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    Setúbal adjudica empreitada à Tecnorém por cerca de 2 M€

    Adjudicação, por ajuste directo, diz respeito ao lote 2 da empreitada de reabilitação do Bairro das Manteigadas, enquadrada na Estratégia Local de Habitação

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    A Câmara Municipal de Setúbal aprovou esta quarta-feira, em reunião pública, a adjudicação por ajuste directo do lote 2 da empreitada de reabilitação do Bairro das Manteigadas à empresa Tecnorém, por um valor superior a dois milhões de euros. 

    Enquadrada na Estratégia Local de Habitação (ELH), a empreitada de reabilitação do Bairro das Manteigadas, cujo procedimento de contratação pública foi repartido em dois lotes, contempla intervenções em espaços comuns dos edifícios de habitação pública e em cozinhas e instalações sanitárias das fracções habitacionais.

    Segundo a autarquia, a proposta da Tecnorém, foi “correctamente elaborada e instruída” e com “atributos que se encontram dentro dos parâmetros base estabelecidos nas peças do procedimento”.

    Com um prazo de execução de 480 dias, a empreitada visa “uma profunda renovação das cozinhas e instalações sanitárias das fracções habitacionais”, a par de uma “renovação ligeira na restante área dos fogos, promovendo ainda a acessibilidade de pessoas com mobilidade condicionada ao interior dos edifícios”.

    Está, igualmente, prevista uma intervenção integral de renovação das redes de abastecimento de água, de drenagem de esgotos, de abastecimento de gás e ITED, que inclui a alteração do posicionamento dos contadores dessas redes para o piso térreo em área técnica com acesso aberto, adjacente às escadas dos edifícios.

    Serão ainda realizados alguns melhoramentos nas áreas comuns, tais como, vestíbulo e caixas de escadas.

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    Elói da Silva Goncalves vence projecto para Avenida Júlio Santos
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    Setúbal: Primeira obra de habitação a rendas acessíveis arranca em Março

    Contrato foi assinado com a empresa de engenharia e construção, Tecnorém, para a construção de 48 fogos. O Plano Integrado de Setúbal prevê um total de 797 habitações a rendas acessíveis com um investimento superior a 150 M€

    O Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) assinou o contrato com a empresa de engenharia e construção, Tecnorém, para a construção de 48 fogos a rendas acessíveis em Setúbal. Prevê-se que a empreitada tenha início na primeira semana de Março.

    O projecto de arquitectura e especialidade foi elaborado pela empresa Elói da Silva Gonçalves, com coordenação do arquitecto Mário Serrano, responsável pela proposta vencedora do concurso público de concepção lançado pelo IHRU.

    A obra prevista para a Avenida Júlio Santos, ao abrigo do Plano Integrado de Setúbal, conta com um investimento total de cerca de nove milhões de euros, sendo financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e União Europeia.

    Esta é a primeira operação de promoção directa do IHRU em Setúbal, de um total de sete, para a construção de 797 habitações a rendas acessíveis com um investimento superior a 150 milhões de euros.

    Neste sentido, além das 48 habitações previstas para a operação para a Avenida Júlio Santos, as restantes são mais 160 habitações no projecto Varandas do Sado, mais 183 fogos na Avenida Joaquim Campos, outras 96 na Rua do Monte, mais 206 na Avenida de Belo Horizonte, mais 96 habitações na Estrada da Graça e outras seis na Rua Gregório de Freitas.

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    Univ. de Évora lança concurso para reabilitar Residência António Gedeão

    O procedimento, com um preço base de 3,1 milhões de euros, tem um prazo de execução de 360 dias e conta com financiamento europeu ao abrigo do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR)

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    A Universidade de Évora (UÉ) lançou um concurso público para a empreitada de renovação da Residência Universitária António Gedeão, localizada na Rua João Abel Manta, em Évora.

    O procedimento, com um preço base de 3,1 milhões de euros, tem um prazo de execução de 360 dias e conta com financiamento europeu ao abrigo do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

    O projeto prevê a reabilitação das infraestruturas da residência, com intervenções focadas na melhoria da eficiência energética, na segurança e na modernização dos espaços comuns e individuais. Entre as medidas previstas está a instalação de um sistema de gestão técnica centralizada, a renovação das redes elétricas, hidráulicas e de climatização, bem como a substituição de revestimentos e mobiliário em mau estado de conservação.

    A intervenção também inclui a remoção de materiais contendo amianto nas coberturas, a substituição de janelas para melhoria do isolamento térmico e acústico e a instalação de um sistema de monitorização de consumos energéticos e hídricos. Está ainda prevista a requalificação das cozinhas, das instalações sanitárias e dos pavimentos interiores e exteriores.

    A Residência Universitária António Gedeão integra a rede de alojamento estudantil da Universidade de Évora e acolhe alunos de várias nacionalidades. A requalificação do edifício insere-se na estratégia da instituição para melhorar as condições de habitação estudantil e promover a sustentabilidade ambiental.

