Portugal regista por ano 10 mil incêndios urbanos
No dia em que Lisboa assinala os 25 anos sobre o incêndio que destruiu o Chiado, a APSEI recorda que, existem em média 10 mil incêndios urbanos por ano em Portugal

Ana Rita Sevilha
Castelo Branco acolhe Observatório sobre futuro da habitação no interior de Portugal
Herdade em Mourão vai a leilão por 2,8 M€
VIC Properties homenageia legado fabril de Marvila em novo edifício
As diferentes “Formas (s)” da RAR Imobiliária
Metropolitano de Lisboa lança novo concurso para a construção da Linha Violeta
Krest investe 120 M€ no novo empreendimento Arcoverde
Consórcio do TGV equaciona construção de duas novas pontes sobre o Douro
Sindicatos do sector apresentam revisão do CCT
Governo aprova resposta às tarifas com pacote de medidas de volume “superior a 10MM€”
Savills coloca multinacional chinesa Aosheng no Panattoni Park em Valongo
No dia em que Lisboa assinala os 25 anos sobre o incêndio que destruiu o Chiado, a APSEI recorda que, existem em média 10 mil incêndios urbanos por ano em Portugal, sendo que 7 mil destes, ocorrem em edifícios habitacionais.
Segundo a Associação Portuguesa de Segurança, devido a estes incêncios, perto de 60 pessoas perdem a vida, por ano. Maria João Conde, secretária-geral da APSEI, recorda que “apesar do aumento generalizado das condições de segurança, actualmente ainda nos deparamos com importantes desafios na protecção contra incêndio. A implementação das medidas previstas no Regime Jurídico de Segurança Contra Incêndio em Edifícios em vigor nos edifícios existentes em centros históricos tem sido muito difícil e, em muitos casos, impossível de concretizar. Esta situação faz com que muitos dos nossos centros históricos continuem em risco, demonstrando que ainda temos um caminho a percorrer para garantir que incêndios como o do Chiado de 1988 não voltem a ocorrer”, continua Maria João Conde.
De acordo com a Associação, o incêndio no Chiado de 25 de Agosto de 1988 teve um impacto marcante no sector da segurança contra incêndio em edifícios em Portugal, levando a que, em 1989 e 1990 fossem publicados decretos-lei que regulassem a segurança contra incêndio em edifícios de habitação.
A segurança contra incêndio – que se encontrava dispersa em cerca de 50 artigos no Regulamento Geral das Edificações Urbanas e no Regulamento das Condições Técnicas e de Segurança dos Recintos de Espectáculos e Divertimento Públicos – começou a ganhar um corpo legal autónomo que veio aumentar as condições de segurança dos edifícios em Portugal.
Enquanto entidade que representa as empresas e profissionais que actuam neste setor, a APSEI verifica que a cultura de prevenção e segurança contra incêndio em edifícios tem crescido em Portugal e que todos os que actuam nesta área estão gradualmente melhor preparados para responder aos desafios dos incêndios urbanos.
“A responsabilidade de prevenir a ocorrência de incêndios e de evitar o seu efeito destruidor não depende apenas dos profissionais da segurança – depende de todos. Sabemos que uma sociedade mais consciente dos riscos de incêndio em edifícios e melhor preparada para agir em caso de emergência fará com que casos como o incêndio do Chiado se tornem, continuamente, um acontecimento do passado”, conclui Maria João Conde.