Rios, acompanhando a A5 e IC15 de Cascais até Lisboa, passando por Oeiras. Neste caso, e de acordo com a notícia do jornal municipal de Cascais, o estudo considera a manutenção da Linha de Cascais com o reforço da sua vocação turística.

A terceira hipótese estudada propõe a criação de um BRT até à Gare do Oriente que, à semelhança da anterior utiliza o corredor A5/IC15 de Cascais, passando por Oeiras, até Lisboa, “sendo que os serviços com origem em Cascais passam a ter acesso directo ao Colégio Militar / CC do Colombo, Campo Grande, Aeroporto e Gare do Oriente”. Tal como no outro cenário a Linha de Cascais viria reforçada a sua vocação turística.

Por último, foi considerada também de criação de um BRT no espaço da Linha de Cascais, em substituição do serviço ferroviário.

Segundo a mesma notícia entre as opções mais viáveis em termos de custo/benefício estará a opção de criação de BRT até à Gare do Oriente, desde que o novo corredor inclua a oferta de um “bom” serviço de transporte público aos parques empresariais de ambos os concelhos. Este cenário iria ainda beneficiar “do corredor de transporte público em sítio próprio que está a ser pensado pela câmara municipal de Lisboa para a 2.ª Circular. Este cenário é o que apresenta um maior potencial de procura, estimando-se que possa vir a transportar cerca de 23,9 mil passageiros por dia.

 

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‘Sousa Martins 17’ reforça aposta no residencial da JM Investimentos Imobiliários

O edifício, cuja requalificação começou em Fevereiro de 2024, deverá estar concluído em Novembro deste ano. A MAP Engenharia é responsável pela execução da obra e a comercialização, em regime de exclusividade, é da Portugal Sotheby’s International Realty

O empreendimento “Sousa Martins 17”, localizado numa das zonas “mais nobres” da capital. no eixo entre o Marquês de Pombal, o Saldanha e a Avenida da Liberdade, é o mais recente projecto da JM Investimentos Imobiliários, reconhecida pela gestão de unidades hoteleiras de referência como o Hotel da Baixa e o Blue Liberdade Hotel.

O “Sousa Martins 17” será comercializado, em regime de exclusividade, pela Portugal Sotheby’s International Realty.

“Este é um projecto que reúne todos os elementos que os nossos clientes mais exigentes procuram: uma localização privilegiada, uma arquitectura distinta e acabamentos de excelência. O “Sousa Martins 17” vem consolidar a oferta premium no centro de Lisboa, sendo uma oportunidade única para quem valoriza a combinação entre sofisticação e autenticidade”, sublinha Duarte Marques, director de Empreendimentos da Portugal Sotheby’s International Realty.

Assinado pelo arquitecto Miguel Esteves, este novo empreendimento conjuga a reabilitação de uma fachada clássica com interiores modernos e sofisticados. O projecto oferece 10 apartamentos T3, com áreas a partir de 158 metros quadrados (m2) e distribuídos por seis pisos, todos com varandas ou terraços e estacionamento privado. No último piso, destaca-se uma penthouse única com 285 m2. No piso térreo, existe, ainda, uma loja com 205,63 m² e um logradouro, reforçando a vivência urbana e a valorização do espaço envolvente.

O edifício, cuja requalificação começou em Fevereiro de 2024, deverá estar concluído em Novembro deste ano, com escrituras previstas para o primeiro trimestre de 2026. A MAP Engenharia é responsável pela execução da obra.

Os acabamentos incluem materiais como madeira de carvalho, pedra mármore branco Ibiza e pedra Lioz. Todos os apartamentos foram desenhados com orientação solar nascente/poente e privilegiam a luminosidade natural e a funcionalidade dos espaços.