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    Defesa reabilita 13 edifícios para criar habitações

    Os 13 edifícios estão distribuídos por Lisboa, Porto, Leiria, Vendas Novas e Constância. Para além destes, o investimento de 31 milhões de euros, financiado pelo PRR, abrange ainda a requalificação das instalações do Colégio Militar e do Instituto dos Pupilos do Exército, ambos em Lisboa

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    O Ministério da Defesa Nacional vai criar 427 habitações através da recuperação de 13 edifícios, que permitirão alojar cerca de 600 militares, segundo um contrato assinado entre o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e o Exército, em Lisboa, e irá implicar um investimento de 31M€.

    Os 13 edifícios estão distribuídos por Lisboa, Porto, Leiria, Vendas Novas e Constância. Para além destes, o investimento abrange ainda a requalificação das instalações do Colégio Militar e do Instituto dos Pupilos do Exército, ambos em Lisboa.

    O contrato foi assinado esta terça-feira, 25 de Fevereiro, e as habitações deverão estar concluídas em Julho de 2026. As habitações destinam-se a alojamentos temporários (de cerca de dois ou três anos) para militares e as suas famílias, ou civis que trabalham no Exército, e que pagarão uma renda mensal de cerca de 45 euros.

    Da lista de edifícios que serão reabilitados consta a recuperação das extintas Oficinas de Fardamento do Exército, em Santa Apolónia, onde serão criados cerca de 54 quartos.

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    Tomar: Património Cultural requalifica Convento de Cristo por 3,6M€

    A diretora do Convento de Cristo, Andreia Galvão, precisou que o “Projeto de Reabilitação do Paço Henriquino, Alcáçova/Castelo e Requalificação do Jardim” visa “proceder à requalificação do Convento de Cristo, nomeadamente nas áreas da antiga Alcáçova e Castelo Templário, assim como do designado Paço Henriquino”

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    O Convento de Cristo (Tomar) vai receber obras de reabilitação do Paço Henriquino, Alcáçova e Castelo através de uma empreitada orçada em 3,6 milhões de euros (ME), que inclui a requalificação do jardim, segundo fonte do Património Cultural.

    Segundo o procedimento concursal, publicado em Diário da República (DR), com recepção de propostas até 6 de Março, a empreitada em causa, denominada “fase 1” e avaliada em três milhões e 650 mil euros (sem IVA), com um prazo de execução de 300 dias, engloba “trabalhos de transformação de ruínas em espaços usufruíveis, tais como a construção de dois edifícios, incluindo várias especialidades, percurso para promoção de acessibilidades a pessoas com mobilidade condicionada, trabalhos de conservação e restauro e requalificação do jardim” do Convento de Cristo, situado em Tomar (Santarém).

    Segundo o instituto público, o projeto para o monumento Património da Humanidade “desenha as condições arquitectónicas, implementa elementos e/ou equipamentos de suporte à reabilitação daqueles espaços, conferindo-lhes novas valências funcionais e condições de visita qualificadas”.

    Por outro lado, “propõe um circuito de visita mais alargado, valoriza o património em presença, e promove as condições de acessibilidade universal”.

    Em comunicado, a diretora do Convento de Cristo, Andreia Galvão, precisou que o “Projeto de Reabilitação do Paço Henriquino, Alcáçova/Castelo e Requalificação do Jardim” visa “proceder à requalificação do Convento de Cristo, nomeadamente nas áreas da antiga Alcáçova e Castelo Templário, assim como do designado Paço Henriquino”.

    No castelo, atualmente em ruína, a intervenção vai permitir criar uma entrada e uma distribuição dos visitantes por dois circuitos, um resultante da herança templária (antiga fortaleza e paço) e outro da Ordem de Cristo (complexo monástico).

    Esta intervenção “estender-se-á também à valorização e requalificação da antiga Praça de Armas”, num projeto que visa “renovar estas áreas, dotando-as de condições de acesso imprescindíveis, assim como possibilitar a sua fruição”.

    Nestes espaços, “até hoje arredados do público, surgirão novos percursos, proporcionando renovadas leituras do edificado, a par de modernas e funcionais valências de apoio à visita”, afirmou Andreia Galvão.

    Ao longo deste ano 2025, o monumento vai receber duas empreitadas de reabilitação e requalificação orçamentadas num total de 5,2 milhões de euros, financiadas a 100% pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), disse à Lusa fonte oficial do Património Cultural, sendo esta a primeira das duas empreitadas previstas.

    “No âmbito do PRR, [a intervenção] no Convento de Cristo compreende duas ações: a conservação e restauro dos claustros (D. João III e Santa Bárbara) e a reabilitação do Paço Henriquino e Alcáçova/Castelo e Requalificação do jardim”, indicou, obras “cujo termo deverá ser em março de 2026”.

