310.000 m2 de escritórios ocupados em Lisboa e Porto
O valor acumulado entre Janeiro a Novembro representa um crescimento de 75% face a igual período de 202, revela o mais recente Office Flashpoint da JLL
CONSTRUIR
Signify mantém-se pelo oitavo ano consecutivo no Índice Mundial de Sustentabilidade Dow Jones
Porta da Frente Christie’s adquire participação na mediadora Piquet Realty Portugal
Obras da nova residência de estudantes da Univ. de Aveiro arrancam segunda-feira
Worx: Optimismo para 2025
SE celebra a inovação centenária dos TeSys e dos disjuntores miniatura
União Internacional dos Arquitectos lança concurso de ideias destinado a jovens arquitectos
Filipa Vozone e Luís Alves reforçam área BPC & Architecture da Savills
Coldwell Banker Portugal reconhecida com Quality Award da Consumer Choice
JLL e CBRE comercializam Arquiparque 7
AMT identifica riscos que podem comprometer o andamento dos projectos ferroviários
No acumulado de Janeiro a Novembro foram ocupados 312.000 m2 de escritórios em Lisboa e no Porto. Trata-se de uma actividade recorde e que supera em 75% os 178.000 m2 tomados no mesmo período do ano passado, nas duas regiões, constata o mais recente Office Flashpoint da consultora JLL
“Este ano foi surpreendente para os escritórios. Apesar de termos saído da situação pandémica, logo no início do ano, a conjuntura internacional alterou-se drasticamente com o conflito na Europa e as condições económicas também se agravaram. Isso levantou muitos receios, mas a verdade é que as empresas seguiram os seus planos de mudança de instalações, criaram-se empresas e continuaram a surgir novos ocupantes internacionais no nosso país. Este ano beneficiou também do efeito do regresso ao escritório: muitas empresas só agora estabilizaram o seu modelo de trabalho pós-pandemia e adequaram o seu espaço de ocupação a essas novas realidades. Isso implicou também um fluxo importante de novas ocupações”, justifica Sofia Tavares, head of office leasing da JLL. “2022 foi realmente um ano de procura muito intensa”, continua Sofia Tavares, “de tal forma que atingimos níveis recorde de actividade e que, mesmo assim, acabou por ser refreada por falta de oferta adequada. Para 2023, estamos expectantes, pois não só partimos de uma base de ocupação em níveis máximos, como se adivinha um ano de grandes desafios ao nível das condições económicas, com impacto no consumo e o respectivo reflexo na actividade de grande parte das empresas potencialmente ocupantes”, sublinha.
Lisboa soma 259.200 m2 de ocupação até Novembro, um valor nunca visto neste mercado, onde foram concretizados 186 negócios com uma área média de cerca de 1.400 m2. A área ocupada reflecte um crescimento de 88% face ao período homólogo, quando foram tomados 137.900 m2. Em 2022 e à data, o Parque das Nações foi a localização mais dinâmica, agregando 27% da ocupação anual e reflectindo uma forte actividade de pré-arrendamento, numa zona onde estão localizados boa parte dos novos edifícios de escritórios em construção na cidade. As empresas de Serviços Financeiros foram as mais dinâmicas, com 35% da área ocupada no acumulado do ano.
No Porto, a ocupação anual até Novembro ascende a 52.700 m2, perfazendo 61 operações numa área média de cerca de 900 m2. Esta é uma actividade que apresenta um crescimento de 31% face aos 40.300 m2 ocupados em igual período de 2021. Na região, há um equilíbrio entre as zonas alvo de maior procura, nomeadamente Matosinhos e o CBD-Baixa, com 35% e 33% do take-up anual, respectivamente. Já entre os sectores de procura mais activos, as TMT’s & Utilities são líderes destacados do mercado a Norte, gerando 51% da ocupação anual.
O Office Flashpoint da JLL analisa ainda o desempenho mensal de ambos os mercados em Novembro, dando conta de níveis de actividade menos dinâmicos que ao longo do ano. Em Lisboa foram ocupados neste mês cerca de 5.300 m2 e no Porto 3.200 m2, algo que Sofia Tavares contextualiza: “Estes últimos meses do ano têm sido menos robustos em termos de ocupação, o que é natural após um período com índices de actividade muito fortes e concretização de negócios de grande dimensão, como aconteceu no Verão. Vamos ver como desempenha Dezembro, que é tradicionalmente um mês muito forte”.