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Cegid debate futuro da construção e da logística em evento sobre digitalização e IA

Impacto da Inteligência Artificial no setor da construção e nas cadeias de abastecimento são temas em destaque de “Construção&Logística 5.0”, evento que reúne players de referência do sector

A Cegid, soluções de gestão empresarial na cloud para profissionais das áreas financeira (tesouraria, fiscalidade e ERP), Recursos Humanos (processamento salarial e gestão de talento), Contabilidade, Retalho e Empreendedorismo vai organizar a 14 de maio a 2.ª edição do evento “Construção & Logística 5.0”, nas instalações da Associação Empresarial de Portugal (AEP) para debater o futuro dos sectores da construção e da logística, num cenário de digitalização em que a Inteligência Artificial (IA) é preponderante.

Em debate vão estar os principais desafios enfrentados pelos sectores da Construção e da Logística na era da conectividade e da Inteligência Artificial através de mesas redondas com empresários de referência em ambos os sectores, como Diogo Barbot, director de estratégia da Barbot ou Paulo Portela, administrador da Vialsil, entre outros gestores que irão partilhar as suas experiências, receios e expectativas decorrentes dos grandes avanços tecnológicos e seu impacto na gestão. A sessão irá contar também com a intervenção da vice-presidente da direcção da Associação Portuguesa de Logística, APLOG, que irá partilhar a sua visão sobre o papel da tecnologia na transformação da Supply Chain.

Esta é a segunda edição do evento Construção & Logística 5.0, uma iniciativa organizada pela Cegid para promover o debate, partilhar experiências entre a principal massa critica do sector, e disseminar conhecimento que possa contribuir para acelerar a digitalização dos sectores da Construção e Logística, dois sectores que se encontram em pleno crescimento, e, portanto, em momento de reflectir sobre estratégias que garantam um crescimento sustentável fortalecido pela máxima eficiência operacional.

Josep Maria Raventós, director executivo da Cegid para as pequenas e médias empresas e escritórios de contabilidade (SMB&CPA) em Portugal e África, considera que “atravessamos um momento muito positivo para estes sectores, em que o negócio se encontra em expansão e, por essa razão, é importante saber aproveitar as oportunidades e consolidar as bases para um crescimento sustentável, duradouro e sólido, através de tecnologia inteligente suportada por inteligência Artificial, capaz de potenciar a eficiência interna e a rapidez e rigor na tomada de decisões, um factor absolutamente primordial nesta economia acelerada em que vivemos”.

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Schneider Electric e Start Campus estabelecem alicerces para a infraestrutura de IA e Cloud em Portugal

A Start Campus estabeleceu uma parceria com a Schneider Electric para o SIN01. Alimentado por energia 100% renovável, o SIN01 utiliza os serviços de Data Center, energia, software e consultoria da Schneider Electric para criar um alicerce sustentável e energeticamente eficiente para a computação acelerada

A Schneider Electric, estabeleceu uma parceria com a Start Campus para fornecer e operar a sua instalação SIN01 de 26 megawatts (MW) em Sines.

A instalação SIN01, em operação desde o quarto trimestre de 2024 e o primeiro edifício do campus de 1.2 gigawatts (GW) da Start Campus, utiliza um conjunto abrangente de soluções do portefólio EcoStruxure for Data Centers e Sustainability Services da Schneider Electric para estabelecer novos padrões de referência para cargas de trabalho resilientes e sustentáveis para clusters de IA, Cloud e computação acelerada por GPU.

A inovadora instalação, construída num terreno industrial reaproveitado nas proximidades de uma central eléctrica desactivada, foi projectada para proporcionar eficiência energética inigualável. Ao tirar partido de dados inteligentes das soluções de infraestrutura conectada da Schneider Electric e dos insights em tempo real possibilitados pelo software EcoStruxure da Schneider Electric, a empresa é capaz de alcançar níveis inigualáveis de eficiência operacional, fiabilidade e escalabilidade no SIN01.