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    Metropolitano: Protecção Civil ‘chumba’ novas estações em Lisboa e no Porto

    O Metropolitano de Lisboa confirmou ao jornal a existência dos dois pareceres negativos, referindo que “ainda não apresentou novos pedidos à ANEPC”, uma vez que estão em “adaptações aos respetivos projetos”

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    A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) disse ao jornal “Público” que o primeiro projeto de segurança contra incêndio da estação Manuel Leão, integrada na Linha Amarela, que liga o Hospital de São João, no Porto, à Urbanização de Vila d’Este, em Vila Nova de Gaia, foi chumbado em julho de 2023, quando esta ainda estava em construção.

    Os problemas detectados na estação Manuel Leão dizem respeito ao cálculo do número máximo de pessoas que podem estar na estação, um valor importante para determinar as condições necessárias para a evacuação do local, nomeadamente o número de saídas e a largura das escadas.

    A estação foi inaugurada a 28 de junho de 2024, mesmo após um primeiro projeto contra incêndios ter sido reprovado em julho de 2023.

    A empresa Metro do Porto disse ao jornal que aguarda o desfecho de um recurso hierárquico que interpôs, garantindo “que tem o seu sistema integrado de segurança aprovado pelo IMT, sendo a extensão Santo Ovídio — Vila d’Este o primeiro troço da rede a ter o seu processo de segurança avaliado e aprovado por um auditor externo, a RINA Services”.

    “Todos os sistemas foram testados e dados como aptos e operacionais com a entrada em serviço”, segundo informação enviada pela empresa ao jornal.

    Questionada sobre se um parecer negativo da autoridade não devia impedir a estação de abrir, a ANEPC disse “não ser a entidade responsável pelo licenciamento do funcionamento ou exploração”.

    O Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT), que é a autoridade de segurança ferroviária, explicou ao Público que como não existe “um regime legal especifico para a regulamentação dos sistemas de transporte ferroviário metropolitanos, estes serviços são estabelecidos através de protocolos entre o IMT e as diferentes entidades que exploram este serviço de transporte”.

    “No caso do Metro do Porto, um protocolo assinado em 2019 define que a empresa é responsável pela recepção do sistema integrado, prestando-lhe o IMT a assistência técnica que seja solicitada”, segundo o IMT.

    Quanto às estações da Estrela e Santos, em Lisboa, que ainda estão em construção com inauguração prevista para daqui a cerca de um ano, a ANEPC disse ao jornal que as “reprovações [em setembro do ano passado) estão relacionadas, entre outras situações, com o incumprimento da distância máxima (15 metros) admitida desde os extremos da plataforma de embarque até à primeira via de evacuação protegida que conduzirá as pessoas até ao exterior”.

    Os dois projetos não contemplam também a existência de geradores de emergência que assegurem uma fonte de energia em caso de falha da rede pública.

    Outro motivo para a reprovação está relacionado com a omissão de uma análise de risco de descargas atmosféricas com vista a aferir à necessidade de um pára-raios.

    O Metropolitano de Lisboa confirmou ao jornal a existência dos dois pareceres negativos, referindo que “ainda não apresentou novos pedidos à ANEPC”, uma vez que estão em “adaptações aos respetivos projetos”.

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    Câmara de Lisboa dá ‘luz verde’ ao projecto do Museu Judaico

    A aprovação do projecto para o Museu Judaico é “condicionada” até ao cumprimento das condições expressas em pareceres de várias entidades, incluindo da Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC)

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    A Câmara Municipal de Lisboa aprovou o projecto de arquitectura para o Museu Judaico, na freguesia de Belém, em que se prevê “um edifício isolado” na zona da frente ribeirinha, com três pisos acima da cota de soleira.

    Em reunião privada do executivo camarário, o licenciamento da obra de construção do Museu Judaico de Lisboa foi aprovado por maioria, com os votos contra dos Cidadãos Por Lisboa (eleitos pela coligação PS/Livre) e a abstenção do BE, escreve o Idealista, citando a Lusa.

    Votaram a favor da proposta, subscrita pela vereadora do Urbanismo, Joana Almeida (independente eleita pela coligação “Novos Tempos” PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança), os vereadores de PS, PCP e Livre, bem como da liderança PSD/CDS-PP (que governa sem maioria absoluta).

    A aprovação do projecto para o Museu Judaico é “condicionada” até ao cumprimento das condições expressas em pareceres de várias entidades, incluindo da Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC), no que se refere à arquitectura, e “até à conclusão da operação urbanística”, inclusive quanto à regularização patrimonial.

    Num comunicado enviado após a aprovação da proposta, os vereadores dos Cidadãos Por Lisboa reafirmaram a “concordância total” com a criação do Museu Judaico, mas consideraram “não ser legal” esta votação, por entenderem que a Câmara não deveria aprovar o projecto de arquitectura sem que antes estejam resolvidas as questões sob a propriedade daquele terreno, que dependem do próprio município, designadamente as permutas de terreno ainda dependentes de aprovação do Tribunal de Contas e a constituição do direito de superfície à associação promotora do museu, “sob pena de elevado risco judicial e pecuniário lesivo do interesse público”.

