Nova Iorque é a cidade que maior volume de investimento comercial atrai
Até ao segundo trimestre de 2014 e em comparação com igual período do ano passado, foram investidos 55,4 mil milhões de dólares na cidade de Nova Iorque, o que representa 7% do total dos volumes de investimento a nível global
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A cidade de Nova Iorque foi a que mais atraiu investimento comercial no último ano, apurou o estudo “Winning in Growth Cities” publicado pela Cushman & Wakefield.
Segundo a consultora, até ao segundo trimestre de 2014 e em comparação com igual período do ano passado, foram investidos 55,4 mil milhões de dólares na cidade de Nova Iorque, o que representa 7% do total dos volumes de investimento a nível global.
Neste ranking, Londres encurtou a distância para a cidade americana, registando um aumento de 40,5% nos volumes de investimento, atingindo a marca de 47,3 mil milhões de dólares. Desta forma, a capital inglesa assume-se como o maior mercado mundial para investimentos por parte de estrangeiros, revela a consultora.
Por sua vez, a cidade de Tóquio (35,5 mil milhões de dólares) ultrapassou Los Angeles (33,1 mil milhões de dólares), garantindo dessa forma a terceira posição do ranking. O top 5 fica completo com a cidade de São Francisco, que registou investimentos na ordem dos 23,8 mil milhões dólares.
Carlo Barel di Sant’Albano, CEO Internacional da Cushman & Wakefield comenta, “Enquanto as grandes metrópoles continuam a ser o principal foco dos investidores internacionais, o interesse por mercados secundários é cada vez maior devido ao aumento da confiança, disponibilidade de acesso ao crédito e escassez de soluções nas cidades tidas como mais importantes. Olhando para o ano de 2015, antecipa-se que a economia a nível global seja mais sólida embora continue vulnerável, com as tendências a alterarem-se de país para país. Um dos indicadores que reflecte bem esta tendência é a polarização nas politicas monetárias internacionais, que nalguns casos vão sofrer uma contracção enquanto noutros continuarão a ser mais alargadas.”
Relativamente à lista das 10 cidades globais com maior peso no panorama internacional de investimento imobiliário, a Cushman & Wakefield revela que pouco se alterou no último ano, com a excepção de Dallas que atingiu a nona posição do ranking, enquanto Houston caiu para o 10º lugar.
Nesta lista, Xangai, Pequim, Miami e Estocolmo juntaram-se ao top 20, enquanto Toronto, Singapura, Moscovo e Seul saíram desta lista. Dubai e Dublin assistiram a uma subida acentuada – dos lugares 186º e 82º ocupados no ano passado, respectivamente passaram a fazer parte do top 50.
De acordo com o “Winning in Growth Cities”, as cidades core continuam a registar bons resultados em múltiplos segmentos de mercado, com a cidade de Nova Iorque a dominar os segmentos do retalho, hotelaria e residencial. Londres, é a primeira escolha no segmento de escritórios, Los Angeles domina o segmento industrial e Tóquio assegura a sua posição no top 5 dos segmentos de retalho, escritórios e industrial.
O estudo concluiu ainda que os fluxos provenientes de investidores estrangeiros cresceram 38,8% no último ano, comparando com um crescimento de 11,3% proveniente de investidores domésticos, o que indica que os investidores internacionais aumentaram mais uma vez a sua quota de mercado a nível global. Enquanto a Europa continua a ser o maior mercado para investimentos estrangeiros, com um aumento de 35% nos fluxos de capitais, o crescimento foi no último ano mais acentuado no continente americano (46%) e asiático (43%).
De salientar que a maior fonte de capital estrangeiro é proveniente do continente americano, que investiu 75,3 mil milhões de dólares fora de portas. Os investidores europeus por sua vez, ocupam a segunda posição desta lista, embora uma parte significativa desses investimentos sejam canalizados para o próprio continente. Os investidores americanos por sua vez, assumiram-se como os mais fortes a nível de investimentos realizados fora do próprio continente, com um total de 58,7 mil milhões de dólares investidos, o que representa 48% do total global.
Américas, Ásia e EMEA
Segundo o mesmo estudo, a actividade no mercado de investimento na América do Norte aumentou 14,3% até Junho quando comparado com o período homólogo do ano passado. Os players internacionais foram os que mais contribuíram para este crescimento visto que aumentaram os seus investimentos em 47% nesta região. Nos Estados Unidos da América, o investimento estrangeiro aumento 43%, proveniente maioritariamente de compradores canadianos, chineses e australianos.
Na Ásia, a liquidez e a procura por parte de investidores continuam a aumenta, à medida que os montantes alocados a activos imobiliários continuam a crescer. Contudo, o ritmo da actividade diminuiu, parcialmente devido à incerteza económica que atinge a região, mas igualmente devido às restrições no acesso ao crédito que se fizeram sentir em alguns mercados. Note-se que muitos investidores internacionais estão por seu lado a redescobrir o seu interesse na Ásia, com as transacções protagonizadas por players estrangeiros a aumentar 43%. Os investidores internacionais mais activos pertencem à região, liderados por Hong Kong, Singapura e China, embora os Estados Unidos se encontrem na segunda posição, enquanto o Canadá, o Reino Unido e a Alemanha também se encontram no top 10.
Relativamente aos volumes de investimento na região EMEA, registaram um aumento de 30% até Junho, quando comparados com período homólogo do ano passado, com uma forte procura doméstica (26%) e com os volumes de investimento estrangeiro a assumirem-se como um factor chave (35%) para o crescimento dos volumes de transacções na zona. À medida que a procura e os preços aumentam, o interesse dos investidores alargou-se a outros mercados, com o Sul da Europa e sobretudo Espanha a ganharem especial destaque no radar dos investidores, mas igualmente a cidades secundárias do Reino Unido e da Alemanha.
O desempenho a nível económico foi melhor que o ano anterior embora continue moderado e volátil de trimestre para trimestre e de mercado para mercado. O Reino Unido e a Suécia são os que apresentam um melhor desempenho, embora mercados periféricos como Espanha, Portugal e Irlanda estejam também em fase de recuperação. Um factor chave para esta recuperação reside na confiança generalizada das empresas, que impulsiona o investimento e as taxas de ocupação, com um foco especial em espaços modernos e novos modelos de retalho e ocupação de espaços de trabalho.