“A visão da Start Campus para criar um dos maiores hubs de Data Centers de IA na Europa é algo sem precedentes, e para nós é uma honra ter colaborado com eles, trazendo toda a nossa experiência em Data Centers, edifícios, energia e indústria para ajudar a estabelecer os alicerces do SIN01,” comentou Jordi Garcia, VP secure power & services, iberian zone da Schneider Electric. “Esta nova porta de entrada digital não apenas vai atrair mais investimento e inovação na região, como também permitirá aos fornecedores de hiper escala e Cloud tirar partido da capacidade de Data Centers líder mundial para alimentar a sua infraestrutura de IA de forma sustentável.”

Infraestrutura segura, escalável e preparada para a IA
No coração da instalação SIN01, a Schneider Electric forneceu um conjunto completo de soluções que são digitalmente optimizadas para todo o ciclo de vida do Data Center. Estas incluem componentes como as fontes de alimentação initerrupta (UPS Galaxy VX da Schneider Electric, quadros eléctricos sem SF6 – eliminando assim a utilização de gases nocivos com efeito de estufa –, sistemas de distribuição eléctrica de média e baixa tensão com monitorização térmica, e outras infraestruturas adicionais implementadas nas áreas de alta densidade (white space) e nas áreas técnicas (grey space).

As soluções EcoStruxure Buildings Management (BMS), Energy Management, Power Monitoring Expert (PME) e Planon da Schneider Electric oferecem inteligência em tempo real e capacidades de automação, juntamente com medidas avançadas de cibersegurança, garantindo o cumprimento de elevados padrões de disponibilidade, eficiência e fiabilidade. Tudo isto é suportado por um acordo de serviços personalizado da Schneider Electric Services que inclui monitorização remota, gestão de activos, manutenção 24/7 e a presença de engenheiros de campo dedicados nas instalações.

“Na Start Campus, estamos empenhados em criar as bases para a próxima geração de infraestruturas digitais sustentáveis e preparadas para a IA. A energia é um dos recursos mais críticos na infraestrutura digital atual. No entanto, não se trata apenas de ter acesso, mas de a gerir de forma eficiente, inteligente e sustentável em grande escala. A nossa colaboração com a Schneider Electric transforma a nossa forma de operar, integrando tecnologia energética de classe mundial e visibilidade em tempo real sobre todos os níveis da nossa infraestrutura”, afirmou Robert Dunn, CEO da Start Campus.

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Credito imagem Nuno Moreira. Modulo Residência de Estudantes
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De Veneza a Milão: Dois eventos, uma visão transformadora

O dstgroup, presidido por José Teixeira, pretende marcar uma presença disruptiva e estratégica na Bienal de Arquitectura de Veneza e na Trienal de Milão, assumindo-se como dinamizador de um novo pensamento internacional para o sector da construção

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Com participação nestes dois eventos, a Bienal de Veneza que inaugura este Sábado, dia 10 de Maio, e a Trienal de Milão que abre três dias depois, o grupo português propõe uma nova cultura construtiva, com ambição de manifesto europeu, inspirada num modelo social inclusivo e comprometido com a coesão urbana, ecológica e comunitária.
Na Bienal de Arquitectura de Veneza, o dstgroup apoia o projecto “Obra Aberta” da Santa Sé, comissariado pelo Cardeal José Tolentino de Mendonça.

Trata-se de uma intervenção simbólica e concreta num bairro popular veneziano, onde o restauro de uma estrutura existente, um altar do século XVIII, se torna ponto de partida para uma reflexão profunda sobre reuso, partilha e regeneração. O trabalho de restauração ocorrerá dia após dia, sob os olhos do público. Além disso, um papel especial foi reservado à música: muitos espaços serão dedicados a jovens músicos de Veneza e de todo o mundo que visitarão o Pavilhão

Esta presença liga-se à encíclica Laudato Si’, do Papa Francisco, e convoca uma “nova inteligência colectiva” sobre os lugares que habitamos.

Três dias depois, a 13 de Maio, o dstgroup apresenta na Trienal de Milão, dois módulos de construção industrial integrados na exposição “Inequalities” da Fundação Norman Foster.
Estes protótipos traduzem um novo paradigma construtivo, que funde a precisão da produção industrial com a expressão poética da arquitectura de autor.