    Em Abril de 2023, a Associação Hagadá submeteu à apreciação da Câmara de Lisboa o licenciamento da obra de construção do Museu Judaico, com base no contrato-promessa de constituição de direito de superfície de um terreno municipal com a área total de 6.678,32 metros quadrados (m2), que confronta a Norte com a Rua de Pedrouços e a Rua da Praia do Bom Sucesso e a Sul com a Avenida da Índia e a Rua Fernão Mendes Pinto, na freguesia de Belém.

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    “O futuro da domótica será mais intuitivo, autónomo e acessível que nunca”

    A Inteligência Artificial (IA), em especial a IA generativa, está a impulsionar uma verdadeira revolução, transformando a forma como construímos e gerimos edifícios e cidades inteligentes. Este avanço tecnológico não só promete maior eficiência e sustentabilidade, mas também uma experiência mais intuitiva e personalizada para os utilizadores. Neste especial, exploramos como a domótica, aliada à IA e à Internet das Coisas (IoT), está a moldar o futuro das nossas casas e cidades, e como as empresas se estão a adaptar a este novo paradigma

    Se noutras edições deste Especial ficou patente que o futuro será tecnológico, os avanços e os investimentos no desenvolvimento da Inteligência Artificial (IA) e em especial na IA generativa, vêm colocar essa afirmação num outro nível. Estaremos sim perante “uma mudança de paradigma”, como afirmou um dos convidados do painel nesta nova ronda de questões que colocámos às empresas que actuam nestes segmentos e às quais pedimos, de tempos a tempos, para reflectir sobre o impacto que os desenvolvimentos da AI trará aos seus negócios, mas, sobretudo, no dia a dia de todos nós, nos edifícios que construímos e na construção de cidades inteligentes.
    “Em 2025, o mercado de domótica está a viver um momento de grande expansão e inovação, reflectindo um crescente interesse por soluções tecnológicas que tornam as casas mais inteligentes, eficientes e seguras”, afirma Fabíola Matos.

    No futuro que se constrói hoje, “os edifícios inteligentes serão mais do que simples sistemas de automação, irão ser capazes de antecipar as necessidades dos utilizadores, ajustando automaticamente a temperatura, iluminação, segurança e, até mesmo, os aparelhos domésticos com base em padrões de comportamento”, sintetiza a marketing manager da Signify Portugal.

    Ainda que a AI esteja nos primeiros estágios de implementação da domótica o seu impacto será enorme. “Estamos a falar de uma mudança de paradigma. Até agora os sistemas de domótica exigiam uma configuração manual detalhada para criar cenários e automações. Com a IA essa barreira vai desaparecer. Imagine entrar em casa e simplesmente descrever como quer que ela funcione: “Quando eu chegar, quero que as luzes se acendam com uma intensidade suave, a temperatura ajuste para 22°C e a música ambiente comece a tocar”. A IA fará o resto, interpretando e programando os dispositivos de forma automática, sem necessidade de conhecimento técnico. Além disso, a IA não só executará comandos, mas aprenderá com os hábitos dos utilizadores. Se percebe que, durante o Inverno, o utilizador costuma aumentar a temperatura às 7h da manhã, o sistema começará a ajustar-se sozinho, garantindo conforto e eficiência energética sem qualquer esforço. O futuro da domótica será mais intuitivo, autónomo e acessível do que nunca”, explica João Lima de Sousa, chief sales officer da JUNG.
    “O momento actual tem tido um grande impacto na nossa actividade, porque a transição energética que Portugal está a viver e todo o investimento na electrificação para a descarbonização implica uma maior utilização da energia eléctrica e nós garantimos a sua melhor utilização, pelo que somos um actor muito relevante nesta transição. O impacto sente-se também de forma positiva, claro, ao aumentar as nossas perspectivas de negócio. O desenvolvimento da IA, que está e estará cada vez mais presente nas nossas soluções, também nos favorece e estamos a fazer uma aposta forte nesta tecnologia”, sustenta Aroa Ruzo, country manager Portugal da Schneider Electric.

