IVA a 6% e Vistos Gold são essenciais no pós-covid
O mais recente inquérito do Confidencial Imobiliário, Portuguese Investment Property Survey, dá conta que mesmo no contexto da actual de pandemia, os promotores imobiliários não tencionam parar os projectos já em construção. Mas algumas medidas públicas serão a chave no pós-covid.
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Recuo do IVA a 6% na construção para habitação
O mais recente inquérito do Confidencial Imobiliário, Portuguese Investment Property Survey, dá conta que mesmo no contexto da actual de pandemia, os promotores imobiliários não tencionam parar os projectos já em construção e esperaram que a actual situação tenha um impacto mais expressivo na dinâmica de vendas do que na pressão sobre os preços. Mas numa perspectiva anual, para os próximos 12 meses, o mercado antecipa uma descida de 8,4% nos preços e uma diminuição de 15,7% nas vendas.
Para reverter o cenário e incentivar a retoma do mercado pós-covid, os operadores consideram essencial a implementação de algumas medidas públicas. A redução do IVA na construção para 6% é considerada como a medida mais importante para o sector. Em segundo lugar, de acordo com o painel de promotores inquirido, é também crucial que o programa dos Vistos Gold seja relançado, por forma a manter o fluxo de procura internacional. Outras medidas, como a aplicação de isenções temporárias de alguns impostos ou permitir realizar escrituras por via digital, são também consideradas fundamentais durante este período.
Neste primeiro inquérito realizado já sob os efeitos do Covid-19, os operadores exibiram uma elevada resiliência no contexto actual, referindo não ter planos para atrasar os projectos em construção (indicam apenas uma probabilidade de 21% de o fazer) nem estar a considerar dar descontos para manter os níveis de procura (apenas 31% de probabilidade). Em vez disso, estão a implementar outras estratégias pro-activas, incluindo o maior recurso às visitas virtuais para incrementar as vendas (59% de probabilidade), mas também atrasar os projectos que ainda estão em fase de licenciamento (uma opção com 43% de probabilidade).
No que se refere aos preços e vendas, os operadores consideram que do ponto de vista geral do mercado houve impactos negativos em ambos os indicadores no 1º trimestre de 2020, considerando que as transacções foram mais atingidas. Num horizonte de 3 meses, a tendência é semelhante, perspectivando-se novas quedas, quer nos preços quer nas transacções ao longo do 2º trimestre. Já numa perspectiva anual, para os próximos 12 meses, o mercado antecipa uma descida de 8,4% nos preços e uma diminuição de 15,7% nas vendas.
No actual contexto, o quadro económico é agora visto como o principal obstáculo ao sector (índice de pressão de 85%), claramente aumentando face aos 45% do índice registados no trimestre anterior. A burocracia, nomeadamente os processos de licenciamento, continua a ser a segunda principal restrição, com um índice de 82%. Por um lado positivo, os promotores consideram que a ausência de riscos políticos em Portugal é um factor que poderá ajudar à dinâmica do mercado.
O Portuguese Investment Property Survey é um inquérito de sentimento e expectativas realizado pela Confidencial Imobiliário junto de um painel dos mais representativos promotores e investidores imobiliários, em associação com a APPII – Associação Portuguesa dos Promotores e Investidores Imobiliários.