“Esta nossa presença em Itália tem subjacente o desejo de voltar a ter alguém com um pé na lua para o sector da construção, pois acreditamos que é tempo de lançar um novo movimento europeu — quase um novo Bauhaus — que coloque a arquitectura ao serviço da dignidade humana, da sustentabilidade e da justiça social”, defende José Teixeira.

Reusar. Reconciliar. Reimaginar
A presença do dstgroup nestes dois fóruns de referência internacional dá corpo a um conceito-chave: “reusar”. Não apenas materiais ou estruturas, mas ideias, espaços, tradições e soluções que valorizem o que já foi construído, física e simbolicamente. O reuso é aqui motor de uma nova urbanidade, inclusiva e criativa, que resgata os valores comunitários e integra práticas industriais sustentáveis com pensamento social urbano.

Ao contrário da estandardização despersonalizada, o modelo industrial do dstgroup propõe uma “nova gramática” da construção: modular, acessível, rápida, mas profundamente humana e estética, ou seja, uma abordagem revolucionária que reconcilia eficiência e beleza, escala e singularidade, acessibilidade e excelência.

“Não erguemos meras estruturas. Criamos espaços que elevam a experiência humana enquanto honram os limites planetários”, destaca José Teixeira. Esta visão, já em desenvolvimento no campus do dstgroup em Braga, onde o próprio Norman Foster desenha uma microcidade, o Living Lab, posiciona o dstgroup como referência internacional na construção sustentável, capaz de influenciar políticas públicas, práticas de mercado e modelos académicos.

A Fundação Norman Foster, liderada por Norman Foster, foi convidada a participar na Trienal devido ao seu compromisso com a promoção do pensamento e da investigação interdisciplinar, ligando arquitectura, design, tecnologia e artes para melhor servir a sociedade. Entre as exposições de destaque organizadas pela fundação estão a Exposição Osvaldo Borsani na Trienal de Milão (2018), Motion. Autos, Art, Architecture no Museu Guggenheim (2022), e a Exposição Norman Foster no Centre Pompidou (2023).

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Unique Benfica
Imobiliário

Libertas conclui urbanização Benfica Stadium; Investimento ronda os 100 M€

O Unique Benfica fecha “com chave de ouro” a intervenção e urbanização que o Grupo tem vindo a fazer nesta zona da cidade desde 2007. Com conclusão prevista para o final do mês de Maio, já só restam seis unidades T3 para venda do total de 38 apartamentos

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A promotora imobiliária Libertas está prestes a ultimar o empreendimento Unique Benfica, em Lisboa, um projecto que fecha “com chave de ouro” a intervenção e urbanização que o Grupo tem vindo a fazer nesta zona da cidade.

O Unique Benfica é o último projecto da urbanização Benfica Stadium que teve início em 2007 e que inclui, também, o Lux Terrace, o Lux Garden, o Lux Prime e o Upon Lisbon são alguns dos outros empreendimentos desta zona residencial de Lisboa, também assinados pela Libertas, a par do Upon Lisbon, que comprovam o sucesso da aposta nesta localização privilegiada e central na cidade.

Com um investimento de cerca de 100 milhões de euros, a Libertas conclui, assim, em frente ao Estádio da Luz, em Benfica, 435 fracções habitacionais, 129 apartamentos turísticos e dois silos automóveis públicos com capacidade para 600 viaturas, com uma área de construção total de 65 mil metros quadrados (m2).

“O Unique Benfica é a última oportunidade para viver num espaço especial, moderno e com todas as comodidades, num bairro orgulhosamente consolidado com a nossa actuação, ao longo de quase duas décadas, desde o início das obras de urbanização. Queríamos mesmo fechar com chave de ouro e, para isso, tínhamos de apostar num projecto “Unique”, uma chancela de qualidade a que a Libertas já habituou os seus clientes, e o mercado em geral, nos projectos que detêm esta marca distintiva e de qualidade reconhecida”, afirma Pascal Gonçalves, administrador do Grupo Libertas. E acrescenta: “Dentro de portas, este projecto é mesmo muito especial para toda a nossa equipa, já qualquer outro player dificilmente o teria conseguido concluir, dado termos iniciado antes da crise financeira do subprime, que levou à falência da maioria das empresas promotoras portuguesas de grande dimensão”.