    Procura crescente por casas inteligentes
    A expectativa é que este mercado cresça exponencialmente nos próximos anos, deixando de ser um “luxo” e passando a ser uma exigência, em especial em novos empreendimentos.
    “Os promotores imobiliários e clientes procuram soluções inteligentes, eficientes e seguras, que aumentem o valor dos imóveis e ofereçam diferenciação no mercado.
    Algumas das principais exigências que, em nosso entender, são as mais importantes na escolha de soluções de domótica passam pela optimização do consumo energético como resposta às exigências de certificação energética e sustentabilidade, pela iluminação inteligente, pela monitorização de consumos e pela integração com energias renováveis. Paralelamente, o sector imobiliário exige que os sistemas funcionem de forma intuitiva e sem complicações. Para isso, pedem protocolos universais, assistentes de voz e acesso remoto via app, que permite ao seu cliente controlar toda a casa através do seu smartphone independentemente do ponto do globo onde se encontre”, refere Filipe Morgado CEO da Morgado&Ca. Na opinião do responsável. No futuro, é muito provável que o sector imobiliário comece a ser mais exigente ao solicitar soluções que passarão a ser personalizadas de acordo com o perfil do comprador. “A domótica tornou-se um factor diferenciador na valorização de imóveis”, sustenta Filipe Morgado. E isso é válido também no mercado da reabilitação e renovação de imóveis, que está a crescer “impulsionado pela reabilitação urbana, pelos incentivos à eficiência energética e pela procura de maior conforto e segurança”, sustenta Filipe Morgado. Compreendendo o peso mercado a Morgado concebeu soluções de domótica adaptadas à reabilitação, com instalação sem cablagem, com recurso a APP própria para um controlo a partir de smartphone e com WiFi integrado.
    “O mercado de domótica em 2025 continuará a crescer de forma acelerada e as empresas que apostarem em soluções inteligentes, sustentáveis e interactivas vão destacar-se num sector cada vez mais competitivo. As principais tendências passam por uma domótica centrada na eficiência energética, pela segurança e protecção digital, conectividade com o 5G e o Wi-Fi 6 que irão acelerar o crescimento da automação residencial e comercial de forma acessível e escalável”, defende Filipe Morgado.
    Uma das mais recentes entradas no mercado de domótica nacional foi feita pela NOS. A NOS Smart Home comemorou um ano no final de 2024 com um balanço positivo, traduzido num total de 16 empreendimentos assinados e mais de 1700 casas inteligentes. A NOS Smart Home integra, na mesma solução de domótica, funcionalidades nas áreas de segurança, protecção, automação, eficiência energética e controlo. “No sector imobiliário, a domótica tornou-se um factor diferenciador essencial, especialmente em novos empreendimentos, onde a procura por soluções inteligentes tem vindo a crescer de forma significativa. Entre as principais exigências destacam-se a eficiência energética, com sistemas que optimizem o consumo de electricidade e climatização, reduzindo custos e promovendo a sustentabilidade. A conectividade e conveniência também desempenham um papel crucial. Do lado dos promotores é critico o tema do pós-venda e a NOS tem um diferencial importante a apresentar dado o seu histórico de servicing nas telecomunicações”, sublinha Diogo Serras Pereira, director Security and Smart Homes Solutions da empresa.
    “A domótica deixou de ser um privilégio exclusivo para novas construções. Com o avanço da tecnologia sem fios e soluções retrofit, modernizar uma casa ou apartamento nunca foi tão simples”, concorda João Lima de Sousa, da JUNG. Há poucos meses a empresa inaugurou o seu primeiro showroom nacional, em Lisboa, um investimento de peso cujos resultados superaram as expectativas, com o espaço a ser um ponto de encontro para arquitectos, promotores e designers. A marca prepara-se agora para inaugurar um segundo espaço, desta vez no Porto. “Mais do que um simples showroom, criámos um espaço onde os visitantes entendem o que significa ter um sistema de domótica premium. A inspiração para o showroom de Lisboa veio dos lofts nova-iorquinos: um ambiente sofisticado, urbano e minimalista. Este ano, vamos inaugurar um novo showroom no Porto. A estética será completamente diferente, com uma identidade única, mas por agora, mantemos o mistério”, adianta João Lima de Sousa.

    A IoT alavancada com IA
    Os assistentes de voz Alexa ou o Google Home aproximaram a IA da domótica, mas em breve a ligação da Internet das Coisas (IoT) e IA irá criar sistemas inteligentes que não respondem apenas a comandos, antes antecipam as necessidades de utilizadores. “Imagine um sistema que percebe, por si só, que tem visitas em casa e que tem que antecipar a renovação do ar e a temperatura do ar condicionado, sem nunca termos dado qualquer indicação para o fazer. Este é o tipo de evolução que a domótica terá”, exemplifica João Lima de Sousa da JUNG.
    “Em relação à IA no caso da NOS Smart Home, já é amplamente utilizada para melhorar a experiência dos utilizadores e aumentar o valor das soluções oferecidas. Um dos principais exemplos é a utilização de Video Analytics com AI, que reduz os falsos positivos em até 80%. Por exemplo, se o alarme estiver armado e uma aranha passar pela câmara, o sistema consegue identificar que não se trata de uma ameaça real e evita reporte desnecessário para cliente ou para central de monitorização. Outra funcionalidade é a utilização de avisos verbais dissuasores gerados por IA, que proporcionam um nível de segurança mais avançado. Se uma pessoa se aproximar da propriedade de forma suspeita, a câmara pode emitir um aviso descrevendo a roupa da pessoa e alertando que a polícia será chamada caso não se afaste, tornando a dissuasão mais eficaz ao parecer que é o próprio proprietário a falar”, exemplifica Diogo Serras Pereira.
    Além da segurança, a IA também contribui para a eficiência energética, através de notificações sobre alterações nos padrões de consumo de energia e água, permitindo que os utilizadores ajustem os seus hábitos para maior poupança e eficiência. Com base nos dados recolhidos, o sistema pode ainda fornecer recomendações personalizadas, sugerindo funcionalidades e cenários automatizados e alertando para armar o sistema quando se sai de casa, ajustando-se dinamicamente para proporcionar uma experiência mais personalizada e conveniente.
    “Com estas soluções, a IA não só torna as casas mais inteligentes, como também melhora a interacção dos utilizadores com o ecossistema de domótica, consolidando o crescimento deste sector nos próximos anos”, considera o director Security and Smart Homes Solutions da empresa.

