Litehaus quer “imprimir” 100 casas por ano em Portugal
O arquitecto Rui Barbosa é o vencedor do concurso de arquitectura lançado pela Litehaus para desenhar a casa impressa em 3D na Comporta. Com vários projectos já em carteira a empresa estabeleceu como meta a construção de 100 unidades/ano
CONSTRUIR
Espanhola ARC Homes tem plano de investimento de 180 M€
“Um futuro sustentável para a Construção” domina programação da 31ªConcreta
Casa cheia para a 31ª edição da Concreta
Signify ‘ilumina’ estádio do Sporting Clube de Portugal
Savills comercializa 2.685 hectares de floresta sustentável em Portugal e Espanha
Tecnológica Milestone com 36% de mulheres nas áreas STEM supera média nacional
Sede da Ascendi no Porto recebe certificação BREEAM
KW assinala primeira década em Portugal com videocast
LG lança em Portugal nova gama de encastre de cozinha
CONCRETA de portas abertas, entrevista a Reis Campos, passivhaus na edição 519 do CONSTRUIR
A Litehaus, lançou em Março o concurso de arquitectura, direccionado a estudantes e profissionais de arquitectura residentes em Portugal para desenhar o projecto de uma casa impressa em 3D para o empreendimento na zona da Comporta, perto de Melides.
“Sendo a impressão 3D a mais recente tecnologia capaz de revolucionar o sector da construção, foi com grande entusiasmo que participei neste desafio lançado pela Litehaus e sinto-me muito honrado por ver o meu projecto seleccionado como vencedor. Na proposta com a qual concorri, procurei aliar este novo método de construção à repetição modular, fácil de ajustar às várias necessidades dos futuros utilizadores e desafios criados pelo ambiente envolvente. Procurei conjugar elementos contemporâneos com a linguagem arquitectónica tradicional de Melides, respeitando sempre o contexto urbanístico”, comenta Rui Marta Barbosa.
A unidade destaca-se pelo seu carácter modular. O azulejo da piscina, que confere uma cor avermelhada à água, e os tons acastanhados e beges presentes nos materiais que compõem a volumetria da casa dão um toque convidativo, acolhedor e quente ao edifício. Adicionalmente, a disposição e número das divisões da casa podem ser organizadas e ajustadas de acordo com a vontade dos clientes e condicionantes do terreno, devido aos espaços modulares e ao corredor central que os conecta.
Esta nova villa vai integrar a rede habitacional zero waste construída com recurso à tecnologia de impressão 3D, desenvolvida pela espanhola Cosmos e que a Litehaus trouxe para Portugal.
A empresa está já desenvolver vários projectos habitacionais no mercado nacional. “Prevê-se que o mercado da construção com impressão 3D cresça 88%, anualmente, podendo valer 400 mil milhões de dólares em 2030, e nós pretendemos fazer parte dessa evolução, contribuindo para um marco na história da arquitectura portuguesa. O nosso objectivo é o de construir 100 habitações por ano em Portugal. Estamos a construir 13 casas em Torres Vedras e estão mais 50 planeadas, temos 73 apartamentos modulares turísticos contratados em Braga e estamos prestes a fechar um empreendimento de 108 acomodações para estudantes em Famalicão”, afirma Simi Launay, chief creative officer da Litehaus.
A tecnologia de impressão em 3D desenvolvida pela Cosmos permite que sejam erguidas 45 m2 de paredes em menos de 24 horas. O segredo para tornar estas casas mais amigas do ambiente centra-se, principalmente, na construção das paredes, compostas, maioritariamente, por ECOMortar, um material que substitui o cimento e produz entre 40 a 50% menos de emissões de CO2. Adicionalmente, a tecnologia modular e de impressão 3D aplicadas na fabricação destas paredes reduz o desperdício em 90%.
A elevada eficiência dos materiais e técnicas de construção utilizados resulta do facto de os módulos serem impressos num local fechado, sob condições ambientais controladas e sem produção em excesso, uma vez que é apenas impressa a quantidade necessária. Nos módulos são, ainda, previamente instalados isolamento, electricidade e canalização, acelerando significativamente a montagem no local.