Com conclusão prevista para o final do mês de Maio, o Unique Benfica, assinado pelo atelier ARX Portugal, do arquitecto José Mateus, conta sete pisos e tipologias T1 a T4, com áreas que vão dos 70 aos 220 m2. Do total de 38 apartamentos, restam, neste momento, apenas seis unidades T3 para venda.

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Monte da Bica investe 1,5M€ para criar um hotel, dois lagares e uma sala de provas

Sob a liderança de Manuela Pinto Gouveia, a herdade prepara-se para investir mais de 1,5 milhões de euros destinados à construção de um Boutique Hotel, de novos lagares de pisa a pé e uma sala de prova

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O Monte da Bica, adega boutique situada no coração do Alentejo, na zona de Montemor-o-Novo, inicia um novo capítulo da sua história que remonta há mais de 100 anos. Sob a liderança de Manuela Pinto Gouveia, que tem como missão elevar o Monte da Bica a referência de sucesso e sustentabilidade, tanto a nível florestal e agrícola como de turismo, a herdade prepara-se para investir mais de 1,5 milhões de euros destinados à construção de um Boutique Hotel, de novos lagares de pisa a pé e uma sala de provas.

“Estamos a dar início a uma nova fase deste projecto de alma portuguesa e tão profundamente alentejana: o Monte da Bica. Temos um novo website com loja online, nova imagem e novas referências de vinhos, irreverentes e audazes como sempre, que continuam a desafiar convenções e a elevar a percepção dos vinhos da região”, afirma Manuela Pinto Gouveia, proprietária do Monte da Bica. “Contamos também com uma nova adega, uma adega-galeria com exposições regulares e novas experiências para quem nos visita. Ainda este ano abriremos dois lagares de pisa a pé – queremos fazer toda a vinificação em casa – e uma sala de provas. Em 2027, concretizamos um sonho antigo dos meus pais: o hotel. Queremos recuperar a hospitalidade da casa, criar uma experiência imersiva e ajudar a fixar gente e talento na região criando oportunidades de emprego”, acrescenta.

Desde 1919, a família Pinto Gouveia orgulha-se de ser proprietária desta herdade, conhecida pela sua longa tradição na produção de cortiça e cereais. Com cerca de 350 hectares de terra, o Monte da Bica é hoje um modelo de gestão sustentável e diversificado, com actividade em áreas como a cortiça, pinhão, eucalipto, mel, sementes e pecuária. Desde 2016 dedica-se também à produção de vinhos, combinando tradição e inovação, com a primeira vinha a ser plantada em 2005.

A empresa está ainda a iniciar os primeiros passos rumo à internacionalização, com planos para começar a exportar ainda em 2025 para mercados como Angola, Irlanda, Brasil, Canadá e Espanha. A estratégia de crescimento inclui também a abertura de novos canais de distribuição e a formação de novas parcerias de negócio.

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Remax lança nova app para “optimizar” procura de casa

Desenvolvida com tecnologia 100% portuguesa, a nova app destaca-se pela integração de virtual staging com Inteligência Artificial (IA) e um interface intuitivo, pensado para oferecer uma experiência rápida e descomplicada ao utilizador

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Tendo como objectivo proporcionar a cada utilizador “uma forma mais simples e eficaz de encontrar o imóvel ideal, a Remax lançou uma nova aplicação móvel. Desenvolvida com tecnologia 100% portuguesa, esta nova ferramenta “inteligente, rápida e inovadora” que promete “transformar o processo de compra e arrendamento” de imóveis.