    Iluminação inteligente
    No contexto da domótica, iluminação inteligente é uma das áreas mais procuradas. “A Signify tem integrado a IA e a Internet das Coisas (IoT) em várias soluções de iluminação inteligente, sejam elas de uso doméstico ou de nível profissional. A IA veio permitir optimizar o funcionamento dos dispositivos e recolher dados que permitem oferecer uma experiência mais personalizada e eficiente. A IoT permite que os dispositivos de iluminação e outros produtos Signify se conectem entre si e com outras plataformas, isso cria um ecossistema de dispositivos interconectados que podem ser controlados remotamente”, observa Fabíola Matos da Signify Portugal. “A Philips Hue é um dos exemplos mais populares de iluminação inteligente para utilização doméstica que se conecta à IoT. Usando a aplicação Hue é possível conectar o sistema de iluminação ao sistema de automação da casa, permitindo controlo de voz, ajustes automáticos de iluminação, e integração com outros dispositivos inteligentes (como termostatos e câmaras de segurança). A Signify também oferece soluções de iluminação inteligente com sensores que permitem ajustar a intensidade da luz com base na presença de pessoas ou na luminosidade ambiente”, refere Fabíola Matos. A plataforma Interact, ao nível de iluminação profissional ou a Interact Office, para escritórios, são algumas das soluções já disponibilizadas pela marca.
    A Signify oferece ainda soluções para a gestão eficiente de territórios, como o Interact City, que permite implementar sistemas de gestão para controlo de iluminação pública que pode ser monitorizado remotamente através de uma aplicação online centralizada. “Com esta solução, a Signify está a revolucionar as cidades, fornecendo não só iluminação pública inteligente e eficiente em termos energéticos, mas também os meios para fornecer serviços urbanos inteligentes que beneficiam positivamente o ambiente, a economia e os cidadãos”, observa Fabíola Matos. Através da iluminação pública urbana conectada é possível criar uma rede de sensores capazes de recolher dados para implementar as melhores soluções de IA. Os sensores nas luminárias públicas podem monitorizar a qualidade do ar e a temperatura, detectar sons, alertar os socorristas em tempo real, reduzindo a criminalidade e ajudando os cidadãos a sentirem-se mais seguros. Além disso, podem ser utilizados para simplificar a gestão do tráfego, oferecendo informações de trânsito em tempo real e estacionamento inteligente. A conversão de pontos de luz convencionais em LED pode reduzir substancialmente as emissões anuais de carbono. “As cidades inteligentes que levam a sério a sustentabilidade precisam de considerar os benefícios da iluminação conectada, tanto como um facilitador das capacidades de IA como uma solução sustentável”, defende Fabíola Matos.

    E a segurança?
    A maior interconectividade entre dispositivos e o crescente uso de tecnologia no dia a dia levam-nos a colocar a questão como se garante a segurança? “Com hardware robusto, software actualizado, encriptação forte e boas práticas dos utilizadores”, afirma Filipe Morgado. “Empresas que fornecem soluções de domótica devem apostar em dispositivos certificados, suporte contínuo e integração com protocolos seguros que garantam a interconectividade sem comprometer a protecção de dados”, subscreve o CEO da Morgado&Ca.
    Esta não é uma questão simples já que, seja por falta de conhecimento na matéria ou por uma percepção de insegurança, muitos proprietários afirmam não estar prontos para integrar um conjunto mais amplo de dispositivos inteligentes, como mostrou um estudo recente da Schneider Electric (ver caixa “Proprietários às avessas (e avessos) à tecnologia”).
    Para as empresas com quem falámos adoptam várias estratégias para garantir a segurança das suas soluções: criptografia avançada colaboração com especialistas em segurança para antecipar e mitigar riscos, protocolos robustos com arquitectura fechada. O director Security and Smart Homes Solutions da NOS, Diogo Serras Pereira, refere que os equipamentos de segurança utilizam o protocolo PowerG e os equipamentos de automação utilizam o protocolo Z-Wave.
    No caso da JUNG “os nossos sistemas, como o KNX e o JUNG Home, utilizam encriptação AES-128, um dos padrões mais seguros do mundo, amplamente utilizado em sistemas bancários e militares. Com o JUNG Home integramos um sistema de emparelhamento seguro que impede a conexão de dispositivos não autorizados”, explica João Lima de Sousa. “Com a evolução da IA, da IoT e da Cibersegurança, a domótica está a entrar numa nova era, onde os sistemas estão cada vez mais intuitivos integrados e fiáveis”, resume João Lima de Sousa.

