Opinião: “Mercados municipais … continuam a fazer mexer o comércio … e … a política!
A Câmara Municipal de Lisboa discutiu, na última semana do passado mês de julho, o novo Plano Municipal dos Mercados de Lisboa (2016-2020)
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Por João Barreta
A Câmara Municipal de Lisboa discutiu, na última semana do passado mês de julho, o novo Plano Municipal dos Mercados de Lisboa (2016-2020), podendo-se constatar, sem dúvida alguma, que se trata de um documento que pela sua estrutura e conteúdos técnicos, muito provavelmente, servirá de clara inspiração e motivação acrescida para muitas outras autarquias poderem espoletar novas ideias, novos projetos ou dar continuidade àquilo que já estarão a desenvolver com vista ao futuro dos seus mercados ou aos mercados do futuro.
Desde há muito que ouço, que leio e que escrevo que os mercados municipais não são pensados, não são planeados, não são organizados, enfim não são trabalhados, mas este documento, este plano da Câmara Municipal de Lisboa, vem mostrar e demonstrar o contrário e que, afinal de contas, tal trabalho é desejável e possível!
Talvez o que, sempre, tenha faltado tenha sido a vontade política para tal!
Por sua vez, a Câmara Municipal do Porto, também esta semana, decidiu dar início, após anos e anos de sucessivos adiamentos e tantas discussões estéreis, à realização da empreitada de restauro e modernização do emblemático Mercado do Bolhão, decidindo inclusive o local – Centro Comercial La Vie Porto, onde ficarão instalados, temporariamente (cerca de dois anos), os atuais comerciantes do Bolhão. Diria que ao longo das últimas duas décadas, pelo menos, muito se falou e muito se leu sobre projetos, ideias, intenções para um “novo” Mercado do Bolhão, mas (…)
Talvez o que, sempre, tenha faltado tenha sido a vontade política para tal!
Ora, estas duas notícias, chamemos-lhe assim, serão (?) relevantes do ponto de vista da atenção e da ação que as Câmaras Municipais, no caso as duas maiores do país, passaram a dedicar às atividades económicas das cidades, à revitalização das mesmas e, acima de tudo, ao reconhecimento do seu potencial contributo para a dinamização e vivência das cidades e do(s) seu(s) centro(s), ou até mesmo à necessidade de planear, de organizar, de ordenar, de gerir o(s) Comércio(s) da Cidade? Fica a dúvida!
Agravará (?), certamente, a dúvida, a questão do calendário. Aí, por muito que até o possamos querer relegar para segundo plano, poucos já ficarão totalmente indiferentes ao facto de estarmos, praticamente, a um ano de eleições autárquicas, e todos já vamos sabendo como isso mexe com a(s) política(s), o(s) plano(s), enfim, quanto mais não seja, deixar transparecer que é de ação (e não reação) que se trata!