Segundo Beatriz Rubio, CEO da Remax Portugal, “a tecnologia faz parte do dia a dia dos profissionais da marca, que sempre investiu em soluções tecnológicas certas, pelo que o lançamento da nossa nova app representa mais um passo estratégico na transformação digital. Procurar casa pode ser simples, rápido e até divertido. Com esta nova plataforma digital, colocamos o poder da tecnologia ao serviço das pessoas, é como se tivessem um consultor imobiliário no bolso e que as irá ajudar a encontrar a sua próxima casa.”

Disponível para download em dispositivos iOS e Android, a nova app da Remax pauta-se por um conjunto de funcionalidades pioneiras no mercado nacional, nomeadamente a inovação tecnológica, desde logo porque a aplicação integra virtual staging com Inteligência Artificial (IA). Outro dos destaques é a interface intuitiva, através de uma navegação simples e fluida, pensada para oferecer uma experiência rápida e descomplicada ao utilizador.

Notificações inteligentes, com os utilizadores a receberem alertas sempre que surgem imóveis que correspondem às suas preferências, pesquisa no mapa, permitindo desenhar directamente no mapa a área de interesse, possibilitando assim maior controlo a quem utiliza, e acessibilidade e inclusão, com a app a estar disponível em seis idiomas (português, inglês, espanhol, francês, alemão e italiano), ideal para clientes internacionais, são outros dos pontos em evidência na nova app Remax.

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Lionesa Flex by maleo
Imobiliário

Lionesa e Maleo Offices lançam novo espaço de escritórios no Porto

Localizado no coração do Lionesa Business Hub, o “Lionesa Flex by Maleo” disponibiliza soluções personalizadas e adaptáveis, complementando a oferta do Lionesa BH, que agora passa a oferecer desde uma workstation até escritórios corporativos com mais de 10 mil m2

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O Lionesa Business Hub e a Maleo Offices anunciam oficialmente a sua parceria estratégica com o lançamento do inovador espaço “Lionesa Flex by Maleo”, o primeiro centro de escritórios da Maleo Offices no Porto.

Com mais de 1.100 metros quadrados (m2) e capacidade para cerca de 200 postos de trabalho, este espaço representa um novo padrão em escritórios flexíveis, projectado especificamente para atender às necessidades dinâmicas e em constante evolução das empresas actuais.

Localizado no coração do Lionesa Business Hub, o “Lionesa Flex by Maleo” disponibiliza soluções personalizadas e adaptáveis, complementando a oferta do Lionesa BH, que agora passa a oferecer desde uma workstation até escritórios corporativos com mais de 10 mil m2. “A integração deste conceito permite-nos responder à crescente procura por soluções ágeis e adaptáveis, capazes de acompanhar a expansão dos negócios dos nossos clientes”, afirma Eduarda Pinto, directora executiva do Lionesa BH.

“Já com sete centros nas principais zonas empresariais de Lisboa a chegada ao Porto e a parceria com a Lionesa Business Hub surgiu da vontade de nos juntarmos ao dinamismo empresarial e espírito de inovação da cidade invicta. No Lionesa Flex by Maleo oferecemos um modelo único, flexível e descomplicado”, afirma Nishel Rajani, CEO da Maleo Offices.

O espaço conta, ainda, com salas de reuniões com diferentes capacidades, desde ambientes mais intimistas para grupos de seis a oito pessoas até salas maiores, ideais para eventos corporativos, com capacidade até 49 participantes. Além disso, clientes e parceiros terão acesso a serviços premium, incluindo pequeno-almoço, snacks e bebidas ao longo do dia, assim como soluções personalizadas para eventos especiais.

De acordo com Maria João Pinto, senior consultant de Office Leasing no Porto, esta parceria com a Maleo “visa, precisamente, integrar mais um serviço de excelência, flexível e integrado na comunidade Lionesa”.

Esta operação esteve a cargo da consultora imobiliária Cushman & Wakefield, que assessorou o Lionesa Business Hub, reforçando a relevância estratégica desta parceria para o mercado de escritórios no Porto.

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