     

    Sobre o autorManuela Sousa Guerreiro

    Manuela Sousa Guerreiro

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    Estudo: Proprietários às avessas (e avessos) à tecnologia

    Um estudo da Schneider Electric focou-se nos comportamentos, obstáculos e prontidão para adoptar soluções de poupança de energia. Este ano, e pela primeira vez, o inquérito explorou as atitudes em relação à Inteligência Artificial. O estudo tem por base um inquérito realizado junto de 13 mil pessoas, em 11 países

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    A Schneider Electric, divulgou no início deste ano a terceira edição do seu inquérito aos consumidores no white paper “Evolving home energy consumption: Intentions, actions and hurdles to greater home energy efficiency”. O estudo tem por base um inquérito realizado junto de 13 mil pessoas, em 11 países (não incluindo Portugal). Ainda que o documento se foque nas questões relacionadas com eficiência energética doméstica, o mesmo revela ainda comportamentos e opiniões face à sustentabilidade e ao uso da tecnologia de casas inteligentes e ao papel que a IA pode

    O estudo da Schneider Electric focou-se nos comportamentos, obstáculos e prontidão para adoptar soluções de poupança de energia. Este ano, e pela primeira vez, o inquérito explorou as atitudes em relação à Inteligência Artificial (IA).

    “Nos últimos 18 meses assistimos a uma explosão na gama de plataformas de inteligência artificial (IA) disponíveis para o utilizador diário. De plataformas de conteúdo generativo, como ChatGPT, a previsões baseadas em IA em mecanismos de pesquisa populares, a tecnologia que antes era vista como uma reserva de filmes de ficção científica é agora um produto básico do dia a dia”, justifica o estudo da Schneider. Mas apesar de reconhecerem o papel da IA na melhoria da automação e, consequentemente, o seu impacto na maior eficiência energética e conforto dos utilizadores, isso não quer dizer que os proprietários estejam prontos para integrar um conjunto mais amplo de dispositivos inteligentes.

    “A pesquisa descobriu que 44% dos consumidores não estariam dispostos a confiar na IA para gerir automaticamente as tarefas domésticas, enquanto 41% disseram que queriam evitar a IA ‘tanto quanto possível’”. Para além disso, 52% acredita que a tecnologia doméstica inteligente é demasiado dispendiosa, apesar de as casas conectadas poderem permitir poupanças de energia de até 22%.

    Mas à medida que a IA se torna uma faceta cada vez mais omnipresente na nossa vida quotidiana, poderá a familiaridade eventualmente levar a uma maior disponibilidade entre os proprietários para adoptar alguma IA em casa? A conscientização e a educação sobre novas tecnologias são fundamentais para que os consumidores as adoptem sem medo, conclui o estudo.

    Ao CONSTRUIR a empresa sublinha o grande investimento em inovação, para fazer evoluir a digitalização como a conhecemos. “A nossa visão implica a gestão dos edifícios como ativos em plataformas que recriam gémeos digitais dos mesmos, com a intenção de reduzir os custos energéticos durante o funcionamento e a utilização dos edifícios. O maior ‘boom’ tecnológico terá a ver com a continuidade dos dados, o tratamento e a análise dos dados e a utilização da IA”, afirma Aroa Ruzo, country manager Portugal da Schneider Electric.

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    Empresas do sector da construção procuram negócio na Arábia Saudita

    A Associação Empresarial de Portugal (AEP) e dez empresas portuguesas do sector da construção estão para Riade, na Arábia Saudita, para participarem, entre os dias 24 e 27 de Fevereiro, na Big 5 Construct Saudi, que decorre até à próxima sexta-feira

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    A Associação Empresarial de Portugal (AEP) e dez empresas portuguesas do sector da construção estão para Riade, na Arábia Saudita, para participarem, entre os dias 24 e 27 de Fevereiro, na Big 5 Construct Saudi, feira de referência no território saudita para o sector da construção, materiais de construção, pedras, rochas ornamentais e landscape, que decorre de hoje (24 de Fevereiro) até sexta-feira.

    “A participação na Big 5 Construct Saudi insere-se na estratégia de abordagem ao mercado saudita levada a cabo pela AEP nos últimos 14 anos, que consiste em participações regulares em eventos especializados para as fileiras da construção e materiais de construção, evidenciando a aposta num dos maiores e mais promissores mercados do Golfo Arábico. Esta é a quarta vez que a AEP organiza a participação na Big 5 Construct”, explica Luís Miguel Ribeiro, presidente conselho de administração da AEP.

    “Perante o clima de incerteza que se vive no comércio internacional, marcado não só pelo aumento das tarifas alfandegárias por parte dos EUA, mas também pela fragilidade económica dos dois principais mercados da União Europeia (França e Alemanha), as empresas portuguesas devem procurar diversificar mercados, de forma a mitigar riscos, particularmente para mercados mais dinâmicos e menos tradicionais”, refere o presidente do conselho de administração da AEP.

    A Arábia Saudita, à semelhança de outros países do Golfo, também está num processo de diversificação da sua economia. Detentora de um dos maiores fundos soberanos mundiais e com um PIB per capita de aproximadamente 20.000 USD, a Arábia Saudita posiciona-se como a maior potência do mundo árabe e entre as 20 maiores economias mundiais.

    Desde 2015, vários projectos públicos e privados, na ordem dos biliões de dólares, avançaram para dar resposta a exigências de infraestruturas (metro, estradas, residências, hospitais, escolas, rede de fornecimento de água e electricidade). O programa governamental de obras públicas apresenta vastas oportunidades para a comunidade empresarial, nomeadamente para o sector da construção e materiais de construção, fileira casa, saúde e novas tecnologias.

    A Big 5 Construct Saudi, que apresenta uma elevada taxa de crescimento e estima receber 75 mil visitantes profissionais, oriundos de mais de 60 países, conta, logo no primeiro dia (24 de fevereiro) com a presença do Embaixador de Portugal em Riade, que irá visitar ao Pavilhão de Portugal.

    A comitiva portuguesa na Big 5 Construct Saudi 2025 é composta pelas empresas: A Cimenteira do Louro, Castelhano & Ferreira (actividades de acabamento em edifícios), ETMA Empresa Transformadora de Mármores do Alentejo, Magratex Mármores e Granitos para Exportação, MOCAPOR Comércio e Indústria de Mármores, MVC (fabricação de artigos de mármore e de rochas similares), Ruipedra World of Natural Stone, EPW Tecnologia de Extrusão (fabricação de chapas, folhas, tubos e perfis de plástico), Sofalca Sociedade Central de Produtos de Cortiça e PROJEDOMUS (actividades de engenharia e técnicas afins).

    Em 2024, o projecto BOW – Business on the Way promoveu a participação de 180 empresas em 27 acções, entre participações em feiras internacionais e missões empresariais, em 20 mercados distintos.

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    Presidentes de Câmara europeus apelam à União Europeia para soluções urgentes na habitação

    A vereadora da Habitação da Câmara Municipal de Lisboa, Filipa Roseta, juntou-se, em Bruxelas, a representantes de 12 cidades europeias para exigir uma resposta urgente da União Europeia à crise da habitação. Entre as medidas exigidas estão o aumento do financiamento para habitação acessível através do Banco Europeu de Investimento (BEI), bem como empréstimos a longo prazo e taxas fixas e baixas para o movimento cooperativo

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    Na sequência da iniciativa tomada em Dezembro de 2024, quando o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, assinou com outros autarcas europeus uma carta apelando a soluções habitacionais articuladas directamente entre as cidades e a União Europeia, a vereadora da Habitação da Câmara Municipal de Lisboa, Filipa Roseta, juntou-se, em Bruxelas, a líderes de 12 grandes cidades europeias para exigir uma resposta urgente da União Europeia à crise da habitação e o reforço para um plano de acção conjunto apresentado ao Comissário Europeu para a Habitação e Energia, Dan Jørgensen, em Bruxelas.

    As cidades participantes (Barcelona, Leipzig, Lisboa, Lyon, Amesterdão, Bolonha, Paris, Atenas, Budapeste, Roma, Ghent) representam cerca de 15 milhões de cidadãos, uma dimensão que exige acções coordenadas e financiamento directo para combater a generalizada escassez de habitação acessível.

    A participação de Lisboa reforça a mensagem de que as cidades estão na linha da frente da luta pelo direito à habitação acessível. “Precisamos de construir novas casas, mas também de reabilitar o património habitacional que temos. A mobilização de edifícios vazios e terrenos disponíveis é uma oportunidade para oferecer habitação em zonas centrais da cidade, próximas de empregos e serviços”, considera o presidente Carlos Moedas.

    Entre as medidas concretas que os signatários exigem à Comissão Europeia incluem-se o aumento do financiamento para habitação acessível através do Banco Europeu de Investimento (BEI), bem como empréstimos a longo prazo e taxas fixas e baixas para o movimento cooperativo, como defende a vereadora Filipa Roseta.
    O acesso mais directo e simplificado a fundos europeus para as autarquias, a atribuição de pelo menos parte dos fundos de coesão directamente às cidades e a revisão das regras da concorrência para permitir maior investimento público em habitação acessível são outras das medidas defendidas.

    “A Habitação é uma área absolutamente prioritária para este Executivo. Está a ser feito um esforço inédito para dar respostas aos graves problemas com que os lisboetas se debatem nesta área, com medidas concretas e diversificadas. Temos trabalhado em todas as frentes para agilizar respostas, com a construção de novas casas, a reabilitação e a disponibilização de habitações municipais. Assinámos um acordo para investimento em habitação municipal, até 2026, no valor de 560 milhões de euros e um investimento de 142 milhões de euros na Gebalis destinados à reabilitação de habitações municipais devolutas”, relembra o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas.

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